terça-feira, 20 de abril de 2010

Todos querem a Previ

Presidente do Banco do Brasil e o atual comandante do fundo de pensão brigam por cargo.

Governo teme uma guerra suja A guerra declarada entre Aldemir Bendini, presidente do Banco do Brasil, e Sérgio Rosa, que deixará, no fim de maio, a presidência da Previ, o fundo de pensão dos empregados da instituição financeira, caiu como uma bomba no Palácio do Planalto. Há o temor de que as trocas de acusações entre os dois, motivadas pelo controle da maior fundação de previdência privada da América Latina, com patrimônio de R$ 142 bilhões, acabem resvalando para o campo político, dando munição à oposição para atacar a candidatura da petista Dilma Rousseff à Presidência da República.

Com participação acionária em empresas como a Vale, a Embraer, a Petrobras, a Oi e o próprio BB, a presidência da Previ se transformou, nos últimos anos, em um dos cargos mais ambicionados do setor público. Muito mais do que vários ministérios, devido aos benefícios que se podem tirar de tamanha influência - inclusive doações para campanhas políticas. Rosa, que cumpriu dois mandatos em quase 10 anos e não pode mais ser reconduzido ao cargo, quer fazer seu sucessor: Joilson Rodrigues Ferreira, diretor de Participações do fundo.

O presidente do BB, que tem a prerrogativa de indicar o comandante da Previ, deseja nomear Paulo Rogério Caffarelli, atual vice do BB. Sérgio Rosa tem uma ficha de bons serviços prestados ao governo - o mais recente deles, garantir, por meio de uma das controladas da Previ, a Neoenergia, um dos consórcios para disputar a usina de Belo Monte. Ele tem como principal padrinho o deputado Ricardo Berzoini (PT-SP), que vem defendendo o nome de Joilson para a presidência da fundação. Bendini, por sua vez, conta com o apoio do ministro da Fazenda, Guido Mantega.

O presidente do BB acredita que o comando do fundo deve ser profissionalizado, já que, nos últimos anos, foi dominado por sindicalistas em tradição em gestão. Além de Rosa, vão deixar a Previ o diretor de Administração, Francisco Alexandre, e a diretora de Planejamento, Cecília Siqueira.

A diretoria executiva da Previ é constituída de seis diretores, três indicados pelo patrocinador, o BB, e três pelos associados. Dos indicados pelo banco, apenas Rosa sairá. Dos eleitos pelos funcionários, permanecerá apenas o diretor de Seguridade, José Sasseron. Duas chapas disputam a eleição, incluindo cargos nos conselhos deliberativo e fiscal.

Fonte: Vânia Cristino - Correio Braziliense

7 comentários:

  1. Colega Cecília,
    Por se tratar de assunto do máximo interesse dos aposentados e das pensionistas do “PB-1”, peço licença para fugir do tema em pauta e transcrever abaixo modelo de minuta recebida do Grupo Acorda-BB, de autoria do colega Ruy Brito, relativamente ao projeto nº 2348/2009, do deputado Gustavo Fruet. Referido projeto, cujo relator será o deputado Chico D’Ângelo, susta dispositivo da Resolução 26 do CGPC que autoriza a participação da patrocinadora na devolução de parte da Reserva Especial de Fundo de Pensão.
    e-mails para contato:
    dep.chicodangelo@camara.gov.br, relator de projeto
    dep.gustavofruet@camara.gov.br, autor do projeto

    ============ ========= ========= ========= ========= ======
    Exmo. Sr.
    Deputado Chico D'Ângelo
    dep.chicodangelo@ camara.gov. br
    c/c dep.gustavofruet@camara.gov.br
    CÃMARA DOS DEPUTADOS
    Comissão de Seguridade e Família
    Anexo II, Pav. Superior , Ala A, SALA 145
    Brasília - DF

    Excelência

    Permita-nos cumprimentá-lo por sua designação como relator do PDC 2348/2008, apresentado pelo nobre Deputado Gustavo Fruet.
    Referido projeto tem o objetivo republicano de sustar , com fundamento no artigo 49, V, da CF, a vigência de dispositivos da Resolução CGPC 26/2008, do Conselho Gestor da Previdência Complementar , que autorizam a devolução ao patrocinador de parte da reserva especial apartada de eventual superávit obtido por fundos de pensão de previdência Complementar fechados -, o que jamais foi previsto pela legislação específica .
    Assim propõe porque o CGPC/PREVIC legislou ao aprovar tais dispositivos , extravasando sua competência para exercer função que a Constituição Federal atribui privativamente ao Poder Legislativo .
    Em relação ao mérito , tais dispositivos , se aplicados, desvirtuariam os relevantes objetivos sociais da Previdência Complementar , uma vez que a devolução de parte da reserva especial à ficção jurídica que é a empresa patrocinadora promoveria o seu enriquecimento ilícito , transformando- a no principal beneficiário do sistema , em uma verdadeira inversão até mesmo de valores morais .
    Sim . Porque no financiamento do sistema a empresa patrocinadora atua como simples repassadora de custos , pois sua contribuição , assim como todos os demais gastos do processo de produção , ou de prestação de serviços , são incorporados aos custos , acrescidos do lucro e dos impostos indiretos e transferidos nos preços e pagos pelo consumidor final .
    Além de zerar seus custos , ao transferi-los para o consumidor final , a empresa patrocinadora também é beneficiária de incentivos fiscais que a autorizam a deduzir , em seu balanço , antes da apuração do lucro líquido tributável, aproximadamente 20% da contribuição vertida ao fundo patrocinado.
    Tais são os relevantes fundamentos pelos quais , em nome dos participantes e assistidos que representamos, nos dirigimos a Vossa Excelência , confiantes de que seu parecer resguardará os legítimos interesses dos segurados , os únicos que verdadeiramente contribuem para o sistema e seus legítimos titulares .
    Na oportunidade , submetemos à sua lúcida apreciação a proposta de convocação de uma audiência pública , com a participação de representantes dos segurados , dos patrocinadores e do CGPC/PREVIC, como subsídio ao debate esclarecedor ,
    Com os protestos de nosso maior apreço , firmamo-nos
    Fulano de Tal”

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  2. Cecilia,
    O mais incrível é que os associados que contribuiram para a formação desse patrimonio e que são verdadeiramente os donos ficam à mercê de uma diretoria totalmente focada em outros objetivos, servindo a outros interesses.
    INFELIZMENTE NÃO TEMOS PODER SEQUER PARA DENUNCIAR OS ABSURDOS QUE ESTAMOS SOFRENDO. Agem como se nós não existíssimos. Nossos probllemas não os interessa. Estamos falando, pedindo, suplicando e ninguém nos atende. Parece que esse fundo foi formado com recursos unicamente do patrocinador e do Governo Federal. Nós não temos o direito de reinvidicar nada, apenas aceitar as migalhas que nos SÃO IMOPOSTAS e ficarmos satisfeitos em poder receber a aposentadoria mensalmente. Agora vem essa notícia informando com quem realmente eles se preocupam e para que se destina os 142 bilhoes do nosso fundo. ELE TEM QUE FICAR LÁ SENDO MULTIPLICADO E DISPONÍVEL PARA ATENDER ÀS POLITICAS DO GOVERNO ( campanhas eleitorais, participação em consórcios, aumentar o lucro do BB ect.) OS 120 associados ladram mas não mordem, então não ameaçam ninguém.
    GENTE VAMOS COMEÇAR A NOS MEXER NO SENTIDO DE INFORMAR À SOCIEDADE TODAS ESSAS INJUSTIÇAS QUE ESTÃO FAZENDO. VAMOS DAR MOTIVOS PARA QUE ELES SE PREOCUPEM CONOSCO. VAMOS À LUTA ATRAS DE NOSSOS DIREITOS. NÃO VAI ADIANTAR FICAR ESCREVENDO DISCURSOS BONITOS NESSE BLOG E NÃO RESOLVER NADA.PARA INICIO,SERIA INTERESSANTE COLOCAR UMA MATERIA PAGA NOS JORNAIS DE GRANDE CIRCULAÇÃO DENUNCIANDO A SITUAÇÃO. VAMOS NOS UNIR E TENTAR SERMOS OUVIDOS.

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  3. olha, dá tristeza participar da prestaçao de contas da previ aos funcionarios, ninguem desce do pedestal para dizer aos associados que ninguem ter participação no superavit da previ, somente o pessoal da ativa, incluido os do previ futuro, via PLR e os acionistas minoritarios.

    Saulo Sartre Ubaldino

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  4. Meu comentário aqui pode ate parecer fora de contexto, porém devemos abordar o que nos interessa e o que nos interessa demais imediato é o reajuste de junho p.vindouro. Sabemos que o INSS vive acumulando deficit anualmente, entretanto vive falando aquinhoar seus aposentados com 6 ou 7%. Já Previ que vive com as burras abarrotadas do vil metal, nos dará, por cento, como sempre faz, 2 ou 3% e sempre alega que está cummprindo os estatutos, cumprindo a lei. Dói ver a insensibilidade dos burocratas de bolsos cheios.

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  5. INCLUSIVE NÓS, LEGITIMOS DONOS, QUEREMOS A PREVI, PORÉM, DIFICILMENTE A TEREMOS DE VOLTA.

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  6. CARA CECILIA, gostaria de saber se a venda relatada abaixo ocorreu, ou seja, se a PREVI vendeu para uma só corretora 5 bilhões em titulos públicos de uma só vez.

    Vou contar uma história: COMO DESVIAR UM BILHÃO DE REAIS SEM SER PEGO.

    Em 2004 um amigo meu era Diretor Financeiro de um Fundo de Pensão de uma empresa estatal. Certo dia recebeu uma “ordem” do Ministério da Casa Civil no sentido de que aquele Fundo deveria vender um bilhão de reais de títulos da dívida pública, de sua carteira, a uma determinada corretora de valores. Meu amigo achou um absurdo e foi contra. Na reunião do conselho de administração, por 6 votos a 5, não foi autorizada a venda dos títulos. Trinta dias depois meu amigo foi demitido.

    Acontece que o fundo de pensão do banco do Brasil – Previ, vendeu 5 bilhões de reais de sua carteira de títulos da dívida pública. Como esses títulos eram resgatáveis para 15 a 20 anos houve um deságio de 30%, portanto a Previ recebeu 3,5 bilhões de reais pelos títulos, que, como já disse, tinham e foram vendidos especificamente para uma determinada corretora de valores.

    Alguns dias depois o Governo Federal, através do Ministério da Fazenda – Tesouro Nacional, recomprou esses títulos daquela determinada corretora, com deságio de 10%. Assim essa determinada corretora que tinha endereço num Flat Service na Barra da Tijuca, lucrou 20% dos 5 bilhões de reais, ou seja, UM BILHÃO DE REAIS.

    Aguardo sua resposta.

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  7. Oi Caros Mariano,
    Esse caso, com certeza, não se refere à Previ, pois não fizemos vendas de títulos de Renda Fixa nesse volume, pelo contrário, temos vendido renda variável e comprado mais títulos.

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