quinta-feira, 21 de junho de 2012

Interesse em Sauípe

Ontem saiu uma matéria bem interessante sobre o interesse do empresário Guilherme Paulus em Sauípe. Não é a primeira vez que ele manifesta esse interesse. A Previ nega que haja qualquer negociação em andamento. Os executivos de Sauípe também desconhecem qualquer proposta. É lógico que eles não seriam os primeiros a saber, com certeza se houver essa proposta na mesa, não é na deles e sim na mesa dos diretores da Previ, principalmente o de Participações. Será que mais uma vez vamos perder a oportunidade de se desfazer desse ativo? Para a Previ seria muito bom, pois ela não tem expertise nessa área para alavancar esse negócio. Para que Sauípe dê realmente certo deve ter investidores que conhecem o setor e têm interesse em investir para a alavancagem do complexo.
Os dirigentes eleitos têm a obrigação de lutar pelos interesses dos associados e que busquem melhores alternativas para uma alocação menos arriscada e mais rentável para o Plano 1. Insisto em bater na tecla que o Plano 1 precisa ter menos volatilidade e menos riscos nos seus investimentos.
Eu gostei muito da observação do meu amigo Lacerda Júnior, que afirma que "passou da hora de se desfazer desse "ativo" corrosivo." E ressalta o provérbio que seu pai, Dr. Lacerda, uma pessoa muito especial, gosta de evocar e bradar em alto e bom som: "Por falta de um grito se perde uma boiada".
Vamos lá, colegas eleitos, vamos defender o nosso patrimônio! Vamos lembrar que vocês estão sentados aí graças aos votos dos colegas associados.

Após levantar cerca de R$ 800 milhões com a venda de 63,6% da CVC Turismo e de 100% da Webjet, o empresário Guilherme Paulus pretende aplicar parte desse dinheiro no setor de hotelaria, em duas frentes distintas. Até o fim de 2014, quer ampliar a sua rede de hotéis de turismo de negócios e de lazer dos atuais 12 para 20 empreendimentos. Para
alcançar essa meta, considera comprar 100% do complexo de resorts Costa do Sauípe
(BA), do fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil (Previ), em uma
negociação gradual, de cinco anos (Valor Econômico).

9 comentários:

  1. 20/06/2012

    Pressionado, BB assina adesão da Cassi à resolução 254 da ANS

    Fernanda Carisio, presidenta do Conselho Deliberativo da Cassi, e Mirian Fochi, diretora recém-eleita de Planos de Saúde e Relacionamento com Clientes

    Após uma longa e forte pressão do movimento sindical e dos dirigentes eleitos da Cassi, os representantes do Banco do Brasil na Caixa de Assistência finalmente aprovaram nesta quarta-feira 20 a adesão do plano de saúde à Resolução Normativa (RN) 254, da Agência Nacional de Saúde (ANS), que passou a vigorar em agosto de 2011 e dispõe sobre a adaptação e migração de contratos celebrados até 1º de janeiro de 1999. O texto foi aprovado e assinado durante reunião do Conselho Deliberativo da Caixa, em Brasília.

    Caso a adesão não fosse aprovada pelo banco até agosto, as consequências poderiam ser extremamente prejudiciais aos associados, podendo até levar ao fechamento do plano. Antes da RN 254, esses contratos não eram obrigados a incorporar todos os procedimentos que fossem sendo determinados pela ANS. Com a nova norma, os planos deverão se adaptar assinando um aditivo, a partir do qual ficam obrigados a cumprir todos os procedimentos médicos definidos pela ANS.

    Os que não aceitarem se adaptar poderão continuar a existir, mas não poderão mais aceitar nenhum novo associado a partir de 04/08/2012, conforme prevê o artigo 27 da resolução 254.

    A grande diferença da Cassi em relação a vários outros planos de saúde, inclusive os do Economus e da Fusesc, é que o BB é obrigado a garantir sua parte no custeio da assistência à saúde dos aposentados. Se não assinasse a RN 254, o BB poderia ficar tentado a inscrever novos funcionários em um plano que não garantisse esse atendimento, reduzindo drasticamente o direito de futuros aposentados. Havia executivos do banco que defendiam essa alternativa prejudicial aos trabalhadores. A Contaf-CUT, os sindicatos e os eleitos da Cassi sempre lutaram para que o banco assinasse a norma, para evitar esse risco.

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  2. Quanto a PREVI investiu no Complexo Sauípe?
    Qual a receita líquida anual do empreendimento?

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  3. Todo o Complexo Turístico"Costa do Sauipe" (Rod.BA 099, Km.73 em Mata de São João -BA) valia contabilmente R$ 142,068 milhões, tendo sido depreciado em -R$2,46 milhões em Laudo de Avaliação de l0/9/2010 da empresa Cushman & Wakefield Semco.
    Pertence 100% ao Plano 1 a PREVI e continua avaliado em R$ 139,608 milhões de reais.
    Fonte: Relatório Anual 2010 (PREVI)-Pág.73

    Se o empresário Guilherme Paulus tem R$ 800 milhões disponíveis para aplicar em hoteis e turismo é em boa hora negociarmos com ele.

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  4. Nada de vender Sauípe, se não como vão fazer certas cortezias, depois.

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  5. Quando foi adquirida (100%) foi de uma construtora que quiz se desfazer do negócio. Foi cantado em verso e prosa pela diretoria da época o sucesso do negócio( vide site Previ). Só espero que agora não se desfaçam do mico a preço de banana e que os diretores atuais não repitam o amém dos anteriores.O interessado só tem R$ 800 milhões? Quanto vale SAUIPE ?

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  6. Caros Colegas,
    O complexo ainda não deu resultado positivo. Havia vários problemas, como por exemplo, contratos leoninos com grandes operadores, como Sofitel, Marriot e Super Clubs. Houve uma grande negociação para romper os contratos com esses grupos e assumir a gestão do negócio. O dinheiro que a Previ investiu no neg. ócio será dificil recuperar, digo, impossível, pois o Complexo quando foi criado, em parceria com a empreiteira Odebrecht, foi em um lugar totalmente deserto e muito pobre. Houve todo um trabalho de marketing para que o destino fosse reconhecido. Da mesma forma, foi construído um elefante branco pensando em atrair os turistas estrangeiros, principalmente os americanos. A ousadia era que os americanos trocassem o Caribe por Sauipe.
    É bem provável que o único que ganhou dinheiro no negócio tenha sido a empreiteira (não jogam para perder) e que ainda ganham visto que ela ainda tem pedaços de terrenos dentro de Sauipe, inclusive a estrada que liga à Sauipe é de sua propriedade. Além disso, também tem um quiosque dentro do Complexo para vender as casas que constrói perto do resort.
    A grande questão é que já houve propostas no passado e os dirigentes anteriores não prosseguiam nas negociações. Eu era a única que registrava voto contrário para novos investimentos no resort, inclusive contrataram a consultoria Angra Partners para desenhar um modelo de gestão na empresa.
    O setor de turismo é muito complicado e é um negócio que tem que estar investindo em melhorias constantes. Não tem muita compatibilidade com o perfil do Plano 1.

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  7. Tem mais negocios com construtoras acontecendo. Vejam só: Invepar/Aeroporto Cumbica e Invepar/Linea Amarilla. Se der errado a Previ assume e a diretoria diz amém.

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  8. Olá Cecília.

    A pior coisa que pode acontecer para qualquer empreendimento é seus proprietários tocarem a cantinela do insucesso do negócio!
    Considerar que o investidor não tem a expertise necessária para tocar esse empreendimento, não é desculpa para nada. Quando não se detém a expertise, contrata-se. Afinal, se esse investimento pode ser atrativo para outros, certamente o é porque apresenta viabilidade econômica. A PREVI precisa é deixar de fazer caridade com chapéu alheio. Do jeito que está, realmente, não há negócio que se viabilize economicamente.

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  9. Caro Charles,
    Concordo contigo e é esse justamente o ponto - fazer caridade com o chapéu alheio. É muito fácil convidar a Previ para entrar em um novo investimento, principalmente quando é um ponto de interrogação, principalmente quando há interesse do governo nisso. A ingerência política é a pior coisa que pode acontecer na Previ.
    Quando eu digo falta de expertise, é em função de que existem alguns setores, como é o caso do setor de turismo, que são muito complicados e se dá bem quem está totalmente focado nesse negócio. A Previ tem "n" empreendimentos e não terá como focar um único negócio e, por isso, na minha opinião não é o investimento adequado ao nosso perfil.

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