Caros colegas,
Eu fico impressionada com o que tenho lida na mídia e, tenho
certeza, que muitos colegas também sentem a mesma agonia quando se fala de
política no nosso país. O mais impressionante é que estamos vivendo um Governo
PT, partido que foi oposição nos governos anteriores e que atuava contra
qualquer medida lançada que prejudicasse a população, porém o que estamos vivenciando
é uma ditadura velada, onde quem não faz parte do grupo do “chefe” não se
qualifica. E fazer parte do grupo do “chefe”, quer dizer que você terá que ir
contra seus valores, passar por cima da meritocracia e cuspir na cara de quem
não concorda com o “chefe”, a não ser que o preço pago abafe essas diferenças.
Eu fico impressionada com a quantidade de denúncias, de irregularidades,
de assaltos onde ninguém foi penalizado. Quem se lembra do dinheiro na cueca,
na meia, mensalão, as consultorias promovidas pelo Ministro Pimentel, que nunca
foram explicads? Os aloprados do PT e do Ministro Mercadante. Um dos aloprados,
que era executivo do Banco, ficou na geladeira um tempo e retornou a um cargo
executivo no Banco. E a assessora da Presidente Dilma que, apesar de ter sido
afastada, continua fazendo lobby dentro do Governo? O Supremo Tribunal Federal,
instância máxima do legislativo no país é rechaçado pelo Congresso por ter
cumprido seu papel – julgar com isenção os “mensaleiros”, apesar de alguns
acharem que os Ministros do STF agiram de forma política para prejudicar o
Governo... é mole? agora querem tirar a
autonomia do Supremo e deixar tudo na mão das raposas. O PT se juntou ao Sarney,
que odiava, que chamava de ladrão, se juntou a Renan Calheiros, etc, etc. São
tantos nomes “estrelados” que não caberiam nesse post. Sem falar na comissão de
direitos humanos. Isso é que eu chamo de defender a população. E, depois, para
a galera, finge que é contra e faz movimento de rebeldia... É nojento!
Eu fico impressionada com as artimanhas do Ministro Mantega
para justificar o “injustificável”. Por mais que tentem, não dá para negar que
a inflação continua agindo como um fantasma assombrando a todos. Desoneram
alguns setores, porém os trabalhadores assalariados é quem pagam a conta,
considerando o absurdo que pagamos de impostos e que não são revertidos em
benefícios, conforme determina a Constituição. É engraçado que se compara o
percentual cobrado no Brasil com o percentual adotado em outros países, porém esqueceu-se
de demonstrar que em outros países, os impostos são realmente revertidos em uma
educação decente, em segurança para a população, saúde e trabalho. Vocês sabiam
que o Brasil é um dos poucos países onde existe uma estrutura de vereador
remunerado? Na maioria dos países tem conselhos de cidadãos, formados por
representantes das comunidades, que não recebem salário pela atividade. Na
maioria dos países a figura de “vereador” (legislador municipal) não existe. Em
seu lugar, existem os “conselhos de cidadãos”, formados por representantes de
comunidades, que geralmente trabalham sem remuneração ou ônus para os cofres
públicos. Em alguns casos, é ressarcido apenas o dia de trabalho. Eles são
escolhidos pela população e a pauta é bem parecida com a que é cumprida pelos
vereadores no Brasil. O tratamento que teria que ser dado para conter a
inflação é reduzir o gasto público e utilizar esses recursos em investimentos
para que o Brasil possa crescer de forma sustentável.
Eu fico impressionada com a ganância do Governo PT nos
cofres públicos, no dinheiro dos fundos de pensão dos trabalhadores. Vocês
lembram como eram combativos no Governo FHC? Vocês lembram na época da
aprovação das LC 108 e 109, em 2001, onde os dirigentes eleitos entregaram seus
cargos e se negaram cumprir a lei? O Governo PT fez muito pior do que essas
leis. Ele, simplesmente, lançou a Resolução CGPC 26, que exigiu que metade dos
recursos oriundos de superávits fosse revertido aos fundos de pensão das
estatais. O engraçado é que os fundos de pensão das empresas privadas não estão
obrigados a dividir o superávit. Eles podem reverter todo o recurso em
benefícios para os associados, como foi feito recentemente com a Valia, fundo
de pensão da empresa Vale, entre outros. Da mesma forma, estão tentando “regulamentar”
a retirada de patrocínio em um movimento para retirar metade da reserva de
contingência, recursos, que como o nome diz, são apartados para que, em casos
de situações de crise, garantir os benefícios futuros dos associados. Se não
fosse a campanha que algumas entidades adotaram, eles tinham levado também
esses recursos. Insatisfeitos com essa derrota, agora estão tentando reduzir o
percentual da reserva de contingência alegando, no caso da Previ, que não seria
necessário. E, o pior, colegas, é que os dirigentes eleitos aprovam todas essas
medidas, não se manifestam, não apresentam justificativas aos associados.
Não podemos cair nessa armadilha de redução da reserva de
contingência com a promessa de reverter os recursos em benefícios aos associados.
Vamos lembrar que temos sempre que desconfiar do que vem do Banco.