terça-feira, 9 de agosto de 2011

Notícias preocupantes

Gostaria de repassar algumas matérias que saíram esta semana sobre as quedas na Bolsa de Valores. É bom verificar que a Previ tem uma participação considerável nesses ativos que foram muito desvalorizados com a queda da bolsa. Se esta onda continuar, o cenário para o segundo semestre será desafiador e não dá para descartar a possibilidade de déficit ainda este ano.

Fundos: Petrobras e Vale perdem R$ 42,6 bi na Bovespa
Em um dia de pânico nos mercados, a Petrobras e a Vale, as principais empresas do Ibovespa, perderam ontem, juntas, R$ 42,6 bilhões de seu valor de mercado. O cálculo é da consultoria Economática, a pedido da Folha.
Os papéis da Vale caíram, na média, 9,4%, o que representou queda de R$ 20,8 bilhões no valor de mercado da empresa. Os da Petrobras recuaram 7,77%, o que reduziu o valor da companhia em R$ 21,8 bilhões.
Na última semana, a Petrobras já perdeu R$ 66,6 bilhões. Sua capitalização atual está em R$ 258 bilhões. Já a Vale perdeu R$ 51 bilhões, para R$ 201 bilhões.
O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, disse que o cenário é incerto, mas sugeriu que poderá haver alta das commodities.
"Com taxas de juros historicamente baixas, aumenta a demanda no mercado futuro de commodities, e pode ser que isso provoque pressão altista no preço do petróleo."
MARFRIG
Foi a Marfrig, indústria de alimentos dona da marca Seara, quem liderou as perdas no Ibovespa ontem.
Depois de cair quase 28% durante o dia, os papéis fecharam em queda de 24,8%, a R$ 9,02. Desde quinta-feira passada, a empresa já perdeu 40% de valor.
Ontem, as ações da Marfrig movimentaram R$ 69 milhões e uma corretora, sozinha, vendeu R$ 24 milhões. A concentração das vendas em uma única corretora pode sinalizar que um grande fundo tenha se desfeito, de uma só vez, de uma quantia grande de ações da empresa.
A relação dessa operação com a gestora de recursos coreana GWI, dona de 5% das ações da Marfrig, foi inevitável ontem no mercado.
Conhecida por operações arriscadas e dona do único fundo que quebrou com a crise de 2008, a GWI tinha uma alta exposição à Marfrig.
Em abril, um de seus fundos [o GWI Private Investimento no Exterior] tinha 73% da carteira em ações da Marfrig. O GWI Leverage aplicava 46% da carteira na empresa, segundo a CVM (Comissão de Valores Mobiliários). (LEILA COIMBRA e TATIANA FREITAS, colaborou MARIANA CARNEIRO - Folha de S.Paulo)
Fundos: Perda de R$174 bilhões só ontem
Valor de mercado da Petrobras encolhe R$21,8 bilhões
Em apenas um dia, investidores que têm ações de empresas listadas no Ibovespa, índice de referência da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), perderam somados R$174 bilhões, segundo a base de dados consultoria Economatica. Essa foi a perda de valor de mercado ontem dos 69 papéis de 63 empresas que compõem o índice, que caiu para R$2,202 trilhões.
O maior tombo foi da Petrobras. A estatal perdeu em apenas um dia R$21,8 bilhões em valor de mercado. O governo federal tem quase a metade do capital social da companhia, o que significa que registrou uma "perda" de quase R$11 bilhões apenas ontem.
O segundo maior tombo foi da Vale. A mineradora registrou um recuo no valor de mercado de R$20,86 bilhões com a queda nas ações.
O empresário Eike Batista, homem mais rico do Brasil, também perdeu uma parte de sua fortuna ontem. As empresas de seu conglomerado X - letra que batiza todas suas companhias - tiveram somadas perda de R$7,421 bilhões. Eike tem cerca de dois terços do grupo EBX e registrou perdas pessoais na casa de R$4,9 bilhões. Mas, se não vendeu os papéis, nada o impede de recuperar o valor. Suas empresas listadas são OGX, MMX, MPX, LLX, Portx e OSX (Bruno Villas Bôas - O Globo)

5 comentários:

  1. Com a Bolsa de Valores atravessando um momento difícil, cheio de incertezas no cenário internacional e as principais ações do Ibovespa com desempenho negativo este ano, o momento é de ficar longe da renda variável, certo? Errado. Pelo menos para os gestores dos fundos de previdência privada.
    Com foco sempre no longo prazo, os fundos de previdência privada costumam operar contra a “manada” e vão às compras quando o mercado de renda variável está em queda. Assim, os especialistas indicam que o investidor aproveite o momento de baixa para optar por fundos que tenham uma carteira maior de renda variável.
    “Momentos como agora são especialmente bons para este tipo de portfólio. Você consegue acumular boas quantidades de ações que interessam, com preços mais baixos e uma boa perspectiva de valorização no longo prazo”, afirma o sócio-fundador da Orbe Investimentos, Fábio Figueiredo Carvalho.
    O consultor e presidente do fundo Paraná de Previdência Multipatrocinada, Renato Follador, ressalta que a política de investimentos do fundo presidido por ele prevê uma gestão ativa, para garantir uma rentabilidade maior para o cliente. “Neste momento, estamos aproveitando a queda da bolsa e comprando ações, pensando no rendimento lá na frente”, afirma.
    Percentual de renda variável
    De acordo com o especialista, todos os fundos de previdência deveriam aplicar pelo menos 20% do seu capital em renda variável. “O ideal mesmo, no caso de planos de pelo menos 15 anos, é que a metade do valor total seja investido em ações”, afirma.
    É importante lembrar que, nos fundos de previdência abertos, comercializados por bancos e gestoras independentes, o percentual máximo que pode ser destinado à renda variável é de 49%.
    “Este limite já foi de 20%, depois foi elevado para 30% e agora está em quase 50%. Acredito que, em algum momento, vá ser permitido uma alocação ainda maior em renda variável”, afirma o sócio da Orbe.
    Já os fundos fechados, também conhecidos como fundos de pensão, podem ter um percentual maior investido em renda variável: até 70%.
    Importância dos fundos de previdência complementares
    Segundo especialistas, a maioria dos brasileiros ainda não possui plano de previdência complementar e, quando chega a hora de parar de trabalhar, acaba se arrependendo das decisões financeiras tomadas ao longo da vida.
    Por isso, eles ressaltam a importância de pensar em uma previdência privada o quanto antes, para que a contribuição possa ser menor e o valor acumulado no final do plano maior, garantindo uma aposentadoria mais tranquila.
    Para os planos de previdência com renda variável, o tempo é ainda mais importante. “Quanto mais tempo a pessoa tiver até a aposentadoria, maior o percentual em ações e melhores podem ser os resultados”, afirma Follador. (Infopessoal)

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  2. Prezada Cecília,

    Não se preocupe, pois, como noticiaram, foi só queda do "valor de mercado" e não queda do "valor patrimonial" de nossas gigantes.

    Logo, logo o valor de mercado se igualará ao valor patrimonial, não tenha dúvida disto.

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  3. Colega Cecília,
    Uma das preocupações de todos os colegas, evidenciada nos comentários postados na grande rede, diz respeito a essa queda nas bolsas de valores de todo o mundo, inclusive na Bovespa, que Você bem aborda neste post. Aquela velha “ladainha”, já do conhecimento de todos, diz que temos exposição excessiva em renda variável. Lembro-me bem uma vez que Você abordou aqui no blog, quando ainda participava da diretoria do nosso fundo, que a Previ fazia diversas projeções sobre os possíveis resultados do “PB-1”, considerando os piores cenários possíveis da economia. À vista do exposto gostaria de saber: 1º) - qual o patamar, em termos de pontos do índice ibovespa que, se atingido, poderia causar maiores preocupações para os associados?
    2º) – no nível de pontos em que se encontra o ibovespa existe algum tipo de problema com relação ao pagamento dos nossos benefícios?
    3º) – ainda é muito cedo para se imaginar que até o final deste ano o viés da bovespa poderá ser de alta já que, segundo os analistas, algumas ações estão com preços bastante acessíveis?
    4º) – no cenário atual existe algum tipo de preocupação com o fato de que a Previ poderia não honrar o pagamento do BET durante o período que foi pré-determinado?
    5º) – tomara que isto não ocorra mas, em havendo déficit este ano, patrocinador e associados poderiam ser chamados a contribuir novamente, não obstante os recursos que foram apartados e se encontram em fundos específicos e destinados a suportar a suspensão das contribuições por determinado período? Ficarei no aguardo de sua breve, importante e oportuna manifestação.

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  4. A gente só perder ou ganha quando realiza.

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  5. Caro Everton,

    Você tem razão, porém a questão é que o balanço é fechado pelo resultado da Bolsa em 31.12. Caso ela fique em um patamar abaixo dos 56 mil pontos, corremos um risco de nos depararmos com um possível déficit no plano.

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