segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Investimentos: mudanças serão graduais

Está aberta a temporada de caça aos bilhões que os fundos de pensão poderão investir a mais em ações, multimercados, fundos imobiliários e no exterior. De imediato, a maioria dos analistas descarta a possibilidade de uma movimentação grande de recursos entre aplicações. Contudo, os gestores já procuram formas de atrair parte dos R$ 500 bilhões de patrimônio das fundações com alternativas de diversificação.

A flexibilização pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) das regras de investimento das fundações pode estimular, por exemplo, o desenvolvimento do mercado de fundos que aplicam no exterior. Desde que a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) regulamentou, em fevereiro do ano passado, a criação de carteiras dedicadas a investir 100% do patrimônio lá fora, foram poucas as casas que se aventuraram por esse caminho.

"Como esse é um nicho que está começando do zero no país, os gestores vão ter de se mexer e isso significa correr para lançar fundos e criar um histórico", afirma o vice-presidente da SulAmérica Investimentos, Marcelo Mello. A própria SulAmérica vai seguir essa linha, conta o executivo.

O limite para aplicações fora do país pelos fundos de pensão foi ampliado de 3% para 10% na nova Resolução 3792 do CMN, que substituiu a 3456. A alteração pode não parecer significativa, uma vez que as entidades não estavam usando o percentual permitido. Só que 3% não era uma parcela considerada relevante pelas fundações que justificasse a análise desse tipo de aplicação, explica o sócio da da Gávea Investimentos, Marcelo Stallone. Com 10%, já começa a fazer sentido, destaca.

Stallone acredita que a maior movimentação dos gestores tende a ser para aproveitar essa oportunidade. "Quem tiver condição de oferecer gestão no exterior vai lançar fundo para atrair esse novo público", diz. Ele lembra que esse mercado não deslanchou porque a iniciativa da CVM de internacionalização dos fundos ocorreu justamente no ano da crise global, quando falar de aplicação no exterior assustava.

Para os gestores internacionais, a flexibilização das regras de investimento no exterior tornou o mercado brasileiro muito mais interessante, ressalta Mello, da SulAmérica. Ele acredita que a medida deve atrair mais instituições ao país, a exemplo do que ocorreu no Chile e no México.

Os fundos multimercados também foram beneficiados pela novas regras para as entidades fechadas de previdência, segundo os especialistas. Assim como no caso das aplicações no exterior, o limite para essas carteiras subiu de 3% para 10%. As fundações também não perdiam tempo analisando a aplicação em fundos hedge e isso deve mudar daqui para frente, afirma Mello. Os gestores, porém, estão preparados. "Há uma ampla gama de multimercados."

O executivo pondera, no entanto, que os novos limites não vão ser tomados de uma hora para outra, não no curto prazo. Mas, segundo ele, é importante ter um arcabouço legal que dê mais flexibilidade para as fundações baterem suas metas atuariais.

No passado, com os juros altos, os fundos de pensão já começavam o ano ganhando o jogo, não havia incentivos para buscar opções, lembra o sócio da Modal Asset Management, Alexandre Póvoa. Hoje, afirma ele, mesmo que a taxa de juros volte para casa dos 10% em 2010, conforme já se projeta, a situação para bater a meta é apertada para as entidades, de 6% além da inflação.
Póvoa acredita que os fundos de pensão vão buscar primeiro ampliar a parcela em ações e multimercados. A aplicação no exterior será o último passo, segundo ele, por conta da falta de experiência das fundações. Para o sócio da Modal, o investimento lá fora deveria ser encarado como uma alternativa de diversificação, e não apenas do ponto de vista de retorno como enxergam as fundações. "Mas o processo de mudança será gradual", prevê.

A flexibilização abre caminho para os fundos de pensão investirem no exterior, aumentar a parcela de ações, mas não será isso que vai acontecer necessariamente, diz José de Souza Mendonça, presidente da Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp). "Sem a Previ, a média da participação das ações na carteira dos fundos é de 18,5%, portanto, já haveria espaço para aumentar", diz.

No caso dos investimentos no exterior ocorre o mesmo, diz Mendonça, lembrando que a média de aplicações dos fundos está em 1%, um terço do limite anterior de 3%. "Mas claro que, com um limite maior, de 10%, já vale mais a pena para o gestor do fundo estudar a aplicação lá fora, até porque ninguém vai sair aplicando sem saber direito como essas aplicações funcionam", diz. De toda forma, o presidente Mendonça crê que a parcela que o sistema aplica no exterior (1%) não aumentará de imediato. "No momento, os investimentos mais atrativos estão aqui."

Para Mendonça, no caso das ações, a grande mudança foi a autorização para operações estruturadas, que englobam os fundos de direitos creditórios (FIDC) e que acabavam entrando no limite de renda fixa. "E os fundos imobiliários reduziam a parte relativa aos imóveis."
Mendonça admite que os fundos de pensão vão correr mais risco. "Mas viver é correr risco, o que se pode fazer?" questiona. Outro ponto é a necessidade de diversificação. "Há três anos, para cada título público eu tinha um de empresa privada", lembra Mendonça. "Hoje já é um público por um privado e não sei onde vou parar, por isso essa flexibilidade maior vai me permitir um melhor planejamento", diz.

A decisão de aumentar a parcela de ações vai também depender do perfil de cada fundo. "Carteiras novas, que vão demorar a pagar benefícios, podem correr mais risco, outras mais antigas não", diz. O tamanho dos fundos influenciará. "Mas a diversificação será maior", diz ele, lembrando que, nos últimos 15 anos, o retorno da bolsa acima da inflação foi de 9%, enquanto o da renda fixa foi de 12%. "Com juro acima de 12%, não fazia sentido ir para a renda variável, mas agora isso mudou", diz.

Estudo do banco inglês Barclays mostra que hoje a maioria dos fundos de pensão tem menos de 20% de seu patrimônio investido em bolsa, apesar de a média do segmento ser de 30,4% em maio. Isso se deve ao fato de alguns fundos com elevado patrimônio estarem bem acima do limite, caso da Previ, do Banco do Brasil, que tem 70% aplicados em renda variável. Os fundos de pensão chegaram a ter em média 37,7% em ações em maio de 2008, segundo o Barclays. Mas o pico de todos os tempos foi em 1994, quando a participação da renda variável bateu 43% do total de ativos. Entre 1997 e 1999, a participação saiu de 29% para 38,5%. (Valor – Folha de S. Paulo )

Nada muda no curto prazo -"A nova regra para os fundos de pensão não muda nada no mercado no curto prazo", diz Jorge Simino, diretor de investimentos da Fundação Cesp.

"Os fundos têm compromisso com o pagamento de aposentadorias. Por definição, movem-se mais lentamente." A alocação máxima permitida em ações já era de 50%. Excluindo-se a gigante Previ, porém, os fundos de pensão aplicavam só cerca de 16% nesses ativos.

"A média de aplicação em ações estava abaixo do permitido. Não subirá logo, ainda mais no atual nível de preço das ações."

Quanto aos investimentos no exterior, não deverá ser diferente. "Vai ter que constituir fundo no Brasil (os fundos de pensão só poderão aplicar através de fundos de investimento). Até ver o que é adequado à relação risco, inclusive de câmbio, e retorno, vai demorar." No México e no Chile, medidas semelhantes levaram mais de cinco anos para ter efeito, diz. (Folha de S. Paulo)

Relatório - A mudança dos limites de aplicação dos fundos de pensão terá impacto gradual no mercado de ações, avalia relatório do Barclays Capital, assinado pelos analistas Roberto Attuch e Henrique Caldeira. Segundo o estudo, considerando a exposição média em ações dos fundos de pensão e excluindo a Previ, os fundos teriam 19,5% do patrimônio em ações, o equivalente a US$ 65 bilhões em setembro. "Mas assumindo que os fundos, excluindo a Previ, aumentem sua participação gradualmente de cerca de 20% para 30% a 35%, isso representaria um fluxo para ações de R$ 28 bilhões a R$ 42 bilhões", diz.

Mas, apesar de achar que os investimentos em ações dos fundos vão crescer, o banco vê alguns problemas que vão tornar esse movimento gradual. O primeiro, de curtíssimo prazo, é que os ganhos obtidos neste ano na bolsa devem adiar para 2010 os projetos da maioria dos gestores desses fundos de tomar maior risco. O banco estima que as contribuições e a estratégia de comprar e manter ações, dada a atual valorização dos papéis, deve ter elevado a média do setor para 31,6% em bolsa. Com isso, o retorno médio das carteiras deve estar em 14,3% neste ano, muito acima da meta atuarial de 6% reais ao ano. Diversificar agora poderia pôr a perder esse ganho.

Outra expectativa do banco é que as metas atuariais, que exigem rendimento mínimo de 6% ao ano, sejam modificadas, como ocorreu com a Previ, que trabalha hoje com 5,75%, e Eletros, com 5,5% ao ano. Analistas já vêm alertando que os 6% ao ano eram adequados quando os juros reais eram mais altos, mas são incompatíveis com as projeções de queda das taxas reais brasileiras.

O Barclays lembra também que, diferentemente dos anos 90, quando as ações eram praticamente a única alternativa de diversificação, além dos imóveis, hoje há um grande leque de opções que surgiu com a sofisticação do setor de fundos e gestão de recursos - incluindo aplicações no exterior. Além disso, os fundos de pensão mantêm uma preferência por renda fixa, o que deve levá-los para bônus de empresas com taxas mais atrativas ou ainda operações com recebíveis, como fundos de direitos creditórios (FIDC) ou operações estruturadas.

A meta de atingir 50% do patrimônio em ações, que nunca foi atingida, também se mostra ambiciosa mesmo em termos internacionais. Segundo o Barclays, são poucos os países onde a parcela em ações atinge a metade dos ativos dos fundos de pensão, caso de Estados Unidos e Islândia. Incluindo fundos mútuos, inclusive de renda fixa, a diversificação supera 50% em cinco países - Bélgica, Austrália, Estados Unidos, Canadá e Reino Unido.

O banco considera que um impacto maior para a bolsa viria da diversificação dos fundos de investimento, com recursos saindo da renda fixa para ações. (Valor)

Fonte: Diário dos Fundos de Pensão

26 comentários:

  1. E vai rolar a festa, vai rolar!....

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  2. Colega Cecília,
    Algumas declarações me chamaram a atenção na matéria acima. A primeira atribuída ao José de Souza Mendonça, presidente da Abrapp:
    “... nos últimos 15 anos, o retorno da bolsa acima da inflação foi de 9%, enquanto o da renda fixa foi de 12%. "Com juro acima de 12%, não fazia sentido ir para a renda variável, mas agora isso mudou"
    A segunda atribuída ao Jorge Simino, diretor de investimentos da Fundação Cesp:
    "Os fundos têm compromisso com o pagamento de aposentadorias. Por definição, movem-se mais lentamente." A alocação máxima permitida em ações já era de 50%. Excluindo-se a gigante Previ, porém, os fundos de pensão aplicavam só cerca de 16% nesses ativos.”
    Diante dessas declarações, devemos concluir que houve uma política de investimentos diferenciada entre a PREVI e os demais fundos nos últimos 15 anos. Se isso é verdade, é difícil entender, pois se trata, geralmente, de fundos de empresas estatais. E pelo que foi dito acima, deduz-se que essa excessiva exposição em renda variável só nos trouxe mais risco e prejuízos. Será que esse raciocínio está correto? Erraram os outros fundos ou erramos nós?

    Outra declaração que julguei muito interessante do sr. José de Souza Mendonça é a de que "Carteiras novas, que vão demorar a pagar benefícios, podem correr mais risco, outras mais antigas não". Essa tese não indica claramente que a política de investimentos do Plano 1 deve ser mais conservadora e menos exposta a riscos do que o Previ Futuro?

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  3. pelo exposto, venho a dar adeus ao superavit.
    teremos q lutar por reajustes de aposentadoria, em cima de recalculos de aposentadoria, passando 90 para 100%, diminuicao ou extincao da Parcela Previ, sem vincular com o INSS,pois a acada ano o INSS, da aumento maior q a PREVI,coisa que ninguem entende. So que nos resta. Ah, e um aumento do emprestimos simples a cada ano.

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  4. Até que enfim você procedeu a um comentário justo e imparcial sobre
    a alteração dos limites de investimentos dos planos de pensão.
    Continue assim.

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  5. Uma alteração aqui, outra acolá. Uma resolução aqui, outra acolá. Assim vão nos enrolando indefinidamente. Divisão do Superavit, nem pensar. Somente aos felizardos do RENDA CERTA. Esperança apenas aos que já ingressaram na justiça através da UNAMIBB.

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  6. Nova regra para fundos não muda no curto prazo

    "A nova regra para os fundos de pensão não muda nada no mercado no curto prazo", diz Jorge Simino, diretor de investimentos da Fundação Cesp.
    Na semana passada, o governo permitiu que fundos de pensão corram mais risco, devido à queda de rentabilidade da renda fixa. Ampliou o limite de investimento em renda variável para 70% e permitiu aplicação de até 10% das carteiras no exterior. "Muita gente teve a impressão de que haverá mudanças de um dia para o outro." Mas fundos de pensão têm de ser conservadores.
    "Os fundos têm compromisso com o pagamento de aposentadorias. Por definição, movem-se mais lentamente." A alocação máxima permitida em ações já era de 50%. Excluindo-se a gigante Previ, porém, fundos de pensão aplicavam só cerca de 16% nesses ativos.
    "A média de aplicação em ações estava abaixo do permitido. Não subirá logo, ainda mais no atual nível de preço das ações."
    Quanto aos investimentos no exterior, não deverá ser diferente. "Vai ter que constituir fundo no Brasil [os fundos de pensão só poderão aplicar através de fundos de investimento]. Até ver o que é adequado à relação risco, inclusive de câmbio, e retorno, vai demorar." No México e no Chile, medidas semelhantes levaram mais de cinco anos para ter efeito, diz.


    com JOANA CUNHA e MARINA GAZZONI

    Folha de São Paulo de 28/09. Com certeza este é um pensamento a posição dos representantes de Fundos de Pensão.
    Neste momento precisamos de sábios e menos de aventureiros. Pelo passado temos confiança no futuro.
    Creio que a PREVI já tem definido o seu azimute. Confiar e navegar é preciso.

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  7. O Plano 1 é para benefícios definidos. É um plano maduro e fechado (só vai diminuindo seus 121 mil participantes), com previsão para encerrar os pagamentos por volta do ano 2050.

    Então, sugiro VENDA gradual das ações em"Carteira Mercado" na Bolsa, avaliadas em R$ 28 BILHÕES
    (BB,Petrobrás,Ambev,Embraer, etc...)creditando mensalmente aos previdentes do Plano 1, em verba específica (P-xxx_) um mínimo mensal de R$ 500,00.
    Sugiro a venda de ações em CARTEIRA, visto que seus valores estão muito altos e é o momento de realizarmos "lucros"+ benefícios.

    2) Que o Plano 1 deixe "preso" em 2 contas de reservas (contingência + revisão do plano) seus R$ 34 BILHÕES, até a solução da Resolução 26;

    3)Que a partir de 2010 deixe aplicado em renda variável (ações),ATÉ 50% do valor dos ativos do Plano 1. (atual está em 60%)Não caindo do "canto das sereias" dos 70% ora autorizados.

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  8. Colega Cecília,
    Entendo, no caso específico da Previ, que essa nova regra não deverá ser aplicada nunca. Por ser um plano maduro, o que precisamos daqui para frente é ter fluxo de caixa suficiente para pagamento das aposentadorias e pensões. Correr risco ainda maior na renda variável jamais. A exposição que temos em ações se mostra mais do que suficiente para o que necessitamos. Até mesmo porque o nosso PB-“1” se encontra engessado já há algum tempo. Não há melhoria de benefícios e nem utilização da reserva especial para revisão de plano. Exceção poderia ser feita naquelas situações em que os recursos investidos serviriam para manter a posição acionária estratégica da Previ na empresa. Qualquer coisa diferente do que foi exposto caracterizará injunção política na administração do nosso fundo.

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  9. Colega Cecília,
    Como já emiti a minha opinião sobre o assunto em pauta, peço licença para externar a minha preocupação com a notícia que vem do blog dos eleitos, cujo título é “Proteste pela derrubada do voto de minerva”. O relator do PL140/2007, deputado Leal Varella propôs, em 16 de setembro passado, a rejeição do projeto pela Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados, frustrando e preocupando as entidades representativas dos associados de fundos de pensão. Vale lembrar que o projeto tramita na Câmara já há dois anos. Pode ser o fim das nossas esperanças de vermos derrubado o famigerado voto de minerva. Paralelamente as entidades representativas pleiteiam, na justiça, a declaração de nulidade da resolução 26 do CGPC. Mas é esta resolução que, apesar de permitir ao patrocinador usufruir os recursos que até então pertenciam exclusivamente aos associados dos fundos de pensão, veta a utilização do voto de minerva nas decisões dos conselhos deliberativos das entidades fechadas de previdência complementar. À vista do exposto agradeceria se Você emitisse o seu ponto de vista sobre o assunto já que, no meu entender, em se configurando a rejeição definitiva do projeto da Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara, a declaração de nulidade da resolução 26 será o “tiro no pé” dos aposentados, das pensionistas e dos colegas da ativa, no que concerne ao fim do voto de minerva nos conselhos deliberativos das EFPC. Ficarei no aguardo de sua breve, oportuna e importante manifestação.

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  10. Cecilia,
    PARA REFLEXÃO DOS ASSOCIADOS
    Enquanto estiver rolando a ação da Resolução 26 nada pode ser negociado, tem que aguardar a decisão da justiça, que sabe lá Deus qdo. vai sair. O pior é que qdo. sair será favoravel ao BB, tendo em vista que o banco nunca perdeu, sempre levou a melhor, principalmente nesta questão que até o Ministro da Previdência Social já mostrou que não existe ilegalidade nela. RESUMINDO, estamos perdendo um tempo precioso para não dar em nada. Se não houvesse essa ação as propostas já estariam transitando pelos diversos departamentos até findar na SPC, como foi em 2006. Agora já estamos em outubro e não temos nada de concreto, nem vamos ter.O BB está conformado pois já apropriou o seu no balanço do ano passado e conseguio o que queria- Resultado. A data para entrar definitivamente esse valor em seus cofres não interessa. Por esses motivos quem estava certo era o VALMIR CAMILO quando disse que a justiça naquele momento não seria o melhor caminho. PENSEM BEM o melhor que temos a fazer, para minimizar os prejuízos é desistir dessas ações agora e começar imediatamente as negociações para receber alguma coisa em 2010. Caso contrario, só daqui a 5 anos que é quando sai uma decisão da justiça no Brasil,e enquanto isso tudo ficará parado por que é conveniente para eles e a desculpa é que nada pode ser feito até sair a decisão da justiça e ninguem pode culpá-los porque nós que provocamos tudo isso.

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  11. Cara Cecília,
    Gostaria que você pedisse um pronunciamento oficial da Diretoria da PREVI sobre a postura da entidade no que concerne à elevação do percentual em renda variável de 50% para 70% e da aplicação de recursos no exterior.
    Nossos analistas já devem ter uma posição tomada, principalmente no que concerne ao aumento das aplicações em renda variável no mercado interno.
    Acho que o assunto tem que ser debatido com os associados/assistidos, sopesados os argumentos favoráveis e desfavoráveis.

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  12. Concordo com a Antonia, sem negociação não receberemos nada. É histórico, concreto, os pré-97, com os contracheques fartos, não estão nem aí, são os que defendem a briga, a justiça. Ou o banco leva o dele, ou nada, é justo? não é! mas, é assim que caminha o capitalismo! ou abrimos mão de alguma coisa, negociando e desistindo da ação, ou nada. Quem viver verá!

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  13. cavalcante disse:
    estive ausente do blog por alguns dias em decorencia de problemas de saúde.Felizmente estou de volta, embora cada vez com menor esperança de receber, em vida, algo do Superavit pois a novela se arrastará por longos anos e provavelmente não estarei mais por aqui para usufruir da parte que me caberá. A colega Antonia no comentário acima resumiu muito bem a situação. Foi comentado aqui que se a Previ tivesse que se enquadrar nos 50% referentes ao investimento em renda variavel(Bolsa) esse procedimento consumiria uma grande parte do Superavit e com isso - e outras medias previstas na media 26 - não haveria Superavit e sim Deficit.Ora , se o Banco já vem contabilizando expressivos valores por conta do que deverá receber ( do que se acha com direito) e continuará usando desse artificio para maquiar o balanço e produzir dividendos fantásticos, pricipalmente para o maior acionista que é o Goiverno Federal, teve-se que aumentar o limite para 70% em renda variável e assim manter o Superavit permitindo que nosso patrocinador , por ocasião de seus balanços, possa continuar contabilizando recursos por conta do Superavit da Previ. Não vamos nos iludir, nem ser ingênuos, jamais o Banco -, muito menos o Governo- abrirá mão da regalia concedia pela medida 26, concedendo metade do Superavit aos patrocinadores de fundos, até porque daqui há algum tempo com as sucessivas contabilizações do BB, se tornará impossível estornar os valores astronômicos já contabilizados que poderiam comprometer o patrimonio do BB(questão de segurança nacional !!!) e em consequencia causar um estrago no Mercado Financeiro. Colegas que são contra a ceder algo ao BB, caiam na real, temos que negociar a retirada da liminar obtida pelo SINDF em troca, por exemplo , de acabar com o Voto de Minerva e dai, em seguida, outra negociação se faria com vistas a distribuição do Supearvit aos associados mesmo tendo que ceder parte ao Banco que ,de uma forma ou de outra, no fim, receberá o que está contido nas "ESCRITURAS" redigidas pelo Governo, SPC , BB e PREVI. O nó está dado, temos que flexibilizar para desatá-lo.A própria Justiça ponderará em sua decisão final, favorável ao BB, naturalmente, a questão do pânico que seria causado no Mercado por conta do desequiilibrio patrimonial do BB se acaso fossem estornados os bilhoes contabilizados.
    Quanto ao artigo da FABB : "Será que existe Superavit ?" questionando as contabilizações da Previ, em ações, penso que é melhor não pensarmos no que foi ali escrito, pois acredito que não existam tantos " MADOFS " na Previ que teriam coragem para se arriscar desta forma , ou seja produzir por meios ilegais(forjar) superavits. A dimensão da questão seria incomensurável pois como poderia o BB estar se utilizando de Superavit supostamente virtual(da Previ). Essa possibilidade é inimaginável, não creio que eles seriam capazes de chegar a tanto. Resta-nos agora pressionar nossas associações para que negociem a retirada da liminar na Justiça e passem a discutir uma justa distribuição do Superavit(a parte que nos couber)que no final do ano deverá atingir quantia astronomica e haverá dinheiro para todos.
    Um abraço à Cecilia e todos os colegas bloguistas.

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  14. Ao colega Rybem Tiné.Acho que não devemos levar nossa luta para mais um campo pré x pró.O que precisamos é no unir.Talvez os nossos contra-cheques sejam fartos pela razão de sofremos revolução 64, AI5 , novo rosto, pdv, collor, o diabo a quatro e esperamos 30 anos para aposentarmos ,às vezes até perdendo até comissões.O que precisamos é lutar por uma forma de um salário indireto como foi no passado e não observarmos uma Previ que somente liga para o futuro.Nós é que nos lixemos.Veja como exemplo o prazo do ES, tudo indica que este não foi dilatado em razão de estudos mirabolantes para não beneficiar aqueles que como eu já faz hora-extra na aposentadoria há mais de 17 anos.

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  15. Cecilia e Bloguistas,

    As regras e decisões sobre o que um fundo de Pensão pode ou não fazer nunca são pensadas e feitas para melhorar a vida dos participantes. Sempre são para melhorar o lado do Governo e do Patrocinador, depois do racha, se sobrar algo, ahi dividi entre os participantes. (mais que não sobre muito, se não eles se acostumam).
    Agora inventam novas regras para a aplicação da grana,como diria aquele robo maluco e fajuto do seriado Perdidos no Espaço , PERIGO..PERIGO...PERIGO....
    A arapuca ta armada, e as regras sempre são voltadas numa só direção: PREVI.É só olharmos a tal resolução 26, encomendada no tamanha e na formatação certas para o tamanho da P R E V I.
    Nós temos muitos sócios, não co ntribuem, mais sempre querem pegar a parte deles, sempre aparece alguem que diz ter direitos , e apresenta uma conta que temos que pagar, sempre dividindo a nossa parte, do que nós pagamos ( a mioria de nós) 30 anos.
    Temos que nos livrar do voto minerva(voto sabão em pó) a qualquer custo, só ahi teremos sossego, e poderemos levar para a mesa de negocições ações que realmente nos favoreça, mesmo pagando hj um custo tão alto.


    sergioinocencio

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  16. As ponderações da Antonia são prá lá de sensatas. Concordo plenamente com a opinião dela. Também o Cavalcante, a quem desejo e peço ao Senhor nosso Pai Celestial que lhe dê a saúde necessária para viver ainda longos anos sobre a terra, recebendo, assim como os demais participantes, todos os dividendos a que fazemos jus.
    Quanto à irredutibilidade daqueles que apostam na totalidade do superávit sendo distribuídos somente aos assistidos, é bom lembrá-los que a vultosa soma em litígio tornaria-nos extremamente desiguais em relação às demais classes de aposentados do Brasil.
    Cito aqui, duas pessoas em postos chaves de negociação, cada uma nas suas Associações, que estão afrontando contra os menos favorecidos do Plano 1. São elas: ISA MUSA e MIRIAN CLEUSA FOCHI. Isa Musa já é conhecida pela sua luta contraa divisão do superávit com o BB. Já Mírian é do setor jurídico da Contraf-Cut e do Sindicato de Brasília, autor da Ação contra a Resolução 26 na justiça. As duas estão em pleno viço da juventude. Podem esperar longos anos pela justiça, ainda que, como disse o colega Cavalcante, possamos não ter 100%
    de êxito, pelo motivo de valores astronômicos serem obrigados a estorno, possibilidade muito remota. Enfim, conclamo as duas nobres mulheres citadas acima, a usarem o bom senso comum. Peço que reflitam sobre as excelentes colocações expostas aqui neste blog por brilhantes, nada obstante, simples, ideias bem embasadas.

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  17. anônimo disse:"Superavit"
    Sugiro aos colegas que acessem o site www.afabbpr.com.br e leiam a carta que foi enderaçada ao Presidente da Anabb em resposta ao artigo "Carta do Presidente" publicada pelo Sr. Valmir Camilo.
    Devemos esquecer de uma vez por todas, que a Anabb, enquanto presidida por aquele senhor fará algo para nos defender. Percebe-se claramente que o Sr. Camilo está , como sempre esteve,cada vez mais alinhado com com o lado mais poderoso (Governo, BB, SPC e a parte subserviente da Diretoria da Previ). Vamos parar com sugesteões para pressionar a Anabb, por ser a maior entidade em número de associados, para lutar por nossos direitos,é tempo perdido.
    O que precisamos é de união em torno de campanhas por ocasião de eleições na PREVI e ANABB de modo a substituir os "pelegos"subservientes que não querem deixar o poder O ideal seria que aquelas associações que ainda lutam realmente por nossos interesses, como exemplo Unamibb, Afabb'S etc. promovessem uma convenção entre si e criassem uma
    espécie de Comissão Permanente para assuntos do Superavit. Seria solicitado o apoio/adesão de colegas "notáveis" que estão espalhados pelo Brasil afora, com extenso conhecimentos jurídico e de previdencia para efetivamente "comprar a briga" , ainda que tivéssemos que contribuir extraordinariamente com mensalidade maior, por um período determinado, de modo a financiar às despesas inerentes à atuação dessa Comissão. Ai sim, essa "Comissão", vamos chamar assim .com "Carta Branca" teria todo o apoio logístico das Associações e também o nosso para enfrentar a " LUTA".
    Façam, por favor, uma reflexão e comentem aqui no blog se acharem válido, para que a idéia possa germinar para uma ação efetiva.

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  18. Colega Cecília,
    Peço licença para reproduzir trecho de matéria que retirei hoje, 01.10.2009, da página de economia do Uol, por entender que se trata de notícia alvissareira.
    “01/10/2009 - 03h54
    FMI anuncia fim da recessão mundial
    Istambul (Turquia), 1 out (EFE).- A recessão mundial terminou, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), que divulgou hoje suas previsões de crescimento diante do forte empurrão dado pela Ásia e os sinais positivos no resto do planeta, embora alertasse que a recuperação será lenta.
    Segundo os novos cálculos, o mundo sofrerá uma contração em 2009 de três décimos menos que o previsto em julho, até 1,1%, mas esse resultado se deve ao terrível princípio de ano.
    Para o ano que vem se prevê um crescimento de 3,1%, seis décimos mais que seu cálculo anterior”.

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  19. Marco Aurelio Damiano1 de outubro de 2009 às 09:42

    Concordo com o colega Carlos Domini, quando diz que o que “precisamos é nos unir” e “o que precisamos é lutar”, seja para qualquer objetivo defendido pelos colegas neste espaço. Entretanto, acho que alguns questionamentos devem ser feitos. Será que apenas defendendo teses aqui neste blog ou no previplano1.com.br, nós conseguiremos chegar a algum lugar? Será que as diretorias da Previ e do BB estão preocupadas com a insatisfação externada pelos colegas que aqui deixaram o seu depoimento? Que são muitos, mas talvez inexpressivos em relação ao total de aposentados e pensionistas do referido plano de benefícios. Acho que só através de um movimento a nível nacional lograremos ser ouvidos. Faz-se necessário que, em cada cidade, em cada região, os beneficiários do plano 1 se reúnam, estabeleçam representantes, e definam, qualitativa e quantitativamente as suas posições. Caso contrário, ficaremos discutindo o sexo dos anjos, indefinidamente. Então, para atingirmos algum objetivo prático, o espaço disponibilizado pela colega Cecília neste blog e o site previplano1.com.br podem contribuir decisivamente, centralizando a organização e o resultado desse movimento.

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  20. Prezado colega,

    A respeito de seu comentário do dia 30 de Setembro de 2009 18:28, concordo plenamente de que a ANABB/Valmir devem ser esquecidos, pois só representam seus próprios interesses. Não sei como esta associação ainda tem um número tão expressivo de filiados. Gostaria que me explicassem como eles conseguem enganar tanta gente durante tanto tempo assim....

    Abraço a todos!!!

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  21. Marco Aurelio,

    Não existe política de investimentos diferenciada entre a previ e os demais fundos. A exposição excessiva da Previ, na alocação de renda variável, se deu em função das altas significativas da Bolsa de Valores nos últimos anos.

    O seu entendimento está correto. O plano 1 precisa cada vez mais de liquidez e a aplicação em renda variável envolve risco alto, não necessários para um plano maduro. Devemos adotar cada vez mais uma postura conservadora.

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  22. cavalcante disse:
    Agradeço ao caro colega Ari Zanella pelas gentis palavras de apoio e solidariedade.Apesar de estar com a saúde frágil espero conseguir forças para lutar, junto com os colegas, por nossos direitos até o fim.
    Um abraço
    Cavalcante

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  23. Jorge,

    Na minha concepção, apesar dos entraves que estamos vivenciando, entre a manifestação do relator pela rejeição do fim do voto e a suspensão dos efeitos da CGPC26, a derrubada do voto de minerva é de fundamental importância para , de fato, estabelecer a democracia nos órgãos de decisão das entidades fechadas de previdência complementar. Toda mudança requer luta e só através dela é que conseguiremos conquistar essa democracia. O autor do projeto, deputado Eudes Xavier, ressalta também essa importância afirmando que devemos extirpar esse “entulho autoritário” a fim de tornar as decisões mais democráticas. Essa relação de forças precisa ocorrer de forma equilibrada, uma vez que, no estágio atual, o poder decisório fica nas mãos do banco.

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  24. Colegas,

    Esta ai o porquê da ANABB conseguir manter os mais de 100 mil sócios:

    " ANABB GANHA LIMINAR NA JUSTIÇA -

    A liminar foi concedida pelo juiz Antônio Corrêa, da 9ª Vara da Seção Judiciária do Distrito Federal, no dia 23 de setembro de 2009. A partir da decisão, essas verbas serão depositadas em juízo em conta individualizada para cada associado da ANABB. Caso a decisão final seja favorável, os associados receberão o dinheiro retido. "

    As promessas continuam.....vende sonhos quem pode, acredita e aguarda quem precisa.

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  25. Cecília,
    Soube que a PREVI vendeu sua participação/controle acionário na BrT. É verdade? Por quê vender se esse é um setor estratégico, ainda mais se considerarmos a expansão necessária para a Copa do Mundo e Olimpíadas no Brasil!!!Ou será que vamos optar por investir em estádios com retorno muito baixo???

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  26. Colega Anônimo,

    O que ocorreu foi a compra da Brt pela Oi/Telemar. Na realidade a Previ continua no bloco de controle de uma empresa maior, amparada por um novo acordo de acionistas. A Previ passou a ter a participação de 12,96% da Telemar Paricipações

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