segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Matéria sobre o veto ao reajuste dos aposentados

Pelo movimento dos caras enrugadas
Querendo demonstrar para o "mercado" que seu governo buscará a austeridade para enfrentar a crise econômica que se aproxima, o governo Dilma vetou o aumento das aposentadorias acima de um salário mínimo.
Ao escolher estes como bodes expiatórios do desarranjo das contas governamentais, a presidente Dilma sinaliza para todos os assalariados quem primeiro pagará a conta: os trabalhadores.
Desde fins dos anos 50, tem-se observado, como um fenômeno universal, o envelhecimento da população.
Tal fenômeno é mais visível nos países economicamente desenvolvidos, fruto de um conjunto de fatores, como o avanço da ciência e da medicina, influindo diretamente na queda do índice de mortalidade; da crescente urbanização e desenvolvimento de uma estrutura de saneamento nas grandes cidades, tendo como consequência a melhoria nas condições de higiene doméstica e do trabalho, bem como uma acentuada melhora na qualidade e na oferta da alimentação da população.
No Brasil, segundo o IBGE, a população com mais de 60 anos, no ano 2000, era de 14.536.029, contra 10.722.705 em 1991.
O crescimento dessa população tem tornado a velhice uma importante questão social, relacionada com uma mudança na composição de nossa sociedade, trazendo à luz o crucial tema da aposentadoria, em primeiro lugar, e aspectos de caráter sócio-cultural relacionadas à crise de identidade e mudança de papéis dessa faixa etária.
Fruto da Constituição de 1988, a aposentadoria de trabalhadores rurais teve um caráter de uma pequena revolução, evidenciada pela universalização da aposentadoria rural, estendida inclusive aos que não contribuíram diretamente com a previdência social, significando uma melhoria das condições de vida dos idosos dessas áreas.
Atualmente, a aposentadoria rural beneficia mais de 7 milhões de trabalhadores rurais.
Infelizmente, a situação dos aposentados brasileiros, hoje, não é nada boa. A renda dos benefícios pagos pela Previdência Social se aproxima do mínimo e, além disso, elevou-se, no governo Lula, seu grau de endividamento, graças ao incentivo para que todos fizessem empréstimos consignados, como forma de ampliar a capacidade de consumo das famílias.
Apenas para termos maior clareza da precária situação dos aposentados, basta lembrar que em 1979 o máximo rendimento pago pela previdência correspondia a 18,4 salários mínimos. Dez anos depois, correspondia a 10,3. E em 2009, a 6,9.
Esse veto de Dilma não é apenas uma afronta aos milhões de aposentados do país. É um tapa no rosto do Congresso Nacional, onde, por meio de emenda do PPS, conseguiu-se a anuência da maioria de seus integrantes visando garantir o direito a um aumento real de salário para esse numeroso e importante contingente de nossa população.
Espera-se, agora, que o Congresso faça valer sua decisão democrática, no que respeita aos interesses dos cidadãos, a quem representam, espera-se, com a dignidade devida.
Para que isso aconteça, entretanto, é fundamental que os aposentados exerçam sua mobilização cidadã em torno de seus interesses e pressionem deputados e senadores para que o Congresso derrube esse veto presidencial. (Roberto Freire - Brasil Econômico)

9 comentários:

  1. Minha Cara Cecília,

    Peço perdão a todos porém de há muito não vejo nosso Congresso derrubar um veto siquer. Quanto mais vetos polêmicos para o Governo.Ali não existe reação possível e nem previsível . É uma tristeza mas não se iludam de nada pois já descrente de tudo não vejo solução. Só a Divina

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  2. Colega Cecília,
    Da mesma forma que o articulista acima afirma que todos devem exercer sua mobilização cidadã em torno de seus interesses, no que concerne ao veto ao reajuste dos aposentados, entendo também que podemos e devemos pressionar a Previ para que faça, com urgência, o realinhamento do ES-Previ. Para tanto informo abaixo o e-mail da Secretaria Executiva, para onde os interessados/as poderão dirigir as suas manifestações a favor do realinhamento do ES-Previ com a configuração 150/150. Bastará apenas se identificar e enviar o pleito à especial atenção do diretor ou conselheiro que melhor lhe convier.
    secex@previ.com.br
    Em comentário anterior Você afirmou que a Anabb apóia esse realinhamento. Entretanto, tendo em vista que já aconteceu em anos anteriores, registro minha estranheza em virtude de até o momento não ter visto nenhuma manifestação formal e pública da entidade sobre o assunto, em particular do conselheiro deliberativo eleito Sr. William Bento. O que poderia estar ocorrendo colega Cecília?

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  3. Prezada colega Cecília,

    Peço-lhe desculpas pelo encaminhamento afobado de meu último comentário sobre o nosso Abaixo-assinado.

    Antes dele eu deveria pedir a você que, caso achasse interessante divulgá-lo em seu Blog, assim o fizesse.

    Mil perdões, ok.

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  4. Colega Juarez,
    Não precisa se desculpar, pois este espaco e nosso. Fique bem a vontade para apresentar o abaixo-assinado ou qualquer outro assunto que diga respeito aa nossas entidades e que interfiram na vida dos colegas.

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  5. Prezada colega Cecília,

    Se possível, favor divulgar para os seguidores do seu Blog, ok.

    Nosso Abaixo-assinado do Manifesto em Defesa do Patrimônio dos Participantes e Assistidos das EFPC's

    Prezados companheiros,

    É com grande satisfação que comunico a todos que o nosso Manifesto em Defesa do Patrimônio dos Participantes e Assistidos dos Planos administrados por Entidades de Previdência Complementar – EFPC’s, solicitando a aprovação do PDC 9/2011 do Dep.Federal Eduardo Sciarra, que visa a anulação dos dispositivos contidos na RES-CGPC-26/2008 no tocante às apropriações ilegais de superávits produzidos por nossos Planos de Benefícios pelos Patrocinadores, hospedado no Site HTTP://www.peticaopublica.com.br sob a forma de Abaixo-assinado, já conta com 7951 assinaturas até o presente momento e 183 páginas no formato A4. Se alguém ainda não assinou, acesse o seguinte endereço, clicando nele: http://www.peticaopublica.com.br/PeticaoAssinar.aspx?pi=EFPP2011 para assinar.

    Este maravilhoso resultado parcial se deve à dedicação de todos os ativistas de nosso Movimento Supra-Entidades representativas dos Participantes e Assistidos dos Fundos de Pensão, que vêm trabalhando diuturnamente na propagação de nossa mensagem de repúdio à famigerada Resolução já citada anteriormente. E nossas perspectivas são as mais otimistas possíveis, no alcance de nossos objetivos.

    No meu pensamento, esta ferramenta (o Abaixo-assinado) poderá ser utilizada também como instrumento de estímulo de publicação não onerosa para nosso Movimento, de matérias de nosso interesse nos jornais e revistas de grande circulação, haja vista a quantidade de potenciais leitores – e compradores – que o assinaram e que se mostram atentos e interessados no desfecho desta questão. Estou acionando nossa turma para envidar esforços neste sentido.

    Outrossim, tal Abaixo-assinado será entregue com muita pompa nos momentos que antecederem à analise pelas diversas Comissões na Câmara dos Deputados. Estamos solicitando ao Deputado autor o pedido de convocação de Audiência Pública durante estas análises, ocasião em que estaremos representados fisicamente na defesa de nossos pontos de vista ideológicos e jurídicos.

    Vamos em frente que como disse o compositor Geraldo Vandré em sua popularíssima música, “Quem sabe faz a hora, não espera acontecer”.

    E que Deus não só ilumine nossos ativistas e defensores de nossa causa, como também os parlamentares que apreciarão o razoável Projeto de Lei em tramitação.

    Salvo melhor juízo.

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  6. Cecília, a Anabb pegando fogo e você não fala nada? Dê notícias.

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  7. Colega Cecília,
    10:45hs de 30.08.11. Já são 8912 pessoas que assinaram o abaixo-assinado em Defesa do Patrimônio Dos Participantes e Assistidos das Entidades Fechadas de Previdência Complementar – EFPC, de que tratou o comentário mais acima postado pelo colega Juarez Barbosa. Valeu.

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  8. Pois,é, Jorge. Quando queremos e quando nos unimos somos fortes. Parabéns a todos os colegas que participaram do abaixo-assinado. Quem ainda não assinou, ainda há tempo!

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  9. Este governo, que se diz defensor dos direitos do cidadão, está massacrando ominosamente os aposentados deste País. Não é apenas o veto à aplicação do reajuste àqueles que recebem acima de um salário mínimo (medida injusta e arbitrária), mas a derrocada sistemática no STF, sob a mesma orientação, das mais legítimas demandas dos aposentados. O que deseja o governo é uma espécie de reforma previdenciária cinza (feita às esconsas). Continua o velho mote, tão propalado pela mídia, de que os aposentados são o problema do País. E os nossos Ministros do Supremo? Tal qual nossos ilustríssimos Deputados e Senadores, comem nas mãos do Executivo. O que se está fazendo é uma limpeza etária, tal qual as piores praticadas na história. Essa é a verdadeira face da Exma. Sra. Dilma Roussef, nossa infausta Presidente.

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