quarta-feira, 8 de junho de 2011

Patrimônio da Previ atinge R$ 153,8 bi em maio

Como tem sido informado pela Previ na mídia, o patrimônio da nossa Fundação tem crescido bem acima da variação do INPC, que reajusta as aposentadorias. A questão é que esse valor não é totalmente real, pois refere-se a cálculos dos investimentos que ainda não foram realizados. No caso de renda fixa e imóveis fica bem mais tranquilo de projetar os valores, porém no caso da renda variável, a relação é bem mais complicada. Eu me assusto quando percebo que, se a Bolsa de Valores estivesse em uma melhor situação, verificaríamos que a Previ aumentou a participação em renda variável, o que me preocupa muito. Vários estudos foram feitos por consultorias altamente capacitadas, referendados pelos excelentes técnicos que há na Previ, que a não venda de renda variável provocará a venda de renda fixa, o que não é nada bom para a perenidade do plano. A renda fixa configura um risco bem menor que a renda variável e não sofre da oscilação grande do mercado. Aumentar o investimento em renda variável consumindo renda fixa é, me desculpem o termo, uma irresponsabilidade da gestão e, pelo que estamos lendo na mídia, esses investimentos devem aumentar considerando os "olhos gordos" em ativos com riscos altíssimos e sem a devida compensação de rentabilidade futura, como é o caso de Belo Monte, Trem Bala e etc. As empresas privadas estão fugindo justamente pela falta de transparência e, acaba sobrando para quem???

A história se repete: vocês lembram que no Governo Fernando Henrique, na época das privatizações das teles, setor elétrico, ferrovias, etc, onde os fundos de pensão foram obrigados a entrar para garantir as operações? E outros investimentos que também eram impostos a Previ nessa época porque o Governo não tinha recursos para investir em infra-estrutura? Pois é, a história se repete... Mudou governo e continua tudo igual...

O patrimônio da Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil fechou maio com rentabilidade de R$ 153,8 bilhões, um patamar 9,7% maior que os R$ 140,2 bilhões de junho do ano passado.


O número de participantes subiu de 179.555 para 189.691 pessoas. Em termos de rentabilidade, o Plano 1 - com 119.045 participantes - atingiu 14,98% em 12 meses, para uma meta atuarial de 11,85%.


O resultado foi puxado pelos investimentos imobiliários, com ganho de 25,09%, puxado pela expansão do setor imobiliário, que segundo o presidente da instituição, Ricardo Flores, é sustentada.


No plano Previ Futuro, que fechou maio com 70.646 participantes, a rentabilidade em 12 meses ficou em 8,89%, abaixo da meta atuarial de 12,16%. Segundo o diretor de investimentos da Previ, Renê Sanda, o resultado foi puxado pela perda de 19,82% dos investimentos estruturados, em função de se tratarem de aportes em private equity que ainda não foram a mercado.


No Plano 1, mais antigo, esses investimentos renderam 10,88% em 12 meses e Sanda frisou que apenas três investimentos levados a mercado garantiram o resultado positivo.


O diretor de investimentos explicou ainda que a fatia de títulos privados dentro dos investimentos em renda fixa subiu 15%, passando de R$ 3,671 bilhões em junho de 2010 para R$ 4,163 bilhões em maio deste ano. Sanda vê o movimento como uma tendência.


"A taxa de juros no médio prazo e no longo prazo vai cair a ponto de ficar abaixo da meta atuarial. Teremos que deixar de comprar títulos do governo para comprar títulos privados, sob pena de ficarmos desequilibrados. Esse não é um problema só da Previ, mas de todo o sistema", ressaltou Sanda. (Valor/Anabb)

Um comentário:

  1. Colega Cecília,
    Em www.portalbrasil.net/inpc.htm poderá ser constatada a variação de 6,4441% referente ao INPC dos doze últimos meses. Esse será o percentual de reajuste agora em junho dos benefícios pagos pela Previ.

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