"Fácil é ser colega, fazer companhia a alguém, dizer o que ele deseja ouvir. Difícil é ser amigo para todas as horas e dizer sempre a verdade quando for preciso. E com confiança no que diz."
C. Drummond de Andrade
Estamos terminando o mês de agosto e não conseguimos implantar as medidas aprovadas no acordo BB x Previ. Fico me perguntando se é nossa incompetência em negociar, pois o Banco já levou o dele, conseguiu o que queria e agora enrola para aprovar as demais medidas.O mês de agosto está terminando e o mês de dezembro está chegando e a ânsia do BB novamente aparecerá, pois qualquer medida que melhore seu balanço será bem-vinda. Novamente estaremos sendo reféns do que o banco quer. Existem vários pontos que precisam ser discutidos e que fizeram parte do compromisso da Chapa 1 – Unidade na Previ onde fui eleita com os demais colegas que fazem parte da gestão da Previ atualmente. Alguns pontos são muito relevantes, como o “fim do voto de minerva”, que foi imposto na intervenção promovida pelo governo anterior e que o governo atual está adorando, pois não há o menor interesse em eliminá-lo; o retorno dos direitos dos associados em relação à aprovação do balanço, às alterações nos estatutos e regulamentos dos planos; o aumento das pensões. Não podemos esquecer da extinção da Parcela Previ que parece ter sido esquecida por todos. No Plano Previ Futuro, não conseguimos avançar em quase nada, como é o caso do resgate das reservas (inclusive das contribuições do patrocinador); custeio do benefício de risco (que seja custeado apenas com as contribuições feitas pelo Banco); financiamento imobiliário, política de investimentos que permita uma melhor rentabilidade do plano e a disponibilização do valor das cotas aos participantes.
É lógico que não podemos esquecer (e é ilusão pensar diferente) que em um fundo de pensão todas as decisões têm que ser negociadas. Se o patrocinador não concordar dificilmente se consegue aprovar algo, principalmente com a prerrogativa do patrocinador de utilizar o voto de Minerva em caso de impasse, como aconteceu recentemente para adiar a decisão sobre a aposentadoria antecipada aos 45 anos para as mulheres.
Fácil, sei que não é, porém temos que lutar com todas as armas para que os interesses dos associados sejam defendidos e que possamos prestar contas com a certeza de que fizemos o melhor. E aos associados, cabe a cobrança e a pressão para que as promessas de campanha não caíam no esquecimento.