sexta-feira, 26 de julho de 2013

Regra contábil manipula resultado das empresas

Caros Colegas,

O Governo deu um belo exemplo ao manipular as regras contábeis com a utilização do pronunciamento contábil 38 (CPC 38), que é pouco conhecido, responsável por reger a chamada "contabilidade de hedge". Para os acionistas de curto prazo, que só estão pensando no ganho presente, a medida trará aumento no pagamento de dividendos, porém não funciona quando pensamos em uma estratégia sustentável no longo prazo. Isso tudo começou com o exemplo dado pelo governo no arranjo contábil da Petrobrás, com o intuito de receber dividendos altos para cobrir seu déficit na conta corrente.

Outro ponto que me preocupa é o grau de endividamento de certas grandes empresas, como a OGX do empresário Eike Batista junto ao BNDES. Como ela, outras também estão na mesma situação e isso poderá trazer perdas irreparáveis aos cofres da instituição.

Mais uma vez, o Governo PT mostra a sua incompetência para administrar a economia do país. Todas essas formas de manipulação e de favorecimento a alguns grupos poderão desencadear um buraco difícil de ser tampado no futuro.

Sinceramente, colegas, espero que eu esteja errada, mas pelo que tenho lido, a situação é muito mais negra do que parece. Segue matéria sobre o assunto para subsidiar nossa discussão.


Regra contábil vira o jogo para endividadas
Petrobras e Braskem 'inspiraram-se' em estratégia da BRF
Um comunicado divulgado há duas semanas mudou drasticamente as perspectivas para o balanço da Petrobras. Da noite para o dia, as projeções de lucro no segundo trimestre subiram para R$ 5 bilhões, contra a expectativa anterior de que a empresa fechasse o período no zero a zero, sem lucro nem prejuízo.
O anúncio não dizia respeito a descoberta de uma super-reserva de petróleo, nem um aumento nos preços dos combustíveis. Tratava-se apenas de uma mudança nas regras contábeis adotadas pela companhia que, sozinha, tem o poder de tirar cerca de R$ 7 bilhões em perdas financeiras esperadas para o segundo trimestre.
Na quarta-feira, foi a vez da Braskem adotar o mesmo dispositivo da Petrobras. Numa tacada só, o J.P. Morgan revisou a perspectiva para as perdas da companhia no segundo trimestre, de R$ 1,2 bilhão para R$ 200 milhões e afirmou que a empresa vai começar a distribuir dividendos neste ano. A petroquímica é uma das coligadas da estatal, que tem uma participação de 36% no capital.
O "sumiço" repentino de uma cifra bilionária das demonstrações de resultados trouxe diversas críticas sobre o viés político da decisão. Com lucro maior no curto prazo, os dividendos também aumentam, beneficiando o governo, na posição de controlador da Petrobras, o que fez com que as palavras "manobra contábil" e "contabilidade criativa" se multiplicassem nos relatórios de análise de diversos bancos.
Mas apesar do efeito bastante conveniente para os acionistas no curto prazo, especialistas ouvidos pelo Valor garantem que não há nenhum passe de mágica ou truque na medida. O que a Petrobras fez foi adotar um dispositivo previsto pelo pronunciamento contábil 38 (CPC 38) e ainda pouco conhecido, que rege a chamada "contabilidade de hedge". O intuito é reduzir o sobe-e-desce na última linha do balanço e trazer um retrato mais claro da situação operacional da companhia nas demonstrações de resultados.
Petrobras e Braskem vão utilizar parte da variação cambial sobre sua dívida em moeda estrangeira como "proteção" para uma eventual queda do câmbio em uma fatia de suas receitas previstas com exportação. Sem a contabilidade de hedge, toda a dívida em moeda americana é corrigida pela cotação do dólar: a diferença é contabilizada como ganho ou perda financeira, ainda que a maior parte desse passivo vencerá apenas no longo prazo.
Com o mecanismo, a variação cambial sobre parte dessa dívida é "reservada" numa conta no patrimônio líquido e só passa para a demonstração de resultados quando a receita que serve como contrapartida é faturada. A Petrobras se inspirou na fabricante de alimentos BRF, única empresa de grande porte adotar o mecanismo que contrapõe dívidas a exportações no país. Segundo apurou o Valor , técnicos da estatal consultaram a equipe financeira da companhia para entender melhor o modelo.
O CPC 38 prevê diversas situações em que instrumentos de hedge podem contar com uma contabilização especial. Mas, na maioria dos casos, esses instrumentos envolvem derivativos. A única exceção, que permite a utilização de um não derivativo, é para a proteção de um risco cambial. "As empresas estão mais acostumadas a utilizar o CPC 38 para contabilizar derivativos. Poucas ainda sabem ou tem segurança para utilizar o dispositivo que autoriza o uso de dívida", afirma César Ramos, autor do livro "Derivativos, riscos e estratégias de hedge" e consultor de companhia que adotaram a prática, como a própria BRF.
Com o modelo, tanto Petrobras quanto Braskem se protegem de uma eventual queda do dólar sobre a receita com exportações. Na prática, o que as empresas fizeram foi "garantir" parte de sua receita operacional no câmbio de maio - quando o dólar Ptax estava próximo dos R$ 2 -, quando a operação foi designada.
Num exemplo hipotético (ver esquema ao lado), a empresa tem US$ 1 milhão em dívidas em dólar e US$ 1 milhão em receitas com exportação a ser faturadas. Se o câmbio for a R$ 1,50, o "ganho" de R$ 500 mil com a variação cambial sobre a dívida fica reservado no patrimônio líquido. Quando a exportação for faturada, caso o câmbio se mantenha nesse patamar, trará uma receita de R$ 1,5 milhão - menor que a esperada em maio, portanto. A variação cambial sobre a dívida, que estava reservada no patrimônio, no entanto, entra como um ganho na receita operacional, que, no fim das contas, fica em R$ 2 milhões - travada, portanto, no câmbio inicial de R$ 2.
Apesar da segurança de que parte da receita virá no câmbio esperado e da redução da instabilidade, a estratégia é mais bem-suceida em termos de efeito no lucro no caso de queda no câmbio. Isso porque ambas as companhias também tem custos em dólar, que não estão envolvidos na operação.
Se o dólar cair, a receita ficará travada em R$ 2 milhões, enquanto os custos serão contabilizados com a moeda americana mais barata. O resultado é um número maior na última linha do balanço. Na contramão, no caso de alta do dólar, o lucro contábil tende a diminuir, já que os custos serão contabilizados por um câmbio maior do que parte da receita.
Em sua estratégia, a Petrobras utilizará 70% de sua dívida para proteger 20% de suas receitas com exportação dos próximos sete anos. Fontes consultadas pela reportagem afirmaram que, apesar de dentro da regra, o prazo é "ambicioso". "O normal é que as empresa tracem essa operação para um horizonte de seis meses até dois anos", disse um interlocutor. Ele reconhece, no entanto, que, com um horizonte maior para as exportações, é possível envolver uma parte maior da dívida na operação - o que tira uma fatia maior das perdas financeiras da demonstração de resultados e melhora o lucro. Procurada, a Petrobras não quis se pronunciar. A Braskem ainda não divulgou os percentuais envolvidos em sua estratégia.

Fonte: Valor Online

15 comentários:

  1. Não gosto de ser pessimista, não gosto de esperar o pior, gosto de exercitar a esperança. Mas, fica difícil no Brasil do PT. Além da ameaça do fim do BET, temos uma economia em franca deterioração. Devido aos altos custos da dispensa, o emprego é o último indicador a cair e já começou. Cada dia q passa é uma notícia pior com os manipuladores e corruptos sempre a solta e ativos. Que Deus nos ajude.
    Celio Vilela

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  2. Tenho um grande amigo, muito competente, na última agência que administrei, ele era meu braço direito. Atualmente, ele trabalha na PREVI.
    Falo sempre com ele, em busca de novidades. Em conversas anteriores, ele sempre dizia que a atual diretoria era a mais fechada que já vira, muito mais que as anteriores, não vazava nada das decisões tomadas em gabinetes fechados. Todavia, em nossa última conversa, falou-me que começam a aparecer "boatos" pelos corredores da PREVI, tipo "incorporação do BET é impossível", "o fim do BET é inevitavel", “talvea a contribuição tenha que ser retomada, se ocorrer déficit no PB1”. Estranho, muito estranho, estranhíssimo.
    Na minha modesta opinião, devemos ir nos preparando para o pior, ou seja, o fim do BET de 13% , talvez já em janeiro/2014 ou, janeiro/2015 com certeza; também pode ocorrer o retorno da contribuição de 4,8%, caso ocorra déficit atuarial.
    Antes que escrevam que estou “misturando estação”, sei que o BET é 20% e que a contribuição, antes de ser suspensa, era 8%. Agora, o raciocínio para adaptação de nosso orçamento, é que em janeiro teremos a renda reduzida em 13%, já que haverá o reajuste anual de mais ou menos 7%, nosso orçamento está se adaptando à redução destes 7% mes a mes, “comidos pela inflação.
    Quanto ao eventual retorno da contribuição, seria de 4,8%, já que na distribuição do superávit em 2005/2006, os restantes 3,2% foram reduzidos de forma permanente.

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  3. Chegou-se à conclusão definitiva de que o PDL-161/2012, do deputado Berzoini, não atende, em razão de colocações feitas por gente equilibrada e conhecedora dos trâmites existentes para aprovação de um projeto dessa natureza, aos interesses dos associados do “PB-1”. Para que o PDL se tornasse viável ele teria que ser aprovado na íntegra, sem alterações que desvirtuassem o que realmente está sendo pleiteado. Coisa improvável de acontecer com essa gente que está aí. O PDS-275/2012, do ilustre senador Paulo Bauer, é bem mais objetivo e prático pois não abre brechas para que sejam feitas alterações que prejudiquem a essência do que está sendo solicitado. Os dois projetos, porém, não contemplam a extinção de um item dessa malfadada resolução 26 que, no meu entendimento, é perverso e fere a integridade dos orçamentos dos aposentados e das pensionistas. Refiro-me à figura criada que responde pela alcunha de BET. Esse dispositivo temporário, para continuar existindo, deveria se restringir a, no máximo, um período de apenas seis meses, a fim de que, efetivamente, não viesse a fazer parte do orçamento dos beneficiários. Quando se estabelece que um pagamento dessa natureza possa durar até cinco anos esse valor, naturalmente, passa a integrar o dia a dia de quem o recebe. Pode-se constatar que um dos fantasmas que nos vem atormentando, à medida que se aproxima o final do exercício de 2013, é a possibilidade cada vez mais forte do fim desse benefício especial temporário já a partir de jan/2014. Pelo andar da carruagem não haverá regra contábil e nem troca de títulos do governo federal que possa resolver esse grave problema. Considero-a, desde há muito, como uma pessoa capaz e antenada com os sonhos e anseios mais prementes dos aposentados e das pensionistas, manifestados de forma bem clara nos espaços aqui na internet ocupados por ex e atuais funcionários da Casa. Assim, gostaria de saber a sua opinião sobre uma possível alteração na resolução 26, determinando o fim desse BET quando da existência de uma nova distribuição da reserva especial. Ou, se mais viável, que ele se restrinja a, no máximo, seis meses para que, dessa forma, não seja tão traumática a sua retirada quando do término do prazo estabelecido.

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  4. Prezada Cecília e Colegas,

    FUNDAMENTOS DE ECONOMIA TUPINIQUIM IX

    Como dito anteriormente, a cada vez que nossa economia da mostras mais emergenciais de asfixia, nosso empresariado se recusa a assumir sua parcela indispensavel de sacrifício e repassa ao povo assalariado o ônus exclusivo das correções necessárias. Esse repasse eh sempre feito através das mesmas medidas repetitivas: desvalorização salarial (via reajustes sempre abaixo da elevação dos preços cobrados por seus produtos ou serviços, ou por meio da desvalorizacao cambial), elevação dos juros ao consumidor (spread bancário), aumento da carga tributaria (repassada integralmente ao consumidor final) e outras intervenções semelhantes.
    O que este batido receituário tem em comum? Todas essas medidas, repetidas a exaustão, tem uma única e exclusiva finalidade: retocar a economia sem penalizar os donos do capital.
    Essa mentalidade injusta e cruel esta totalmente exaurida. Nosso povo esta empobrecido e nao suporta carregar nos ombros todo o custo de nossa combalida economia.
    Como disse, a origem dessa distorção eh conceitual: nosso empresariado vê o trabalhador assalariado e suas necessidades com desprezo. Conheço vários representantes dessa classe e posso assegurar com veemência: nossos empresários nao nutrem a menor simpatia pelas condições de vida do povo comum.
    Posso dar inúmeros exemplos (alguns contundentes), mas vou me resumir a um: uma grande industria em minha cidade, com um lucro anual da ordem de muitos milhões, sequer realiza a manutenção de sua fachada e da calcada fronteiriça.
    Por que esse exemplo compendia, de certa forma, todos os outros? Porque ilustra o total descaso pela qualidade de vida de nossas cidades e o desdém de nossos empresários (com raras excessoes) pela contribuição social e ambiental.
    Essa e a mentalidade dominante de nosso empresariado: só o que importa eh o resultado financeiro para si mesmos e seus acionistas.
    Enquanto nosso povo desassistido ganha mal e tem de conviver com uma infraestrutura urbana degradada, nossos empresários só visam acumular riqueza.
    Essa eh a causa da insatisfação profunda daqueles que pagam a conta desse sistema oligarquico: a vida tornou-se (ou sempre foi) triste e sofrida, sem perspectivas de melhora efetiva a curto ou médio prazo (ou seja, no prazo desta geração).
    Há que se abordar ainda outra componente perversa desse quadro: as causas determinantes da baixa produtividade de nossa economia, pauta que deixo para a próxima matéria.

    Atenciosamente

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  5. Colega Cecília, se não me engano, você fazia parte da diretoria em 2005/2006. É correta a interpretação do colega Wilson Luiz, que se voltasse a contribuição, seria de 4,8% e não 8%?

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  6. Prezada Cecilia e demais Colegas:
    1) - Com relação a alternativa contábil admitida no CpC 38, antecipação de hedge, as empresas usam de acordo com as conveniências, podendo melhorar o piorar o resultado. Já presenciei discussões de empresas de Auditoria a este respeito. Você tem razão. Pode ser uma manobra no curto prazo.
    2)Com relação ao BET muitos Têm reclamado, mas poucos conhecem à realidade. Hoje as reservas da PREVI estão negativas. Os eleitos dizem que o BET vai acabar já no final de 2013. De fato é uma ameaça. Acredito que vai durar ate final de 2014. Se acabar para nós também vai acabar para o Banco.
    Os eleitos fizeram campanha de incorporação do BET sem embasamento técnico, de forma ilusória e Irresponsável.
    3)Vislumbro a continuidade do BET por mais 5 anos, caso seja aprovado o PDS 275/2012, que susta os artigos da Resolução 26/2008 que determinam os fundos repassarem 50% das reservas para o patrocinador. Em sendo aprovado, o BB é obrigado a devolver os R$ 7,5 bilhões tirados da PREVI em 2010 que pela Lei 109/2001 deve ser usado para revisão do Plano. Vai depender muito do nosso poder de mobilização para sensibilizar o Senado. Vejam e participem do abaixo assinado que iniciei e enviei por e-mail e publiquei no meu blog: ajccarvalho.blogspot.com.br.
    Todo esforço de nossa parte ainda será pouco, diante dos poderosos. Pouco ou nada adianta entregar no Senado meia dúzia de assinaturas. Caracteriza falta de interesse de nossa parte. De nada adianta ficar reclamando pelos cantos ou choromingando nossas perdas. Devemos exercer nossa cidadania contra os abusos e irregularidades,reagir e agir enquanto dá tempo. Devemos unir forças. Muitos reclamam do término do BET e por desconhecimento, talvez, pouco ou nada fazem para reconquistar o que nos foi tirado de forma abusiva e ilegal. Poucos sabem que se for aprovado o PDL de Berzoini, que tramita em caráter de urgência, com o apoio do Pimentel, de eleitos da PREVI e até da nossa ANABB vai invalidar o PDS 275/2012 que muito nos interessa e ainda corremos o risco de ter a abusiva e ilegal resolução 26/2008 legalizada.
    VAMOS ACORDAR, AMIGOS!!!. AINDA DÁ TEMPO.
    Abraço,
    Carvalho.

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  7. O Plano 1 da PREVI tem interesses nos dividendos de nossas ações na Petrobrás (R$ 16 a R$ 17,00 cada) (Participamos de 2,83% desta 25ª empresa do planeta e 1ª Empresa do Brasil!!!).Lamentável que não temos NENHUM conselheiro lá dentro.

    Na Braskem (dos Odebrecht) não temos interesse algum, pois não participamos dela.

    Já na BRF (ações valem R$ 48,00)detemos 12,21% e temos dois Conselheiros de Administração Titulares (além de seus 2 suplentes) até abril de 2015. São eles: Paulo Assunção e Sérgio Rosa.

    Quanto a garantia dos "hedges": Se o dólar tiver alta de R$ 2,30 ou R$ 2,40 até o fim do ano de 2013, os lucros contábeis das empresas exportadoras tende a diminuir.

    Aguardamos para 4ª feira, dia 31 de julho a divulgação no PIB norte-americano relativo ao 2º trimestre de 2013 (no 1º trimestre cresceu 1,8% tirando os USA da recessão!).
    CASO o FED reduzir os estímulos monetários da "maior economia do planeta -USA", cairá o volume de dólares em circulação, AUMENTANDO seu preço em todo o mundo (Brasil inclusive!).

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  8. Observadas as questões que o Wilson Luiz disse --- 27.07.2013 14:38 h, e considerando que é compromisso de campanha da atual diretoria a incorporação do BET, pergunto: é certo que a PREVI conta com os recursos para que o BET seja incorporado como benefício permanente, dependendo apenas de decisão gerencial --- ou não?
    Seria interessante, também, se você ou algum colega pudesse postar no blog AS PROPOSTAS DA CHAPA 6 - UNIDADE DA PREVI para o plano 1, com a respectiva avaliação de quais itens compromissados já foram cumpridos. E mais: na sua avaliação não é correto dizer que as promessas de campanha da atual diretoria são todas exequíveis à despeito do cenário econômico que se apresentar?
    Grato pela atenção.





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  9. Prezada Cecilia e demais colegas:
    1)Esta manobra contábil é usada por muitas empresas e podem afetar os resultados. Já vi discussões de Empresas de Auditoria sobre este assunto, de muita complexidade.
    2)Com relação ao BET muitos Têm reclamado, mas poucos conhecem à realidade. Hoje as reservas da PREVI estão negativas. Os eleitos dizem que o BET pode acabar já no final de 2013. De fato é uma ameaça. Acredito que vai durar ate final de 2014. Se acabar para nós também vai acabar para o Banco.
    Os eleitos, de forma irresponsável, fizeram campanha de incorporação do BET sem embasamento técnico. Vamos cobrar.
    3)Vislumbro a continuidade do BET por mais 5 anos, caso seja aprovado o PDS 275/2012, que susta os artigos da Resolução 26/2008 que determina os fundos repassarem 50% das reservas para o patrocinador. Em sendo aprovado, o BB é obrigado a devolver os R$ 7,5 bilhões que pela Lei 109/2001 deve ser usado para revisão do Plano. Vai depender muito do nosso poder de mobilização para sensibilizar o Senado. Encontra-se na rua abaixo assinado que iniciei e enviei por e-mail e publiquei no meu blog: ajccarvalho.blogspot.com.br. Todo esforço de nossa parte ainda será pouco, diante dos poderosos. Pouco ou nada adianta entregar no Senado meia dúzia de assinaturas. Caracteriza falta de interesse. De nada adianta ficar reclamando pelos cantos ou choromingando nossas perdas. Devemos reagir e agir enquanto dá tempo. Devemos unir forças.
    Abraço,
    Carvalho.

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  10. Caro Wilson,
    Desconheço essa aprovação de redução vitalícia de 3,2% das contribuições. As aprovações sempre foram feitas por períodos.

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  11. Cara Cecília,
    Pelo seu raciocínio, a redução da parcela PREVI, aprovada junto com a redução da contribuição, também seria transitória, o que seria uma tragédia financeira para muitos aposentados.
    Acredito que a redução de 8 para 4,8% seja definitiva porque, na ocasião, foram incorporados à reserva matemática R$ 3.5 bilhões, retirados do superávit. Já para pagamento do BET, não foi transferido um centavo sequer à reserva matemática, o dinheiro ficou em 2 fundos específicos(para pagamento para nós e para o Banco), cujos saldos diminuem mês a mês, para nossa preocupação.

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  12. Prezada Cecília e Colegas,

    FUNDAMENTOS DE ECONOMIA TUPINIQUIM X

    Esta claro que a absoluta carência de consciência cívica e descompromisso com o destino do Pais que predomina entre nossos empresários, com a decorrente delegação dos sacrifícios ao povo, eh um dos fatores determinantes de nosso atraso.
    Entre os efeitos nefastos dessa dicotomia estao a pungente concentração de riqueza nas mãos de poucos privilegiados e os exíguos salários pagos aos nossos trabalhadores na comparação com os países desenvolvidos e mesmo com nossos vizinhos sul americanos.
    Esse binômio, baixos salários e altos preços, além de indecente sob qualquer prisma, aprisiona nossa economia num perfil de baixo consumo e produção, determinando um ciclo negativo interminável.
    Quando citei uma industria de grande porte que ignora ostensivamente as condições sócio ambientais de seu entorno, em exemplo recente, queria induzir a conclusão de que empresários que nao se importam com a própria imagem nao podem ser sensíveis a nenhum apelo que nao seja o de seus bolsos.
    Por essa razão nosso povo eh desassistido e desfruta de péssimas condições urbanas, o que impacta negativamente sua condição.
    Chegamos aí as causas históricas que determinam nossa baixa produtividade: empresários que só visam o lucro imediato nao realizam investimentos cujo retorno seja de longo prazo e, por essa razão, deixam de modernizar suas linhas de produção. O raciocínio subjacente eh evidente: por que investir em equipamento caro e moderno se a demanda interna nao o justifica?
    Ora, mas o baixo consumo interno se deve justamente ao baixo poder aquisitivo dos trabalhadores, que alegadamente nao recebem salários maiores, entre outros motivos, porque sua produtividade eh baixa.
    Como a renda familiar brasileira eh insuficiente, a esmagadora maioria delas nao eh capaz de suprir a seus filhos uma educação de qualidade, o que acarreta a retroalimentacao de mais um fator determinante da baixa produtividade: a endêmica falta de qualificação profissional.
    Como fica claro, a origem e causa de nosso persistente atraso esta na renitência intransigente de nosso empresariado na adoção contumaz e extemporânea de conceitos primitivos de extrativismo colonialista.
    Essa pratica ou mentalidade empresarial eh do tipo mais lesivo ao Pais, pois nao visa ao desenvolvimento material da Nacao nem a emancipação social de seu povo. Visa única e exclusivamente seu enriquecimento pessoal e de seus acionistas.
    Dai temos essas dramáticas tragédias sociais que assolam sistematicamente nosso Pais: consequencia direta do egoísmo e da cupidez que norteiam os formadores de nossa política econômica. Gente que nao se importa em transitar, com seu veiculo de alto luxo, ao lado de sub humanos atrelados a carroças como animais, sobre as quais, muitas vezes, se apinha sua numerosa prole.
    Qual ser humano nao se sensibiliza diante desse quadro devastador de miséria humana? Aqueles que a determinam com a exploracao historica de nosso povo.

    Atenciosamente

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  13. Prezada Cecília e Colegas,

    FUNDAMENTOS DE ECONOMIA TUPINIQUIM X

    Esta claro que a absoluta carência de consciência cívica e descompromisso com o destino do Pais que predomina entre nossos empresários, com a decorrente delegação dos sacrifícios ao povo, eh um dos fatores determinantes de nosso atraso.
    Entre os efeitos nefastos dessa dicotomia estao a pungente concentração de riqueza nas mãos de poucos privilegiados e os exíguos salários pagos aos nossos trabalhadores na comparação com os países desenvolvidos e mesmo com nossos vizinhos sul americanos.
    Esse binômio, baixos salários e altos preços, além de indecente sob qualquer prisma, aprisiona nossa economia num perfil de baixo consumo e produção, determinando um ciclo negativo interminável.
    Quando citei uma industria de grande porte que ignora ostensivamente as condições sócio ambientais de seu entorno, em exemplo recente, queria induzir a conclusão de que empresários que nao se importam com a própria imagem nao podem ser sensíveis a nenhum apelo que nao seja o de seus bolsos.
    Por essa razão nosso povo eh desassistido e desfruta de péssimas condições urbanas, o que impacta negativamente sua condição.
    Chegamos aí as causas históricas que determinam nossa baixa produtividade: empresários que só visam o lucro imediato nao realizam investimentos cujo retorno seja de longo prazo e, por essa razão, deixam de modernizar suas linhas de produção. O raciocínio subjacente eh evidente: por que investir em equipamento caro e moderno se a demanda interna nao o justifica?
    Ora, mas o baixo consumo interno se deve justamente ao baixo poder aquisitivo dos trabalhadores, que alegadamente nao recebem salários maiores, entre outros motivos, porque sua produtividade eh baixa.
    Como a renda familiar brasileira eh insuficiente, a esmagadora maioria delas nao eh capaz de suprir a seus filhos uma educação de qualidade, o que acarreta a retroalimentacao de mais um fator determinante da baixa produtividade: a endêmica falta de qualificação profissional.
    Como fica claro, a origem e causa de nosso persistente atraso esta na renitência intransigente de nosso empresariado na adoção contumaz e extemporânea de conceitos primitivos de extrativismo colonialista.
    Essa pratica ou mentalidade empresarial eh do tipo mais lesivo ao Pais, pois nao visa ao desenvolvimento material da Nacao nem a emancipação social de seu povo. Visa única e exclusivamente seu enriquecimento pessoal e de seus acionistas.
    Dai temos essas dramáticas tragédias sociais que assolam sistematicamente nosso Pais: consequencia direta do egoísmo e da cupidez que norteiam os formadores de nossa política econômica. Gente que nao se importa em transitar, com seu veiculo de alto luxo, ao lado de sub humanos atrelados a carroças como animais, sobre as quais, muitas vezes, se apinha sua numerosa prole.
    Qual ser humano nao se sensibiliza diante desse quadro devastador de miséria humana? Aqueles que a determinam com a exploracao historica de nosso povo.

    Atenciosamente

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  14. PIB DOS ESTADOS UNIDOS (USA):US$ 16 trilhões de dólares!
    (Em 2011 cresceu 1,8%; em 2012:2,2%)

    Divulgado hoje (31/7/2013)o PIB/2013 da "maior economia do Planeta"/USA: US$ 16 trilhões de dólares!
    1ºtrimestre 2013= 1,1% (corrigido de 1,8% estimados)
    2º trimstre 2013= 1,7%

    Próxima estimativa,( uns 2% ?)será divulgada em 29 de agosto -5ªfeira-

    Com tal recuperação da economia norte-americana o FED (Banco Central deles) informou hoje que, continuará comprando US$ 85 bilhões de dólares por mês, em títulos hipotecários e dívida do Tesouro.
    Assim irrigando de dólares o Mercado, não faltarão "verdinhas" em circulação, que no Brasil já valem ao redor de R$ 2,30 cada, com estimativa de alcançar R$ 2,40 no final do ano de 2013 !!
    É um valor muito alto, pois há 7 meses valiam R$ 2,08...
    (A Cia.Aérea TAM já está sufocada e demitindo mil tripulantes !)

    Próximos temas: Balanços 2 trimestre 2013 dos Bancos Brasileiros ?.

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  15. Prezada Cecília e Colegas,

    FUNDAMENTOS DE ECONOMIA TUPINIQUIM XI

    Dando continuidade a essa serie de doze artigos, vamos abordar mais alguns aspectos singulares de nossa exótica economia.
    Para começar, estamos assistindo a desvalorização acelerada de nossa moeda, o que significa perda de poder aquisitivo, principalmente para a classe media.
    Por que? Porque nosso perfil de consumo eh mais sensível a variação cambial, ou seja, os produtos que estamos habituados a adquirir carregam mais insumos importados.
    Essa perda de valor salarial nao será reposta, até porque o índice que melhor avalia essa variação, o IPCA, foi espertamente substituído pelo INPC, que mede fundamentalmente a variação dos índices da cesta básica.
    Enquanto isso, todos os demais agentes econômicos do Pais estao se ajustando ao cambio com o repasse aos preços de seus produtos e serviços. Segundo levantamento recente, de 23 empresas pesquisadas, 19 estao fazendo esse repasse, com uma majoração media de 14% nos preços.
    E os salários? Quem protege e recompõe as perdas? Resposta: ninguém. Teremos em janeiro um reajuste estimado em torno de 7% e a provável extincao sumaria, para nos da PREVI, da complementação representada pelo BET.
    Traduzindo para o cotidiano: a menos que alteremos drasticamente nosso perfil de consumo e passemos a sobreviver exclusivamente com os produtos da cesta básica, vamos sofrer um enorme impacto.
    Moral da estória: nesse Patropi todos se garantem, menos os trabalhadores assalariados. Como diz o adagio "quem pode mais deita e rola, enquanto aos demais, salve-se quem puder".
    A desvalorização cambial se destina unicamente a favorecer os exportadores e cobra, na outra ponta, com o sacrifício de toda a população do Pais, que passa a subsidiar a opção por esse modelo voltado para o consumo externo.
    Quem se beneficia dessa imolação nacional no altar do comercio internacional? Alem dos referidos exportadores, o consumidor estrangeiro, que adquire nossos produtos lá fora por preços baratos.
    Alias, outra distorção perversa de nosso modelo economico eh que nossos produtos destinados a exportação tem mais qualidade do que seus congêneres vendidos aqui e custam muito menos para o consumidor lá fora.
    Esse eh um vicio irredutível da mentalidade empresarial vigente em nosso Pais, pois garante, a custa do sacrifício da Nação, o fluxo continuo de dólares para o Setor.
    Como estamos vendo, mais uma vez fica claro que a origem e a causa de nossas mazelas esta na mentalidade empedernida de nosso empresariado e de seus leais representantes políticos.

    Atenciosamente

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