segunda-feira, 15 de abril de 2013

BRF elege seus conselheiros

Caros colegas,

A eleição da BRF (Sadia e Perdigão) aconteceu na semana passada e eu não poderia deixar de publicar em função da participação relevante da Previ nesse ativo. Segue a distribuição dos acionistas na BRF:

- Abilio Diniz -    3%
- Tarpon       -    8%             Fundo privado de investimento
- Blackrock   -    4%                "           "                   "
- PREVI         - 12,2%
- Sistel         -   1,3%
- Petros        - 11,3%
- Valia          -   2,5%
- Outros       -  57,5%

A Previ apoiou a eleição do Abílio Diniz como Presidente do Conselho e teve como uma das trocas a eleição do ex-Presidente da Previ, Sérgio Rosa como vice-presidente. Apesar de discordâncias até por parte dos pares (Petros), o "poderoso" Abilio conseguiu emplacar seu nome. A Previ prega tanto a Governança Corporativa nas empresas em que participa, porém numa hora como essa, elege uma pessoa que apresenta um grande conflito de interesses, pois é um dos administradores da rede Pão de Açúcar, grande cliente da BRF. Aliás, que também adora rasgar acordos, considerando o que foi divulgado na mídia em relação à venda da rede Pão de Açúcar, onde ele teria negociado a venda, porém sem observar o acordo de acionistas.

Eu acho engraçado como é fácil rasgar o código de governança quando interessa às políticas governamentais e/ou quando querem nomear um "companheiro"...

Único concorrente, Abilio Diniz é eleito presidente do conselho da BRF
Antigo dono do Pão de Açúcar, o empresário Abilio Diniz foi eleito presidente do conselho de administração da BRF, empresa resultante da fusão entre Sadia e Perdigão e maior produtora de proteína animal do país, nesta terça-feira (9).
O empresário tem cargo vitalício como presidente do conselho do Pão de Açúcar, que tem na BRF sua maior empresa fornecedora individual.
Segundo o grupo francês Casino, novo controlador do Pão de Açúcar, a presença de Abilio Diniz nos conselhos de ambas as empresas configura conflito de interesse porque a fornecedora tem sempre o objetivo de vender seus produtos pelo maior preço possível e a varejista, em comprá-lo pelo menor valor.
O Casino pediu a renúncia de Abilio da presidência do conselho do Pão de Açúcar, e deve trazer o assunto para discussão na assembleia da empresa no dia 17.
Abilio chegou ao conselho pelas mãos da Tarpon, empresa privada de investimentos, e dos fundos de pensão Previ (de funcionários do Banco do Brasil), Sistel (Antigo Sistema Telebrás) e Valia (Vale).
Chegou a ter oposição do Petros (dos funcionários da Petrobras), mas a resistência foi vencida nos últimos dias e nenhuma chapa alternativa foi apresentada para concorrer com o empresário.
No fim da assembleia, Abilio e Sérgio Rosa, ex-presidente da Previ, foram aprovados com ampla maioria como presidente e vice-presidente do conselho. Só 6,08% dos acionistas presentes votaram contra e 12,81% se abstiveram --entre eles o Petros. A assembleia teve quórum de 81,12% do capital representado.
Em dezembro, o empresário comprou cerca de R$ 1,1 bilhão em ações da BRF e passou a ter uma participação de cerca de 3% na companhia.
Como conselheiro, Abilio será membro independente, não representando nenhum dos acionistas controladores. O maior acionista da BRF é a Previ (com 12,21% do capital), seguido por Petros (11,31%), Tarpon (8,02%) e Blackrock (4,03%), entre outros.

10 comentários:

  1. Falar o que? Continua a política do "cumpanheiro", não importando o risco sistêmico. Continua tudo como dantes na terra de Abrantes. Muito importante sua colocação Cecilia, afinal acho q eles trabalham como se tudo estivesse dominado e a disseminação da informação, se não inibe novos conchaves, pelo menos dificulta. Célio

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  2. Nossa participação de 12,21% na BRF é de R$ 4,453 bilhões e está no quinto lugar nas aplicações do Plano 1 da PREVI.
    Fonte:Relatório anual 2012 (Pág.11)

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  3. Socorro. O governo está acabando com a Petrobras, onde a PREVI tem grandes investimentos. Agora deram de presente ao Abílio Diniz a BRF, onde a PREVI também tem participação grande, acho que o sr. Diniz é petista.

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  4. Emora importante e úteis seus comentários, seria de bom grado que alguém , já que as associações ficam sempre mudas, a respeito da Ação Normativa de 5.4.2013(bem fresca) da receita federal, pois este é um assunto que espeara como alguns de nós mais de uma dezena de anos para um solução e nessa Resolução até que enfim a receita Federal reconhece o direito para quem pagou o desconto pacificado pela previ como sempre entre 1989 e 1995.
    Sei da utilidade das informações sobre a BRT mas oque sentimos cá no inferior é que para os consumidores estas fusões de perdião, Sadia sobre também da seara é um monopólio que só fez prekudicar os consumidores pois determinados produtos sumiram devido a divisão entre eles de produtos.Assim a Perdi~/ao entrega um produto, a Sadia outro e a seara outro e passam numa praça pequena quando querem.Então quem gostava da calabresa perdigão tem que engolir a que a outra vende e assim por diante
    isto para não falar da Ambev que unificou e uniu várias marcas de cerveja perjudicando a todos.isto se chama na minha linguagem CARTEL

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  5. A BOVESPA pode até dizer que é legal, mas não é ético e o conflito de interesses salta aos olhos. Mas, como a PREVI (Governo Federal) quer, então seja feita a vontade do Planalto. Hipocrisia em dizer-se que o sr. Abílio não representará qualquer das controladoras. O Conselho Fiscal da BRF tem obrigação legal e moral de exercer com rigor suas funções no que tange à administração a ser implementada pelo sr. Abílio. E nós devemos continuar atentos e cobrar da PREVI se observarmos qualquer ato que resulte em prejuízo de nossos investimentos.

    Luiz Faraco - Florianópolis-SC

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  6. Há os que ainda acreditam em um pouco de ética por parte de nossos eleitos na Previ. E nao creio mais, a menos que me mostrem a Ata onde eles votaram contra a indicação de Abílio Diniz. Sinto-me envergonhado.

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  7. Um assunto também interessante diz respeito à mudança da data base da correção dos benefícios. Vale lembrar que o pleito se encontra “em análise” pelas autoridades competentes desde nov/12. Agora, às vésperas do reajuste cheio em junho, corre informação aqui na internet de que só falta o de acordo da Previc, que seria dado até 17.04.13, também conhecido como amanhã. Parece-nos bem mais interessante que em jun/13 tenhamos o INPC cheio, do que agora em mai/13 os pífios 3,8% retroativos a jan/13. Gostaria de saber se a Previ teria autonomia, mesmo se confirmando a manifestação da Previc, para postergar o reajuste dos nossos benefícios para jan/14, ao invés de reajustar agora retroativamente a jan/13, fazendo uso do percentual de 3,8%. Seria uma diferença bem significativa já que em jun/13 teríamos mais ou menos 7% de correção nos benefícios. Ficarei no aguardo de sua breve, importante e oportuna manifestação.

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  8. Carlosdomini, favor nos informe onde podemos acessar essa ação normativa da SRF, pois esse assunto interessa muito.

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  9. Caro Jorge e demais colegas,

    Essa questão do reajuste dos benefícios é um absurdo porque quando interessa a eles, rapidamente a PREVIC libera, ou seja, eles se empenham para agilizar a aprovação.
    Infelizmente, estamos vivendo um período muito esquisito nas relações com nossas entidades, incluindo a Previ. Como não há nenhum pensamento conflitante, existe uma unanimidade ligada ao Governo, não existe a fiscalização isenta das decisões e atitudes em relação aos diversos assuntos tratados na Previ. A cada semana são discutidos inúmeros assuntos que poderiam interessar aos associados, porém o silêncio é total. A comunicação da Previ sempre foi tímida, porém os eleitos precisavam apresentar suas considerações em relação aos vários assuntos discutidos na rede pelos colegas. Por que não criam um blog ou site? Não fazem o que eu fiz quando era Diretora de Planejamento? Aliás, depois que eu criei o blog, eles criaram o site "eleitos da Previ", onde me excluiam e publicaram uns 2 "posts" e depois caiu na inércia, pois dar a cara a bater não é fácil, mas é muito importante para os associados.

    Realmente é impressionante como é tratada a questão de conflito de interesses por parte da Previ. Ela rasgou o código de governança tão divulgado e prestigiado. As exigências que a Previ faz nas empresas em que participa, quando interessa, não condiz com o comportamento apresentado na eleição do CA na BRF. Se isso não é conflito de interesses... é melhor rever o código. E pensar que o Diretor eleito Paulo Assunção foi e continua sendo conselheiro na empresa.

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  10. Estamos em meados do ano. É preciso começar a discutir eleições Previ 2014, quando duas diretorias serão renovadas. É o momento, colega Cecília, de você se juntar aos verdadeiros líderes decentes, como Isa Musa, Amaral, Ruy Brito. Faça uma chapa com esses e todos nós ganharemos

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