terça-feira, 27 de abril de 2010

Mais qualidade de vida aos aposentados

É verdade que os anseios dos aposentados, que dedicaram tanto tempo de suas vidas ao trabalho, estão longe de ser atendidos por completo. No setor da saúde, por exemplo, convênios médicos cada vez mais caros e com mais restrições e remédios a preços muitas vezes inacessíveis impedem os aposentados de cuidar como deveriam de sua saúde.

Mas, apesar de frustrações como essas, a vitória no reajuste das aposentadorias e pensões de quem recebe acima de um salário mínimo, conquistada no início de 2010, somada a uma recente pesquisa sobre o perfil de renda de quem passou dos 60 anos, mostra urna realidade surpreendente e positiva: eles vivem, atualmente, com mais qualidade de vida.

A conquista que mexe diretamente nos bolsos dos aposentados foi obtida através da Medida Provisória 475, editada no final do ano passado e em vigor desde janeiro, que reajustou em 6,14% as aposentadorias e pensões de quem ganha mais de um salário mínimo.O índice foi fruto de acordo realizado entre governo e centrais sindicais. A MP deve ser votada no Congresso nos próximos dias.

Lideres partidários no Senado chegaram a um pré-acordo para elevar o percentual de reajuste concedido aos aposentados em 7,71%. Com o novo valor, o impacto extra nas contas da Previdência seria de cerca de R$ 2 bilhões anuais. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, porém advertiu que, para conceder tal aumento, é preciso definir antes, de onde sairão os recursos com que serão pagos. Lula declarou que, sem verba suficiente, vetará percentual maior do que o atualmente praticado, evitando impactos mais profundos no caixa da Previdência Social e, em última instância, do Tesouro.

Enquanto o debate sobre o reajuste ganha os holofotes da mídia, um levantamento realizado pelo instituto Somatório Pesquisa & Informações e divulgado recentemente desfaz vários estereótipos negativos relacionados à população da terceira idade. A pesquisa revela o perfil de renda e consumo das pessoas com mais de 60 anos. Mostra que essa faixa etária tem renda mensal de R$ 7,5 bilhões, que corresponde a 15% dos rendimentos dos domicílios do país, e que 93% desse público tem renda própria.

Outro dado levantado na pesquisa foi a participação dessa faixa etária na renda familiar. Pelo estudo, em média 71% da renda familiar total vêm do bolso do aposentado. E essa participação aumenta entre as famílias de menor poder aquisitivo. Na classe A eles contribuem com 55% da renda familiar. Na classe B com 59%. Na classe C a participação sobe para 72% e na D contribuem com 88%.

O último item da pesquisa que comprova que os aposentados brasileiros têm vivido melhor trata de como essa faixa da população gasta seu dinheiro. A enquete mostra que 81% dos entrevistados se declararam totalmente independentes para suas tarefas cotidianas. Ir ao shopping, fazer compras, praticar atividades físicas e viajar compõem o rol dos desejos de consumo dessa faixa etária.

O levantamento bem como a tão debatida questão do reajuste das aposentadorias são noticias que dão mais ânimo a uma faixa da população que tanto contribuiu ao país. O reajuste de 6,14% já pode ser considerado uma vitória, embora a esperança claro, seja a de que se consiga um percentual ainda maior. Os aposentados ficam na torcida. Energia para fazer jus ao termo "melhor idade" eles têm de sobra. Resta obter um pouco mais de dinheiro no bolso para gastar e viver ainda melhor.

Veículo: Jornal do Commercio

Previ

Em sua coluna 'Novo olhar sobre o superávit da Previ', de 15104, Raquel Balarin, mostrando independência em seu comentário, aproximou-se da verdade sobre a destinação do superávit da Previ, com destaque ao informar que 'muitos deles (participantes da Previ e entidades que os representam) defendem que a distribuição deveria ser feita apenas entre os participantes, o que não parece razoável.

Assim como também não parece razoável que o Banco do Brasil, antes mesmo da decisão da Previ sobre o assunto, já tenha se apropriado em seu balanço de R$ 3,03 bilhões (2009) e R$ 5,06 bilhões (2008).Não há como discordar que quando existe lei que regulamenta demandas na justiça, não cabe juízo razoável, senão o seu cumprimento. Assim é que a LC 109/2001, determina que:
Art. 8º -Para efeito desta Lei Complementar, considera-se: I- participante, a pessoa física que aderir ao plano de benefícios; e II- assistido, o participante ou seu beneficiário em gozo de benefícios de prestação continuada.

O Artigo 20, que trata da destinação do resultado superavitário, afirma que: a não utilização da reserva especial por três anos consecutivos determinará a revisão obrigatória do plano de benefícios da entidade. 0 Banco do Brasil não é participante ou assistido do Plano de Benefícios.

A Previ é um fundo de pensão, e não um fundo de investimentos onde o banco aplica seus recursos para buscar os rendimentos, além dos rendimentos já obtidos com a administração desses recursos inteira e obrigatoriamente sob seu domínio. A citada Resolução 26 da SPC, não pode mandar mais do que uma Lei preexistente. Convém esclarecer que a Previ tem dois planos de previdência. 0 Plano I é o gerador dos volumosos recursos em questão. Associação dos Func. APOSENTADOS E PENSIONISTAS DO BANCO do BRASIL -TUPA (SP)

Nota da redação
A Resolução 26 está em vigor e é considerada válida pela Previ, que se baseia nela para realizar seus estudos técnicos.Funcionários do BB entraram na justiça contra a resolução, mas ainda não há decisão final do judiciário sobre o assunto ou liminar contra sua aplicação.

Fonte: Valor Econômico - SP

terça-feira, 20 de abril de 2010

Todos querem a Previ

Presidente do Banco do Brasil e o atual comandante do fundo de pensão brigam por cargo.

Governo teme uma guerra suja A guerra declarada entre Aldemir Bendini, presidente do Banco do Brasil, e Sérgio Rosa, que deixará, no fim de maio, a presidência da Previ, o fundo de pensão dos empregados da instituição financeira, caiu como uma bomba no Palácio do Planalto. Há o temor de que as trocas de acusações entre os dois, motivadas pelo controle da maior fundação de previdência privada da América Latina, com patrimônio de R$ 142 bilhões, acabem resvalando para o campo político, dando munição à oposição para atacar a candidatura da petista Dilma Rousseff à Presidência da República.

Com participação acionária em empresas como a Vale, a Embraer, a Petrobras, a Oi e o próprio BB, a presidência da Previ se transformou, nos últimos anos, em um dos cargos mais ambicionados do setor público. Muito mais do que vários ministérios, devido aos benefícios que se podem tirar de tamanha influência - inclusive doações para campanhas políticas. Rosa, que cumpriu dois mandatos em quase 10 anos e não pode mais ser reconduzido ao cargo, quer fazer seu sucessor: Joilson Rodrigues Ferreira, diretor de Participações do fundo.

O presidente do BB, que tem a prerrogativa de indicar o comandante da Previ, deseja nomear Paulo Rogério Caffarelli, atual vice do BB. Sérgio Rosa tem uma ficha de bons serviços prestados ao governo - o mais recente deles, garantir, por meio de uma das controladas da Previ, a Neoenergia, um dos consórcios para disputar a usina de Belo Monte. Ele tem como principal padrinho o deputado Ricardo Berzoini (PT-SP), que vem defendendo o nome de Joilson para a presidência da fundação. Bendini, por sua vez, conta com o apoio do ministro da Fazenda, Guido Mantega.

O presidente do BB acredita que o comando do fundo deve ser profissionalizado, já que, nos últimos anos, foi dominado por sindicalistas em tradição em gestão. Além de Rosa, vão deixar a Previ o diretor de Administração, Francisco Alexandre, e a diretora de Planejamento, Cecília Siqueira.

A diretoria executiva da Previ é constituída de seis diretores, três indicados pelo patrocinador, o BB, e três pelos associados. Dos indicados pelo banco, apenas Rosa sairá. Dos eleitos pelos funcionários, permanecerá apenas o diretor de Seguridade, José Sasseron. Duas chapas disputam a eleição, incluindo cargos nos conselhos deliberativo e fiscal.

Fonte: Vânia Cristino - Correio Braziliense

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Novo olhar sobre o superávit da Previ

Desde 2007, nenhum dos cerca de 150 mil participantes do plano de benefícios definidos da Previ, o fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, paga um único centavo de contribuição, mesmo os que estão na ativa. O banco, patrocinador do fundo, também não. Essa suspensão de contribuições só foi possível porque a fundação acumula superávits desde 2003, com exceção do ano de 2008.

Ainda assim, o superávit acumulado da Previ - algo que pode ser mal comparado ao lucro de uma empresa - não para de crescer. Fechou 2009 em R$ 44,2 bilhões e cresceu R$ 17,9 bilhões só no ano passado. O desempenho da bolsa é o principal responsável por essa valorização. Apenas a participação da Previ na Vale, por exemplo, era avaliada em R$ 31,08 bilhões no fim do ano passado, enquanto o patrimônio total do fundo era de R$ 140,8 bilhões.

Com números dessa magnitude e em ano de eleição para Presidência da República e de troca de presidente e diretores da Previ, é natural que a discussão sobre o que fazer com o superávit do fundo tenha ganhado um contorno político. Mas a questão merece um olhar mais técnico e analítico, por conta de seu impacto na vida futura de milhares de participantes e, em última instância, na vida do contribuinte, já que o Tesouro Nacional é o controlador do BB.

Vamos lá, às regras. Lei de 2001 determina que ao menos 25% do superávit tem que ficar guardado, a título de contingência para os benefícios que serão pagos ao longo do tempo. Trata-se de uma espécie de colchão de liquidez. Grosso modo, isso significa dizer que, do superávit registrado de R$ 44,2 bilhões, o excedente já baixa para R$ 33,15 bilhões apenas com a aplicação da regra. Esse é o valor que entra na chamada reserva especial para revisão do plano. A Lei Complementar 109 também determina, de forma genérica, que após três anos de superávit, é preciso decidir o que fazer com ele: deve-se revisar o plano de benefícios. Se a opção for pela redução ou suspensão das contribuições, a revisão deve ser proporcional ao regime de contribuição. Um exemplo prático: se o patrocinador contribui com R$ 10, o participante também com R$ 10 e a decisão for diminuir a contribuição em 50%, cada um deles passaria a contribuir com R$ 5 - o corte de 50% é feito proporcionalmente. Detalhe: a regra também vale para o caso de déficit. Para cobrir o buraco, a responsabilidade é de ambos, patrocinador e associado.

Como a lei de 2001 era genérica, a Secretaria de Previdência Complementar (SPC), em 2008, propôs uma norma, que foi depois aprovada e se tornou a Resolução 26. Ali, são determinadas várias outras medidas de cautela com relação à apuração do superávit e sobre o que fazer com ele. Em primeiro lugar, a resolução prevê que o fundo deve adotar uma tábua atuarial mais atual, a AT 2000. Com dados da tábua, que indica tempo de vida esperado da população, entre outros números, são calculados os benefícios futuros do fundo. A Previ já adota essa tábua. As outras medidas apontadas pela resolução são a redução da meta atuarial para 5% (indicação de uma rentabilidade menor no futuro; hoje o fundo trabalha com 5,5%) e dedução, do superávit, de eventuais dívidas da patrocinadora e de possíveis desenquadramentos do fundo.

A Previ tem pelo menos três desenquadramentos importantes: os investimentos na Vale superam o limite dos 10% de investimentos totais do plano e as participações em duas empresas do setor elétrico, CPFL e Neoenergia, superam o limite de 25% do capital total das empresas.

A estimativa é de que os três desenquadramentos, somados, atinjam R$ 20 bilhões. A adoção da meta de 5% reduziria o superávit em mais R$ 4 bilhões. Em contas bem grosseiras, subtraídos esses valores dos R$ 33,15 bilhões do excedente de superávit, o número cairia para R$ 9,15 bilhões. Se esses ajustes da resolução fossem feitos primeiro e depois fosse separado o colchão dos 25%, a conta subiria um pouco, para R$ 15,15 bilhões. A distribuição, portanto, ficaria entre R$ 9,15 bilhões e R$ 15,15 bilhões. E mantida a regra da proporcionalidade, cada um dos grupos - patrocinador e associados - teria direito a algo entre R$ 4,58 bilhões e R$ 7,58 bilhões. Mesmo partindo de uma conta "grosseira", é possível mostrar que a magnitude dos números é muito menor do que aquelas que vêm aparecendo nos jornais.

Participantes da Previ e entidades que os representam têm entrado com mandados de segurança na Justiça tentando derrubar a aplicação da Resolução 26. Muitos deles também defendem que a distribuição deveria ser feita apenas entre os participantes, o que não parece razoável. Assim como também não parece razoável que o Banco do Brasil, antes mesmo da decisão da Previ sobre o assunto, já tenha se apropriado em seu balanço de R$ 3,03 bilhões (2009) e R$ 5,06 bilhões (2008) a título de amortização sobre ganhos atuariais do fundo de pensão.

A Previ está agora debruçada sobre as regras e os números, tentando chegar à conta final. Depois, a questão terá de ser votada em conselho deliberativo, formada por três representantes do banco e três dos participantes. E nessa sessão, o presidente - seja ele Sérgio Rosa, ou o próximo indicado - não tem voto de Minerva.

Fonte: Valor Econômico - 15/04/2010

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Eleições 2010 - PREVI

Informo aos colegas a composição das chapas já homologadas pela Previ. A votação será realizada em maio, no período de 17 a 27/5.

Participantes em atividade no Banco do Brasil, na PREVI, Cassi e Fundação Banco do Brasil, em afastamentos regulamentares ou em quadro suplementar, votam pelo Sisbb. Assistidos e demais participantes votam pelo telefone 0800-729-0808.


CHAPA 1 - NOVA PREVI


Candidatos:

CONSELHO DELIBERATIVO

Silvio Soares Filho - Titular
Fernando Luis Lima Saraiva - Suplente


CONSELHO FISCAL

Vania Gobetti - Titular
Manoel Leite Magalhães - Suplente


DIRETORIA DE ADMINISTRAÇÃO

Dilson Guths


DIRETORIA DE PLANEJAMENTO

Ângelo Argondizzi Marcelino


CONSELHO CONSULTIVO - PLANO DE BENEFÍCIOS 1

Rita Pessini da Cruz - Titular
Silvio Renato Ribeiro da Silva - Suplente
Maria Fernanda Leister Constanzo - Titular
Marcio Jose Breder - Suplente


CONSELHO CONSULTIVO - PREVI FUTURO

Patrícia Vale Ribeiro - Titular
Bruno Rodrigues Chermont Vidal - Suplente
Fabio Nogueira Andrade - Titular

Gabriela Caccia Gouveia – Suplente


CHAPA 3 - UNIDADE NA PREVI

Candidatos:

CONSELHO DELIBERATIVO

Célia Maria Xavier Larichia - Titular
Luiz Carlos Teixeira – Suplente


CONSELHO FISCAL

Fabiano Félix do Nascimento - Titular
Aldo Bastos Alfano - Suplente


DIRETORIA DE ADMINISTRAÇÃO

Paulo Assunção de Sousa


DIRETORIA DE PLANEJAMENTO

Vitor Paulo Camargo Gonçalves


CONSELHO CONSULTIVO - PLANO DE BENEFÍCIOS 1

José Branisso - Titular
Mércia Maria Nascimento Pimentel - Suplente
Odali Dias Cardoso - Titular
Flávio José Pastoriz - Suplente


CONSELHO CONSULTIVO - PREVI FUTURO

Wagner de Sousa Nascimento - Titular
Rafael Zanon Guerra de Araújo - Suplente
Ítalo Lazarotto Júnior - Titular
Luciana Vieira Belém - Suplente

terça-feira, 13 de abril de 2010

Chapa 1 – Unidos pela CASSI vence eleições

A Comissão Eleitoral, em cumprimento ao Regulamento Eleitoral e ao Edital de Convocação das Eleições de 2010, homologou nesta sexta-feira, 9, o resultado das eleições da CASSI, realizada entre os dias 1º e 9 de abril. A votação dos associados elegeu dois membros titulares e dois membros suplentes do Conselho Deliberativo e um membro titular e um membro suplente do Conselho Fiscal, além do Diretor de Saúde e Rede de Atendimento.

A Chapa 1 – Unidos pela CASSI foi eleita com 39.706 votos, que corresponde a 43,44% do total de votantes. Do total de votos registrados na Chapa 1, 27.280 foram dos associados da ativa do Banco do Brasil e 12.426 foram dos associados aposentados.

A Chapa 3 – Uma nova CASSI obteve 33.569 votos, que corresponde a 36,72% do total de votantes. Do total de votos registrados na Chapa 3, 30.284 foram dos associados da ativa do Banco do Brasil e 3.285 foram dos associados aposentados.

Além disso, registrou-se 7.774 votos brancos (que corresponde a 8,50% do total de votantes) e 10.362 votos nulos (que corresponde a 11,34% do total de votantes).

Da base total de associados que estavam habilitados a votar (156.151), registrou-se a abstenção de 64.740 associados.

A posse dos representantes eleitos ocorrerá no dia 1º de junho e os mandatos terminam em 31/05/2014.

A CASSI agradece a todos os associados que, exercendo seu direito de manifestação democrática, escolheram seus representantes.

Confira os representantes eleitos:

Chapa 1 - Unidos pela CASSI

Para membro do Conselho Deliberativo

Titulares

Fernanda Duclos Carisio - Aposentada
Loreni Senger Correa - Aposentada

Suplentes

Ubaldo Evangelista Neto - Aposentado
Iris Carvalho Silva - Agência Piedade- Salvador-BA

Para membro do Conselho Fiscal

Titular
Rodrigo Nunes Gurgel - Diretoria de Marketing e Comunicação do BB

Suplente
Viviane Cristina Assôfra - Agência Empresarial Centro SP

Para Diretora de Saúde e Rede de Atendimento

Maria das Graças Conceição Machado Costa - Aposentada

BB briga pelo comando da Previ

Com patrimônio de R$ 140 bi, a Previ, fundo de pensão do BB, está na mira da cúpula do banco, que quer indicar o novo presidente entre um nome do PT e um do PMDB. Sérgio Rosa deve trocar o cargo pela campanha de Dilma. Uma briga bilionária Sucessão à presidência da Previ opõe grupo de Sérgio Rosa a Banco do Brasil A briga política pelo poder do maior fundo de pensão do país, a Previ, dos funcionários do Banco do Brasil (BB), colocou em rota de colisão a atual gerência do fundo e a Instituição financeira federal. De um lado o presidente da Previ, o petista Sérgio Rosa, quer fazer como sucessor seu fiel escudeiro, o atual diretor de Participações, Joilson Rodrigues Ferreira. De outro, o BB trabalha para pôr no comando da entidade, cujo patrimônio é de cerca de R$ 140 bilhões, um de seus principais executivos.

Estão na lista para possíveis indicados os atuais vice-presidente de Negócios de Varejo do BB, Paulo Rogério Caffarelli e o vice-presidente de Crédito, Ricardo Flores. Com menos força, também aparece o nome do atual vice-presidente de Negócios Internacionais e Atacado, Allan Toledo.

0 novo presidente da Previ assumirá no inicio de junho e a sucessão já entrou em pauta pelo papel estratégico do fundo. Além de ter um patrimônio bilionário e ser sócio de diversas empresas impor tantes — como AmBev Embraer e Vale, o fundo é essencial dentro das políticas públicas e de negócios. É o caso, por exemplo, do leilão da usina de Belo Monte, do qual o fundo deve participar por meio da Neoenergia (onde é acionista, junto com o BB), que integra o consórcio liderado pela Andrade Gutierrez.

BB quer registrar ganhos da Previ

Pesam também no interesse do BB os ganhos que, pelo menos desde 2001, a Previ tem registrado. Para o BB, trata-se de uma vantagem contábil, já que reconhece em seu balanço esses ganhos desde então. Em 2009, por exemplo, foram R$ 3 bilhões em receitas que, apesar de não entrarem efetivamente no caixa, ajudam a melhorar o patrimônio do banco e, assim, ampliar sua capacidade de empréstimos.Mas isso não tem sido tão simples, porque os representantes dos funcionários do BB dentro da Previ não aceitam essa divisão. Para eles, os ganhos do fundo pertencem exclusivamente aos próprios bancários, não à estatal. O BB, por sua vez, entende que pode ficar com 50% desse superávit — mesma proporção que arcava quando havia déficit no fundo. Por isso, a Previ ainda não fechou seus cálculos e as conversas continuam.

Como fundo de pensão não é entidade lucrativa, periodicamente os bons resultados deveriam ser distribuídos entre patrocinador e participante, conforme determina a legislação. Segundo nterlocutores do governo, de olho no lucro da Previ, antes do fechamento do balanço do BB, executivos do banco procuraram a Secretaria de Previdência Complementar (SPC) do Ministério da Previdência para entender melhor o processo de distribuição do lucro e como obter vantagem. Ter alguém do banco no fundo passou, então, a ser uma estratégia, disse uma fonte.

O BB lembra outra fonte, tem o poder de voto de minerva, já que Sérgio Rosa é um representante da instituição e teria a mesma posição, mas prefere a negociação. Quer evitar desgaste político e que a discussão seja levada à Justiça. Caffarelli e Flores, ambos funclonárlos de carreira do BB e cotados para suceder Rosa na Previ, são hoje dois dos dirigentes mais atuantes no banco, cuidando de áreas sensíveis na instituição. O primeiro surge com mais destaque para uma eventual ida ao fundo por ter a simpatia do PT, que "comanda" a Previ desde antes do inicio do governo Lula. O vice- presidente já esteve no fundo entre 1999 e 2000 na área de Finanças. Caffarelli cuida da reestruturação da área de seguros dentro do BB, que tem sido seu principal foco nos últimos meses. Essa tarefa, no entanto, já está quase concluída.

Já Flores, que também responde por uma área importante no banco, tem trânsito e bom relacionamento dentro do governo todo. O ponto que jogaria contra sua possível indicação à presidência da Previ é a proximidade com o PMDB, partido da base aliada do governo, mas que não tem muito espaço dentro do fundo de pensão.Dificilmente o PT abriria tanto as portas para outra legenda neste caso.

Eleições podem dificultar escolha

Na presidência da Previ há oito anos, Sérgio Rosa foi o responsável pela entrada do PT na entidade, ainda no fim do governo Fernando Henrique Cardoso, como diretor. Em 2003, com a vitória do presidente Lula, assumiu o comando do fundo. É um dos homens fortes do PT e tem trânsito livre no governo. Emplacar Ferreira na presidência é a justificativa para manter seu status. Rosa pode sair da Previ para integrar a campanha da ex-ministra Dilma Rousseff.

Bater o martelo sobre o nome do novo presidente da Previ também tem outro obstáculo: as eleições deste ano. Por não ter mandato definido, na troca de um presidente da República é usual o comandante do fundo também ser substituído.

Numa vitória da pré-candidata petista as chances de isso ocorrer são menores, na avaliação de fontes ouvidas pelo GLOBO. E como, tanto dentro do BB quanto da Previ, a avaliação é que o PT fará o seu segundo presidente da República, esse não seria um problema para convencer, eventualmente, um executivo do BB a seguir para a Previ.

Fonte: O Globo – 10/04/2010

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Governo recorre a fundos de pensão para salvar leilão de Belo Monte

Previ Funcef e Petros serão chamados para formar consórcios e revidar o Anúncio da desistência da Odebrecht e da Camargo Corrêa

O governo não revelou os nomes das empresas que se inscreveram ontem para o leilão da Hidrelétrica de Belo Monte associadas à Eletrobrás porque decidiu convocar os grandes fundos de pensão de estatais como Previ Funcef e Petros para negociar A formação de novos consórcios.

A formação de novos grupos previamente acertados com os fundos funcionaria como uma espécie de revide ao anúncio das empreiteiras Odebrecht e Camargo Corrêa, feito anteontem, de que não participarão do leilão da usina, marcado para o próximo dia 20. Ao mesmo tempo o governo espera reduzir o preço da construção cujo teto foi estabelecido em R$19 bilhões.

Depois de anunciar que divulgaria ontem os nomes das empresas que se inscrevessem até quarta-feira ao chamado para uma associação com a Eletronorte, empresa do grupo público Eletrobrás, o governo determinou que a lista só seja liberada na próxima semana, e sem data definida.

Na avaliação de assessores do Ministério de Minas e Energia e do Planalto, a Odebrecht e a Camargo Corrêa entraram na disputa apenas para pressionar pela alta da tarifa da energia.
Como as duas empreiteiras foram bem sucedidas com um aumento de 20% nos preços, e mesmo assim saíram da disputa, técnicos do governo entenderam que a desistência poderia servir para forçar um novo reajuste, menos concorrência e até novas condições a incluir em uma possível reabertura do edital do leilão. Um técnico disse ao Estado que esses foram os motivos que levaram à convocação dos grandes fundos De pensão - o Petros, da Petrobrás, a Previ do Banco do Brasil e o Funcef da Caixa.

A estratégia é semelhante à que foi adotada pelo governo Fernando Henrique Cardoso (19952002), quando os fundos de pensão entraram para "equilibrar a disputa e provocar concorrência” na privatização do setor de telecomunicações em julho de 1998.

As empreiteiras ameaçavam sair do leilão de Belo Monte há algum tempo, alegando que as condições impostas pelo governo tornavam o projeto inviável. A pressão levou o governo, três semanas atrás, a reunir o então ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, e os presidentes da Empresa de Pesquisa em Energética (EPE), Mauricio Tolmasquim, da Eletrobrás, José Antonio Muniz, e técnicos do setor. Na pauta, explicitamente, as reclamações das empresas.

Àquela altura, o teto para a construção da usina era de R$ 16 bilhões. Como o Ministério do Meio Ambiente fez novas exigências depois dessa reunião e a Odebrecht conseguiu demonstrar que a EPE não havia considerado o custo das residências dos operários na construção do canteiro de obras, o teto subiu em mais R$ 3 bilhões. A decisão foi objeto de uma portaria do ministro Lobão, aprovada pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

Essa não foi a única vitória do lobby do consórcio Odebrecht/Camargo Corrêa nas batalhas com o governo. O preço inicial da tarifa para a energia gerada em Belo Monte foi previsto em R$ 68 por MWh e depois aumentado para R$83 por MWh. Além disso, as queixas do “alto risco” do negócio também levaram o governo a negociar condições especiais de financiamento às construtoras com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Na construção das hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio, o prazo de pagamento dos empréstimos foi estabelecido em 20 anos. Para financiar a construção de Belo Monte, no entanto, o consórcio vencedor terá 25 anos para pagar a divida ao BNDES.

Técnicos do setor dizem que o risco do negocio é baixo, até porque haverá a participação de 49% da Eletrobrás.

Fonte: : O Estado de S. Paulo

quinta-feira, 1 de abril de 2010

O Significado da Páscoa


A Páscoa é uma festa cristã que celebra a ressurreição de Jesus Cristo. Depois de morrer na cruz, seu corpo foi colocado em um sepulcro, onde ali permaneceu, até sua ressurreição, quando seu espírito e seu corpo foram reunificados. É o dia santo mais importante da religião cristã, quando as pessoas vão às igrejas e participam de cerimônias religiosas.

Muitos costumes ligados ao período pascal originam-se dos festivais pagãos da primavera. Outros vêm da celebração do Pessach, ou Passover, a Páscoa judaica. É uma das mais importantes festas do calendário judaico, que é celebrada por 8 dias e comemora o êxodo dos israelitas do Egito durante o reinado do faraó Ramsés II, da escravidão para a liberdade. Um ritual de passagem, assim como a "passagem" de Cristo, da morte para a vida.

A festa tradicional associa a imagem do coelho, um símbolo de fertilidade, e ovos pintados com cores brilhantes, representando a luz solar, dados como presentes. A origem do símbolo do coelho vem do fato de que os coelhos são notáveis por sua capacidade de reprodução. Como a Páscoa é ressurreição, é renascimento, nada melhor do que coelhos, para simbolizar a fertilidade!

Desejo a todos uma Feliz Páscoa com muita paz, e harmonia.

Cecilia Garcez