quinta-feira, 11 de março de 2010

Governo quer meta de rentabilidade de fundos reduzida

Previ e Funcef já estudaram redução do teto, hoje em 6% para 5%

O governo pode mudar regras para forçar fundos de pensão a reduzirem suas metas de rentabilidade. A informação foi dada ontem pelo diretor da Superintendência Nacional da Previdência Complementar (Previc), Ricardo Pena. Ele não deu detalhes sobre a eventual alteração e prazo para o anuncio, mas explicou que a mudança seria necessária para ajustar as carteiras à nova realidade de juros do Brasil, que estão em um digito.

Pelas regras atuais, fundos de pensão podem ter meta de rentabilidade máxima de até 6% ao ano, em valores reais, ou seja, acima de um determinado índice de inflação. Esse é um teto legal e cabe a cada administração determinar um patamar considerado adequado para sua carteira. Na maioria das fundações, prevalece a adoção de patamar máximo porque os juros elevados do Brasil sempre permitiram atingir facilmente essa rentabilidade.

A realidade recente dos juros, porém, tem dificultado esse objetivo.

Atualmente, o juro de referencia dos títulos de divida publica, a Selic, está em 8,75% ao ano. Essa rentabilidade é menor que a meta de 6% somada à inflação dos últimos 12 meses. Juntos, juro e inflação atingem cerca de 10%.

Por causa desse descompasso, o governo tem trabalhado para que os administradores reduzam metas voluntariamente, o que é permitido pela legislação. Grandes fundos como a Funcef, dos funcionários da Caixa Econômica Federal, e Previ, do Banco do Brasil, já iniciaram movimento para adequar a rentabilidade a um patamar próximo de 5%. A migração nas carteiras de menor porte ocorre em ritmo mais lento. Para o governo, a mudança nas regras seria uma alternativa para acelerar esse processo ao obrigar a mudança em todo o mercado.

Balanço mostra que setor terminou 2009
com ativos de R$ 501,7 bilhões

Os fundos precisam, segundo o governo, diversificar suas aplicações para outros mercados, como o de ações, para tentar compensar a queda da rentabilidade da renda fixa.

Balanço anual apresentado ontem pela Previ mostra que a indústria de previdência complementar terminou 2009com rentabilidade real média de 10,08%. O desempenho reverte as perdas de 14,29% amargadas em 2008, ano de agravamento da crise financeira mundial.

Segundo a Previc, o setor terminou o ano passado com ativos de com ativos de R$ 501,7 bilhões, valor 14,1% superior ao observado no fim do ano anterior.

Fonte: O Estado de São Paulo - SP

5 comentários:

  1. Colegas,

    Isto é ¨manobra¨, ¨dirigismo¨ do Governo sobre os Fundos especialmente a PREVI...que é o Fundo de Pensão mais capitalizado. Vai sobrar mais dinheiro para investir na ¨cumpanherada¨....aliás nas empresas parceiras de campanha política...Esperem e verão !!!

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  2. O Plano 1 da nossa PREVI tem que se ater em DISTRIBUIR o superavit que acumulou desde 2003 (ano em que este Ricardo Pena Pinheiro entrou na finada SPC do Minist Previd.Social). Pois agora na novel PREVIC tão querendo fazer mais sobras, além dos R$ 44 bilhões ainda não distribuidos pelo Plano 1.
    Vá cuidar de outros Fundos de Pensão e deixe o Plano 1 em paz, com seu Bilhões de reais (144)
    (Não vem que não tem !)

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  3. Cecília,

    Anda circulando pelo internet que a ANABB não teria mais sócios e sim reféns, ou seja quem se desfiliar tem que arcar com as despesas(honorários advocatícios, etc) de ações que estariam em andamento. Gostaria de saber se procede tal denúncia ou trata-se de intrigas da oposição.

    Abraço.

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  4. Colega,

    Desconheco tal argumentação e acho um absurdo. Todas as associações que entram com ações, cobram dos associados. Não tem a menor lógica essa divulgação.

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  5. Prezada e digna Diretora Cecília.

    Lamento que seu desempenho à frente da Diretoria na PREVI não lhe permita conhecer pequenos detalhes que interferem na vida dos sofridos aposentados e pensionistas da PREVI.
    Todas as associações COBRAVAM dos associados pelas ações judiciais interpostas.
    Mas surgiu a AAPPREVI que NÃO COBRA NADA, apenas a mensalidade de R$ 10,00.
    As informações pormenorizadas contendo o "milagre" estão delineadas no Site da Entidade (www.aapprevi.com.br)e no blog que lhe dá suporte (www.previplano1.com.br)que daqui surgiu sob seu exemplo e onde constam, também, o Estatuto e contratos de gestão disponíveis ao público de um modo geral, em formato que permite extrair cópias.
    O lamentável nisto tudo é que ninguém se digna reconhecer a AAPPREVI que, nada obstante, vem crescendo e atendendo seus associados mesmo antes de cobrar a primeira mensalidade.
    Agradeço-lhe penhorada e antecipadamente pela publicação que certamente me será contemplada, como sempre tem acontecido., desta feita na qualidade de membro da Diretoria da AAPPREVI.

    Cordialmente.
    Marcos Cordeiro de Andrade
    Presidente Administrativo calarin
    AAPPREVI - Associação dos Aposentados e Pensionistas da PREVI

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