quarta-feira, 20 de maio de 2015

O que o desespero faz com as pessoas

Domingo, dia 17.05, fui surpreendida por uma consulta de um associado sobre um e-mail que o mesmo recebeu e que queria saber se eram verdadeiras as acusações. O e-mail, assinado pelo atual diretor de Seguridade, Marcel Barros, me acusa de entregar a gestão da Previ para o Banco do Brasil, fazendo várias acusações sérias. Tenho recebido vários e-mails de colegas me questionando sobre essas acusações e eu gostaria de compartilhar a verdade com vocês.

Infelizmente, esse pessoal ligado à Contraf-CUT não aceita a derrota nas eleições do ano passado e, na minha opinião, é puro desespero, pois é uma posição equivocada de um projeto da Previ que tem a ver com a busca de eficiência operacional, com a devida redução das despesas administrativas, principalmente na área de Tecnologia da Informação (TI). Em nenhum momento foi tratada a alteração da governança. Isso que ele se refere de forma mentirosa e leviana trata-se de um diagnóstico que foi contratado com a aprovação de toda a diretoria, inclusive ele.
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As informações divulgadas pelo diretor são mentirosas. A revisão de TI que estamos fazendo é interna e visa uma melhoria em todos os sistemas e na forma como trabalhamos as demandas. Não tem nada a ver com o Banco. O maior problema é que a Previ tem sistemas muito antigos. Por exemplo: o sistema de Seguridade foi criado em 1998 e com o passar do tempo foram criados "puxadinhos" para incorporar as mudanças no plano 1. O tempo de vida de um sistema varia em torno de 8 anos e o de Seguridade, o maior e mais importante da Previ, tem mais de 15 anos. Isso significa que cada vez mais as manutenções (ajustes no sistema) demoram mais tempo para efetivar e isso torna o processo caro, fora outras questões da área de TI.
Foi contratada consultoria para apresentar um diagnóstico sobre os custos da Previ (contratação aprovada por unanimidade) e foram identificados pontos de custo alto nas atividades da área de informática, bem como na área de Seguridade. Da mesma forma, havia uma contratação totalmente equivocada de uma cooperativa que prestava serviços à Previ, na área de TI. O custo desses serviços só estava aumentando sem representar ganho de produtividade, fora que havia várias reclamações, inclusive da auditoria, em relação a esses serviços. Esses serviços eram prestados, sem controle, no prédio do Mourisco, onde o aluguel é muito alto e tudo bancado pela Previ. Nós mudamos essa forma de contratação para um modelo que funcionará de forma remota e com indicadores de desempenho, onde teremos o controle das demandas e entregas. Estamos contratando um serviço totalmente profissional. Essa mudança desagradou o Diretor de Seguridade, talvez em função de sua ligação com funcionários dessa cooperativa.

Essa atitude do Diretor de Seguridade demonstra o desespero dessa turma por ter perdido vários processos eleitorais, como o da Funcef, Petros, Postalis e Previ. O medo de perder mais uma vez no próximo ano faz com que esse pessoal jogue na lata do lixo todos os preceitos de respeito e ética. Aliás, estamos vendo desde o mensalão e reforçado no lava-jato que eles já jogaram a ética na lata do lixo há muito tempo.
O Diretor esquece suas responsabilidades como executivo não observando o funcionamento da governança da Previ, das funções tanto da diretoria quanto do Conselho Deliberativo, o órgão máximo da Previ, responsável em discutir e aprovar quaisquer questões relativas à mudança de estrutura organizacional, transferindo de forma leviana para a Diretoria de Administração o poder de propor e decidir medidas de responsabilidade do Conselho Deliberativo.
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Eu tenho muito orgulho dos valores de honestidade e ética que aprendi com minha mãe e que levo muito a sério na minha vida e é o exemplo que dou para os meus filhos e neto e, não permitirei, que uma maldade desse porte me atinja.
O grupo (Previ livre, forte e de todos) não tem máquina, não tem partido, não é ligado a nenhum sindicato, não tem uma liderança definida, mas tem muita disposição para defender os interesses de todos os associados da Previ. E, principalmente, não desistiremos de lutar por melhorias para os associados.

É esse o meu compromisso com os colegas e funcionários da Previ, compromisso com a verdade e a ética, buscando sempre o que é melhor para a entidade e, consequentemente para os associados.
Estou à disposição para responder se houver mais dúvidas. Minha consciência está tranquila porque estou fazendo o melhor para a Previ, que refletirá em um melhor atendimento aos associados e esse é o meu objetivo. Fazer mais, com menos e melhor.

quinta-feira, 14 de maio de 2015

Tenho recebido alguns e-mails solicitando informações sobre os valores envolvidos no pagamento da taxa de manutenção do Órgão Regulador - PREVIC. A Previ é a que tem a maior participação nesse bolo. Em 2014, foram pagos R$ 607.125 por mês, totalizando no ano, aproximadamente, R$ 7 milhões. Em 2015, já foram pagos R$ 2,428 milhões. Isso tudo para um órgão regulador que não é isento e que não age em favor dos participantes, como seria seu objetivo principal - proteger o patrimônio dos participantes. Nós somos obrigados a pagar essa conta.

Mais uma vez, ressalto o que está acontecendo com o fundo Postalis, dos Correios. Com um déficit acumulado de R$ 5,2 bilhões e um patrimônio de pouco mais de R$ 5 bilhões, o que significa que os recursos existentes no fundo não pagam o déficit acumulado. Este déficit vem se acumulando desde 2010 e agora pergunto novamente: caso o órgão regulador tivesse feito seu papel fiscalizador, o fundo chegaria onde chegou? 
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Realmente, vivemos um momento onde não existem isenções nos órgãos e agências reguladoras. Está tudo dominado pelo partido do Governo e aliados. Imaginem o que não foi negociado entre essa cambada para conseguir aprovar as mudanças na Previdência na Câmara? 

Estamos vendo estarrecidos o que aconteceu com a empresa Petrobras, essa onda de corrupção que está detonando uma empresa que até o início do ano passado era orgulho de todo brasileiro. E por que tudo isso? A ganância do poder pelo poder. E poder significa dinheiro para campanhas eleitorais, para propinas a funcionários, políticos que se acostumaram a uma vida de luxo que não cabe nos orçamentos oficiais.

E a Previ, onde fica nessa história? O Banco do Brasil conseguiu sair ileso dessa bagunça toda, o que não aconteceu com a CEF, nem com o BNDES e seus fundos de pensão. O Banco foi preservado e isso também respingou positivamente na Previ. Podem questionar: e a Sete Brasil? Eu não estava na Previ na época que foi aprovada a entrada no fundo, porém quando olhamos quem participou do investimento, os estudos técnicos apresentados, percebemos que a perspectiva era muito positiva, até porque na época ninguém imaginava o que estava acontecendo com a Petrobras. 

Podemos ter perdas com esse ativo? Sim, é possível, porém esse é o risco de se investir em fundos desse tipo. Por isso é que eu defendo que não devamos investir recursos no Plano 1 em investimentos que não tenham baixo risco, mesmo que o retorno prometido não seja tão atraente. Precisamos ter a certeza que nossos benefícios serão pagos, sem problemas, até o final das nossas vidas. Esta é a nossa grande missão enquanto fundo de pensão. 

sexta-feira, 8 de maio de 2015

CPI dos Fundos de Pensão

O Governo esperneou, esperneou, mas acabou perdendo. O Senado aprovou a instalação da CPI dos Fundos de Pensão. Eu espero que, além dos fundos de pensão, o órgão regulador sem chamado para explicar porque não fez o seu trabalho devidamente. Poderia ter evitado que o déficit do Postalis chegasse a esse ponto - ter um déficit 110% do seu patrimônio. Poderia ter evitado que a Petros e Funcef chegassem ao ponto que chegaram com investimentos duvidosos.

Em relação a Previ, temos alguns investimentos ruins, porém são herança lá do passado e que não se conseguiu o desfazimento até hoje. Alguns, perdemos o momento certo para sairmos do ativo e continuamos amargando em rentabilidades insignificantes. Porém, dependendo da forma como cairão em cima de todos os fundos, é bem provável que as discussões sejam bem pesadas.

Alguns colegas têm questionado o fato de se buscar o fim da contribuição para os colegas que contribuíram por mais de 360 meses. Eu gosto muito dessa proposta, porém é bom lembrar que é preciso recursos do superávit (reserva especial para revisão do plano) para que isso seja viável. Atualmente, estamos passando por grandes turbulências no mercado e, infelizmente, não teremos como avançar nessa proposta. Assim que restabelecido o superávit, podemos defender com muita força essa proposta, que, inclusive foi uma das propostas defendidas pela ANABB em 2006.

Estamos passando por um período difícil, mas como diz o ditado: "depois da tempestade vem a bonança". Eu acredito muito nisso e, no futuro, poderemos buscar medidas efetivas para melhoria dos benefícios.

segunda-feira, 4 de maio de 2015

Notícias de última hora!!!

Mudança na PreviMarco Geovanne, diretor de participações da Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, deixará o cargo nos próximos dias, apurou o Valor. Ele comunicou a fundação sobre sua saída nesta semana após ter recebido um convite de uma instituição financeira internacional Antes de assumir as novas funções, ele passará por um período de quarentena. Geovanne completaria cinco anos no cargo na Previ no próximo mês de junho. (Ana Paula Ragazzi) 

Agora a grande questão: quem será o executivo que assumirá a posição do diretor Geovanne. Esperamos que o Banco continue na linha de indicar pessoas com perfil técnico.

domingo, 3 de maio de 2015

Dia do Trabalhador sofrido


O primeiro de maio passou deixando um rastro de frustração tanto para os trabalhadores quanto para os aposentados, principalmente se pensarmos nos fundos de pensão das maiores empresas estatais – Petrobras, CEF, Correios e BNDES, respectivamente: Petros, Funcef, Postalis e Fapes. Uma Associação de Aposentados dos Postalis conseguiu, na Justiça, a não cobrança de contribuições para os participantes do fundo que, com um patrimônio de R$ 5 bilhões, apresentou déficit acumulado de R$ 5,5 bilhões, aproximadamente. Ou seja, os participantes teriam que pagar a vida inteira e não iriam conseguir cobrir o rombo. E, pergunto: qual é a responsabilidade que os participantes têm considerando que houve investimentos ruinosos onde os eleitos não participaram?  O mesmo aconteceu com a Petros. Nesses fundos, só há representantes eleitos nos Conselhos e, nós sabemos, que os investimentos são feitos na Diretoria de Investimentos.
Que responsabilidade os participantes têm do fundo ter aplicado, por exemplo, recursos em títulos podres da Venezuela e Argentina? Nas empresas do Eike? Na JBS Friboi? É justo os participantes pagarem essa conta? Na minha opinião, não é. Deveria existir alguma proteção na legislação que em situações que fossem verificadas má gestão dos recursos, o patrocinador arcaria com o déficit. Até porque em todas as entidades, o executivo responsável pelos investimentos é indicado pelo patrocinador. É lógico que em alguns fundos, como a Funcef, existem eleitos pelos participantes na Diretoria, porém sabemos também que o PT loteou os cargos executivos. Tanto os eleitos quanto os indicados pelo patrocinador eram do partido do governo. A partir de 2014, três diretores independentes (ex-auditores da CEF) venceram as eleições e acabaram com a farra do boi, porém o passado ficou manchado para sempre.

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Para exemplificar melhor: vejam o que aconteceu em um evento da Funcef para os associados:
“O clima não anda nada bom na Funcef, o fundo de pensão dos servidores da Caixa Econômica Federal. Em reunião na segunda-feira 13, no auditório da CEF, para a apresentação do balanço patrimonial da entidade, o diretor-presidente Carlos Alberto Caser não resistiu à pressão dos associados e deu um verdadeiro “piti” no evento. Caser foi recebido com vaias tímidas, que aumentaram após sua reação. Em vídeo exclusivo obtido por ISTOÉ, o dirigente diz que está ali para prestar contas. “Não estamos aqui brincando”, afirma. “Se for para gritar eu também vou gritar”.

"Queria que vocês dessem uma vaiada logo, assim vocês relaxam", disse, irritado, Carlos Alberto Caser.
Manchete de ontem do jornal “Correio Braziliense” revelou que a gestão petista deixou um rombo de R$ 5,6 bilhões na Funcef. Para receber a aposentadoria complementar na qual investiram, os participantes do fundo de pensão terão agora de fazer contribuições adicionais por 12 anos. Trata-se do segundo fundo de pensão a tomar medida semelhante. No início do mês, o Postalis, dos servidores dos Correios, anunciou que 100 mil carteiros serão obrigados a arcar com aportes extras para cobrir um déficit também de R$ 5,6 bilhões.

Caser tentou relativizar o resultado pífio da administração petista no comando do Funcef. “Se agrada ou desagrada, é da regra democrática”, filosofou. Diante das críticas de uma pensionista, o presidente da Funcef perdeu a linha. “Quem diz o que interessa é a diretoria que está aqui, não é você. São 136 mil participantes, não é você sozinha que vai dizer o que interessa.” O tom agressivo fez os demais participantes reagirem com vaias mais fortes. Em vez de apaziguar os ânimos, o dirigente preferiu destilar arrogância e ironia. “Queria que vocês dessem uma vaiada logo. Assim vocês relaxam. Eu senti que vocês estavam com isso na garganta. Solta gente. De uma vez, forte!”
Segundo relatos, após o “piti” a maioria dos presentes se levantou e deixou o local.” Fonte: Clique aqui - Revista Isto É 

E os colegas vão perguntar: e na Previ? Não aconteceu nada? A grande diferença é que o patrocinador BB não cometeu a mesma falha que os demais patrocinadores. O BB indicou executivos técnicos para a diretoria e conselho. Por isso, podemos dizer que não (quando se trata de investimentos), a não ser reforçarmos que houve um investimento volumoso em Petrobras, no aumento de capital em 2011, em um valor bem arrojado, principalmente para o Plano 1, onde a alocação em renda variável é muito agressiva, porém não podemos dizer que era um investimento arriscado na época porque não havia nenhuma suspeita da roubalheira que estava acontecendo na empresa. Podemos apontar o investimento no FIP Sondas (Sete Brasil). Era preciso? Na minha opinião – não. Para que investir mais em renda variável no Plano 1? Ainda mais em investimentos que ainda não maturaram e que têm risco alto, como é o caso. É importante limparmos o plano 1 mantendo os ativos de renda variável que são bons pagadores de dividendos e que apresentam uma boa performance – observando sempre o tripé – retorno x risco x liquidez e procurar se desfazer dos demais.
Alguns outros ativos ruins são consequência de investimentos passados que continuam amargando o portfólio da Previ, porém não podemos dizer que houve investimentos que levaram à entidade ao déficit em 2014, que foi conjuntural. O que houve foi um mercado ruim, com a Bolsa de Valores lá embaixo, bem como a redução do valor de mercado da empresa Vale, principal ativo no plano 1. Sabemos que é uma empresa excelente e que a tendência é se recuperar no médio prazo com o preço do minério de ferro voltando a um patamar mais competitivo.

Os meses de janeiro a março não foram nada bons, porém o mês de abril apresentou um resultado melhor, principalmente uma recuperação significativa do ativo Petrobras. O que nos leva a concluir que o ano de 2015 será de grandes emoções até chegarmos ao final do ano, época de fechamento do balanço.