quarta-feira, 10 de agosto de 2011

A discussão do teto continua...

O mais antigo e mais polpudo fundo de pensão do país, a Previ, do pessoal do Banco do Brasil, está sob tensão. Segundo denúncias do Sindicato dos Bancários de Brasília e da presidente da Federação de Associações de Aposentados (Faabb), Isa Musa de Noronha, o banco pretende enviar à Secretaria de Previdência Complementar do governo proposta para que o valor máximo a ser pago a aposentados atinja até R$ 81 mil. Anteriormente, estudava-se um limite de R$ 27 mil.
O nível de R$ 81 mil é um - pretendido - limite, mas, com a mudança, um executivo do BB que ganhe R$ 50 mil poderá ser aposentar, dependendo de vários fatores, com R$ 45 mil, o que será prejudicial a aposentados e pensionistas da tradicional Previ.
Segundo fontes do setor, o Banco do Brasil, para reter seus principais executivos, passou a pagar salários mais altos para o pessoal da cúpula - o que é uma questão que só afeta ao banco. No entanto, se tais executivos, ao se aposentarem, forem receber mais do que ministros do Supremo Tribunal Federal, haverá uma perda para o caixa da Previ.
Como isso poderá afetar os ganhos atuais e futuros de milhares de aposentados, a federação dos aposentados e os sindicatos de bancários - como o de Brasília - estão se mobilizando para impedir a mudança. (Sérgio Barreto Motta - Jornal Monitor Mercantil)

17 comentários:

  1. Colega Cecília,
    Por sob o post anterior fiz um comentário que não foi publicado. Como se trata de assunto do máximo interesse meu e possivelmente de muitos colegas, estou reenviando-o agora agradecendo desde já a atenção que Você sempre dispensa aos meus pleitos. “Uma das preocupações de todos os colegas, evidenciada nos comentários postados na grande rede, diz respeito a essa queda nas bolsas de valores de todo o mundo, inclusive na Bovespa, que Você bem aborda neste post. Aquela velha “ladainha”, já do conhecimento de todos, diz que temos exposição excessiva em renda variável. Lembro-me bem uma vez que Você abordou aqui no blog, quando ainda participava da diretoria do nosso fundo, que a Previ fazia diversas projeções sobre os possíveis resultados do “PB-1”, considerando os piores cenários possíveis da economia. À vista do exposto gostaria de saber: 1º) - qual o patamar, em termos de pontos do índice ibovespa, que, se atingido, poderia causar maiores preocupações para os associados?
    2º) – no nível de pontos em que se encontra o ibovespa existe algum tipo de problema com relação ao pagamento dos nossos benefícios?
    3º) – ainda é muito cedo para se imaginar que até o final deste ano o viés da bovespa poderá ser de alta já que, segundo os analistas, algumas ações estão com preços bastante acessíveis?
    4º) – no cenário atual existe algum tipo de preocupação com o fato de que a Previ poderia não honrar o pagamento do BET durante o período que foi pré-determinado?
    5º) – tomara que isto não ocorra mas, em havendo déficit este ano, patrocinador e associados poderiam ser chamados a contribuir novamente, não obstante os recursos que foram apartados e se encontram em fundos específicos e destinados a suportar a suspensão das contribuições por determinado período? Ficarei no aguardo de sua breve, importante e oportuna manifestação”.

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  2. Prezada Cecília,

    Talvez você não tenha tomado conhecimento ainda, mas a senhora Isa Musa de Noronha - em nome da FAABB - denunciou para a imprensa e para o Ministério Publico que o Banco pretendia criar super aposentadoria passando seus Administradores para altos salários, coisa de 81 mil. Ocorre que isso é notícia velha, pois em atenção a denúncia que ela fez, a PREVIC já determinou que nossa PREVI rejeitasse tal absurdo. Tal denúncia saiu no Correio Brasiliense e em outros jornais.

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  3. Caro Juarez,
    Eu sei muito bem do empenho da Isa nesse processo. Esse assunto também já tinha sido divulgado aqui no blog, porém a novidade e que ele continua vivo e a pressão do Banco esta forte para que ele seja aprovado.

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  4. Colega Cecília,
    Quando li o post imaginava também que o assunto já estaria sepultado após as denúncias da presidenta da Faabb e das entidades sindicais. Não tinha conhecimento do fato de que essa aberração teria voltado à baila desta feita, como Você afirma, com pressão intensa do patrocinador sobre o órgão fiscalizador. “Zelosa” como ela é com os interesses das EFPC, a ponto de ter editado a malfadada resolução 26 sob a alegação de estar protegendo os interesses dos associados, não consigo enxergar outra solução por parte da Previc que não seja a de rechaçar de vez essa indecência. Ou será que eu estou errado? Aproveito a oportunidade para informar que permaneço no aguardo ansioso de sua resposta para o meu outro comentário postado mais acima.

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  5. Prezada Cecília,

    Se isto for aprovado, penso que teremos mais um forte argumento para derrubarmos o "voto de minerva" conferido aos Patrocinadores pela LC-108/2001.

    O PLP 140/2007 do Dep.Fed.Eudes Xavier foi recentemente desarquivado e voltou a tramitar pelas Comissões apreciadoras da Câmara dos Deputados justamente pleiteando a anulação dele.

    Estamos também batalhando nesta frente.

    Tenho a convicção que não nos faltará a força necessária para obstaculizar todas as ações produzidas pelo Patrocinador, muitas delas a mando do próprio Governo, que visam espoliar-nos ilegalmente de nossas sagradas poupanças previdenciárias e de denunciarmos veementemente tais procedimentos.

    Salvo melhor juízo.

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  6. Com certeza essa será a moeda que o Banco ira impor para um eventual acordo na alteração do estatuto.
    O que eu não entendo é que muito dos nossos colegas se aposentaram sob estatutos anteriores a 97 e que previa a consulta a quadro social, aumento das aposentadorias de acordo com o aumento da ativa e distribuição do superavit apenas para os beneficiários, então, porque não fazer com se aplique essas cláusulas?

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  7. Caro Jorge,
    Eu estou doida para responder seu comentário, onde você, como sempre, fez ótimos questionamentos, porém como desde ontem eu estou respondendo os comentários pelo celular e como são diversas questões, fica complicado responder pelo celular, mas pode aguardar que hoje a noite, quando estiver com meu computador, com certeza você terá suas respostas. Agradeço a compreensão.

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  8. Prezado Cecília e demais companheiros,

    Acabo de criar uma Sala de Reuniões/Debates virtual para nos servir.

    Nela poderemos marcar dias e horários para termos "conversas tecladas" abrangendo os temas de nosso interesse, onde todos poderão participar simultaneamente e em tempo real.

    O endereço para acessá-la é o seguinte:

    http://debatesereunioesdoprevipb1emfoco.blogspot.com/

    Este endereço estará disponibilizado permanentemente em meu Blog, coluna do lado direito e encima do gráfico da Bovespa.

    O acesso à sala é livre e funciona 24 horas. Para participar, basta inserir seu nome no primeiro retângulo e no segundo, sua conversa teclada.

    Vou disponibilizar esta sala para os outros Blogs e Grupos de discussão de nossos interesses.

    Ah! A regra básica de participação é apenas a de evitarem situações que possam gerar conflitos. Existe nos mecanismos da sala um instrumento de banimento de quem não se comportar devidamente (sic).

    Espero que todos façam bom proveito dela.

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  9. Jorge Teixeira tem razão no seu questionamento pois é uma guerra de nervo terrível. Eu que há mais de 20 anos não aplico em bolsa quando ganhei um dinheirinho e comprei meu fusca zerei minhas ações, senão hoje além de me preocupar com ES, superavit, bolsa já staria doi.no entanto é preciso cautela ou será que a Previ deseja que todo diaela deseje um aumento na Bovespa de 1% para distribuir superavit ao patrão BB?Estamos vendo agora a boataria que a Previ comprou como todo investidor fez quando a bolsa despencou. Isto parece samba de criolo doido.
    A Previ parece despreocupada é só acompanhar o site diariamente. O que nos deve preocupar é a volta desse teto e como sempre o BB em cima da Previ. É só observar os empreendimentos. Devemos ficar atentos para as próximas eleições e desta vez vou ficar de cartaz na porta da agência sentado o dia todo até que conquiste o último voto e este se multiplique

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  10. Só um questionamento: o Banco quer criar e legalizar um "SUPERSALÁRIO", que no futuro será pago pela PREVI. E a PREVI concorda com isso?

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  11. Caro Jorge,

    Por enquanto ainda não é motivo para grandes preocupações, até porque o mercado é bem volátil e a Bolsa de Valores pode voltar a subir, porém não dá para cochilar, pois se a Bolsa chegar no final do ano (31.12) ao patamar de 56 mil pontos, haverá um grande risco de zerar o superávit. É lógico que há também as reavaliações das empresas que são feitas anualmente e não é pelo valor de mercado. É contratado um Banco que faz a avaliação desses ativos, onde os principais são Vale, Neoenergia e Invepar, porém não acredito que a avaliação dessas empresas suba muito, pois o valor de mercado delas caiu muito este ano.
    Quando pensamos no longo prazo, é lógico que o risco diminui em parte porque o prejuízo aconteceria realmente se os ativos fossem vendidos nesse momento de baixa, porém cada vez mais estamos consumindo ativos de renda fixa para pagar benefícios, considerando que não há contribuições. Temos que lembrar também que o nosso plano é fechado e maduro e a maioria dos associados estão recebendo benefícios, por isso não se justifica ter uma alocação tão arriscada no Plano 1. Já o plano Previ Futuro até poderia ser mais ousado, considerando que se encontra na fase de captação, com poucos associados aposentados.
    Apesar de se ter constituído um fundo para pagamento do BET, um possível déficit no plano poderá colocar em risco esse pagamento da forma como foi aprovado.
    Da mesma forma, as contribuições poderão ser retomadas caso haja a configuração de déficit no plano. Concordo plenamente contigo que ainda é muito cedo para projetarmos como o mercado reagirá daqui para frente, porém os cenários traçados pelos analistas não são tão otimistas, até porque há um risco político também em relação ao nosso governo que não pode ser descartado nessa análise. A pressão por investimentos, porém sem recursos disponíveis poderá fazer com que o Governo pressione os Fundos de Pensão em entrar em investimentos não tão atrativos, como é o caso do trem bala ou outros que por ventura surjam, principalmente considerando que existe uma agenda de investimentos em função da Copa do Mundo e das Olímpiadas. Alguns investidores estrangeiros já estão falando que só entrarão em negócios onde tenham também investidores nacionais. Se for um investimento de risco, QUEM assumirá esse papel de investidor nacional? As empresas privadas? Pouco provável.

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  12. É isso aí, Juarez. O importante é unirmos forças nessa hora. Toda a pressão contra a REsolução e contra o voto de minerva sempre será bem-vinda.

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  13. Caro Everton,

    No momento que foi mudado o estatuto e que contou com a aprovação dos associados (no caso das mudanças que você citou), é muito difícil voltar no tempo. Valerão as regras que constam no estatuto atual.

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  14. Parabéns, Juarez, pela iniciativa. Adorei a ideia. Vou visitar a sala, pois essas discussões podem ser bem interessantes.

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  15. Oi Domini,
    Isso é que eu chamo de disposição. Concordo plenamente contigo.

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  16. Cara Rita,

    Quem é a Previ? Quem decide na Previ? O Banco e os dirigentes eleitos. Eu não acredito que os dirigentes eleitos concordem com isso, mas não posso afirmar, pois todos seriam beneficiados com a medida. Pelo que tenho percebido, até o momento, eles estão se posicionando contra a medida.

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  17. Já que o patrimônio da PREVI deve ser utilizado (pelo menos em tese) para garantir os beneficios dos associados, não cabe uma consulta ao Corpo Social?

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