segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Alteração na Resolução CGPC 26

Caros colegas,

Esta semana começa com a divulgação do atual Presidente da Previ (agora oficial) de que o BET será mantido, para alívio dos colegas e, PRINCIPALMENTE, do Banco do Brasil. Para conseguir que 2012 fechasse com um superávit de R$ 1 bilhão, foi feita uma, como dizíamos no caixa do BB, "marreta", com a precificação dos títulos do Governo, fato que beneficiou, PRINCIPALMENTE, o Governo (divulgado no início de janeiro no blog). Infelizmente, atualmente, os associados só são contemplados com medidas que os beneficiem quando estas beneficiam muito mais o patrocinador ou o Governo.
De qualquer forma, não deixa de ser uma boa notícia e acaba com a agonia de muitos colegas.

Outro ponto que aconteceu na semana passada, já conhecido pelos colegas, é a alteração da Resolução CGPC 26.

A Resolução CGPC 26 foi alterada para contemplar a decisão de que os fundos de pensão adaptem suas taxas atuariais ao cenário atual. É interessante que quando convém, eles rapidamente alteram, porém quando é para acabar com uma injustiça, eles se fazem de "mortos".

A Resolução 10, de 19.12.2012, altera o artigo 9o da Resolução CGPC 26, como já foi divulgado neste blog. Segue abaixo o artigo 9o na redação anterior e a Resolução 10 com as mudanças incluídas:
 
Resolução CGPC 26:
Art. 9º Aplica-se às EFPC e aos planos de benefícios constituídos no âmbito da Lei Complementar nº 108, de 2001, que tenham seu início de operação após a data de entrada em vigor desta Resolução, o prazo de 60 (sessenta) meses para o enquadramento aos limites estipulados no art. 6º.

Resolução 10, de 19.12.2012:
Altera a Resolução nº 26, de 29 de setembro de 2008, do Conselho de Gestão da Previdência  Complementar, que dispõe sobre as condições e os procedimentos a serem observados pelas entidades fechadas de previdência complementar na apuração do resultado, na destinação e utilização de superávit e no equacionamento de déficit dos planos de benefícios de caráter previdenciário que  administram, e dá outras providências.
“Art. 9º.....

§ 1º Observado o disposto no caput, a EFPC deverá adotar, além de outras hipóteses consideradas necessárias na avaliação da própria EFPC e do atuário responsável pelo plano:

I - tábua biométrica que gere expectativas de vida completa iguais ou superiores às resultantes da aplicação da Tábua AT-2000 Suavizada em 10% (dez por cento),observado o disposto nos subitens 2.1 e 4.8 do Regulamento Anexo à Resolução CGPC n° 18, de 2006; e

II - taxa máxima real de juros correspondente aos tetos estabelecidos no item 4 do Regulamento Anexo à Resolução CGPC nº 18, de 2006, reduzida em um ponto percentual, para cada um dos respectivos exercícios.

§ 2º Aplica-se o disposto nos incisos I e II aos processos submetidos à Superintendência Nacional de Previdência Complementar – Previc que tenham como base os exercícios de 2013 e seguintes.” (NR)
Art. 2º Esta Resolução entra em vigor em 1º de janeiro de 2013.





quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

FELIZ DIA DOS APOSENTADOS!!!


Meus caros colegas Aposentados e Pensionistas,
Dia 24.01 é o dia do Aposentado e não poderia deixar de homenagear os meus parceiros dessa luta que é defender os interesses dos associados da Previ e Cassi. Muitas vezes não é fácil e em alguns momentos estamos lutando em trincheiras diferentes, principalmente em época de eleições, mas o carinho e respeito persistem e apontam para um futuro, quem sabe, com mais união e mais perspectivas.

Gostaria de agradecer a esses guerreiros e guerreiras que estão sempre prontos e determinados a enfrentar as mazelas desta vida, que nem sempre são tão alegres, mas que devemos fazer com que os momentos felizes sejam sempre comemorados e, assim, sejam perpetuados na nossa memória. Tem coisa melhor do que ver um neto nascer, crescer? Tem coisa melhor do que ser chamado de “vovozinho” ou “vovozinha”? Tem coisa melhor do que ouvir desses pequeninos a frase “eu te amo, vovó / vovô? Isso não faz com que esqueçamos as dificuldades que, muitas vezes, a vida nos impõe?

Eu desejo a todos os meus parceiros de luta, não só hoje, mas sempre, muita saúde, muito amor (não dá para viver sem), muita PAZ (estamos precisando muito) e, é lógico, uma boa melhoria de benefício não faria mal a ninguém, pelo contrário...

Compartilho com vocês uma poesia do Carlos Drumond de Andrade que diz tudo que estou sentido e que gostaria de transmitir a vocês neste momento.

Um grande abraço,
Cecilia Garcez

FELIZ DIA DOS APOSENTADOS!

DESEJOS

Desejo a vocês...
Fruto do mato
Cheiro de jardim
Namoro no portão
Domingo sem chuva
Segunda sem mau humor
Sábado com seu amor
Filme do Carlitos
Chope com amigos
Crônica de Rubem Braga
Viver sem inimigos
Filme antigo na TV
Ter uma pessoa especial
E que ela goste de você
Música de Tom com letra de Chico
Frango caipira em pensão do interior
Ouvir uma palavra amável
Ter uma surpresa agradável
Ver a Banda passar
Noite de lua cheia
Rever uma velha amizade
Ter fé em Deus
Não ter que ouvir a palavra não
Nem nunca, nem jamais e adeus.
Rir como criança
Ouvir canto de passarinho.
Sarar de resfriado
Escrever um poema de Amor
Que nunca será rasgado
Formar um par ideal
Tomar banho de cachoeira
Pegar um bronzeado legal
Aprender um nova canção
Esperar alguém na estação
Queijo com goiabada
Pôr-do-Sol na roça
Uma festa
Um violão
Uma seresta
Recordar um amor antigo
Ter um ombro sempre amigo
Bater palmas de alegria
Uma tarde amena
Calçar um velho chinelo
Sentar numa velha poltrona
Tocar violão para alguém
Ouvir a chuva no telhado
Vinho branco
Bolero de Ravel
E muito carinho meu.
Carlos Drumond de Andrade

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

BB é mais agressivo que Previ

Caros colegas,

Hoje, dia 16.01, saiu uma página muito interessante no Jornal Valor Econômico, tratando da questão da redução da taxa atuarial e como os fundos de pensão estão tratando o assunto, bem como a forma das empresas patrocinadoras contabilizarem os recursos dos fundos de pensão em seus balanços. Há uma matéria específica falando do BB x Previ, que eu reproduzo abaixo. Estarei fazendo outros posts com os demais temas abordados, pois acho muito importante colocar esse tema em discussão no nosso blog. Esse assunto ainda vai dar muito pano para manga e tem muita coisa que o BB não explicou direito e não terá como fugir disso quando apresentar seu resultado de 2012.

BB é mais agressivo que Previ

O Banco do Brasil usa premissas menos conservadoras que a Previ para calcular o superávit do Plano 1 do fundo de pensão dos funcionários. Ao usar uma tábua atuarial mais antiga (AT-83) e uma taxa de desconto maior (5,7%) para trazer as obrigações a valor presente, o superávit, do ponto de vista do banco, ficou em R$ 27,7 bilhões em junho, ou R$ 6,7 bilhões maior do que aparecia nas contas da Previ.

Questionado sobre a diferença, o banco explicou que a Previ, como decidiu distribuir parte do superávit para o patrocinador e participantes, precisa seguir regras específicas do antigo Conselho de Gestão de Previdência Complementar, hoje CNPC. Entre as exigências está o uso da tábua de mortalidade AT- 2000 e da meta atuarial de 5%.
 
O BB argumenta que não tem que seguir essa mesma norma, que foi feita de maneira linear para todos os fundos de pensão que quisessem distribuir superávit. Na visão do banco, nos testes estatísticos realizados, a tábua AT-83 se encaixa com o perfil da população do Plano 1 da Previ. E a cada semestre esse cálculo é refeito por um atuário externo. Em relação à taxa de desconto, que ao fim de 2011 era de 6,1%, a maior num grupo de 15 empresas pesquisadas pelo Valor,  o banco disse que tem “total conforto com sua metodologia para capturar as taxas de juros de longo prazo”, mas não revela como faz o cálculo. O BB destaca apenas que essa taxa caiu para 5,7% no balanço de junho, o que mostraria uma aderência à queda vista nos títulos públicos. Em junho, as NTN-Bs longas estavam com juros na casa de 4,8%.
O Banco do Brasil não comentou sobre possíveis impactos nos números do quarto trimestre. Mas esclareceu que adota o método “corredor” para fazer o reconhecimento de variações atuariais. Por esse sistema, a empresa reconhece no resultado perda ou ganho ao longo do ano com base nas premissas para uma série de fatores (ver itens em tabela na matéria principal desta página).

A cada período, a entidade compara o valor reconhecido com base nas premissas e o que foi  efetivamente registrado. Se a diferença supera determinado valor, corrige-se para mais ou menos o montante já registrado. Até junho de 2012, o BB tinha ativos de R$ 14,3 bilhões ligados ao superávit do Plano 1 da Previ, enquanto o saldo positivo efetivo era de R$ 13,8 bilhões, o que representa uma  diferença negativa de R$ 500 milhões. No fim de 2011, a situação era inversa. Contudo, esses ajustes não precisam ser feitos (o que geraria uma perda no primeiro semestre de 2012 e um ganho em 2011), porque não foi rompido o colchão de R$ 6,6 bilhões do tal “corredor ” (que equivale à metade de 10% do maior valor entre obrigações atuariais e ativos garantidores).

Somente um ganho ou perda acima de R$ 6,6 bilhões, portanto, respingaria no resultado. Mas o impacto não seria integral. Caso se rompa o corredor, o reconhecimento deve ser dividido pelo tempo médio remanescente de trabalho dos funcionários do plano.

No caso do BB, esse tempo é de quatro semestres. Numa perda hipotética de R$ 2 bilhões além do corredor ”, portanto, o impacto seria de R$ 500 milhões.
Fonte: Jornal Valor Econômico, 16.01.

Títulos Públicos - Alongamento

Caros colegas,

Eu tenho recebido vários emails questionando essa informação divulgada pelo colega Genésio, de Uberlândia, que eu reproduzo abaixo e, logo após, minhas observações.

Tesouro Nacional x PB1 da Previ/BB

1. O Governo Dilma, no atordoado fechamento de suas contas em 2012, recorreu aos préstimos da Previ, mais precisamente ao nosso PB1, para alongar o perfil de parcela da Dívida Pública lastreada em NTN-B (Notas do Tesouro Nacional, série "B", código Selic 760199, corrigidas pelo IPCA e juros pré-fixados, prazos longos) da ordem de R$ 8,1 bilhões.

2. Foi tudo muito simples, bem conversadinho ao pé do ouvido, não doeu nada (será?), de tal forma que a Previ não aumentou seus investimentos, mas ajudou o governo alongar o perfil de sua dívida (títulos de longuíssimo prazo, 30 anos ou mais, têm mercado muito restrito). Tudo aconteceu assim:

a) a Previ vendeu ao Tesouro Nacional, em dez/2012, 4 lotes de títulos da dívida pública contento ao todo 2.878.143 NTN-B pelo montante de R$ 8,1 bilhões, vencíveis em 2.015 (R$ 3,1 bilhões), 2.017 (R$ 3 bilhões), 2.021 (0,7 bilhão) e 2.031 (1,3 bilhão); e

b) em ato contínuo, na mesma data (foi em dez/2012, só não posso afirmar o dia), a Previ adquiriu do Tesouro Nacional 2 novos lotes de títulos da dívida pública contendo ao todo 2.632.928 NTN-B, pelo mesmo montante de R$ 8,1 bilhões, vencíveis em 2.040 (R$ 3,1 bilhões) e 2.050 (R$ 5,0 bilhões).

Deseja confirmar estas informações? Visite o site da CVM - Comissão de Valores Mobiliários (
http://www.cvm.gov.br) > Fundos de Investimento > BB RF IV Fundo de Investimento Renda Fixa Longo Prazo (CNPJ 00.822.055/0001-87), Composição da Carteira, 12/2012. Visite, também, os fundos BB Carteira Ativa e BB Carteira Livre. Os 3 fundos citados são administrados pela BB-DTVM (leia-se Banco do Brasil S.A.), somam mais de R$ 80 bi, e têm como único cotista a Previ (PB1). Precisamos fazer o hábito de fiscalizar a Previ. Lá (no site da CVM ou em outros) o Colega encontrará inúmeras outras informações. Por exemplo, querem saber quanto pagamos para a BB-DTVM administrar estes 3 fundos? Querem conhecer os Regulamentos mal adaptados, com inúmeros erros de português? É isso mesmo, até eu que sou mais fraquim de português vi inúmeros erros de concordância nominal, artigos fora de escopo (no todo ou em parte, citação incorreta de artigos, citação de órgaos pú
blicos já inexistesntes (CGPC), etc.. Não sei para que serve a Assessoria Jurídica da Previ, talvez esteja preocupada com outros documentos de menor importância, e esquecem aqueles que tratam de mais de R$ 80 bilhões. Acorda Previ! Regulamentos - regulam obrigações e direitos entre Previ e BB-DTVM - que envolvem bilhões não podem gerar dúbias interpretações, todo cuidado é pouco. Acorda Previ!


Realmente essa operação da Previ com o Tesouro aconteceu como o colega descreveu, conforme informações obtidas na entidade. O preço e as taxas negociadas apresentaram valores compatíveis com o mercado.

Tanto o Tesouro como a Previ tinham interesse em que esse fato ocorresse. O Tesouro precisava que sua dívida fosse alongada, e a Previ?

Esses títulos que foram "trocados" estavam contabilizados pela "marcação pela curva", é uma espécie de precificação onde não há as oscilações de mercado. Se a "marcação estivesse a mercado" esses títulos valeriam, aproximadamente, R$ 1,5 bilhão a mais. O problema desse tipo de operação é que ao fazer essa "troca de ativos", é como se vendesse para depois comprar títulos novos, com novos prazos. No momento da venda, tem que apurar essa diferença de métodos de contabilização e reconhecer seu resultado no balanço. Como o Banco tinha todo o interesse em continuar recebendo o BET (não pensem que esse "jeitinho" foi dado apenas pela preocupação com os associados), essa operação, em tese, salvou a continuação do pagamento do BET, pois, teoricamente, parte do fundo do BET deveria ser revertido, reduzindo seu prazo de pagamento.

Conclusão: Foi uma manobra legal e realizada dentro dos parãmetros do mercado. A Previ tirou esse "coelho" da cartola. A diferença de contabilizações "mercado" e "curva" era de, aproximadamente, R$ 6 bilhões. Essa operação consumiu dessa cartola - R$ 1,5 bilhão. Ainda há R$ 4,5 bilhões para operações semelhantes no futuro, porém essa operação depende da disponibilidade do Tesouro de "topar" o alongamento de sua dívida. Esses valores aparecem nas notas explicativas da Previ na negociação com a CVM, no site da CVM.

Na minha opinião, ter os títulos de renda fixa "marcados a mercado", traz mais transparência para o plano, o que é bom para os associados acompanharem os investimentos. Em um plano de benefício definido, essa variação não interferirá no cálculo do benefício, o que pode acontecer no caso do Plano Previ Futuro, onde a poupança acumulada é importante na hora do cálculo do benefício.

 

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

A relação entre os Executivos do BB e Rosemary Noronha

Caros colegas,
Não poderia deixar de divulgar esse "babado" que inclui a turma do BB e também da Previ. E pelo que tem sido noticiado na mídia, haverá - em breve - mudanças na direção do BB e é bem provável que acabe também interferindo na gestão da Previ. Como já falamos antes, entra Governo, sai Governo, a história se repete... Quando se senta na cadeira... as pessoas mudam... o poder ensandece os homens, infelizmente.

Executivos de alto escalão do Banco do Brasil eram os interlocutores mais frequentes de Rosemary Noronha, ex-chefe do escritório da Presidência em São Paulo, segundo a agenda dela, obtida pela Folha por meio da Lei de Acesso à Informação.
Rose, amiga íntima do ex-presidente Lula por 19 anos, foi indiciada pela Polícia Federal sob suspeita de formação de quadrilha e tráfico de influência na Operação Porto Seguro.
Entre 2007 e 2012, a agenda de Rose registra 39 reuniões com executivos do BB, sobretudo vice-presidentes.
Os irmãos Paulo, Rubens e Marcelo Vieira, também indiciados na operação, aparecem em segundo lugar em número de citações na agenda, com 35 reuniões --29 delas no escritório da Presidência.
Dos executivos do BB, Ricardo Oliveira, que foi vice-presidente até maio de 2012, é o visitante mais frequente --aparece em 17 reuniões.
Oliveira disse à Folha que Rose apenas agendava encontros com o então presidente Lula. Segundo ele, um dos assuntos que tratou com o ex-presidente foi a compra da Nossa Caixa, em novembro de 2008, por R$ 5,38 bilhões. Ele afirma que é fantasiosa a versão de que Rose ajudou nesse negócio. "Ela não tinha participação no conteúdo das reuniões".
Também são citados encontros com Ricardo Flores, José Luís Salinas, Paulo Oshiro e Alencar Ferreira, todos do Banco do Brasil.
Ferreira, que foi da Companhia de Seguros Aliança, coligada do BB, é citado na agenda de Rose em uma reunião de julho de 2010.
Ele era acusado à época de ter produzido um dossiê contra Marina Mantega, filha do ministro da Fazenda, Guido Mantega. No documento apócrifo, Marina é acusada de fazer lobby a favor de empresários usando a sede paulista do BB --o escritório da Presidência onde Rose despachava fica no mesmo prédio.
Ferreira sempre negou ter atuado na montagem do dossiê contra Mantega.
O dossiê foi interpretado no governo como uma chantagem contra o ministro por causa das disputas para nomear o presidente da Previ, o fundo de previdência do BB, que à época administrava recursos de R$ 150 bilhões.
Dentro do BB, havia a suspeita de que Rose teria ajudado a produzir o dossiê junto com sindicalistas bancários porque tinha acesso às câmeras de segurança do prédio.
Rose conseguiu alguns favores do BB. Em 2010, a Cobra, braço tecnológico do banco, contratou sem licitação a empreiteira do atual marido dela, João Vasconcelos, por R$ 1,12 milhão para reformar um prédio.
A Cobra era uma área de influência de Salinas, vice-presidente de tecnologia do BB até junho de 2010, recebido por Rose seis vezes. Ele também foi afastado do cargo por causa do dossiê.
Rose também conseguiu que seu ex-marido, José Claudio, fosse nomeado suplente do conselho da empresa de previdência privada do BB.
A agenda registra ainda encontros de Rose com sindicalistas, empresários e representantes de veículos de comunicação.
OUTRO LADO
O Banco do Brasil disse em nota à Folha que a relação com Rosemary Noronha "sempre foi estabelecida de forma institucional".
Segundo o banco, o escritório da Presidência "funciona na sede do BB na capital paulista, fato que por si só gera a necessidade de frequentes contatos protocolares, relativos à própria administração do órgão".
Celso Vilardi, advogado de Rosemary, afirma que os encontros com executivos do BB faziam parte do trabalho dela na Presidência. "Isso é natural porque eles trabalhavam no mesmo prédio".
Ele disse desconhecer a suspeita de que Rose teria ajudado a produzir o dossiê contra Marina Mantega.
O advogado de Paulo Vieira, Leônidas Scholz, não quis comentar os encontros.
Ricardo Oliveira diz que Rose só agendava reuniões dele com o então presidente Lula. "Ela nunca entrou no mérito do assunto que seria tratado nos encontros. Ela nem teria condições técnicas de discutir a compra de um banco como a Nossa Caixa".
Ricardo Flores, hoje presidente da Brasilprev, afirma que sua relação com Rose sempre foi "institucional", "em função dos cargos que ocupei em diretoria colegiada no Banco do Brasil".
A Folha procurou Alencar Ferreira por e-mail, mas não obteve resposta. A reportagem deixou recado no celular do advogado de Rubens Viera, Fauzi Achoa, mas ele não ligou de volta.
Fonte: Folha online, 10.01.2013.

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Perspectivas para 2013

O ano começou e o ânimo foi revigorado com algumas informações que circularam pela internet, ainda que não comunicadas oficialmente pela Previ, de certa forma deu um alento aos associados do Plano 1. O receio pela suspensão do BET, de certa forma, foi afastado e agora é hora de pensarmos em outros pontos a serem discutidos.
Infelizmente, no Brasil, o ano só começa realmente após o carnaval. No mês de janeiro não acontece nada relevante, a maioria dos executivos aproveita esse período para sair de férias. Isso ocorre na maioria dos órgãos públicos e empresas de economia mista, como é o caso do BB, mas também não é muito diferente na iniciativa privada e na Previ.
A Previ demora uns dois meses para fechar as contas do ano anterior. Dificilmente o Conselho Deliberativo se manifestará antes de ver as contas. O que deve acontecer é prorrogar o pagamento do BET até que as contas sejam fechadas.
Pelo andar da carruagem, mesmo com a performance ruim de algumas empresas onde a Previ tem uma presença forte, como é o caso da Petrobrás, que teve seu valor de mercado muito reduzido durante o ano de 2012 (matéria abaixo), não podemos afirmar que isso impactará muito negativamente nosso resultado. A avaliação da empresa Vale, essa sim, qualquer espirro impacta diretamente o resultado do nosso plano, não parece que terá reduções em seu valor econômico. É bem provável que não haja grandes mudanças em relação ao valor contabilizado ano passado, visto que a empresa não demonstrou nada muito relevante que provocasse uma diferença para mais ou para menos para o ano de 2013.
Em relação à performance geral dos investimentos, tudo leva a crer que a Previ fechará 2012 com um pequeno superávit, sendo que não haveria mudanças na política conduzida durante o ano de 2012.
Outros pontos de alerta é a questão da regulamentação da retirada de patrocínio que deverá ter uma decisão final no início do ano efetivo (após o carnaval). Por enquanto, seguem algumas notícias que se referem diretamente a nossa Previ.

Aproveito para informá-los que a partir do dia 18.01, o blog terá uma carinha nova, mais moderna e com mais mobilidade. Espero que vocês gostem das mudanças.
Cecilia Garcez

O PPS vai pedir nesta semana ao Ministério Público Federal a quebra dos sigilos bancário, fiscal, telefônico e telemático de Rosemary Noronha, ex-chefe do gabinete da Presidência da República em São Paulo.O partido também protocolou ontem, na Comissão Representativa do Congresso, um requerimento com pedido de informações ao Ministério da Fazenda sobre o relacionamento de Rosemary nas negociações que definiram o comando do Banco do Brasil (BB) e do fundo de pensão dos funcionários da instituição financeira, a Previ, além da compra da Nossa Caixa pelo BB.
O líder do PPS na Câmara, deputado Rubens Bueno (PR), afirmou que as informações reveladas por meio da quebra dos sigilos de Rosemary serão úteis para esclarecer a profundidade do suposto esquema de corrupção e fraudes em pareceres no governo que contaria com a participação da ex-chefe do gabinete Presidência da República em SP.
"Ela gozava da intimidade do ex-presidente Lula para fechar negócios escusos. A quebra dos sigilos desta senhora é fundamental para esclarecer toda essa sujeira, inclusive, para
saber se houve envolvimento ou não do ex-presidente da República nessa história", disse.

Fonte: Jornal Valor Econômico

A Petrobrás deve ter registrado, em 2012 - os dados finais ainda não foram coligidos -, a terceira queda de produção de petróleo em 59 anos de operação. Também no ano passado, no segundo trimestre, a empresa registrou prejuízo de R$ 1,35 bilhão, o primeiro resultado negativo em 13 anos. Financeira e tecnicamente incapaz de realizar todos os investimentos que programou, sobretudo por pressão política do governo Lula, a empresa negligenciou aplicações em áreas essenciais para a geração de recursos necessários à sustentação desses programas, especialmente a de produção. O declínio é a consequência natural do modelo de gestão imposto pelo governo lulo-petista à empresa.
A primeira queda de produção da Petrobrás ocorreu em 1990, no primeiro ano do governo Collor, que desorganizou a economia brasileira; a segunda, em 2004, no governo Lula, foi provocada por problemas de manutenção e atraso na entrega de equipamentos. A do ano passado é a síntese de um conjunto de problemas que a empresa acumulou desde a chegada do PT ao poder, em 2003. Desses problemas se destacam o loteamento de cargos entre aliados políticos, o estabelecimento de metas irreais de produção, o encarecimento brutal das obras de refinarias, o atraso nos serviços de manutenção das plataformas e na entrega de equipamentos para a exploração do pré-sal e, nos poços já em exploração, notável queda de eficiência operacional.

As consequências são graves. Como mostrou o jornal Valor (7/1), com base em dados da Agência Nacional do Petróleo, a produção diária média de óleo e condensado em agosto de 2012 foi de 2,006 milhões de barris, inferior à média de agosto de 2011, de 2,052 milhões de barris. Descontada a produção dos novos poços que entraram em operação no período, de 500 mil barris diários, constata-se que a produção dos poços antigos diminuiu 26,6%, ou mais de um quarto, entre um ano e outro, bem acima da média histórica de redução, de 7% a 10% ao ano.

Estima-se que, só com a queda da produção de petróleo da Bacia de Campos, a Petrobrás tenha perdido cerca de R$ 7 bilhões no ano passado. A rápida queda da produção dos campos em exploração levou a empresa a anunciar, em meados do ano passado, um programa de aumento de eficiência dessas unidades, que foi incluído em seu Plano de Negócios 2012-2016.

Trata-se de uma tentativa de correção dos efeitos nocivos da decisão, tomada na gestão anterior da empresa, chefiada por José Sérgio Gabrielli, de - como queria o governo Lula, por interesse político-eleitoral - concentrar investimentos na área do pré-sal, o que reduziu as disponibilidades para aplicações em manutenção e recuperação de equipamentos dos poços já em exploração e para o aumento da capacidade de refino da empresa.

Por causa da queda da produção, que talvez não seja revertida em 2013, e da estagnação por muitos anos de sua capacidade de processar o petróleo, a Petrobrás passou a importar diesel e gasolina em volumes crescentes, às vezes superiores à capacidade da empresa de distribuir adequadamente os derivados, o que provocou a escassez temporária em algumas regiões do País. Pior ainda, do ponto de vista financeiro, essa prática tem sido altamente danosa à empresa, por causa da contenção dos preços dos combustíveis no mercado interno, que aumenta a defasagem em relação aos preços internacionais. A Petrobrás compra a preços do mercado internacional, mas vende mais barato do que paga, o que só pode resultar em perdas.

Com a produção em queda e a capacidade de refino estagnada, diante de um mercado em constante crescimento, e ainda acumulando prejuízos por causa da política de preços de combustíveis do governo, a Petrobrás reviu metas, congelou diversos programas de investimentos, vem tentando vender ativos no exterior e tem sua imagem cada vez mais corroída no mercado. Na atual gestão, chefiada por Graça Foster, parece ter abandonado a prática de vender ilusões. No ano passado, o primeiro à frente da diretoria da empresa, Graça Foster diz ter feito a "arrumação da casa". 2013 deverá ser o ano de "acomodação". Se for, pelo menos a Petrobrás não ficará pior.

Fonte: Agência Estado