segunda-feira, 21 de julho de 2008

BB terá de esperar até 2013 caso tenha direito a recursos da Previ

Como os colegas podem perceber a discussão do superávit vai dar muito pano para manga. Por um lado é muito bom que protege o patrimônio do fundo e, consequentemente, os associados, por outro lado, pode criar uma pressa no Banco em querer vender ativos para se enquadrar rapidamente para poder receber sua parte "nesse latifúndio". Leiam abaixo a matéria publicada no Valor Econômico em 18/07/08.

O Banco do Brasil terá que esperar, no mínimo, até 2013 para tere direito a uma eventual devolução de recursos já aportados à Previ, caso até lá, a fundação de previdência de seus funcionários ainda etnha excesso de superávit. Atualmente em debate no Conselho Gestor de Previdência Complementar (CGPC), o possível retorno de contribuições aos patrocinadores de fundos de pensão será condicionado ao cumprimento dos limites de aplicação em renda variável em ralação aos quais a Previ tem prazo até fim de 2012 para se enquadrar.

O prazo foi concedido pelo Conselho Monetário Nacional, ressponsável pela definição dos limites operacionais dos fundos de pensão, a diversos fundos, para evitar perdas com a venda súbita de ações. No caso da Previ, se já estivesse sendo exigido, o teto de aplicações em renda variável seria entre R$ 60 bilhões e R$ 70 bilhões, lembra José Sasseron, diretor de seguridade da fundação. Entretanto, o ativo da entidade em ações, segundo ele, está entre R$ 90 bilhões e R$ 100 bilhões.

A norma que padronizará os critérios de destinação do superávit das entidades fechadas de previdência complementar (EFPC, conhecidas como fundos de pensão) será emitida pelo CGPC. O conselho, ligado ao Ministério da Previdência é formado pelo governo e por representantes de patrocinadores, de participantes e de gestores de fundos.

O enquadramento nos limites de aplicação dados pelo CMN será apenas uma das exigências prévias à eventual devolução de recursos aos patrocinadores, no caso dos fundos com superávit, ou seja, com sobra de recursos superiores a 25% do volume necessário para pagamento de suas obrigações atuais e futuras em aposentadorias e pensões. Segundo fontes governamentais, será também exigida uma reserva de contingência adicional, equivalente a metade do que já é prevista na legislação. Portanto, especificamente nesses casos, em vez de 25%, a reserva de contingência terá que equivaler, no mínimo, a 37,5% das previsões necessárias para o equilíbrio do fundo. Ou seja, o índice de cobertura em relação às obrigações terá que ser de, pelo menos, 137,5%.

O último balanço da Previ apontou superávit superior a R$ 52 bilhões, o que proporciona índice de cobertura de 185% e excedente de mais de R$ 37 bilhões em relação à reserva de contingência de 25%. Segundo fontes do CGPC, no entanto, além de reserva de contingência maior, de 37,5%, a norma em elaboração pelo Conselho vai exigir ainda critérios mais rígidos quanto à expectativa de vida dos participantes e quanto à projeção dos ativos dos fundos.

No que se refere à expectativa de vida, o mais provável é que a SPC exija parâmetros relacionados às pesquisas feitas no ano de 2000. A maioria dos fundos adota parâmetros mais antigos e, portanto, que refletem expectativa mais curta de vida.

Quanto à taxa de rentabilidade, a maioria dos fundos adota 6% ao ano além da inflação. Para poder devolver dinheiro ao patrocinador, os fundos terão que usar uma taxa menor, portanto, mais conservadora.

23 comentários:

  1. PRECISAMOS DE UMA REPRESENTAÇÃO FORTE - A questão colocada demonstra claramente que o Governo/Banco (e não importa se é PT, PSDB, etc)são os donos da Caixa de Previdencia DOS Funcionários do Banco do Brasil. Fica bem claro que o Patrimônio da PREVI fará parte do bolo não contabilizado da privatização do BB, que ocorrerá nos próximos 10/20 anos e aonde nossos líderes (classe dominante) receberá o "por fora" pela venda do BB por um preço justo e até acima do mercado (repare que o patrîmônio da PREVI é algumas vezes maior que o do BB e não é só este patrimonio que está escondido da contabilidade, veja os casos dado como prejuízo e que ainda estão sub judice. Se nós não nos organizarmos o nosso PATRIMÔNIO irá para o "governo/líderes" em detrimento de nossas famílias ou da família BB (antigamente éramos uma família, hoje, a vista do tratamento que recebemos de nossos colegas da ativa, principalmente dos que estão em altos postos, é um salve-se quem puder). Se conseguirmos uma representação com algo em torno de 80 a 120 mil associados, com a percepção que muitos colega tem, talvez consigamos comer um pequeno pedaço do nosso queijo. Como bem disse um colega, desse superavit pouco veremos, e essa noticia isso vem confirmar.

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  2. Ou seja: ...esqueçamos o superávit. Ele nunca existiu. Foi só mais um pesadelo...

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  3. Cara Cecília,

    Gostaria de saber o seguinte:

    Primeiro) Como deverá ficar a distribuição da Reserva a quem se aposentou com menos de 30 anos, que até agora nada receberam.

    Segundo) Como vai ficar a situação da Previ, em face das vultosas quantias já pagas na Renda Certa.

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  4. Cecília, pelo que se vê,agora mesmo que o Banco nao vai ter motivo para utilização do superavit. Que lhe parece?
    Luiz fernando

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  5. Colegas,
    Nós não podemos perder as esperanças. Entregar o ouro logo de cara, sem brigar...
    Eu acredito que vamos conseguir fechar uma boa proposta e, a regulamentação ainda não saiu. Muita coisa pode acontecer.

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  6. Carlos mariano, concordo plenamente quando dizes que a família BB acabou. Para não sofrer constrangimento por partes dos funcionários novos (genéricos) nem vou mais ao Banco.
    Antigamente recebíamos nossos aposentados com o maior carinho, com respeito pelo legado que nos deixaram. Hoje nem o próprio banco nem os novos colegas têm o menor respeito para os que deram o sangue e o suor na construção dessa empresa.
    Para mim o Banco terminou no dia 01.01.1990, quando o Collor entrou. De lá para cá as coisas só pioraram para os funcionários. Minha última esperança foi o Lula, mas evaporou-se se essa esperança. De tanto ver o sofrimento dos meus colegas na década de 90 minha relação com a empresa que era de amor passou a ser de ódio e desprezo pela mesma.
    Quando entrei no BB nos meus quase 19 anos senti que tinha ganhado mais uma família. Nem de longe hoje eu percebo nos novos funcionários a alegria de pertencer ao Banco do Brasil. A grande maioria desses funcionários usa o BB como um emprego temporário enquanto aparece outro melhor. Amor pelo emprego definitivamente não existe no dicionário desses novos empregados.
    Confesso que a minha alegria ao me aposentar foi bem maior do que a da posse.

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  7. Cecília,

    Nós aposentados temos que contar com os diretores e conselheiros eleitos para nos defender. Eu sei que o trabalho não será fácil, porque o Banco detém até o momento o voto de minerva.Mas a esperança é a última que morre. Vamos aguardar as normas da SPC e, caso não consigamos uma boa negociação, o recurso será recorrer a via judicial. Até porque temos que resolver também essa situação do renda certa, em que um grupo de associados, podemos, considerar que ficaram ricos ou muito bem de situação, em detrimento da maioria dos associados. Temos que apurar responsabilidades através de uma consultoria isenta, para verificar a falha ocorrida na adoção da metodologia de cálculo utilizada.Porque corrigiu a devolução de contribuição e não se corrigiu as aposentadorias dos pós 1997, que foram beneficiados pelos novos parâmetros, quando se adotou a data de 01.01.1997?A previ utilizou-se de dois critérios diferentes, será que foi para prejudicar ainda mais os aposentados pós 1997. Não podemos esperar nada dos diretores escolhidos pelo Banco, pois não querem jamais perder os seus cargos. Para que se preocupar com os aposentados se o meu poupudo salário está garantido. Outra questáo que gostaria de saber, será que algum associado constitui uma reserva técnica capaz de suportar a devolução de propaladas importâncias de até R$ 1.000.000,00 ou mais?

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  8. Com relação a pergunta do colega anônimo sobre a situação de quem se aposentou com menos de 30 anos e a situação da Previ pelo pagamento das vultosas quantias do Renda Certa a prezada Cecília nada respondeu. Gostaria de sua resposta.Ou será que a coisa está um pouco nebulosa.

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  9. Cara Cecília.

    Uma coisa está me intrigando. Porque a Previ, desde há muito tempo, permanece totalmente calada a respeito da distribuição do Superavit, sendo ela a principal responsável pela divulgação de qualquer notícia a respeito do assunto. A maioria dos assuntos publicados no site da Previ de nada interessam à maioria dos aposentados.

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  10. Colega Cecília,
    "A discussão do superávit vai dar muito pano para manga". As propostas anunciadas pelo GT Anabb & Entidades estão, no meu entender, boas. Acho que, se aprovadas integralmente - o que é difícil mas não impossível -, deverão uniformizar o nosso plano e corrigir muitas injustiças ainda existentes. Entendo que, na medida do possível, deveria ser utilizada parcela bastante significativa do montante destinado à revisão do plano, que hoje é algo em torno de 37 bilhões. Dois são os motivos. Primeiro, pelo fato de eu acreditar que a idade média dos participantes do plano de benefícios "1" é elevada (Cecília, você teria esse dado?), e também por ser um plano fechado (ninguém entra, só saem participantes), entendo que todos gostariam de usufruir, em gozo pleno de suas justíssimas aposentadorias, dos "dividendos" fruto de contribuições para nossa Previ. Alguns, ou muitos, já contribuíram por mais de trinta anos (aí incluídos os tempos na ativa e como aposentados). Segundo, quanto menor for o valor do superávit a ser distribuído, mais irá sobrar para o patrocinador que, pelo que se lê e ouve, a partir de 2013 poderá passar a "abocanhar uma fatia significativa desse bolo".

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  11. Os outros conselheiros da PREVI,principalmente,os recem eleitos,possuem BLOGs para contato,ou estão na moita.quem souber os endereços.favor divulgar.
    \luiz fernando

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  12. Jorge TEixeira,
    Eu não tenho essa informação agora, como publiquei, estou de férias fazendo um curso fora, com acesso um pouco limitado à internet. Mas no inicio de agosto estarei de volta e verifico isso para você, ok?
    Eu, particularmente, não acredito que irá vingar essa idéia da SPC de que o patrocinador para abocanhar os recursos deverá esperar estar enquadrado. Eu acho que ainda virá muita alteração por aí.

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  13. Ao colega anônimo que solicita minhas respostas ao comentário de um outro colega sobre como seria o benefício para quem trabalhou por menos de 30 anos. Eu respondi ao comentário que vamos ter que esperar a reunião que acontecerá na Anabb para consolidar a matéria, pois eu não participei do processo e naõ estou a par de como é a proposta apresentada.

    Em relação ao beneficio de renda certa, eu comentei várias vezes sobre ele e é só você ler os comentários das matérias que falam diratemente sobre o benefício.

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  14. Cecília,


    Para que fosse extinta a parcela previ, seria necessário a concordância da SPC e Banco?
    Seria uma forma de fazer justiça, já que os proventos seriam aumentados.

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  15. Cara Cecília,
    Pelo que lí, o rateio do superávit só podera ser efetivado quanto a SPC chegar a um "concenso" sobre a distribuição? Ou seja, após a publicação de novas normas para os planos de Previdência.
    James P Costa

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  16. Qualquer medida que for aprovada que altere o regulamento do plano, tem que ser aprovada pelo Conselho Deliberativo da Previ e pela SPC.

    James,\
    A SPC pretende chegar a um consenso em relacao a regulamentacao da utilizacao do superavit. O assunto esta pautado na reuniao do CGPC, que ocorre uma vez por mes. Nesse Conselho, estao reunidos varios representantes de diversas areas. Como voce pode verificar, James, nao sera facil obter esse consenso. E pelo que foi divulgado, a SPC so aprovara qualquer utilizacao de superavit depois de publicada a regulamentacao. Nao sera nada facil chegar a esse consenso.

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  17. apos leitura dos comentarios acima, de todos colegas, espero que a regulamentaçao tecnica e *indispensavel* da SPC e entendimento do Banco, nao fique para o ano que vem... aposentado de plantao. rp abraços

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  18. Prezada Cecília Garcez,

    Estou aguardando resposta ao meu questionamento. Obrigado.

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  19. Cara Cecília.

    Gostaria de saber sobre o posicionamento dos outros Fundos de Pensão (PETROS, FUNCEF, CENTRUS,
    VALIA, etc.), sobre a possível devolução das Reservas Especiais aos seus respectivos Patrocinadores. Será que não estão mostrando-se indignados e contrários a essas possíveis medidas.

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  20. Colega Cecília,
    Acabei de entrar no site da Anapar e retirei a informação abaixo,datada de 28.07.2008, relativa ao fundo de pensão Centrus (dos funcionários do Banco Central). Eu, e muitos aposentados, gostaríamos que essa informação tivesse sido retirada do site da nossa Previ:
    "Centrus: Elevação do limite de empréstimos.
    O Conselho Deliberativo, na reunião ordinária de sexta-feira, aprovou a elevação temporária do limite de empréstimos pessoais para R$ 100.000,00 (cem mil reais), com vigência até 31 de dezembro de 2008".
    Cecília, contamos com Você para tornar realidade este sonho que não é só meu, mas também de muitos outros aposentados como eu.

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  21. Colegas,
    Podem contar comigo para defender a posição de elevação do limite e prazo do empréstimo simples.

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  22. Como que a Centrus consegue disponibilizar uma linha de emprestimo no valor de R$100.000,00,para os seus associados e nos da Previ não conseguimos. Sei que voce esta do nosso lado mas convenhamos, nosso patrimonio e muito maior e consequentemente temos condição de disponibilização maior que da Centrus, e correto?
    Infelizmente, hoje vc não estara presente na reunião mas esperamos que nossos representantes, principalmente o Sasseron, ponha em pratica a sua promessa de campanha,no que diz respeito ao aumento do limite do ES. Abraços.Jane

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  23. Cecilia,
    Conforme ficou patenteado, a grande maoria dos assistidos aguardam o aumento do teto e do prazo do EMPRESTIMO SIMPLES, sem - contudo - perder de vista a expectativa de distribuição HONESTA do Superávit(que deve demorar).
    Assim sendo, gostaria que você agilizasse o seu contacto com os DIRIGENTES DA PREVI para sugerir a implementação do aumento acima comentado, uma vez que a decisão depende EXCLUSIVAMENTE do Conselho Deliberativo.
    LUIZ EDMUNDO BAPTISTA CAMARA - Aposentado

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