quinta-feira, 18 de agosto de 2011

E quem paga a conta são os aposentados...

Sabemos que o cenário não está muito otimista, principalmente se considerarmos algumas ações promovidas pelo Governo atual tanto no Brasil como em outros países. No Brasil, o veto da Presidente Dilma no reajuste dos aposentados que ganham acima de um salário mínimo é um absurdo. Por que não reduzem os salários e os custos da máquina pública? Do Congresso? Por que não reduzem as emendas das diversas pastas?

Mais uma vez, estamos vendo a mesma história e agora nas mãos de uma Presidente do PT, que tanto criticou os governos anteriores quando cortaram reajustes e reduziram benefícios. Com certeza, o dissídio dos bancários não será nada fácil de ser negociado, pois é bem provável que não haja reajuste para a categoria.

Seguem algumas matérias que saíram sobre o assunto na mídia para reflexão dos colegas.

Traição com os aposentados
Para acabar com o Fator Previdenciário, o governo elaborou três propostas que prejudicariam igualmente aqueles que fossem se aposentar pelo Instituto Nacional de Seguridade Social – INSS, entre elas a proposta de aumentar em 7 anos o tempo de contribuição.
De acordo com o Ministério da Previdência, se a proposta for aprovada, o mínimo de contribuições poderá passar de 30 para 37 anos para mulheres e de 35 para 42 anos para os homens. Além dessa, o governo estuda também criar a idade mínima de 60 anos para mulheres e 65 anos para os homens que forem se aposentar ou aplicar o fator 85/95, que concede aposentadoria integral quando a soma da idade com o tempo de contribuição der 85 para mulheres e 95 para homens.
O presidente da Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas – COBAP, Warley Martins, afirma que nenhuma das propostas valoriza as aposentadorias e pensões. “Assim como o Fator Previdenciário, as novas propostas do governo prejudicam os trabalhadores que vão se aposentar. Se aceitarmos que o governo aumente cada vez mais o tempo de contribuição, logo o brasileiro não terá mais direito de se aposentar”, ressaltou.
Ainda na segunda-feira, 15, a presidente divulgou veto à emenda da Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO que contemplava aposentados e pensionistas. Assim como a COBAP, as Centrais não concordam com as propostas de substituição do Fator e muito menos com o veto. “Dilma é traidora dos aposentados. Em todas as oportunidades de melhoria para nosso segmento, ela nos prejudica”, finalizou Warley Martins. (Livia Rospantini Cobap)
Aposentados vão ao Congresso contra veto
Sindicalistas querem garantir aumento real para quem ganha mais de um salário mínimo
Os aposentados estão revoltados. O veto da presidente Dilma Rousseff à previsão de reajuste real para as aposentadorias e pensões acima do salário mínimo pegou as entidades representativas do setor de surpresa. "Vamos fazer barulho novamente", prometeu o presidente do Sindicato dos Aposentados da Força Sindical, João Batista Inocentini.
Segundo ele, é a segunda vez em que Dilma frustra os segurados. "Na primeira vez, ela ainda não era presidente", lembrou. De acordo com Inocentini, coube a ela o veto ao aumento negociado com o então presidente Lula. Diante de nova negativa, os aposentados estão convictos de que só conseguirão alguma coisa se forçarem a negociação. "Vamos mobilizar a categoria e partir para a luta no Congresso."
A mesma motivação move os associados da Confederação dos Aposentados e Pensionistas do Brasil (Cobap). "Mais uma vez, a presidente provou que não tem interesse em resolver a questão do reajuste dos benefícios previdenciários", disse o presidente da entidade, Warley Martins. Por isso, ele conclamou todos os presidentes de federações e associações e todos os aposentados e pensionistas brasileiros que se sintam lesados com a política atual a cobrar de seus parlamentares uma atitude. "Vamos à luta."
Maria da Glória Gomes Leão, 73 anos, aposentada há 7 anos, lamenta a decisão do governo. "Não tenho mais o que esperar dessa gestão. Os poderes Executivo e Legislativo sempre conseguem reajustes absurdos e nós ficamos à míngua", queixou-se. Em sua opinião, a tendência é que a classe seja cada vez mais prejudicada. "Os jovens de hoje sofrerão muito mais. Até lá, a Previdência já estará falida."
O ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves, até que tentou minimizar o veto. Ele destacou que, "momentaneamente", o governo não tem condições de dar um aumento real para os segurados. Garibaldi culpou a crise mundial, que não dá sinais de arrefecimento, e também o fato de a Previdência já pesar bastante nas contas do Tesouro Nacional, que todo ano é chamado a cobrir um rombo de R$ 45 bilhões a R$ 50 bilhões para fechar a conta do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Mas o ministro assegurou que cabe negociação com o segmento.
Também aposentado, Adão Aparecido da Silva, 61 anos, considera que a categoria foi injustiçada. "Trabalhamos a vida inteira e, no fim, somos tratados com esse descaso. É um absurdo. Os trabalhadores têm direito a ganhos reais e nós não", lamentou. Para ele, é essencial que o idoso não perca a qualidade de vida. "O certo é que mantenhamos o mesmo padrão. Falta uma política que defenda aqueles que não podem mais trabalhar."
Negociação já é a palavra de ordem da Central Única dos Trabalhadores. A CUT defende que todas as aposentadorias tenham reajuste acima da inflação como forma de recuperar o poder de compra. A central disse que já existe uma proposta de mudança à espera de votação no Congresso. Esse projeto, que a CUT ajudou a elaborar, prevê que os benefícios acima do mínimo passem a ser reajustados todo ano com base na inflação mais um percentual de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB, a soma das riquezas geradas no país).
Ao contrário das aposentadorias de valor equivalente ao mínimo, que têm tido reajuste real com base na inflação acumulada no ano mais a variação do PIB de dois anos atrás, as aposentadorias mais altas só têm a reposição do poder de compra garantido por lei. Pelos dados do INSS, cerca de dois terços do total de benefícios pagos equivalem ao mínimo. As aposentadorias acima desse valor são pagas a 9 milhões de pessoas. Em média, elas ganham em torno de R$ 780,00. O máximo não chega a R$ 3,7 mil. (Correio Braziliense)
Veto: Abertura de negociação com aposentados
A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) lamentou ontem, no Senado, o veto da presidente Dilma Rousseff à emenda na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2012 do dispositivo que permitia ganho real aos aposentados que recebem mais de um salário mínimo. Em carta, a parlamentar solicitou à presidente que determine às áreas competentes do seu governo a abertura de negociações com as entidades representativas dos aposentados e pensionistas.
Porém, ela destacou que não será com esse veto, orientado pelos ministérios do Planejamento e Fazenda, que os aposentados serão prejudicados. “Na votação da Lei Orçamentária poderemos aprovar um reajuste digno a esse segmento da população”, disse.
Na carta, lida em plenário, a senadora destaca que os aposentados e pensionistas têm sido ao longo dos anos os mais afetados com as políticas de contenção de gastos do governo, mesmo nos períodos onde não existam crises.
“O achatamento salarial experimentado por esses brasileiros e brasileiras atingiu níveis insuportáveis. Com o fim da vinculação das aposentadorias e pensões ao salário mínimo, a política de recuperação salarial desse indicador, com base no crescimento real do Produto Interno Bruto mais a variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor, previsto na Lei 12.382, de 2011, pode agravar as distorções entre os beneficiários da previdência que recebem esse piso e àqueles que ganham além dele”, argumentou.
Segundo ela, urge que o governo adotes políticas públicas capazes de recuperar o poder de compra desses mais de 8 milhões de brasileiros, aviltados em sua dignidade após uma vida inteira dedicada à família e ao país.
A senadora ainda considera que a responsabilidade fiscal implementada pelo governo, tão necessária e esperada sobretudo nos momentos de crise internacional, deve levar em conta que esse segmento da sociedade é extremamente vulnerável e dependente do poder público.
“Assim, os ajustes nas contas governamentais devem recair sobre a parcela da população mais aquinhoada, até mesmo como medida de justiça fiscal, poupando esses milhões de velhinhos que têm como única fonte de renda a aposentadoria ou a pensão”, diz a carta.
Vanessa Grazziotin sugeriu a presidente que diminua em 0,5% os juros para que o governo possa combater a crise e evitar esse tipo de medidas (Vermelho)

8 comentários:

  1. Colega Cecília,
    Peço licença para abordar outro assunto que julgo importante e palpitante, neste cenário pessimista, aliás, pouco otimista, que hoje vivenciamos. Há um clamor muito grande nas comunidades frequentadas pelos associados do “PB-1” acerca do realinhamento do produto ES-Previ com a configuração 150/150. Instada por inúmeras vezes a respeito a nossa Caixa responde que não existe nada sobre o assunto. Vale registrar que a chapa 3, vencedora da última eleição que houve para as diretorias da Previ, tinha como promessa de campanha a revisão periódica do ES-Previ. Por falar em eleições, 2012 determinará a substituição do atual diretor de seguridade Sr. Sasseron. Plagiando o locutor de voleibol do Sportv eu pergunto: “e aí, tá ligada”. Este comentário tem dois objetivos: 1º) – que Você, por gentileza, informe se a Anabb, como já aconteceu em anos anteriores, se juntará à campanha em curso objetivando a revisão do ES-Previ com a configuração 150/150. A Faabb e a Afabb-RS já solicitaram formalmente ao Sr. Sasseron o realinhamento do produto;
    2º) – saber se Você endossa esse pleito e se haveria possibilidade de a Previ realinhar o produto nos moldes por todos desejados (150/150). Finalizando digo que Jorjão ficou mais velho ontem, 18.08.11. Seis ponto 1. Mas, nem tudo foram flores. Em pleno Engenhão, Atlético Goianiense 4 X 1 Flamengo. Mengão caiu de quatro e a invencibilidade foi “pras cucuias”. Aí eu pergunto: “Fazê o quê”?

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  2. Caro Jorge,
    A Anabb apóia a proposta e o correto e ajustar tanto o ÉS como a CARIM a essa tendência de mercado de juros mais baixos e prazos mais longos.
    Parabéns para você... Muitas felicidades e muitos netinhos pelo caminho, sem falar em muitas alegrias do nosso Timão, primeiro, tem que superar a atual crise com a saída do Roberto Gaúcho.

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  3. Estimada colega de lutas Cecilia, sabemos que voce ja participou ativamente da Previ, pergunto do porque a Previ com passar do tempo parece fechar-se numa CONCHA e sempre que ha estas reunioes para decidir ES e outras coisas, imediatamente nao dao alguma satisfacao atraves do site para os seus participantes?
    No teu tempo de Previ ja estava complicado este dialogo mais aberto e acessivel, mas agora desapareceu quase que por completo.
    Nao dá para entender porque temos que implorar por melhorias no ES, afinal nao seria obrigacao DELES aperfeiçoar estas melhorias em prol dos assistidos?
    Mas o pior de tudo isto, querida colega Cecilia, é voce em contato com os atendentes da Previ eles responderem que nao existe previsao nenhuma para mudanças no ES.
    Isto nao tem logica, ou é piada de hmor negro ou sarcasmo conosco.
    Alguem com muita determinacao e coragem tem que falar com o Sasseron e dar uma sacudida nele e na sua equipe de trabalho, pois isto nao é jeito de tratar os aposentados e as nossas sofridas pensionistas, que aguardam uma noticia sobre esta questao.
    As vezes dá impressao que eles fazem estas reunioes para somente mostrar serviço, isso é o que dá de pensar.
    Custa agilizar um pouco as coisas?
    UM DIA A CASA CAI E DE VEZ...

    Daniel

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  4. Caro Daniel,
    O problema e que alguns diretores não concordam em alterar para que os associados não se endividem mais do que o aconselhado...

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  5. Daniel,
    Concordo com você o que precisamos é nos unir para respondermos a altura nas próximas eleições.Nele não voto mais nunca

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  6. Nosso Abaixo-assinado do Manifesto em Defesa do Patrimônio dos Participantes e Assistidos das EFPC’s

    Prezados companheiros,

    É com grande satisfação que comunico a todos que o nosso Manifesto em Defesa do Patrimônio dos Participantes e Assistidos dos Planos administrados por Entidades de Previdência Complementar – EFPC’s, solicitando a aprovação do PDC 9/2011 do Dep.Federal Eduardo Sciarra, que visa a anulação dos dispositivos contidos na RES-CGPC-26/2008 no tocante às apropriações ilegais de superávits produzidos por nossos Planos de Benefícios, hospedado no Site HTTP://www.peticaopublica.com.br sob a forma de Abaixo-assinado, já conta com 7089 assinaturas até o presente momento e 173 páginas no formato A4.

    Este maravilhoso resultado parcial se deve à dedicação de todos os ativistas de nosso Movimento Supra-Entidades representativas dos Participantes e Assistidos dos Fundos de Pensão, que vêm trabalhando diuturnamente na propagação de nossa mensagem de repúdio à famigerada Resolução já citada anteriormente. E nossas perspectivas são as mais otimistas possíveis, no alcance de nossos objetivos.

    No meu pensamento, esta ferramenta (o Abaixo-assinado) poderá ser utilizada como instrumento de estímulo de publicação não onerosa para nosso Movimento, de matérias de nosso interesse nos jornais e revistas de grande circulação, haja vista a quantidade de potenciais leitores – e compradores – que o assinaram e que se mostram atentos e interessados no desfecho desta questão. Estou acionando nossa turma para envidar esforços neste sentido.

    Outrossim, tal Abaixo-assinado será entregue com muita pompa nos momentos que antecederem à analise pelas diversas Comissões na Câmara dos Deputados. Estamos solicitando ao Deputado autor o pedido de convocação de Audiência Pública durante estas análises, ocasião em que estaremos representados fisicamente na defesa de nossos pontos de vista ideológicos e jurídicos.

    Vamos em frente que como disse o compositor Geraldo Vandré em sua popularíssima música, “Quem sabe faz a hora, não espera acontecer”.

    E que Deus não só ilumine nossos ativistas e defensores de nossa causa, como também os parlamentares que apreciarão o razoável Projeto de Lei em tramtitação.

    Salvo melhor juízo.

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  7. Prezada Cecília e companheiros,

    Acaba de ser ajuizada nossa ADI

    ADI 4644
    Ministro Relator: Celso Melo

    Endereço para acessar:

    http://redir.stf.jus.br/estfvisualizadorpub/jsp/consultarprocessoeletronico/ConsultarProcessoEletronico.jsf?seqobjetoincidente=4131503

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  8. Cecília,

    Acabo de receber por email carta renúncia vice´presidente Anabb Douglas..., temi por virus e abrir será verdade pois o que diz é coisa muito séria

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