Novidades da Semana

Caros colegas,

A semana trouxe um fato triste para todos - a morte do jornalista na manifestação no Centro do Rio e, com isso, trouxe a tona uma grande discussão sobre a aliciamento de jovens para participar das manifestações de forma agressiva com um agravante: pagamento a esses rapazes para praticarem vandalismo. Eu sou totalmente favorável a essas manifestações, inclusive participei de algumas, porém pagar para pessoas participarem é um ato, na minha opinião, imperdoável. Não acredito que sejam só os partidos citados pelo réu que estejam atuando dessa forma, inclusive acho pouco provável, mas existem outros "poderosos" que também têm interesse (até mais do que esses citados) e recursos para atuarem dessa forma. Por exemplo, no Rio de Janeiro, quem seriam os grupos mais interessados na queda do atual Governador e, em consequência, do descrédito ao seu candidato? Essa é uma discussão que deve ser feita, pois a violência que tem ocorrido não pode afastar àqueles que realmente querem mudar algo e que participam porque querem e não porque são pagos. Eu só acho interessante que essas manifestações violentas só aconteçam principalmente no Rio e em São Paulo onde existem grandes interesses políticos.

Outro ponto a ressaltar é que começará no STF o julgamento do mensalão do PSDB e o que mais me impressionou foi a notícia de que um dos réus desse esquema é assessor direto do Ministro de Desenvolvimento, braço direito da Dilma, Pimentel, que se afastou para concorrer ao governo de Minas Gerais. Essa figura foi presidente do BENGE na época e transferiu grandes somas para a valerioduto. História muito parecida com um conhecido nosso, não é mesmo? A Presidente tentou por tudo emplacar um empresário de nome, mas não conseguiu. Pelo visto, ela não está com essa bola toda no meio empresarial. E podemos verificar que é tudo farinha do mesmo saco (PT X PSDB).

Outra notícia que causou preocupação foi o interesse do grupo J&S (lembra da empresa Friboi?) de pressionar os fundos de pensão, principalmente a Previ em participar da ampliação da indústria de celulose - Eldorado. Serão necessários R$ 7,5 bilhões e parece que ele quer jogar a conta no colo do BNDES e da Previ. O empresário Joesley Batista, com grande trânsito dentro do Governo Petista, inclusive com insinuações de que o filho do ex-presidente Lula teria participação no grupo, está jogando a conta para o colo da Previ e essa conta chega a quase R$ 3 bilhões. Essa empresa cresceu absurdamente no governo PT sem envolver um centavo do grupo, apenas utilizando recursos do BNDES e dos fundos de pensão Petros e Funcef. A Previ, na época, não cedeu à pressão e, esperamos, que não ceda novamente, pois será um investimento sem perspectiva de bons retornos, fora que estamos até o pescoço de renda variável e não é hora de fazer caridade com o chapéu dos associados. Vamos lembrar que os recursos da Previ são dos seus associados e não devem ser usados para politicagem e em projetos de governo.

Precisamos ficar atentos, pois em ano de eleição e com grandes desafios pela frente para o governo atual, a pressão por investimentos será grande no nosso fundo. Precisamos ficar de olhos bem abertos.

E, finalmente, não poderia deixar de mencionar que começou no dia 12.02 e irá até o dia 28.02 as inscrições das chapas para participar do processo eleitoral da Previ. A Previ publicou o quórum mínimo para as eleições da entidade de 2014 - 99.275, sendo que o número total de participantes e aposentados é de 198.548. O número mínimo de assinaturas para as relações de apoio é de 993, que comporão os documentos que deverão ser entregues até o dia 10.03, por meio eletrônico.

Vamos lembrar que nas eleições de 2012 houve participação de 6 chapas e que o resultado final foi o seguinte:

1) Chapa 6 (situação - Unidade na Previ) - 24.935 votos - 22,5%
2) Chapa 1 (Previ: o futuro é agora)        - 24.280 votos - 21,9%
3) Chapa 2 (Previ Forte)                         - 15.380 votos - 13,9%
4) Chapa 5 (Semente da União)               -  9.787 votos -   8.8%
5) Chapa 3 (Participação)                        -  9.471 votos -   8,5%
6) Chapa 4 (Oposição: Nova Previ)           -  8.957 votos -   8,1%

Foram 82.141 abstenções, com um total de 193.001 eleitores, sendo que apenas 57,4% votaram.

A chapa que eu participei (chapa 1) perdeu por muito pouco. Foi um processo complicado, pois tivemos poucos apoios de associações, não tínhamos recursos e a campanha foi recheada de baixarias produzidas principalmente pela chapa da situação que plantou mentiras e utilizou todo o arsenal disponível para ganhar no grito as eleições, contando inclusive com a área de comunicação da Previ que publicava propagandas da área reforçando as falsas informações. Sem contar o processo de votação, via web, utilizado pela primeira vez e que deixou muitas dúvidas em relação a sua eficácia.

Por isso, é bom relembrarmos para não cometermos os mesmos erros, para que a prepotência não impere sobre a realidade. Precisamos nos unir para que a Previ seja independente da ingerência política do governo, seja ele qual for. Agora é o momento de refletirmos e procurarmos uma solução que seja a melhor para os associados que estão cansados de promessas não cumpridas. Não é momento para aventuras.