segunda-feira, 14 de maio de 2012

Declaração do Gerardo Santiago (*): 
Uma das maiores maldades do interventor nomeado por FHC para a PREVI em junho de 2002, Carlos Eduardo Esteves Lima, foi destinar a diretoria de administração da PREVI para um representante dos participantes. De lá para cá já exerceram o cargo Sérgio Rosa, que alguns meses depois virou presidente e nessa qualidade representante da patrocinadora, Francisco Alexandre e o atual diretor, Paulo Assunção.
Todos os três oriundos da Articulação Sindical do PT. O primeiro ex-presidente da CNB/CUT (atual CONTRAF/CUT) e os dois últimos ex-coordenadores da Comissão de Empresa, todos portanto ex-negociadores sindicais colocados na posição de patrões. Era de se esperar que ocorressem mudanças, especialmente na política de recursos humanos, favoráveis aos trabalhadores de uma forma geral. Doce ilusão. O que se viu em cada oportunidade foi mais do mesmo. Ou melhor, mais e pior. Em algumas questões, como a do quadro próprio algum tempo atrás, por exemplo, a postura da diretoria de administração da PREVI foi a de tentar esmagar o movimento sindical de uma forma que os banqueiros não ousam mais fazer. 
Outro caso recente é o da implantação da lateralidade na PREVI, que segundo o diretor Paulo Assunção não é lateralidade. Faz sentido. Quando os fatos não correspondem às conveniências da Articulação Sindical e da chapa branca de Marcel Barros, eles devem ser "adaptados" em nome do "projeto político". Quando os princípios e as teses que eram defendidas ontem se tornam um fardo para a manutenção do poder hoje, que sejam reescritos, ou simplesmente abandonados. 
Quanto a Carlos Eduardo Esteves Lima, vocês sabiam que ele foi ministro chefe da Casa Civil interino no final do segundo governo Lula, depois da queda de Erenice Guerra? Esses são os amigos da chapa branca. Vocês acham que a melhor opção para representar os participantes é a chapa do governo, que já nomeia metade da gestão e ainda tem o voto de minerva no Conselho Deliberativo? 


"Quem tem o Poder não faz e quem quer fazer, não tem o Poder". Covardia pior é deixar tudo como está!"(Sergio Peron)


(*)  Gerardo foi Gerente da Previ na Gestão do Sergio Rosa. 

7 comentários:

  1. Colega Cecília,
    Um artigo publicado no blog Unidade BB (www.unidadebb.com.br/), da ainda conselheira deliberativa eleita Mirian Fochi, cujo título é “Atrelar o reajuste dos benefícios da Previ aos do salário do banco não é bom para os associados”, me fez concluir que a proposta de um reajuste acima da inflação já agora em jun/12, de autoria do também conselheiro eleito Willian Bento, está prestes a subir no telhado. Ou será que eu estou errado?

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  2. PORQUE A SAÍDA DO BANCO DO BRASIL COMO PATROCINADOR(???)DO PLANO DE BENEFÍCIOS 1 PODERIA SER ÓTIMA PARA NÓS...
    Esta semana, será discutida regulamentação do direito de patrocinadores abandonarem o fundo de pensão de suas empresas.
    Estou começando a achar que a retirada de nosso “patrocinador” talvez fosse o melhor que poderia acontecer para nós, participantes do PB1, mesmo que o Banco se apropriasse de R$ 12.1 bilhões, correspondentes à metade da Reserva de Contingência. Este seria seu último roubo, e o valor, apesar de expressivo, seria menor que as apropriações feitas em 1997 e 2011, que totalizaram R$ 18.5 bilhões. Acho até um preço barato a ser pago para nos livrarmos dos sindicalistas incompetentes na diretoria, da nomeação de “cumpañeros” para o Conselho de Administração de empresas onde a PREVI tem participação,para sustar o pagamento de altas aposentadorias, além de que o Banco ficaria obrigado a aportar valores, na Reserva Matemática, para cobrir os pagamentos do grupo pré-67.
    Além do mais, indo embora, o Banco(governo), levaria consigo seus trens-bala e belos montes, cumbicas e costas do sauípe, bancoops e hopis-haris, passando os investimentos a serem feitos de acordo com o interesse dos associados.
    Vou sugerir, no debate que a ANAPAR promove, no próximo dia 17, que seja incluído, na resolução que vai regular a matéria, mais um item:
    “Artigo 27
    Os associados de planos de pensão poderão exigir o afastamento do patrocinador que os esteja prejudicando, mediante consulta ao Corpo Social, com aprovação de 2/3 dos participantes”.

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  3. Caro Jorge,

    Essa recusa demonstra total desconhecimento do teor da proposta. Ela é muito interessante, pois atrela o reajuste à rentabilidade do plano. Por que o pessoal da ativa pode receber PLR e os aposentados não podem ter o benefício reajustado pelas últimas rentabilidades do plano? Seria uma forma de participar indiretamente do resultado da Previ. Nada mais lógico e justo, bem como uma proposta moderna, técnica e muito bem fundamentada, porém como esse pessoal só sabe fazer política, não aceitam o que não podem entender...

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  4. Caro Wilson,
    Você tocou em um ponto muito importante, pois esse valor citado no seu comentário é justamente o valor aproximado que o Banco precisa para se enquadrar nas regras de Basiléia 3.

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  5. Caro Wilson,
    Você tocou em um ponto muito importante, pois esse valor citado no seu comentário é justamente o valor aproximado que o Banco precisa para se enquadrar nas regras de Basiléia 3.

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  6. "Gerardo Santiago
    Percebo que a Chapa 6, do governo federal e da direção do Banco do Brasil, tenta transferir o ônus de ser chapa branca para a Chapa 3, cujo candidato a diretor de seguridade é o atual gerente executivo de atendimento aos participantes, Amir.

    Ora, não é o Amir, que eu mal conheço, que transita e rasteja nos tapetes palacianos. Ele não é apoiado por gente da estirpe do deputado aloprado Ricardo Berzoini, ou então por Sérgio Rosa, que de diretor eleito e representante dos trabalhadores se metamorfoseou em presidente e representante da patrocinadora. Enfim, não é o Amir que tem o DNA do partido no poder.

    Com todo o respeito pelos colegas de todas as chapas, considero que na verdade a disputa se dá entre as chapas 1, 2 e 6. A vitória desta última é o pior dos mundos, significa permitir que o outro lado da mesa nos sacaneie em nosso próprio nome."

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  7. Prezada Cecilia,
    Acredito que se o BB fosse deixar o patrocinio da PREVI e se tivesse que efetuar a distribuição do que cabe a cada um, individualmente, seria muito doificil de acontecer porque a PREVI teria que além de desimobilizar parte do seu patrimonio teria de vender a totalidade de suas ações em outras empresas, o que seria um desastre para o pais...estou certo ou minha analise não tem cabimento? De qualquer modo, estou muuito apreensivo porque não estou vendo nenhuma de nossas associaçoes tomar uma posição seria contra esse assalto, que poderia ser dez vezes pior do que a resolução 026.

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