quarta-feira, 25 de junho de 2008

Evento na Anabb reúne várias entidades para discutir utilização do Superávit

Hoje, dia 25.06, várias entidades de funcionários da ativa e aposentados se reuniram em Brasília em evento organizado pela ANABB para discutir, entre outros assuntos, propostas para utilização do superávit da Previ. Infelizmente, eu não pude estar presente porque tive reunião na empresa que sou Conselheira – CPFL, agendada desde o início do ano.

Alguns pontos discutidos na reunião, conforme informações que obtive de colegas (e quero agradecer em especial ao colega Jorge Teixeira que esteve presente e escreveu um comentário com o resumo da reunião), foi a discussão de propostas para utilização do superávit da Previ, assunto que tem esquentado os comentários aqui no blog, como também a questão da construção de uma mesa única para discutir os destinos do superávit da Previ.

Segundo opinião do Presidente da Anabb, Valmir Camilo, em seu recente editorial, “está claro que a forma utilizada na última negociação não deu certo. O Banco e a Previ não podem escolher o interlocutor. Tenho muito respeito pelo pessoal do movimento sindical – Contraf-Cut e Contec – mas temos que admitir que pouco mais de 30 mil associados do Plano de Benefícios 1 estão na ativa. Também nunca foi tarefa do movimento sindical defender interesses de aposentados, até porque está na sua razão de existir o debate sobre as relações trabalhistas, e o superávit da Previ é matéria previdenciária. A própria ANABB mantém no seu estatuto um dispositivo que reconhece o direito e a obrigação do movimento sindical de tratar com o Banco as questões trabalhistas e que estejam relacionadas à justiça do trabalho. Defendo que tenham representantes na Comissão Negociadora, mas não podem agir com a autonomia que agiram na última negociação. Não é hora de procurar culpados, mas não podemos esquecer que ficou pelo caminho o benefício antecipado aos 45 anos para as mulheres e esta aberração que foi o benefício especial da Renda Certa. Se depender da ANABB, vamos ouvir todos os grupos e todas as propostas, para encontrar uma forma de utilizar os benefícios de um plano superavitário de forma justa e que possa contemplar um maior número de participantes – nunca transformar algumas dezenas de colegas em milionários.” E foi isso que ele fez. Provocou o debate que aconteceu hoje e foi fechado que será formada uma comissão que se reunirá nos dias 07 a 11 de julho para discutir propostas de utilização do superávit.

O Presidente da Anabb se adianta e divulga algumas propostas para que sejam discutidas entre as entidades e os grupos de colegas, conforme abaixo:

“a) um benefício mínimo justo, não inferior a 10% (dez por cento) do teto de contribuição para a Previ, que descontado deste teto o valor médio de benefícios pagos pelo INSS, seria algo em torno de R$ 1.800,00 (um mil e oitocentos reais), para aposentados e pensionistas;

b) aposentadoria integral para quem contribuiu mais de 30 anos para o fundo, considerado os tempos de contribuição na ativa e como aposentado;

c) um pagamento de Renda Certa para os pedevistas que saíram do Banco antes de 1997, apenas com a parte patronal de suas contribuições, que está somando nesta conta de superávit;

d) a exemplo do benefício especial de Renda Certa, devolução dos valores da contribuição de todos os associados, na ativa e aposentados, a partir da 360ª contribuição efetiva ou através do fundo criado para suprir as contribuições, considerando o início das contribuições em abril de 1967;

e) encontrar uma forma legal de garantir a antecipação do recebimento de benefícios, para as mulheres, aos 45 anos de idade.”

PARTICIPE DESSA DISCUSSÃO. REGISTRE SEU COMENTÁRIO OU ENVIE E-MAIL, DANDO SUA OPINIÃO E APRESENTANDO OUTRAS PROPOSTAS.

19 comentários:

  1. Cecilia,
    creio que outra vez os pequenos vão ser novamente penalizados, a força maior estah com as altas pensões,e eles acabam sempre levando a melhor. seria justo achar uma formula que permitisse diminuir a distancia entre nossos valores recebidos da Previ. recebo 1/3 do que deveria, e olha que contribui por 27 anos, e mais 5 como aposentado.

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  2. somos mais de dez aposentados por invalidez ( acho que eh isso) e não fomos contemplados com nada na ultima divisão, espero que nesta sejamos incluidos.

    sergioinocencio@engeplus.com.br

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  3. CARA CECILIA - PRECISAMOS DE UMA REPRESENTAÇÃO FORTE - quando afirmo isso, quero dizer, uma entidade legalmente constituida (poderia até ser a ANABB, se ela adequar seus estatutos para tal) e, principalmente, ela ter como associado um numero expressivo de associados, para isso é só fazer uma mensalidade de 1,00 com debito na fopag previ, acredito que chegaríamos a 99% de adesão. O meio de viabilizar a constituição desta entidade seria a presente comissão eleita, com o apoio logistico da ANABB, com vistas a constituição e captação dos associados. QUANTO A PROPOSTA,ficou evidente que o evento serviu para colocar a proposta oriunda da ANABB - nada contra - sou favorável a todos itens - porém deveriam abrir um cadastro de sugestões já que com a internet é fácil a participação de nós interessados e, quem sabe, surgiria propostas mais interessantes. Eu mesmo tenho uma, o caso do Empréstimo Simples, que sempre é solicitado e nunca colocado em pauta, acredito que a maioria dos associados querem uma mudança na forma de condução dos reajustes dos valores, que depois de atualizado, poderia ficar ligado ao indexador para reajuste anuais em seus limites.

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  4. Apesar de não concordar com todas as opiniões já expressadas pelo Sr. Presidente da Anabb, devo confessar que a sua última manifestação é bastante ponderada e suas idéias são muito boas. Estou muito preocupado, entretanto, com algumas notícias de que a SPC estaria "maquinando" a devolução de recursos ao BB. Temos que agir preventivamente para evitar este verdadeiro aborto da natureza.

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  5. minha esposa é PDV de 95, e ficou muito contente com a proposta defendida pelo Camilo, acho que seria justo para com todos que sairam, afinal o Banco só contribuiu porque eles existiam como funcionários, jah que outros receberam a parte patronal, esse pessoal também deveria pegar a sua parte.

    sergioinocencio

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  6. Pessoal, vamos "cair na real".
    Vocês acham que o BB, enquanto patrocinador (detentor de voto de minerva e outros poderes mais) vai deixar todo o superavit prá nós associados???
    É óbvio que o BB vai querer (e vai ficar) com boa parte do superavit, pois, o raciocínio é de que ele, BB, também contribuiu para tal. Escrevam aí! Quem viver chorará!!!

    Atenção: Não defendo que o BB deva agir assim, estou apenas alertando para o que irá acontecer (conosco ou "senosco" ).

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  7. Sou PDV 1995, contribuí 24 anos e 2 meses na ativa, portanto, por ser mulher, poderia me aposentar com 25 anos de contribuição, mas saí no PDV,por causa do terror a que estávamos expostos. Acho muito justa a proposta de sermos equiparados aos que contribuiram por 30 anos, pois contribuí com dinheiro, mas mais do que isto, contribuí com meu trabalho, meu sangue e muitas lágrimas ao Banco do Brasil, entidade da qual me orgulho até hoje de ter feito parte.

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  8. Cecília,

    Ao ver entre as propostas elencadas, as constantes nos itens "b" e "d", cheguei a uma conclusão nada animadora; vamos novamente elencar algum grupo em detrimento de outros, como já aconteceu no caso do teto dos 75% para 90%. Acho que um valor linear,como por exemplo R$ 500,00 ou mais se possível, seria mais justo.

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  9. Li, atentamente, a entrevista com aquele atuário americano na revista da Previ e passei a ser mais cauteloso nas pretensões. Estamos, momentaneamente, passando por situação que não continuará a existir por longo tempo: valorização em bolsa de grandes posições da Previ.
    Creio que seria muito mais apropriado um excesso de cautela do que um excesso de liberalidade.
    Outra coisa essencial: a Previ não tem de praticar, nem tentar praticar justiça social. Ela tem obrigações aritméticas com seus participantes, devidamente anotadas em seus estatutos.

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  10. De: Pedro Roberto
    Para: Cecília:

    Também li a entrevista com o atuário americano e concordo com o Ademir Peruzzoio quanto às nossas pretensões para a utilização do superávit (cautela e caldo de galinha não faz mal a ninguém). Só não posso concordar em incluir o BB como beneficiário e com o que já se fala das novas regras da SPC para utilização de superávits por parte dos fundos de pensão. Aliás, essa nova norma da SPC terá validade para o que já aconteceu? Não seria para superávits futuros?

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  11. Cecília,
    um grande beijo, você e o Presiden-
    te da anabb são a nossa esperança.
    Discordo do Sr. Ademir Peruzzolo,
    Já que os estatutos da previ são
    alterados para beneficiar pequenos
    grupos ou a ela própria.Ela tem o-
    brigação de praticar justiça sim,
    sim e sim, corrigir erros, corrigir
    formas para se viver com abundancia
    e não com miserabilidade.Não sou contra os colegas que ganham 10,15
    ou 20 mil, é justo, injusto é ga-
    nhar 2,3,4 mil de uma Previ que to-
    dos nós construímos JUNTOS e digo
    mais, somos o grupo que mais sofreu, que mais se humilhou, que
    menos ganhou financeiramente e que menos pode fazer pelos seus filhos quando na ativa e agora como apo-
    sentados. Não se preocupe com a bolsa de valores ela vai muito bem, isto é momentaneo, ou o sr.a-
    cha que os dirigentes das potências mundiais são imbecis e perderam o controle da situação.

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  12. Quanto ao comentário acima, do colega Sérgio Inocêncio, também sou aposentado por invalidez e, também, não recebi nada do superávit passado. Acredito que um valor linear, sem percentuais, seria mais justo e diminuiria os abismos criados anteriormente.

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  13. Depois de haver beneficiado apenas alguns aposentados com extraordinárias somas de dinheiro, a Previ vem publicar entrevista com atuário americano, o qual pede cautela com a aplicação dos recursos superavitários. Muito estranho, não?

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  14. Cecilia,
    sou Marcia, PDV 95, de todos os funcis que sairam no mesmo plano do Cesec Criciuma-SC, 3 jah faleceram, jovens, 2 com cancer e um suicidio, e os outros todos se encontram sem emprego ou sub-empregados sem as mínimas condições de levar uma vida decente. Naquela época com a pressão que nos impuseram, achamos que seria a melhor coisa a fazer, e hoje pensando friamente, fomos forçados a tomar esta decisão, por temer demissão e outras represálias, como transferencias compulsórias e etc...marcia campos

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  15. Cara Cecilia:
    concordo com a Angela e a Marcia, conforme opiniões já registradas acima.
    Agora, vem um sr. falar que a Previ não tem que praticar a justiça..Faça-me o favor!
    Deve ser daqueles que nunca sofreram terrorismo,nunca foi transferido à revelia, nunca teve detonado seu posto de trabalho, sua comissão . . .
    Eu estou recebendo a Renda Certa ( e finita )porque EFETIVAMENTE contribui por 34 anos.O valor não é absurdo, é menos que poderia ser acrescido em minha pensão, se a porcentagem em tempo fosse levada em conta.É uma injustiça? Acho que não.Mas para quem não contribuiu de fato, naturalmente que é ridículo, e passivel de ação judicial, receber a tal renda.Como acontece isso numa organização desse porte?Assim como é uma aberração funcionário da ativa não contribuir ( mas isto sabemos que é o Banco que impõe, para ele também não contribuir).Estas futuras distorções parecem que não incomodam ao Banco, tampouco o péssimo tratamento que temos nas agencias de relacionamento.
    Precisamos nos unir, mais do que nunca, e fazer valer o nosso direito de contribuinte conforme o estórico registrado durante a vida ativa,como cidadão e pessoa fisica pagadora de impostos.P.ex, para começar:recebendo a pensão em instituição financeira de nossa escolha.

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  16. Prezada Cecília,

    A Diretoria da Previ, com exceção, gosta de privilegiar aqueles associados mais abastardos, eis que fixaram a data de 01.01.2007, para alterar o percentual de 75% para 90% para quem se aposentou em dez/97, data aleatória, se compararmos com o renda certa que foi feita a correção para devolução aos associados que teriam o direito, para mim o mais correto seria retragir o teto de 90% desde a data da aposentaria dos pós/97. Ela utilizou de dois pesos e uma medida, beneficiando logo aqueles que detem maiores benefícios. Não entendi que interesses estavam envolvidos. Somos insignificantes para a Previ, que a meu ver não quer beneficiar de forma alguma os associados com benefícios menores. A cada dia que passa fico cada vez mais decepcionado, tudo para os amigos do rei e a lei para os outros. Tamanha injustiça a meu entender nunca será corrigida e tão pouco lembrada por essa Diretoria. Outra coisa que gostaria de saber a propósito do renda certa, se a Previ desse prejuízo quem iria contribuir para cobrir esse déficit. Pelo regulamento os superavits tem que ser utilizados para redução de contribuição ou melhoria de benefícios e não devolução de contribuição como foi feita. Quem será responsabilizado por essa falha e como será corrigida, uma vez que colocou centenas de associados ricos, em detrimento de milhares que sequer receberam algum beneficio nessa distribuição de superavit. Aguardo resposta e espero que os recursos utilizados de forma irregular retornem aos cofres da Previ, ou se faça justiça para todos os associados.

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  17. Reunião da CGPC adiou o destino do Superavit dos fundos.

    Mais um motivo para os atuais diretores, alongar o empréstimo simples, já que não podem também reduzir a taxa de juros.

    Tá todo mundo calado...

    Ninguém diz nada.

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  18. PDV em 1995... Como o funcionalismo e sindicatos aceitaram tal programa...
    Se ingressamos no BB por Concurso Público e tomamos Posse conforme o regulamento, como uns poucos Diretores (já ex-diretores)puderam pressionar e judiar tanto seus funcionários, montando na garupa dos gerentezinhos de agências e upa upa cavalinho nos pobres coitados, agora PEDEVISTAS... Não me conformo... Repetimos aquilo que os nazistas fizeram com o Povo Judeu (somos o Povo e voltamos ao Povinho), agora é só chorar, quem ainda pode...Muitos já se foram...

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  19. REALIDADE - Não existe benefício sem vantagem. Que interesse a PREVI tem em devolver as contribuições patronais para aposentados e pedevistas? A luta existirá por muito tempo e ela resitirá sempre, dará tempo ao tempo. Mesmo contra vontade os pedevistas assinaram a demissão sem negociar antes as contribuições patronais. Agora é tarde. De vez em quando aparece uma luz no fim do tunel para enfraquecer os que lutam por justiça. Pautas favorávecendo aos ex-funcionários prejudicados é somente para não dizer que não tocaram no assunto. Empresa não tem alma e não envelhece, "funcionários patrimônio do banco" é demagogia. Minha opnião é baseda na minha situação. Sou pedevista 1995, daqueles que ficaram na miséria. Hoje recebo do INSS um benefício/aposentaria de R$ 1.030,00, trabalho para complementar a renda mensal, a casa onde moro devo deixar dentro de alguns dias porque foi financiada pela PREVI em 1991, consegui pagar as prestações até início de 1997 hoje a dívida é inegociável. Estou sendo executada judicialmente, vou ficar sem casa e continuar devendo a PREVI pelo resto da vida pois o resultado do leilão não irá cobrir o saldo devedor. Quem será beneficiado se a PREVI me pagar os 2/3? Só eu e eu não sou ninguém. PREVI pode tudo, inclusive dizer através dos seus advogados que só para coversar em negociação eu teria que pagar R$ 25.000,00, e a PREVI não teria nenhum compromisso de aceitar ou não a proposta. Nunca ouvi dizer isso, fiquei perplexa. Se eu morrer de desgosto é melhor para ela, um a menos para reclamar 2/3 que ela não vai pagar. Meu nome é Cecília Soares Vilaça,mat. no banco 1.931.660-7, PDV 1995. e-mail: ceciliavilaca@gmail.com.

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