sexta-feira, 21 de junho de 2013

Previ Futuro - Fique de olho no perfil de investimentos

Caros colegas do Plano Previ Futuro,

Apesar de estar longe a data da aposentadoria, pois o plano Previ Futuro é novo, está em fase de captação e, como não existe a cultura da gente se preocupar com a aposentadoria quando somos jovens, é preciso ficar de olho em como estão gerindo seu plano. O Plano Previ Futuro é bem diferente do Plano 1, pois não é solidário e cada um tem uma responsabilidade maior em relação aos seu patrimônio acumulado. Qualquer investimento mal feito vai impactar diretamente na sua cota. Por isso, é importante observar e acompanhar a performance do seu plano.
Os colegas do Plano Previ Futuro ao fazerem sua filiação aderem automaticamente ao Perfil Previ, mas podem migrar para outros perfis se assim desejarem. Acontece que a maioria dos participantes (mais de 90% deles) decide por permanecer nesse “perfil padrão” acreditando nos gestores da Entidade. Podemos dizer que o Perfil Previ se aproxima mais do perfil moderado, tendo em vista que a exposição dos investimentos à renda variável é intermediária entre o perfil conservador e agressivo.
 
Embora a confiança depositada pelos colegas nesse, que é chamado de "Perfil Padrão", no ano de 2012, os associados do Previ Futuro experimentaram uma situação um tanto estranha, pois a rentabilidade desse segmento foi a menor de todos os perfis!!! (Veja o quadro a seguir extraído das informações divulgadas pela Previ):

ANO 2012:

Perfil Previ: 12,99%

Perfil Agressivo: 13,32%

Perfil Moderado: 13,71%

Perfil Conservador: 14,02%

Mas como explicar que o Perfil Previ, que tem uma exposição em renda variável maior do que o perfil conservador e menor do que o perfil agressivo tenha tido uma rentabilidade abaixo dos dois?? 
A explicação é a incompetência da diretoria da previ. O cenário externo já dava sinais claros de que uma crise se aproximava, haja vista o calote da dívida da Grécia e desaceleração geral na Europa. Mesmo assim, nossos administradores na Previ decidiram aumentar a alocação em renda variável, apenas no Perfil Previ, no momento em que os preços dos ativos estavam mais caros. Conclusão: a crise explodiu e as ações que compramos caro no Perfil Previ se desvalorizaram abruptamente. Quem não acreditou no Perfil Previ (a minoria) teve uma rentabilidade ruim, porém superior ao tal Perfil Padrão.
 
Por isso, colegas, é preciso acompanhar de perto e cobrar dos dirigentes atuais uma melhor transparência e exigir mais informações sobre o plano.
 
Como eu disse no início, o benefício que vocês receberão na aposentadoria dependerá diretamente da rentabilidade do plano durante o período de captação. Não dá para mergulhar os recursos do plano em aventuras sem a adequada gestão dos riscos.

11 comentários:

  1. Professora Cecília,

    Na forma usual a colega chega a uma conclusão que me parece ser a mais certa, presente a obscuridade com que a PREVI envolve sua ação nas aplicações. Concordo, em parte, que a estratégia de aplicações deve ser resguardada por causa da forma que alguns mercados adotam, ou seja, a competição é tão ferrenha que a prática adotada passa a ser "almoçar" os concorrentes para não ser seu "jantar" (desculpe eventual falta de respeito). Mas estabelecer um perfil padrão que chega a perder 1% para o padrão conservador indica, como disse a colega, no mínimo má gestão. Os colegas do Previ Futuro que abram seus olhos, pois parte dessa gestão equivocada pode decorrer do direcionamento de recursos determinados pelo governo através de seu braço forte na PREVI, qual seja o patrocinador. Considerando o passado, de domínio público, tenho sérias dúvidas quando a PREVI afirma não existir ingerência do patrocinador/governo no direcionamento de suas aplicações.

    Cordialmente,
    Luiz Faraco

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  2. Oi, Cecília
    Por oportuno, volto a formular a questão até agora pendente de esclarecimento: quando a PREVI ira corrigir a tabela de valores do ES, atendendo ao disposto no regulamento em vigor? Esse reajuste deveria ter sido já implantado, com a adição de quatro faixas novas, haja vista que o regulamento em vigor determina atualização automática do teto, com base no mesmo índice utilizado no reajuste de benefícios. Aguardo sua prezada resposta com interesse: na situação de penúria a que estamos submetidos, R$ 4.000,00 fazem, sim, alguma diferença.
    Atenciosamente

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  3. FUNDAMENTOS DE ECONOMIA TUPINIQUIM III
    Cara Cecília,
    Fazendo uso do espaço gentilmente disponibilizado por você em seu blog, dou continuidade a serie:

    Como se depreende daquilo que já foi exposto, os baixos salários pagos no Brasil se constituem na causa e origem do desequilíbrio econômico vigente. Torno a salientar, baixos salários geram pouco consumo (desconte-se aqui a bolha de consumo propelida pelos empréstimos, fenômeno com data de validade vencida). Pouco consumo acarreta baixo volume de vendas no comercio, que, por sua vez, impacta negativamente a produção industrial. Baixos índices de produção desestimulam o investimento produtivo e geram desemprego ( o que vai acontecer na seqüência). O desemprego avilta os salários e o ciclo se repete. Para compensar a perda de arrecadação, o Governo só pode aumentar a carga tributaria (inexiste ganho de escala). Para alavancar o crescimento, o Governo injeta dinheiro na economia, promovendo inflação e aumento dos juros. Com o cambio se desvalorizando em ritmo acelerado, temos mais um elemento de pressão sobre os custos e, consequentemente, mais inflação, que será combatid com maiores juros. Essa e a realidade. Somos remunerados em reais, com uma media salarial entre as menores do mundo, e pagamos preços, tributos e juros entre os mais elevados do planeta. Esse e o pior dos mundos.

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  4. O império petista está apavorado. Semana passada, devido aos protestos nas ruas. a presidente foi a São Paulo se aconselhar com o ex-imperador Lula (nada de novo, aí), e também, pasmem, com o marqueteiro das campanhas do PT, será que ainda pretendem faturar, politicamente, os fatos? O PT parece estar copiando o comportamento da realeza, pouco antes da Revolução Francesa. Espero que o desfecho, aqui, seja o mesmo. apenas usando o voto como guilhotina. Aliás, o PT já apareceu em alguns protestos, com suas bandeiras, e foi sumariamente escorraçado.
    Tudo isto está me parecendo o mesmo clima que possibilitou a eleição do Collor. Como sonhar não paga imposto, torço para que se viabilize a candidatura do Presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa.

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  5. Caro colega Wilson,
    Eu concordo contigo. O clima não está nada bom para o PT. Não acredito que eles tirem proveito da situação, pois o povo não quer saber de partidos políticos nesse movimento. Todos nós estamos saturados de tanta mentira, tanta promessa eleitoreira sem nenhum projeto efetivo. Você acredita nas promessas da Presidente? Para mim, estão querendo ganhar tempo para conseguir vencer as eleições do próximo ano. Este é o problema - no nosso país não há um projeto de país e sim de eleição.
    A notícia boa é que a eleição do CAREF deu segundo turno. O representante dos sindicatos não venceu no primeiro turno. Isso já demonstra um desgaste na imagem dos "companheiros". Estou torcendo para que o outro candidato (Ronaldo Zeni) ganhe as eleições e atue com isenção. É tudo que precisamos nesse momento.

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  6. Colegas do Previ Futuro prestem muita atenção no disse a colega Cecília com todo conhecimento que possui. Fiquem de olho. Nós do Plano I não ficamos e vocês sabem o que aconteceu.

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  7. Cara Cecília, continuo aguardando sua resposta a respeito da atualização do teto do ES, como determina o regulamento vigente. Nao existe nenhum dispositivo institucional que obrigue a PREVI a acatar suas próprias deliberações?
    A respeito do ES devo ainda acrescentar que a adoção póstuma do índice de janeiro, alem das perdas que foram aqui já analisadas e expostas pelos colegas e por você, acarretou ainda mais um prejuízo aos associados: o teto do ES também, segundo as regras em vigor, terá um reajuste pífio (reajuste que já deveria ter sido implementado).
    Por que a PREVI, já beneficiada ( ! ) por esses hábeis artifícios, que embutem sempre, sistematicamente, alguma perda aos associados, esta procrastinando a correção do ES?
    Continuo no aguardo de sua estimada e sempre valiosa resposta, atenciosamente

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  8. Cecilia,
    É realmente inacreditável o que os gestores da PREVI conseguiram. O perfil que deveria ter um resultado sempre entre o conservador e o agressivo, ficou fora do intervalo e, o que é pior, com um desempenho mais baixo de todos. Dessa vez essa diretoria se superou!!

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  9. Peço licença para sugerir que seja feito um post onde Você colocaria a sua posição sobre a fixação de um teto de benefícios na Previ, tendo por base o memorando expedido pela Previc sobre o assunto. A Anabb abriu espaço e Dª Isa e o Carvalho manifestaram as suas opiniões de que a Previc foi clara ao fixar um teto de benefícios a ser cumprido pela Previ. Já os diretores Paulo Assunção e Marcel Barros entendem de forma diversa achando que tudo continua como dantes no quartel de Abrantes, ou seja, a manifestação da Previc não serviu pra nada. Quem, afinal de contas, está com a razão?

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  10. Prezada Cecília e colegas,
    Quem assistiu viu: o Ex Lula sentado a direita do vice Michel Temer. As raposas estao se articulando. Estao tramando como tirar proveito dos protestos. Para quem esta atento: já a mídia se alia aos políticos na manobra que esta sendo urdida. Pretendem implementar uma reforma política através de plebiscito e assembléia constituinte, ou, como defendem outros, a ordem inversa, com referendum popular. E quem são os políticos que nos representam e que definirão essas reformas? Ora, são os mesmos que estao aí e que estao sendo repudiados pelo povo. Não se vê nos meios de comunicação mais nenhuma referencia a ilegalidade da permanência no Congresso de políticos corruptos e condenados pela Justiça. Não se noticia mais o anseio popular pelo impedimento desses notórios traficantes do poder. Quem pode em sa consciência considerar nosso povo apto a opinar sobre questões dessa complexidade? A quem pode interessar essa consulta plebiscitaria? A quem tem os meios de conduzir o povo a opinião que lhe interessa. Os mais esclarecidos e conscientes constituem a ínfima minoria. Enquanto isso, a manobra visando impedir a criação de novos partidos e, assim, assegurar, por vias esquivas, a continuidade do que esta aí, continua a todo vapor.
    Aos colegas menos informados, essa restrição e anti democrática e autoritária e visa especificamente facilitar a reeleição da "Presidenta" Dilma em 2014.
    Por que a conjuntura política nos interessa? Por que esse assunto deve figurar entre os comentários desse Blog? O que o sistema político ou a eleição de 2014 tem a ver com o escopo desse espaço?
    Caros colegas: todas as decisões que afetam o patrimônio de nosso Fundo emanam dos políticos que nos governam e que são eleitos por nos. Esse Governo que esta aí não vai reconsiderar a política intervencionista que tem nos trazido tanta amargura e sofrimento, até porque nossas reivindicações não fazem parte da pauta dos protestos em curso. Não nos iludamos, pois. Nossa única esperança e mudar os donatários da Nação em 2014.

    Um abraço a todos.

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  11. Caro colega Carlos,

    Em relação ao seu comentário: Cara Cecília, continuo aguardando sua resposta a respeito da atualização do teto do ES, como determina o regulamento vigente. Nao existe nenhum dispositivo institucional que obrigue a PREVI a acatar suas próprias deliberações?

    Desculpe a demora na resposta. Segundo o regulamento vigente do ES, a competência para estipular o teto do ES é da diretoria executiva, não precisando da aprovação nem do Conselho Deliberativo nem dos órgãos reguladores.

    Segue o art. 13 que trata do teto de concessão:

    "Art. 13 - Os valores máximos de concessão das linhas de crédito serão definidos e alterados a
    qualquer tempo pela Diretoria Executiva com base em estudos efetuados pela área
    técnica gestora do produto.
    Parágrafo 1º - Para o participante ativo o limite individual de endividamento não
    poderá ser superior à reserva individual de poupança líquida, com a qual possa ser
    compensado o saldo devedor do empréstimo em caso de desligamento do Plano de
    Benefícios." (www.previ.com.br)

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