quarta-feira, 24 de novembro de 2010

A Ingerência política na Previ

Infelizmente, sai governo entra governo e os olhos gordos em cima do nosso patrimônio continuam os mesmos. Mais uma vez, o governo quer alterar o limite para investimento em renda variável pelos Fundos de Pensão. Só que esta medida só contempla a Previ, em função de que a grande maioria dos fundos não têm mais de 50% em renda variável. O Plano 1 é um plano fechado e maduro (a maioria de seus participantes são aposentados) e isso pode colocar o plano em risco no futuro, considerando que não se justifica investimentos mais arriscados para um plano com esse perfil, onde se deveria buscar mais liquidez nos investimentos existentes.

Essa estratégia do Governo me preocupa muito, pois estamos com um superávit gordo atualmente, mas com um concentração muito grande em renda variável, aumentar mais ainda essa concentração me cheira a trabalhar "acima da irresponsabilidade" (Vocês lembram dessa frase? Quem diria que nós estaríamos vivendo novamente essa truculência em um governo do PT que levantou uma enorme bandeira na época das privatizações contra as ingerências realizadas no governo anterior. A conclusão que podemos chegar é que, em termos de governo, é tudo farinha do mesmo saco. Será que a PREVIC, que deveria estar protegendo o patrimônio dos participantes, será conivente com essa irresponsabilidade???

Estamos em um momento pertos de fechar um acordo em relação à distribuição do superávit. O Banco, como sempre, só quer aprovar a proposta de 20% de reajuste por 6 anos, que é o que o beneficia diretamente, tendo em vista que o mesmo montante será destinado ao banco. Eu, particularmente, acho um absurdo aceitarmos um acordo como este. Eu compreendo que vários associados estão cansados de esperar uma solução, muitos em situação difícil, porém temos que lembrar que 20% em cima do salário, para àqueles que não tem um benefício alto, não resolverá os problemas existentes e, poderá até, fazer com que alguns associados passem para uma alíquota maior de cobrança do imposto de renda.

Espero, sinceramente, que nossos representantes sejam iluminados para, se tiver que aprovar alguma proposta, que seja boa para todos. Hoje os negociadores estão reunidos, inclusive com visita ao Ministro Paulo Bernardo. Com certeza, amanhã ou até mesmo hoje teremos novidades sobre esse encontro.

Governo orienta fundos de pensão para participar de trem-bala



Por determinação do Planalto, a estratégia de participação dos fundos de pensão de estatais no projeto do trem-bala mudou. A ordem é que Previ (BB), Petros (Petrobras) e Funcef (Caixa) negociem parceria nos consórcios separadamente para o leilão.Até a semana passada os fundos só entrariam no projeto após a escolha do vencedor. Essa participação, de cerca de 20% do capital da nova empresa, seria por meio da Invepar (associação entre Petros, Previ e Funcef mais a construtora OAS) e o aporte seria de R$ 1,5 bilhão.Mas os planos mudaram devido à dificuldade de formar outros consórcios que garantam a disputa na licitação. Até ontem só um grupo, o liderado por empresas da Coreia do Sul, havia sido formado e diz que apresentar proposta no leilão do dia 29.
A associação posterior ao leilão via Invepar não foi descartada. A opção é tornar o projeto atraente aos investidores. Mas o prazo é curto. O projeto tem que passar pela área técnica dos fundos e, após a aprovação desses setores, pela diretoria.
Pelos altos valores, eles têm que passar também pelos conselhos. Na Previ, o conselho reúne-se uma vez por mês, e a diretoria, uma por semana.
Outro problema é aumentar mais a vulnerabilidade dos planos. Os fundos têm sido usados pelo governo para viabilizar fusões e aquisições de empresas e com isso elevaram suas participações em investimentos de risco.
* Fonte primária da informação Folha de S. Paulo


Fundos de pensão podem ter aumentado o teto para investimento em ações


Uma vez confirmado no cargo para mais quatro anos na pasta da Fazenda, o ministro Guido Mantega pode anunciar ainda esta semana a ampliação do teto dos fundos de pensão para investimentos em ações, hoje restrito a 70% do patrimônio líquido. Discutidas há quase um ano pelo governo, a medida, entre outras, visa a desconcentrar a oferta de crédito para a indústria e infraestrutura, hoje praticamente restrita ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
* Fonte primária da informação Brasil Econômico



Fundos podem ficar com até 20% do trem-bala


Os fundos de pensão Previ, Petros e Funcef - dos funcionários do Banco do Brasil, da Petrobras e da Caixa Econômica Federal, respectivamente - vão participar do projeto do trem-bala, que ligará as cidades do Rio de Janeiro, São Paulo e Campinas. O aporte, que pode chegar a R$ 1,5 bilhão por uma fatia de até 20% do trem-bala, será feito por meio da Invepar, holding de infraestrutura e logística com tem como acionistas as três fundações, além da construtora OAS.
Contudo, a Invepar não participará do processo de concorrência para a construção do trem de alta velocidade (TAV). De acordo com Wagner Pinheiro, presidente da Petros, a holding oferecerá seus recursos apenas no fim da disputa, depois que for anunciado o consórcio vencedor. Na ocasião, os ganhadores definirão se precisam dos recursos e em qual montante.
Esse é um modelo parecido com o usado na usina de Belo Monte. "É melhor garantir a entrada no fim do processo do que abrir uma disputa dos consórcios pelo dinheiro dos fundos de pensão", diz Pinheiro. Os consórcios interessados na licitação deverão entregar os envelopes com as propostas até dia 29. A sessão pública do leilão acontecerá em 16 de dezembro.
O projeto do trem-bala está estimado em cerca de R$ 35 bilhões. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai financiar no máximo R$ 19,9 bilhões, sendo que há uma limitação a 60,3% do investimento total ou 80% dos itens financiáveis pelo banco. Os sócios privados devem entrar com cerca de R$ 7 bilhões. O R$ 1,5 bilhão que pode ser injetado pelos fundos de pensão será desembolsado ao longo de cinco anos.
O interesse dos fundos no trem-bala já estava claro havia alguns meses. Em maio, a Previ anunciou que alguns diretores da Invepar iriam ao Japão para conhecer um projeto da Mitsui. A entrada no TAV também vai ao encontro dos planos de expansão de negócios da Invepar. Até 2015, a empresa pretende investir até R$ 4 bilhões em concessões de rodovias, transportes urbanos para passageiros, portos e privatização de aeroportos. Hoje, a Invepar controla o Metrô do Rio, a Linha Amarela, ambos no Rio, e as concessões rodoviárias Auto Raposo Tavares, no interior de São Paulo, e BA-093, na Bahia.
"O que motiva o investimento dos fundos de pensão em projetos como o trem-bala é o fato de gerarem um fluxo de caixa constante. O retorno pode não ser o mais elevado, mas é uma alternativa aos títulos públicos", diz Pinheiro. (Carolina Mandl - Valor Online)

4 comentários:

  1. Cara Cecília,

    Ainda estou na ativa, embora cedida a Órgão federal. Vou me aposentar dentro de 16 meses. Meu benefício mínimo (por enquanto o estimulado no site da PREVI) será elevado temporariamente para 70% da Parcela Previ. enquanto houver recursos no fundo previdenciário específico, também calculados considerando o prazo de 6 anos.O que acontecerá após os seis anos? Como ficará meu benefício?

    Cristiana

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  2. Cara Cristiana,

    Quando você tomou posse no banco? Pois essa distribuição de superávit é referente ao Plano 1. Quem entrou no Banco após 98, pertence ao plano Previ Futuro.

    O benefício mínimo só vale para quem já é aposentado e recebe este benefício. No caso de colegas da ativa que ainda não tem tempo de aposentadoria, será recolhido o reajuste de 20% mensal e a parcela inicial (240%) e creditado em um fundo individualizado. Quando o associado se aposentar, no seu caso daqui a 16 anos, receberá o valor que há nesse fundo.

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  3. Cara Cecília,

    Gostaria de esclarecimento para alguns pontos:
    O que deverá ocorrer, caso o acordo seja rejeitado pelo quadro social?
    A aprovação do acordo implica em concordar com a utilização, pelo BB, de 50% do Superávit?
    Haverá algum canal, na Previ, para consultas a dúvidas dos associados, antes da votação?

    Grata,

    Elizabeth

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  4. Cara Elizabeth,

    No momento que aprovarmos o acordo, estamos aprovando em sua totalidade, inclusive com os recursos que serão contabilizados em um fundo do Banco, que ele poderá utilizar no futuro. Pelo que fui informada, esses valores não serão 50% dos recursos destinados à discussão, mas ainda não está claro. Este é um ponto que precisa de maiores esclarecimentos.

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