Ingerência política na Vale
Essas últimas notícias que têm saído na mídia sobre a possível substituição do Presidente da Vale, Roger Agnelli, pode parecer que não importa aos associados da Previ, mas eu tenho uma opinião totalmente diferente. A empresa Vale é o maior investimento que temos no Plano 1 em renda variável. Sua desvalorização ou possível interferência do governo em sua gestão poderá fazer com que suas ações despenquem e isso não é nada bom para o fundo. Uma coisa é substituir um Presidente por motivos como incompetência, inoperância, ações contrárias aos interesses dos acionistas, etc, o que não é o caso, visto que a empresa registrou seu maior resultado no ano passado e sua trajetória comprova um tremendo sucesso na gestão do atual Presidente, porém quando existe um movimento político por traz dessa pressão, a preocupação aumenta.
O que está motivando o governo a substituir o Agnelli? Por que a Previ indicou o Presidente do Conselho Diretor do Banco do Brasil para o Conselho da Vale, já que o Banco não tem nenhuma participação acionária na empresa e a vaga, em tese, é da Previ? Por que também estão presentes no Conselho da Vale, indicados pela Previ, o Presidente da Previ, Ricardo Flores, e o Presidente do Conselho Deliberativo?
Em matéria divulgada hoje na Folha Online, vários funcionários ameaçam entregar seus cargos se essa demissão acontecer.
Quais são os motivos que impulsionam o governo a querer fazer uma mudança drástica em uma empresa que está dando certo????
Colega Cecília,
ResponderExcluirPeço licença para fugir do tema também importante colocado em discussão para solicitar que Você, se possível, nos fornecesse informações sobre a reunião, já marcada com o patrocinador para 30.03.2011, quando serão discutidos assuntos relativos ao realinhamento do plano. Vale lembrar que essa data de 30.03 foi anunciada pelo diretor Sasseron quando da apresentação do resultado da Previ, em 21.03, na sede do nosso fundo lá no Rio de Janeiro-RJ. Agradeceria também caso comentasse o resultado da Previ relativo ao exercício encerrado em 31.12.2010 indicando, inclusive, qual o montante de recursos possíveis para utilização nesse realinhamento. Ficaremos no aguardo de sua breve, importante e oportuna manifestação.
Colega Cecília,
ResponderExcluirNo auge da última grande crise econômica mundial, pelos idos de 2008/2009, o então presidente Lula ficou bastante contrariado quando a direção da Vale resolveu, “à revelia do governo”, proceder à demissão de um contingente significativo de funcionários. A alegação da direção da Vale foi de que era imperiosa a adequação da empresa à nova ordem econômica que se apresentava. O governo entende que, pelo fato de a Previ ter importante participação acionária na Vale e ela Previ, ainda usando o pensamento governamental, ser uma “subsidiária” do Banco do Brasil, o presidente da Vale deve sim satisfações de seus atos ao ministro da fazenda. O Sr. Agnelli demonstra não fazer politicagem e isso, ao que parece, desagrada a alta cúpula do governo. Adota uma postura independente e altamente profissional à frente dos destinos da empresa, que vem dando certo já há algum tempo. O presidente Lula resolveu deixar quieta esta mudança e agora, no governo Dilma, o assunto voltou novamente à pauta e, pelo que li, desagradou ao Palácio do Planalto o fato de ter vindo a público uma reunião do ministro Mantega com o Sr. Lázaro Brandão, do Bradesco, quando teria sido tratada a “fritura” do Sr. Agnelli. De qualquer forma, colega Cecília, penso também ser preocupante que possa haver intromissão política na direção da Vale, empresa estratégica e altamente lucrativa. Na composição da carteira de ações da Previ a Vale tem participação bastante expressiva, além de pagar generosos dividendos que contribuem para reforçar o fluxo de caixa do nosso fundo, cuja função primordial é o pagamento de benefícios até o fim de nossas vidas.
Caro Jorge,
ResponderExcluirEssa reunião marcada para 30.03 para discutir realinhamento do plano me da arrepios, pois eu não imagino que vem por aí. Tem muita coisa estranha acontecendo e todos nos estamos sem informações sobre o que estará sendo discutido.