segunda-feira, 29 de março de 2010

Balancete de janeiro/ 2010

Seguem abaixo os números do Balancete do mês de janeiro/10 com as informações mais relevantes para os associados.

O Plano 1 fechou com ativo líquido de R$ 123,2 bi e provisões matemáticas de R$ 73,6 bi. O superávit acumulado totalizou R$ 41,7 bi com reserva de contingência (25% das provisões) de R$ 18,4 bi e de R$ 23,3 bi em Reserva Especial para Revisão do Plano. O exigível contingencial foi de R$ 1,2 bi. O Plano Previ Futuro apresentou ativo total da ordem de R$ 1,7 bi e provisões matemáticas de 1,5 bi.

Números dos principais ativos

Plano 1

Renda Variável: R$ 88,3 bi

Renda Fixa: R$ 42,4 bi

Imóveis: R$ 3,9 bi

Operações com Participantes: R$ 3,8 bi


Plano Previ Futuro

Renda Variável: R$ 595,9 mil

Renda Fixa: R$ 891,5 mil

Operações com Participantes: R$ 209,0 mil

quarta-feira, 17 de março de 2010

Política de Investimentos da Previ

Em função de vários comentários sobre a política de Investimentos da Previ, que é elaborada pela Diretoria de Planejamento, área que eu administro, tenho as seguintes observações a compartilhar com vocês.

Realmente tivemos um resultado negativo em 2008 (rentabilidade dos ativos), fruto da crise financeira internacional que se abateu sobre todo o mundo, cujos efeitos se fizeram perceber no Brasil, dentre outros, através da vertiginosa queda do Ibovespa. Entretanto, tal resultado foi pontual e tampouco resultou em déficit técnico (desequilíbrio atuarial) do Plano 1, pois continuamos com superávit acumulado à época. Quanto à nossa capacidade de pagar benefícios em dia, em nenhum momento estivemos ameaçados.

Na ocasião da crise, pedi aos meus funcionários que fizessem um estudo demonstrando o tempo em que poderíamos pagar benefícios apenas com os recursos de renda fixa, de forma a não nos desfazermos de ações em momento inoportuno. Vimos que poderíamos ficar alguns anos nesta situação, o que se mostrou numa decisão bastante acertada e fundamental para os resultados de 2009 que acabamos de divulgar, pois a bolsa se recuperou e não vendemos nenhum de nossos ativos a preço vil.

Como Diretora de Planejamento, um de meus deveres é zelar pelo cumprimento da missão da Previ: pagar benefícios dignos a participantes que contribuíram por toda uma vida.

Assim, venho alertando continuamente os demais diretores sobre a necessidade de se reduzir os riscos de liquidez, concentração e de desequilíbrio do Plano 1. Inclusive, nossa Política de Investimentos é construída com foco em reduzir ao máximo estes riscos. Além disso, faz parte de nossa rotina conversar com a área de investimentos e informá-los sobre a liquidez do plano, alertando-os sobre o que estar por vir.

De forma alguma, portanto, esquivo-me da responsabilidade de zelar pelo controle dos riscos que a Previ incorre na administração dos recursos do Plano 1. Entretanto, embora concorde que temos mais renda variável do que deveríamos, temos que ser prudentes quando vendemos nosso patrimônio. Este processo deve ser pensado, planejado, estruturado e é por este motivo que estou aqui, ocupando a Diretoria de Planejamento.

Precisamos sim vender ações, reduzir riscos, mas não podemos correr o risco de sermos irresponsáveis. Afinal, grande parte dos benefícios adicionais que os participantes tiveram ao longo dos últimos anos foi fruto de decisões que também levaram em conta os riscos associados.

Não tomamos decisões de distribuição de superávit do Plano 1 sem levar em conta nossa capacidade de pagamento, o risco de queda da bolsa, uma longevidade maior dos participantes etc. Enfim, eu e meus funcionários, enquanto aqui estivermos, trabalharemos sempre para garantir o pagamento de benefícios até o último participante, não tenham dúvida disto.

TCU vai investigar elos entre Bancoop e fundos

Senador do PSDB conseguiu aprovar requerimento para apurar denúncia
O Senado aprovou ontem requerimento que pede ao Tribunal de Contas da União (TCU) autorização para auditar os recursos aplicados pela Bancoop, a Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo. O autor da proposta foi o senador Álvaro Dias (PSDB-PR). Seu requerimento pede que o TCU investigue a aplicação na Bancoop de recursos dos fundos de pensão Previ - a Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil, Funcef - Fundação dos Economiários Federais, da Caixa, e Petros - Fundação Petrobrás de Seguridade Social.

O requerimento foi aprovado numa manobra da oposição, que aproveitou a presença do senador Marconi Perillo (PSDB-GO) no comando da sessão plenária para colocar o pedido em pauta. Com poucos governistas em plenário, o requerimento de Dias foi aprovado de forma simbólica.
A Bancoop é acusada de desvios de recursos com a suposta participação do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto.

- Com o objetivo de preservar os recursos públicos aplicados pela União nos fundos de pensão, solicitamos que seja realizada auditoria para analisar a transparência da aplicação financeira das entidades de previdência pública já citadas na Cooperativa Habitacional dos Bancários - explicou Alvaro Dias.

Investigação
O tucano lembrou que o Ministério Público de São Paulo identificou "milhares de movimentações financeiras fraudulentas" na cooperativa que tinham como objetivo "ludibriar os cooperados que aplicavam suas economias em empreendimentos imobiliários".

O promotor José Carlos Blat, do Ministério Público de São Paulo, investiga o suposto esquema de desvio de verba da Bancoop que teria a participação do tesoureiro do PT.

Segundo reportagem da revista Veja, o promotor analisou mais de 8 mil páginas de documentos do processo que envolve o desvio de recursos e concluiu que a direção da Bancoop movimentou R$ 31 milhões em cheques para a própria cooperativa. Esse tipo de movimentação é uma forma de não revelar o destino do dinheiro. Segundo a denúncia, dirigentes da cooperativa teriam criado empresas fantasmas que prestavam serviços superfaturados e faziam doações não contabilizadas ao PT.

Fonte: Jornal do Brasil

terça-feira, 16 de março de 2010

Bradespar e fundos de pensão vão tentar anular decisão de árbitros em favor do Opportunity

A Bradespar deve entrar com uma ação na Justiça do Rio de Janeiro, ainda nesta semana, contestando a arbitragem que deu vitória ao Opportunity na disputa por uma fatia da Valepar, holding que controla a Vale e da qual são sócios também fundos de pensão, entre os quais a Previ.

A empresa de participações do Bradesco pedirá a anulação da sentença arbitral com o argumento de que ela seria inválida porque um dos três árbitros, o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Francisco Rezek, atuou na defesa do banqueiro Daniel Dantas, dono do grupo Opportunity, em um processo na Itália. Segundo fontes próximas, a Bradespar mostrará em juízo que Rezek não informou, no momento em que foi escolhido como árbitro, que tinha qualquer relação com o empresário Daniel Dantas. Rezek teria respondido "não" a todas as perguntas feitas no questionário padrão aplicado aos indicados para julgarem um processo arbitral, antes de sua escolha e confirmação de seu nome pelos envolvidos. Ou seja, teria negado sua participação na defesa de qualquer uma das partes envolvidas na disputa em tramitação no Centro Brasileiro de Mediação e Arbitragem, que tem Bradespar e Previ, de um lado, e Opportunity de outro. Em uma questão específica, Rezek teria respondido "não" à indagação sobre ter sido árbitro, consultor externo ou perito em qualquer processo relacionado a alguma das partes. Apenas algum tempo após o início da arbitragem, Rezek teria alertado, informalmente, que deu um parecer em um processo envolvendo Daniel Dantas em Nova York.

Na semana passada, Rezek disse, em entrevista ao Valor, que deu um parecer em uma ação no Tribunal Ordinário de Milão, na Itália, em um dos processos decorrentes da disputa entre Daniel Dantas e a empresa Telecom Itália, mas que essa informação consta do "disclosure" feito ao centro de arbitragem quando seu nome foi indicado para participar do procedimento aberto para resolver a disputa entre Bradespar e Opportunity. No processo que tramita no tribunal italiano, Rezek assina, como advogado de Dantas, uma petição datada de 23 de julho de 2007 - um mês antes de ser indicado como árbitro na disputa em andamento na câmara arbitral. A Valepar tem 53,6% do capital votante da Vale, onde Previ, Bradespar e Opportunity, por meio da Elétron, têm participações de 49%, 21,2% e 0,02%, respectivamente.

* Fonte primária da informação Valor

PT e fundos de pensão: jornais trazem novas denúncias

Dois jornais dão destaque hoje, com manchetes no alto da página, aos depoimentos do corretor Lúcio Funaro à Polícia Federal e que vinham sendo mantidos em sigilo pelo Ministério Público. Em depoimentos prestados ao Ministério Público Federal em 2005, o corretor de valores Lúcio Bolonha Funaro acusou o deputado cassado e ex-ministro da Casa Civil José Dirceu de ter se beneficiado pessoalmente em negócios fechados por fundos de pensão sob controle do PT.

Funaro afirma que, em duas operações do Portus - fundo de pensão dos servidores do setor portuário -, Dirceu e o PT teriam recebido, "por fora", comissões de R$ 5,5 milhões, valor superior ao divulgado na época. Funaro denúncia suposto esquema de arrecadação de recursos para o PT através de transações com fundos de pensão de estatais.Funaro afirma que, em duas operações do Portus - fundo de pensão dos servidores do setor portuário -, Dirceu e o PT teriam recebido, "por fora", comissões de R$ 5,5 milhões, valor superior ao divulgado na época.Nos depoimentos, Funaro aponta o atual tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, como responsável por gerenciar os negócios dos fundos de pensão ligados ao partido.

Vaccari é alvo de um pedido de quebra de sigilo bancário, feito pelo promotor José Carlos Blat, por suspeita de envolvimento em um suposto desvio de recursos da Cooperativa Habitacional dos Bancários (Bancoop) para o PT.Investigado por participação no escândalo do mensalão, Funaro mantém há quatro anos acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal. Nos depoimentos ele detalha as operações que teriam beneficiado Dirceu e o PT e causado prejuízos milionários a fundos de pensão como o Portus e o Petros, dos funcionários da Petrobrás.Um dos negócios a que o corretor se refere é a venda de ações de um shopping na cidade catarinense de Blumenau.

Funaro afirma que o Portus vendeu sua participação no Shopping Neumarkt justamente no momento em que o ativo estava melhorando sua rentabilidade e que o negócio foi fechado "com o intuito de receber recursos para o ministro José Dirceu".De acordo com Funaro, a transação foi fechada com uma offshore (empresa sediada em paraíso fiscal) de propriedade do sócio majoritário do shopping. O Neumarkt pertence ao Grupo Almeida Júnior, dono de quatro shoppings em Santa Catarina. "Para comprovar a péssima operação do fundo basta ver que o comprador, após dar uma ínfima entrada, pagaria o restante do saldo devedor apenas com os dividendos das cotas compradas da Fundação Portus", declarou Funaro. A transação se deu em 2004, um ano antes de estourar o escândalo do mensalão petista. O grupo Almeida Júnior confirma o negócio, mas nega ter dado propina a Dirceu e ao PT.Para adquirir as ações do Portus em condições facilitadas, prosseguiu Funaro, o pedágio era de R$ 500 mil.

O dinheiro deveria ser entregue a representantes de Dirceu e do PT - o corretor afirma que a direção do fundo, na ocasião, já estava a cargo de indicados do ex-ministro. Diz que ele próprio se interessou pelo negócio, "financeiramente muito atraente", mas desistiu ao saber que era preciso pagar a suposta propina, que nos depoimentos ele chama de "por fora".Na mesma época, em 2004, diz o corretor, o Portus vendeu uma participação em outro empreendimento imobiliário, dessa vez em Joinville (SC). Nesse negócio, o "por fora" teria sido de R$ 5 milhões.Ao se referir a outras transações que teriam por objetivo favorecer o PT, ele sugeriu aos procuradores "intensa investigação" sobre a corretora ASM Asset Management, com sede no Rio. Ele lança suspeitas, em especial, sobre um fundo de direitos creditórios subscrito "em quase sua totalidade" pelos fundos de pensão ligados ao partido.

O jornal do Rio de Janeiro diz que, segundo Funaro, o fundo de pensão Nucleos teria fornecido recursos para a campanha do petista Lindberg Farias.Em editorial, um dos jornais diz que O mensalão, escândalo que passa à História como símbolo do abalo na imagem do PT como legenda ética, pode ressurgir na campanha deste ano para atazanar o projeto de poder petista. O caso de supostos desvios de dinheiro da Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo (Bancoop) para o caixa dois petista na campanha de Lula à Presidência em 2002 já exumara a operação dos aloprados, de 2006. Da Bancoop, dirigida pelo atual tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, principal alvo das investigações mantidas pelo Ministério Público de São Paulo há quase três anos, também teriam saído aqueles maços de dinheiro apreendidos antes de serem entregues em troca de um dossiê falso contra Serra, candidato ao governo de São Paulo, naquele ano.Agora, na última edição de “Veja”, o doleiro Lúcio Funaro estabelece ligações entre João Vaccari, o esquema de suprimento de dinheiro ilegal do mensalão e fundos de pensão de estatais, sob controle de sindicalistas da CUT/PT.

Funaro é um homem-bomba a ameaçar o PT.Para não ser acusado pela Procuradoria Geral da República no processo do mensalão, em 2005, Funaro fechou com o MP federal um acordo de delação premiada — informações e provas em troca de redução de pena. Diz Funaro que, em 2003 e 2004, quando os dutos do mensalão transportavam altos valores em dinheiro vivo, João Vaccari Neto recolheria propinas em negócios intermediados por ele entre alguns desses fundos e empresas interessadas em entrar neste mundo, em que as cifras são contadas em bilhões. As comissões iriam para o caixa dois petista. No circuito estaria ainda o indefectível Delúbio Soares, então tesoureiro do PT, peça importante nas engrenagens do mensalão. A importância do relato está em unir a ponta da coleta de fundos ilegais para o partido com o braço sindical e financeiro sob controle de militantes do PT e da CUT. O poder de mobilizar dinheiro desses fundos é gigantesco. E, teoricamente, a capacidade de gerar comissões e induzir doações de empresas a partidos, também. A história é de alta combustão, por envolver nomes estrelados do PT e ser levantada em período eleitoral. Semana passada, a Justiça de São Paulo, preocupada com a contaminação política do caso, rejeitou pedido do MP para bloquear contas da cooperativa, e pediu mais informações antes de decidir sobre a quebra de sigilo bancário de João Vaccari Neto.

Fazem sentido os cuidados, mas todas as dúvidas e suspeitas precisam ser checadas e avaliadas. Só com a iluminação desses meandros, a política brasileira tem chances de subir de nível.

* Fontes primárias da informação O Globo + O Estado de S. Paulo

quinta-feira, 11 de março de 2010

Entrevista com Aldemir Bendine na CBN

O Presidente do Banco do Brasil concedeu entrevista ao repórter da CBN, Carlos Alberto Sardenberg, esclarecendo sobre o lucro contábil anunciado pelo BB no valor de R$ 10,15 bi no ano de 2009.

Segundo Bendine, o Balanço de 2009 já contempla os resultados da Nossa Caixa e 50% do consolidado do Grupo Votorantim. O repórter perguntou qual a diferença entre lucro contábil e lucro recorrente e Bendine esclareceu que “enquanto o lucro contábil representa toda a atividade bancária exercida naquele ano. ou seja, o somatório do efetivo movimento do Banco no período, o lucro recorrente está voltado às atividades do dia a dia.

Ocorrendo eventos fora do dia a dia que não se repetirão em outros momentos eles são chamados de extraordinários, expressão utilizada em função da análise dos investidores para entender como foi o comportamento do banco na atividade bancária propriamente dita. Citou a ocorrência de dois eventos extraordinários”. O primeiro relacionado à venda da participação da antiga empresa Visanet, hoje Cielo, onde o banco vendeu uma parcela do capital e o segundo evento não recorrente foi influenciado em função da contabilização do resultado da atualização dos ativos e passivos atuariais do Plano de Aposentadoria e Pensão dos Funcionários do Banco do Brasil – Previ.

Destacou que ao longo do tempo o banco em conjunto com os funcionários constituíram uma riqueza, um ativo, na caixa de previdência e, dada a excelente administração que a Previ teve ao longo do tempo, gerou uma riqueza que excede à necessidade de compromissos que possui hoje. Ressaltou que a contabilização foi possível, uma vez que existem normas regulamentadas pela SPC permitindo, assim, que essa riqueza excedente, volte para as pessoas que contribuíram para esse resultado (50% do Banco e 50% para o funcionalismo).

Aldemir Bendine, ressalta também que a carteira de crédito foi a que mais contribuiu para o lucro de R$ 10 bilhões em 2009. “O Banco adotou uma estratégia de crescimento, dentro de uma política anticíclica daquele momento da crise, com o destravamento das operações de crédito. O Banco fez um movimento indutor, saiu na frente da concorrência ao reabrir o financiamento. Teve um êxito muito grande com essa estratégia, comprovada por esse resultado”, observa.

Fonte: CBN notícias

Governo quer meta de rentabilidade de fundos reduzida

Previ e Funcef já estudaram redução do teto, hoje em 6% para 5%

O governo pode mudar regras para forçar fundos de pensão a reduzirem suas metas de rentabilidade. A informação foi dada ontem pelo diretor da Superintendência Nacional da Previdência Complementar (Previc), Ricardo Pena. Ele não deu detalhes sobre a eventual alteração e prazo para o anuncio, mas explicou que a mudança seria necessária para ajustar as carteiras à nova realidade de juros do Brasil, que estão em um digito.

Pelas regras atuais, fundos de pensão podem ter meta de rentabilidade máxima de até 6% ao ano, em valores reais, ou seja, acima de um determinado índice de inflação. Esse é um teto legal e cabe a cada administração determinar um patamar considerado adequado para sua carteira. Na maioria das fundações, prevalece a adoção de patamar máximo porque os juros elevados do Brasil sempre permitiram atingir facilmente essa rentabilidade.

A realidade recente dos juros, porém, tem dificultado esse objetivo.

Atualmente, o juro de referencia dos títulos de divida publica, a Selic, está em 8,75% ao ano. Essa rentabilidade é menor que a meta de 6% somada à inflação dos últimos 12 meses. Juntos, juro e inflação atingem cerca de 10%.

Por causa desse descompasso, o governo tem trabalhado para que os administradores reduzam metas voluntariamente, o que é permitido pela legislação. Grandes fundos como a Funcef, dos funcionários da Caixa Econômica Federal, e Previ, do Banco do Brasil, já iniciaram movimento para adequar a rentabilidade a um patamar próximo de 5%. A migração nas carteiras de menor porte ocorre em ritmo mais lento. Para o governo, a mudança nas regras seria uma alternativa para acelerar esse processo ao obrigar a mudança em todo o mercado.

Balanço mostra que setor terminou 2009
com ativos de R$ 501,7 bilhões

Os fundos precisam, segundo o governo, diversificar suas aplicações para outros mercados, como o de ações, para tentar compensar a queda da rentabilidade da renda fixa.

Balanço anual apresentado ontem pela Previ mostra que a indústria de previdência complementar terminou 2009com rentabilidade real média de 10,08%. O desempenho reverte as perdas de 14,29% amargadas em 2008, ano de agravamento da crise financeira mundial.

Segundo a Previc, o setor terminou o ano passado com ativos de com ativos de R$ 501,7 bilhões, valor 14,1% superior ao observado no fim do ano anterior.

Fonte: O Estado de São Paulo - SP

segunda-feira, 8 de março de 2010

Com quem fica o superávit?

A três meses do final do mandato o presidente da Previ Sérgio Rosa busca um entendimento entre patrocinadora e participantes para resolver o destino de um saldo próximo a R$ 40 bi.


Em fevereiro de 2003 quando assumiu a presidência do maior fundo de pensão brasileiro Sérgio Rosa temia que pudesse faltar dinheiro no caixa da Previ para arcar com os compromissos da entidade junto aos participantes. Hoje sete anos depois e a poucos meses de deixar o cargo — no final de maio — ele se vê diante de uma situação oposta: o que fazer com o superávit que a entidade acumula estimado em mais de R$ 40 bilhões.


Mediar a conversa entre participantes e patrocinadora sobre a destinação do superávit do Plano 1 da entidade é uma das prioridades de trabalho de Rosa nesses últimos meses de mandato. Evitando falar de seus planos para o futuro ele diz que continuará acompanhando a vida da fundação como um participante comum. Afinal uma parte importante das suas reservas destinadas a garantir-lhe uma boa aposentadoria daqui a algumas décadas está sob a guarda do fundo de pensão. "Com certeza serei um participante com muito boa informação c disposto a cobrar resultados dos futuros gestores" avisa ele.

Rosa já foi apontado como um possível substituto de Roger Agnelli, o poderoso presidente da Vale que no passado recente deu algumas trombadas com o governo Lula por ter demitido trabalhadores nos primeiros dias da crise em 2009. O presidente Lula não gostou e disse que a empresa deveria ter esperado um pouco mais sustentando os empregos. Nos últimos meses a tensão entre Agnelli e o governo Lula parece ter abrandado, mas nos momentos de pico o nome de Sérgio Rosa foi apontado como o preferido do presidente do Brasil para comandar a Vale.

Não custa lembrar que a Previ junto com outras fundações de patrocinadores estatais é uma das mais poderosas acionistas da mineradora. Nas últimas semanas Rosa também foi apontado como um colaborador estratégico da campanha da ministra Dilma Rousseff à presidência pela proximidade que ganhou nos últimos anos junto a grandes empresários, posição fundamental para arrecadar fundos de campanha.

"Não sei ainda o que farei. Provavelmente vou guardar um período de quarentena que pode ser de até um ano e depois decidir o que fazer. Na verdade sou apenas um jornalista talvez vá procurar emprego em alguma redação”, desconversa.

Com certeza não vai. Formado em jornalismo pela USP ele nunca trabalhou em jornal ou revista. Concursado do Banco do Brasil, tampouco sua carreira se desenvolveu como bancário atrás de uma escrivaninha. Ele optou cedo pela militância no Sindicato dos Bancários de São Paulo, onde fez parte da diretoria e ganhou a confiança de dirigentes mais antigos, que o iniciaram nos temas da previdência privada e na vida da Previ. Rosa ingressou na fundação em 2000 como diretor eleito de Participações. Com a vitória do governo Lula em 2002, ele fez parte da equipe de transição e, apoiado pelo então Ministro das Comunicações, Luiz Gushiken, assumiu em 2003 a presidência da entidade. Nesses sete anos de mandato, a Previ passou de um patrimônio de R$ 43 bilhões para R$ 140 bilhões imprimindo sua marca aos grandes negócios do mundo empresarial brasileiro. "Hoje. Quando se fala em Previ todos percebem o papel que ela cumpre na economia brasileira, seja pelos seus investimentos ou pelo posicionamento a favor da boa governança corporativa. É uma imagem associada a boas práticas e à cultura de investimentos sustentáveis e socialmente justos", afirma Rosa.

Essas boas práticas não são resultado de uma visão de bom mocinho, mas sim da busca de resultados sólidos e consistentes para a entidade por meio da incorporação dos funcionários das empresas ao respectivo negócio. "A vida das organizações depende essencialmente dos seus funcionários do quanto eles entendem a dinâmica do negócio. Isso é uma das coisas que ao longo do tempo mais se destacou na minha experiência”, diz .

Essa visão orientou as principais decisões que tomou ao longo dos últimos anos, quando teve que tomar posição em relação a grandes negócios envolvendo marcas importantes como Vale do Rio Doce e Usiminas, Brasil Telecom e Telemar, Sadia e Perdigão CPFL Embraer. Entre outras. Foram meganegócios que resultaram em criação de valor para a entidade ajudando na construção de um superávit acumulado que está isentando a patrocinadora e os participantes de contribuir com o Plano 1 da fundação, o maior da Previ e que representa 99% do seu patrimônio, desde 2007.

Embora novato na área de investimentos, com um Curso de jornalismo na bagagem e uma experiência pregressa de dirigente sindical, Rosa acabou se destacando. E por incrível que pareça, a experiência em jornalismo foi útil. "Eu sempre falo que um investimento não começa com uma planilha, mas com uma ideia. Antes de virar uma planilha cheia de números, a ideia do investimento é um texto, uma história a ser contada, com começo, meio e fim. Se você souber fazer as perguntas certas, entender os sujeitos de cada projeto de investimento, interpretar os planos e saber se eles fazem sentido, boa parte do caminho está andada", comenta."0 investimento tem que passar pelo teste dos números, mas os números só refletem uma história uma ideia", conclui.

NÚMEROS DESFAVORÁVEIS - No inicio do seu mandato em 2003, os números eram bastante desfavoráveis. O Ibovespa tinha fechado 2002 com queda de 17%, e no primeiro dia útil de fevereiro de 2003 o dólar batia quase a R$ 3,50. O termômetro do JP Morgan indicava um risco Brasil de 2.400 pontos. "Aqui na Previ, particularmente, nós entramos em 2003 com um cenário um tanto quanto negativo. No primeiro semestre nós trabalhávamos com a possibilidade de chegar a ter um déficit no final do ano que seria o terceiro consecutivo da Previ" diz. "O medo de que isso acontecesse nos levou a não repassar integralmente o IGP-DI, que era o índice de correção das aposentadorias aos aposentados."

O pior não aconteceu e a Previ encerrou 2003 com superávit de R$ 7,67 bilhões (descontados os resultados negativos de 2001 e 2002, que somavam R$ 3,62 bilhões, o saldo acumulado ficou positivo em R$ 4,05 bilhões).

Desde então os resultados têm sido positivos, com exceção de 2008 — quando, como resultado da crise, a fundação acabou perdendo. Mesmo assim, o Plano 1 encerrou aquele ano com saldo positivo acumulado de R$ 26,31 bilhões. Ainda não foram disponibilizados dados de 2009, mas em outubro passado o resultado acumulado era de R$ 38,7 bilhões.

A briga por esse naco é grande. O Banco do Brasil, patrocinador da Previ, declarou em seu balancete do quarto trimestre de 2008 efeito positivo de R$ 5,32 bilhões em decorrência da Resolução 26 do Conselho de Gestão da Previdência Complementar (CGPC) que prevê a possibilidade de uma eventual devolução de parte do superávit a patrocinadoras. A iniciativa do BB provocou uma reação indignada da Anapar (Associação Nacional dos Participantes de Fundos de Pensão) e de outras entidades ligadas aos trabalhadores, que chegaram a denunciar supostas irregularidades na contabilização feita pelo BB.

Em seu balancete relativo ao quarto trimestre de 2009, o banco voltou a contabilizar ganhos relativos ao Plano 1 da Previ, desta vez declarando um impacto positivo de R$ 1,6 bilhão.

A Anapar, mais uma vez não gostou. "Como resultado da nossa boa história de investimentos e do bom momento da economia brasileira temos um superávit, e participantes e patrocinadora estão nos perguntando que destino será dado a ele", diz Rosa.“Essa é uma discussão que ainda vai tomar os próximos meses”. Outro tema da sua pauta neste final de mandato são os novos investimentos que a fundação pretende fazer, posicionando suas carteiras frente ao novo momento da economia. "Ainda não posso falar sobre eles", afirma. Os últimos movimentos da Previ em direção ao setor imobiliário, no entanto, são um indicativo importante na visão do mercado.

INVESTIMENTOS COMPLICADOS – Livrar-se de investimentos complicados foi uma das grandes tarefas da gestão de Rosa na Previ. Ele diz que eram cerca de 20 investimentos em situação muito ruim, como Brasil Ferrovias, Brasil Telecom, Paranapanema e Kleber Weber. O único remanescente dessa safra de investimentos complicados é Costa do Sauípe. "Fizemos uma tentativa de venda, mas fomos atropelados pela crise. Agora estamos buscando uma melhoria operacional para tomar alguma medida mais estratégica adiante", indica. "Mas é o último daqueles 20: o resto já foi solucionado", diz Rosa.

O principal deles, e que mais deu manchetes aos jornais, foi o rumoroso caso envolvendo os investimentos da Previ com o Banco Opportunity, de Daniel Dantas. Por meio de dois fundos, o banco investia em empresas de telefonia, ferrovias e metrô. A Previ acusava o Opportunity de gerir os fundos em proveito próprio, e não dos investidores. Depois de muitas idas e vindas judiciais, o banco de Dantas perdeu a gestão dos fundos c as empresas acabaram sendo negociadas pela Previ, juntamente com os outros sócios, fundos de pensão ou não. "Dos ativos que estavam nos fundos do Opportunity, todos foram resolvidos —a Brasil Telecom, a Telemig, a nossa participação na Santos Brasil. O Metrô do Rio foi integrado pela Invepar.

Enfim, acho que essa é uma página virada", diz Rosa. Também são páginas viradas os embates travados na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Correios, ocorrida entre 2005 e 2006 e que colocou os fundos de pensão na berlinda. "Aquele foi um dos momentos mais chatos para nós. Eram produzidas manchetes com informações incompletas, e isso teve um impacto muito grande sobre os nossos participantes. Foi um período de estar sempre correndo atrás do prejuízo e desmentindo informações até que as coisas fossem esclarecidas", lembra. "No final o relatório da CPI acabou não apontando absolutamente nenhum tipo de escândalo, e o período terrível de manchetes precipitadas cessou."

Situações desse tipo exigem fundos de pensão cada vez mais transparentes aos olhos dos participantes e da sociedade. Essa é a visão de Rosa e uma das marcas da Previ atualmente. Esse envolvimento com a questão da governança corporativa começou por volta do ano 2000 inicialmente nas empresas investidas e aos poucos foi incorporado para a própria fundação. "No primeiro momento não existia toda essa filosofia, nem um código de melhores práticas.



Fonte: Revista Investidor Institucional- SP

Dia Internacional da Mulher

“Era uma vez... numa terra muito distante...uma princesa linda, independente e cheia de auto-estima.

Ela se deparou com uma rã enquanto contemplava a natureza e pensava em como o maravilhoso lago do seu castelo era relaxante e ecológico... Então, a rã pulou para o seu colo e disse:
- Linda princesa, eu já fui um príncipe muito bonito. Uma bruxa má lançou-me um encanto e transformei-me nesta rã asquerosa. Um beijo teu, no entanto, há de me transformar de novo num belo príncipe e poderemos casar e constituir lar feliz no teu lindo castelo. A tua mãe poderia vir morar conosco e tu poderias preparar o meu jantar, lavar as minhas roupas, criar os nossos filhos e seríamos felizes para sempre...

Naquela noite, enquanto saboreava pernas de rã sautée, acompanhadas de um cremoso molho acebolado e de um finíssimo vinho branco, a princesa sorria, pensando consigo mesma:
- Eu, hein?... nem morta!” Luís Fernando Veríssimo

Pois é, hoje vivemos um início de uma grande mudança. As mulheres têm se destacado em vários setores, porém ainda de forma tímida. Em termos de conhecimento, as mulheres têm a maior escolaridade, exigência cada vez maior no mercado de trabalho. Nas Universidades, nós já somos maioria, porém quando falamos em posições mais significativas no mercado de trabalho, a distância é enorme. Se pensarmos em mulheres executivas, essa distância aumenta ainda mais, principalmente se excluirmos as posições de Diretores de Recursos Humanos, cargo que geralmente é ocupado por mulheres e, muitas vezes, sem o devido reconhecimento.

De acordo com o relatório da OIT (Organização Internacional do Trabalho), o número de mulheres que são chefes de família chegou a 34,9% em 2008, quase 10% a mais, se comparado a uma década atrás quando esse número representava 25,9%. Assim, também acumulou, ao longo dos anos, jornada de trabalho exaustiva que soma às atividades exercidas ao chegar em caso, totalizando, em média, 57,1 horas semanais.

A mudança vital foi a transição feminina de ter emprego para construir carreira. Até a década de 1970 a maioria das mulheres parava de trabalhar antes dos 35 anos para cuidar da casa e dos filhos. Hoje, a maioria pretende conciliar a atividade doméstica e profissional, adiando, muitas vezes, casamento e filhos.

As mulheres também estão à frente quando o assunto é ensino superior e a tendência é ao aumento da qualificação da parcela feminina da população brasileira. Em 1996, do conjunto das pessoas que freqüentavam estabelecimentos de ensino superior, a proporção de mulheres era de 55,3%, passando para 57,5%, em 2006. Isto mostra que os homens estão perdendo espaço no processo de escolarização, pelo menos, no que tange a taxa de escolarização superior. As mudanças ocorridas com mais mulheres chefes de família, o tempo médio de estudo do público feminino e o percentual crescente das que entram no mercado de trabalho são algumas das principais mudanças registradas entre 1998 e 2008, o que mostra que o futuro é promissor neste aspecto.

No Brasil, as mulheres são 44% do mercado de trabalho, mas há muito tempo são maioria nos cursos universitários, e 59,9% têm 11 anos ou mais de estudo. Apesar disso, ganham 71% do que os homens ganham e tem mais dificuldade de ascensão nas empresas.

Ser mulher não é fácil, mas temos que reconhecer que apesar de todas as dificuldades, ser mulher é maravilhoso... ser um ser emocional, passional, mãe, mulher, filha e companheira. Ser guerreira e não se intimidar com nada... Lutar... Como somos fortes na luta, persistentes, não desistimos nunca e vamos avançando aos poucos, com cuidado... E vamos chegar lá! Rumo ao sucesso!

Feliz dia das mulheres para todas nós!!!!!

segunda-feira, 1 de março de 2010

Conheça as Chapas que disputarão as eleições da PREVI 2010-2014

Sexta-feira encerrou o prazo para inscrição de chapas para a eleição da Previ 2010-2014. Conheça quem são as chapas concorrentes:

CHAPA: A SEMENTE

Conselho Deliberativo:
Ebenézer Walter Araújo do Nascimento – titular
Adilson Cavalcanti Feodrippe de Souza – Suplente

Conselho Fiscal:
José de Anchieta Dantas – titular
José Paiva Cartaxo – suplente

Diretoria de Administração:
Valentim Antunes

Diretoria de Planejamento:
Olga Helena Aragon Bonatto Cansiglieri

Conselho Consultivo Plano 1:
Edivaldo Martins Moura – titular
Sérgio Faraco – suplente
Mauro José Esperança – titular
Aquiles Paula de Freitas – suplente

Conselho Consultivo Plano Previ Futuro:
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CHAPA: NOVA PREVI

Conselho Deliberativo:

Silvio Soares Filho – titular
Fernando Luis Lima Saraiva - suplente

Conselho Fiscal:

Vânia Gobetti – titular
Manoel Leite Magalhães - suplente

Diretoria de Administração:
Dílson Guths

Diretoria de Planejamento:
Ângelo Argondizzi Marcelino

Conselho Consultivo Plano 1:
Rita Pessini da Cruz – titular
Silvio Renato Ribeiro da Silva – suplente
Maria Fernanda Leister Constanzo – titular
Marcio Jose Breder - suplente

Conselho Consultivo Plano Previ Futuro:
Patrícia Vale Ribeiro – titular
Bruno Rodrigues Chermont Vidal – suplente
Fabio Nogueira Andrade – titular
Gabriela Caccia Gouveia - suplente

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CHAPA: UNIDADE NA PREVI


Conselho Deliberativo:
Célia Maria Xavier Larichia – Titular
Luiz Carlos Teixeira – suplente

Conselho Fiscal:
Fabiano Félix do Nascimento – titular
Aldo Bastos Alfano – suplente

Diretoria de Administração:
Paulo Assunção de Sousa

Diretoria de Planejamento:
Vitor Paulo Camargo Gonçalves

Conselho Consultivo Plano 1:
José Branisso – titular
Mércia Maria Nascimento Pimentel – suplente
Odali Dias Cardoso – titular
Flávio José Pastoriz - suplente

Conselho Consultivo Plano Previ Futuro:
Wagner de Souza Nascimento – titular
Rafael Zanon Guerra de Araújo – suplente
Ítalo Lazarotto Júnior – titular
Luciana Vieira Belém - suplente