sábado, 24 de janeiro de 2015

Aí vem o apagão...






No ano passado, durante a campanha eleitoral para Presidente do País, discutimos vários pontos sobre questões que o Governo estava escondendo embaixo do tapete e que, em 2015, surgiriam com força total, sem condições de subterfúgios. Acho que o que está acontecendo surpreendeu muita gente, pois ninguém contava com uma seca tão violenta que desnudasse todas as falhas do Governo de forma tão abrupta e com tamanha rapidez. Fora que ainda temos que ouvir o atual Ministro de Minas e Energia falar asneiras e evocar Deus, que segundo ele é brasileiro. Eu gostaria de saber onde tiraram essa ideia de que Deus é brasileiro... É muita falta de assunto e de respeito com os cidadãos.

O que estamos vendo é que nada está funcionando. As medidas que o atual Ministro da Fazenda adotou só prejudicou mais ainda as pessoas que já estão vivendo um período muito complicado. Redução de benefícios, aumento de impostos sem nenhuma contrapartida do governo. Pelo contrário, nem o básico a população está recebendo, como energia elétrica e água. Mesmo assim, as tarifas de energia elétrica e água subirão em breve. O aumento da gasolina também será inevitável, o que vai na contramão do mundo, pois quando o petróleo estava caro e precisava aumentar o valor da gasolina, o governo segurou por conta das eleições. Agora, que o petróleo está com os preços em um patamar dificilmente visto no passado, o governo resolve aumentar a gasolina. Agora eles podem tudo, pois já estão eleitos... E o que importa é o projeto de poder...

O mal que causaram a maior empresa brasileira é algo absurdo e inaceitável, porém eles continuam fazendo como o avestruz - enfiando a cabeça debaixo da terra e repassando para outros a culpa que é unicamente desse partido decadente e inoperante. 

Dia 24 de janeiro é dia dos aposentados, porém não temos muito o que comemorar com as medidas anunciadas pelo Governo Federal. Além dos cortes nos benefícios, ainda teremos que conviver com o não reajuste da tabela do Imposto de Renda, o que significa o aumento do imposto.


Outro ponto que não dá para comemorar foi a mudança nos parâmetros do Empréstimo Simples que deixou muitos colegas aposentados fora do jogo, inclusive com a inclusão na margem consignável dos descontos diversos, dificultando mais ainda a renovação. Infelizmente, a proposta foi aprovada pela maioria da diretoria, com exceção de mim e do Diretor de Planejamento, Décio. A mudança melhorou para alguns, principalmente os colegas da ativa, porém dificultou a renovação para os demais colegas.

Eu peço desculpas aos colegas por demorar um pouco para responder alguns comentários, mas eu gostaria de ressaltar que a minha rotina de trabalho está bem intensa, pois a diretoria de Administração é bem diversificada e que responde por processos que dizem respeito a todas as áreas. São grandes os desafios e eu estou me dedicando com muita energia, pois acredito que os associados merecem todo o esforço para termos uma entidade mais eficiente e que tenha condições de prestar um atendimento de ponta aos associados, seus verdadeiros donos.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Quem será???

Começamos o ano com a posse dos novos ministros, que de novo mesmo só o Joaquim Levy.  Pelo que tem sido noticiado, é bem provável que o presidente do BB seja mesmo o Caffarelli ou Alexandre Abreu. Em relação à nossa Previ, nada no ar, apenas especulações. Segundo alguns analistas, a composição dos Ministérios ficou melhor que a do primeiro mandato da Presidente, pois tudo leva a crer que os novos Ministros demonstram ter mais autonomia do que os anteriores, porém continua a falta de profissionalismo em "colocar a pessoa certa no local certo" com o objetivo de gerar resultado positivo, pois os desafios para o País são enormes.

O ano começou muito mal para o fundo de pensão das empresas estatais, principalmente para o dos Correios - POSTALIS. Os carteiros terão benefícios menores em função dos déficits acumulados, onde podem chegar a R$ 5 bilhões. Foram R$ 3 bilhões acumulados em 2013 e 2014 e mais R$ 1 bilhão de 2011 e 2012. Nessa soma ainda existe uma dívida passada de R$ 1 bilhão que os Correios têm com o Postalis. Desde o ano passado que a empresa cessou esse pagamento e essa conta pode bater no colo dos participantes do fundo.
A proposta de equacionamento do déficit ainda será aprovada pela Previc, órgão regulador. Para o pessoal da ativa, a proposta é que os benefícios futuros sejam reduzidos. Os aposentados e pensionistas terão que fazer contribuições extras para o plano, o que vai significar um benefício menor, já que essa contribuição reduzirá o valor recebido atualmente dos benefícios. Pelo que tem sido divulgado, esse percentual poderá chegar em torno dos 20%. É lógico que os Correios também entrarão com a parte dele, já que o equacionamento do déficit é dividido entre os participantes e patrocinador.

Segundo informações divulgadas na mídia, a empresa também não está com a saúde financeira em bom estado, o que impressiona, pois todos utilizam os serviços da empresa, já que não há outra opção e não podemos dizer que são serviços baratos.

O fundo Postalis, bem como o fundo de pensão dos funcionários da Petrobras - Petros - não elegem representantes dos participantes na diretoria, apenas no Conselho de Administração e Fiscal. Isso gera um cenário de insegurança e impotência dos participantes, pois não acompanham diretamente o que está acontecendo na gestão de suas fundações. Da mesma forma, não se sentem amparados pelo órgão regulador - PREVIC - que ainda não se manifestou sobre o pedido de intervenção feito pela Associação de Funcionários e nem sobre os resultados de auditoria que foram apresentados no Postalis em 2014. Ou seja, o órgão regulador não está cumprindo o seu papel de proteger os participantes.

A Previ tem um modelo de governança bem mais completo do que essas entidades e isso acaba refletindo também no seu desempenho, considerando que metade dos diretores são eleitos pelos participantes e participam diretamente da gestão.

Aproveitando o gancho, hoje, dia 09.01, saiu o índice do INPC que corrigirá os benefícios a partir deste mês - 6,23%.