segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

BB x PREVI - Disputa tem novo foco de atrito

Complementando a matéria divulgada anteriormente, segue a matéria que saiu nesse último domingo sobre a confusão que se instalou entre BB e Previ. Como estamos percebendo, a questão do teto também está sendo colocada e, caso o Presidente da Previ esteja defendendo a implantação do teto que tinha sido aprovado em todas as instâncias, parabéns para ele, pois é um absurdo se a proposta do Presidente do BB for aprovada. Nessa briga, se alguém tiver que fazer as malas, que seja quem defende benefícios sem teto ou com teto fora do plano de cargos do Banco.

A disputa de poder no Banco do Brasil vai obrigar o ministro da Fazenda, Guido Mantega, a arbitrar até sobre as aposentadorias do alto escalão da instituição.
Na sexta-feira (24) a Folha revelou a queda de braço entre os presidentes do BB, Aldemir Bendine, e da Previ (fundo de pensão dos funcionários do banco), Ricardo Flores.
Disputa política no Banco do Brasil preocupa governo

Fracassa tentativa de trégua em crise no Banco do Brasil

Bendine é homem de confiança de Mantega e acusa Flores de tentar derrubá-lo. Já o grupo de Flores diz que Bendine quer um aliado à frente do fundo de pensão dos funcionários do banco.
É em meio a essa disputa que Mantega terá que decidir sobre o aumento de cerca de 30% nas aposentadorias do presidente, de vice-presidentes e de diretores do BB, considerado irregular pelo Ministério da Previdência. A discussão poderá ir à Justiça.
Desta vez o impasse é com a Previc, instituição ligada ao Ministério da Previdência que regula os fundos de pensão fechados do país.
A entidade contesta, em parecer, o pagamento de aposentadorias considerados irregulares pelo órgão aos executivos do banco que saíram da ativa recentemente.
O que era para ser uma discussão técnica se tornou embate entre o presidente do Banco do Brasil e o titular da Previc, José Maria Rabelo, ex-vice-presidente do banco.
Rabelo foi um dos vice-presidentes demitidos por Bendine quando este assumiu o banco, em 2009. Ele é ligado justamente a Ricardo Flores, desafeto de Bendine e personagem da atual disputa.
O imbróglio das aposentadorias começou quando, em 2010, o comando do BB revogou regra definida dois anos antes para calcular a aposentadoria do alto escalão.
Essa medida determinava que benefícios como auxílio-alimentação, licença-prêmio, férias, bônus e 13º fossem incorporados aos salários mensais dos 27 diretores, 9 vice-presidentes e do próprio presidente, mas excluía esses adicionais do cálculo da aposentadoria, paga pela Previ.
Também ficou acertada a imposição de um teto para os benefícios pagos pelo fundo de pensão.
A incorporação era uma forma de aumentar em cerca de 30% o rendimento dos executivos do banco que estavam na ativa. O objetivo era aproximar os salários do BB dos da iniciativa privada.
Só que, por decisão de Bendine e da cúpula do banco, diretores e vice-presidentes puderam se aposentar com os benefícios incorporados aos salários. A Previc, então, recebeu denúncias de funcionários insatisfeitos, pediu explicações e fez um parecer apontando a irregularidade.
Esse questão dos benefícios acabou se misturando à disputa política no BB.
Diante do risco de eventual impacto financeiro à Previ, Fazenda e a Previdência pediram um parecer da AGU (Advocacia Geral da União) antes de posicionar.

Fonte: Folha de São Paulo, 26.02.

9 comentários:

  1. Cara Cecília,
    Até concordo que o Banco do Brasil deva pagar a seus executivos salários compatíveis com os da iniciativa privada. Agora, as instituições financeiras privadas pagam bem a seus executivos, mas não resolvem o problema deles de aposentadoria, cada qual que providencie a sua, CONTRIBUINDO para ter o direito.
    De qualquer forma, vamos ter esperança, já que parece que a PREVIC e o Ministério da Previdência estão contra os desmandos das diretorias do BB e da PREVI.

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  2. O Rabelo (da PREVIC) é ex-vice-Presidente do BB e foi demitido pelo Bendine (Pres.do BB), porém quer seu benefício de aposentado do Plano 1 da Previ,acima dos demais participantes, contra o regulamento do Plano 1, que agora não tem mais teto ("81 mil seria o teto-exagerado").

    Bom que a Isa Musa(da FAABB)tem audiência com a Dilma (Presidenta da República) e a D. Dilma "chamará às falas" os Srs. Bendine e Mantega (este Min.da Fazenda imposto pelo Lula (PT), para CESSAREM COM O DESCALABRO DE SE APOSENTAREM COM BENEFÍCIOS ACIMA DO QUE CONTRIBUIRAM...

    (querem altas vantagens só para Diretoria do BB, e que o Plano 1 da Previ pague benefícios acima do que estabelece seu regulamento...)

    QUE TAL GANHAREM UM POLPUDO BRASILPREV DO SEU PATRÃO, O bb?)

    Tirem suas mãos da Previ...

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  3. Caro colega Anônimo,

    A grande questão é que se for feito um BrasilPrev, eles terão que contribuir e o BB também e no Plano 1, como as contribuições estão suspensas, ninguém contribui. Realmente é um plano perfeito - você aumenta seus benefícios sem contribuir.

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  4. Essa diretoria do BB só apronta sacanagens.
    Diante desses acontecimentos se vê o porque não cumpriram o acordo firmado em 2010.

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  5. Cecilia,

    Dois presidentes, dois ex-menores aprendizes e dois cegos pelo poder.
    Não aprenderam a escola "antiga" da vida que é o Banco do Brasil.
    A Biblia diz em Prov.22.1 " Mais vale o bom nome do que as muitas riquezas; e o ser estimado é melhor do que a prata e o ouro"
    Que nosso Deus tenha misericórdia desses duas crianças enlouquecidas pelo poder e a fama.
    Tenho dito!!!

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  6. D. Cecília,

    Gostaria de indagar da senhora o seguinte:
    Por que a Anabb não se
    manifesta em relação a esses a-
    contecimentos?

    Por que ela, que
    reune dezenas de milhares de
    filiados com os quais tem compro-
    misso de defender, não toma um po-
    sicionamento.

    Informar o que está a contecendo,
    não basta. Esse trabalho compete
    a imprensa, o que aliás, existe em
    abundância!!!

    Finalmente, de que lado está a Anabb, do lado dos milhares de
    contribuintes que a sustentam, do lado da Previ, ou aguarda ordens do BB para se posicionar?

    Finalmente, em benefício dos aposentados e pensionistas, quem deve sair-se vitorioso?

    Dá prá informar pelo meno isso?

    Muito obrigado

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  7. GUERRA SUJA BB X PREVI IV

    Vamos torcer para que sejam todos demitidos, apesar que, saindo o incompetente seis, deverá entrar o desqualificado meia-dúzia.

    São Paulo, quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012


    Crise entre BB e Previ pode levar a queda de executivos

    Governo estuda demitir os envolvidos para evitar contaminação no governo

    Grupos do presidente do banco estatal e do titular do fundo de pensão disputam espaço na instituição.
    A escalada da crise envolvendo o Banco do Brasil e a Previ, fundo de pensão dos funcionários do banco, fez com que a cúpula do governo começasse a discutir uma saída drástica para o caso: a demissão dos executivos envolvidos na disputa.

    Segundo o cálculo no Palácio do Planalto, a solução poderia evitar novas acusações de cada lado e o surgimento de informações comprometedoras para a imagem das instituições.

    Interlocutores da presidente Dilma Rousseff, no entanto, defendem que é melhor apostar em uma acomodação entre o grupo do presidente do Banco do Brasil, Aldemir Bendine, e o de Ricardo Flores, titular da Previ.

    Ambos têm padrinhos poderosos: Bendine é ligado ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o fundo de pensão do banco é território de setores do PT paulista.

    A temperatura subiu ontem, quando reportagem publicada pela Folha revelou que Allan Toledo, ex-vice-presidente do banco, é investigado por movimentar cerca de R$ 1 milhão em sua conta.

    Toledo é aliado de Flores e nega irregularidades.

    As transações bancárias atípicas foram detectadas de forma automática pelo Coaf, órgão de inteligência financeira do Ministério da Fazenda, e a apuração posterior levou o BB a instaurar sindicância neste ano, pedindo ajuda à Polícia Federal -após a demissão de Toledo.

    Bendine e Flores disputam dentro do banco. Diante do risco de contaminar a área econômica do governo, e de comprometer a atuação de instituições superavitárias, Dilma ordenou que sua equipe desse um basta ao duelo. Bendine, porém, recusou-se a conversar com o colega da Previ, de quem se diz inimigo.

    De volta de uma viagem ao exterior, Mantega, mais próximo de Bendine, assumiu a condução do impasse diretamente com a presidente. Toledo foi demitido pelo próprio ministro em dezembro.

    ESTRATÉGIA

    A estratégia inicial do governo para tentar conter a crise no Banco do Brasil envolve ao menos duas frentes.

    Na primeira, os executivos do banco foram orientados, ontem, pela Fazenda, a deixar de lado qualquer desavença com a Previ e a focar no trabalho dentro do banco.

    Em outra, interlocutores da instituição e da equipe econômica negociam uma forma de acomodar interesses de aliados, o que poderá envolver até a concessão de cargos para os setores descontentes.

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  8. Caro colega anônimo (09:21h),

    Eu tenho compartilhado com vocês, aqui no blog, a minha posição sobre todos os assuntos que são colocados, porém não posso responder em relação à posição da Anabb como entidade, pois apesar de ser Diretora de Comunicação, existe uma diretoria composta por 4 diretores e um Presidente, bem como o Conselho Deliberativo. Acredito que, em breve, A Anabb estará se posicionamento mais firmemente em relação às demandas dos associados, principalmente essas mais polêmicas, como a REsolução CGPC 26, o teto de benefícios, entre outras matérias.

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  9. E o caso da "privataria tucana", com o ex-dirigente do BB, Ricardo Sergio de Oliveira (indicado por Serra) para ser o homem forte do BB. Desviou recursos da Previ, Funcef e Petros para as benesses do clube do PSDB; Começou ali o saque aos lucros dos fundos de pensão.

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