segunda-feira, 6 de junho de 2016

Perigo à Vista!!!

Caros colegas,

Nós, do FIDEF, formado por conselheiros deliberativos e fiscais e diretores eleitos de forma independente, encaminhamos a "carta aberta aos Deputados Federais" para que se sensibilizem com o absurdo desse Projeto de Lei Complementar PLP 268/2016, que tira direitos conquistados a duras penas pelos trabalhadores, quando têm o direito de escolher seus representantes nos fundos de pensão. Se querem impedir pessoas despreparadas de assumir a gestão, ótimo, vamos criar critérios mais restritivos, porém não podemos impedir dos participantes de escolherem quem os representarão nas fundações.

Hoje, segunda-feira (06/06) foi noticiado no pronunciamento do presidente em exercício, Michel Temer a paralisação de todas as indicações para diretoria e presidência de estatais e fundos de pensão até que sejam aprovados dois projetos, em análise na Câmara dos Deputados: um deles altera a regra para essas nomeações e o que estabelece regras de transparência e gerenciamento de empresas estatais.

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"Esses projetos já foram aprovados pelo Senado. O primeiro visa dificultar o aparelhamento dos fundos por partidos políticos. Uma das mudanças prevista por ele é que, para participar de conselhos, o indicado não poderá ter exercido atividade político-partidária nos dois anos anteriores à nomeação.

Já o segundo visa dar maior transparência às contas das estatais e impede que ministros, secretários estaduais, distritais e municipais ocupem cadeiras nos conselhos de administração dessas empresas.

"Mandamos paralisar toda e qualquer nomeação para diretoria e presidência de empresa estatal ou fundo de pensão enquanto não for aprovado projeto que está na Câmara dos Deputados que dispõe, de maneira muito objetiva, que só serão indicados ou nomeados pessoal com alta qualificação técnica", declarou Temer em pronunciamento no Palácio do Planalto, em Brasília.
O presidente em exercício não permitiu que jornalistas fizessem perguntas sobre o anúncio.

Outras mudanças
A proposta aprovada pelo Senado prevê ainda a proibição de que dirigentes partidários façam parte dos conselhos deliberativo e fiscal dos fundos de pensão das estatais e a imposição de quarentena de dois anos para que ex-dirigentes de partidos possam assumir essas funções. Atualmente, não existe esse tipo de restrição.

Pelo texto, os mandatos nos conselhos deliberativo e fiscal dos fundos terão quatro anos de duração. No caso de conselho fiscal, é vedada a reeleição.

Nos conselhos deliberativos, é possível haver reeleição uma única vez. Após deixarem as funções nos conselhos, os integrantes deverão esperar a janela de um ano para assumir cargos de direção em partidos políticos.

No caso das empresas estatais, o projeto de lei estabelece regras de transparência e para o gerenciamento de empresas como Petrobras, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal.

A nova legislação foi criada nos mesmos moldes da Lei de Responsabilidade Fiscal e tem como objetivo dar maior transparência às contas das estatais. As empresas deverão elaborar uma série de relatórios – de execução do orçamento, riscos, execução de projetos, ambientais – e disponibilizá-los à consulta pública.

De acordo com o texto, 25% dos membros desses conselhos devem ser independentes, ou seja, não podem ter vínculo com a estatal, nem serem parentes de detentores de cargos no de chefia no Executivo, como presidente da República, ministros ou secretários de estados e municípios.

Segundo o presidente em exercício, o objetivo é garantir que os indicados para estatais e fundos de pensão tenham “qualificação técnica" e pertençam, "preferencialmente", aos quadros de funcionários das próprias empresas estatais.

Temer disse acreditar que o projeto será aprovado pela Câmara ainda nesta semana."
Fonte: http://g1.globo.com/economia/noticia/2016/06/temer-manda-paralisar-nomeacoes-para-estatais-e-fundos-de-pensao.html


Segue a nossa carta aberta aos Deputados Federais:
Carta Aberta aos Deputados Federais,

O Projeto de Lei Complementar PLP 268/2016, aprovado no plenário do Senado e atualmente em tramitação na Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados, aguardando a designação de relator, introduz preocupantes inovações, para as quais o FIDEF - Fórum Independente em Defesa dos Fundos de Pensão vem a público apresentar um conjunto de alternativas.

Dentre as principais inovações do projeto de lei estão as seguintes:

1 - institui a figura do conselheiro independente, que passa a dividir a paridade da gestão, nos conselhos deliberativo e fiscal, com representantes da patrocinadora e participantes e assistidos;

2 - institui a obrigatoriedade de processo seletivo público para escolha dos integrantes da diretoria-executiva, sob orientação do conselho deliberativo, cujos selecionados passam a deter contrato de trabalho de 2 anos, com no máximo 3 reconduções, mediante parecer favorável do conselho deliberativo;

3 - institui a proibição de exercício de atividade político-partidária, ou de cargo comissionado na patrocinadora ou administração direta do governo, para exercício de cargo de diretoria, em período inferior a 2 anos anteriores à contratação.

A íntegra do PLP 268/2016 pode ser acessada pelo seguinte link: http://bit.ly/1sPSZVI

Diante dessas manifestações, que impactam diretamente a estrutura diretiva e decisória dos fundos de pensão, o FIDEF, formado por Conselheiros Deliberativos e Fiscais e Diretores - eleitos por participantes e assistidos de fundos de pensão com patrocínio de empresas de controle da União Federal, representando estes e seus dependentes - cerca de 1,724 milhão de cidadãos brasileiros (entre empregados da ativa, aposentados e dependentes vinculados aos fundos de pensão), vem a público manifestar sua preocupação com as mencionadas inovações e registrar sua oposição às propostas em tramitação, e apresentar um conjunto de alternativas às propostas cogitadas, pelas seguintes razões:

1 - O conjunto de alterações propostas no referido Projeto de Lei vai na direção da redução da presença, e consequentemente, da capacidade dos participantes e aposentados de interferência e condução da gestão dos fundos de pensão;

2 - Conforme amplamente demonstrado na recente CPI dos Fundos de Pensão, a situação deficitária vivenciada pelos fundos de pensão de patrocínio estatal recaem, em grande parte, sobre investimentos que causaram prejuízo aos fundos e a seus participantes, e que foram aprovados e geridos por diretores indicados pelas patrocinadoras estatais, cabendo aos representantes de participantes e assistidos um papel secundário e pouca capacidade de influência;

3 - Na atual governança dos fundos de pensão, instituída pela Lei Complementar 108/2001, há uma ampla predominância das patrocinadoras na seleção e gestão dos investimentos, mediante a indicação de seus prepostos para diretorias responsáveis por tais assuntos, com liberdade regulatória para propor negócios às suas entidades patrocinadas (como exemplifica a relação Sete Brasil-Petrobras-Petros);

Para o FIDEF, uma verdadeira "blindagem” dos fundos de pensão de patrocínio estatal à ingerência político-partidária e, consequentemente, à redução dos riscos de gestão temerária e fraudulenta, passa por um outro caminho que contemple:

1. a obrigatoriedade da divulgação de dados relevantes, por iniciativa das próprias  entidades (transparência ativa)

2. a vedação a participação em investimentos concebidos/geridos pelas respectivas patrocinadoras;

3. a manutenção da gestão paritária atual nos conselhos deliberativo e fiscal e a extensão da gestão paritária no âmbito das diretorias executivas das fundações, paridade decorrente de eleição direta para os representantes dos participantes e assistidos nos três colegiados.

4. a competência do conselho deliberativo, para ingresso em investimentos iguais ou superiores a 0,5% do patrimônio;

5. a criminalização da gestão temerária e fraudulenta na gestão dos fundos de pensão;

6. a limitação do instituto do voto de qualidade, regulamentado através do Regimento Interno dos Conselhos, impedindo seu uso para desempate em decisões sobre alterações no estatuto da entidade, em regulamento de plano administrado  e em deliberação sobre parecer do Conselho Fiscal sobre a gestão e contas da Administração da Entidade.

Será com essas bandeiras que os participantes da ativa e aposentados e pensionistas, representados pelo FIDEF, debaterão no Congresso Nacional o necessário “choque de gestão” na governança dos nossos tão usurpados fundos de pensão, para a necessária proteção e segurança do futuro de seus benefícios.

Brasília,  02 de Junho de 2016

Representantes Eleitos, de perfil independente, dos seguintes fundos de pensão:

FUNCEF
PETROS
PREVI
POSTALIS
REAL GRANDEZA
FAPES

17 comentários:

  1. Na verdade é a entrega do patrimônio da PREVI à "especialistas independentes" que com certeza atuarão defendendo seus próprios interesses.
    Cabe lembrar que em Administração, "não existe almoço grátis" e o ego fala mais alto porque o gene é egoista. É insolente a proposta de entregar à "independentes" a direção da PREVI quando se trata de Caixa de Previdência DOS FUNCIONÁRIOS DO BANCO DO BRASIL, repetimos, DOS FUNCIONÁRIOS DO BANCO DO BRASIL. Com certeza mudarão a razão social do Fundo. E quem garantirá que serão independentes quando não existe ninguém independente? Será que os atuais funcionários da ativa e aposentados continuarão contribuindo para com o Fundo de Pensão?

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  2. Oi,e o ruim não era Dilma e o PT???? a situação vai ficar pior????

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  3. Diretores:

    Não é assim, então Sra. Cecília discuta, para isto voce está aí, discuta com o governo, do jeito que está é que não poderá continuar.
    Voces foram eleitos para isto, sentem à mesa e discutam, e não me fazem favor algum!

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  4. Eu sempre bati na gestão profissional os eleitos não servem para nada, precisamos de uma gestão profissional os associados apenas como órgão de controle, sem as cifras astronômicas que recebem a troco de nada, não produzem nada, só mamam, chega de boquinhas.

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  5. Verdade seja dita: se aprovada esta lei complementar a quem interessa a gestão dos ativos financeiros? Aos associados?

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  6. Cara Diretora Cecília Garcez.

    Gostaria de saber quem é independente.
    Se acreditam tanto em competência, que as arquem com elas. Diria mais, dois seriam eleitos por nós como eles querem, estamos em negociação, e que eles coloquem os dois independentes. Tudo bem.
    No voto de minerva, que deveria nesse caso continuar, caberia aos dois independentes que ao votarem juntos, a necessidade de aquiescência da PREVIC sob responsabilidade governamental.

    Nosso PIB é de 3,7 trilhões, tem dinheiro a rodo. Falta gestão, pois bem: voltando, aos votos dos independentes, caso forem contrários, caberia a decisão aos participantes, com uma "UMA AUDITORIA INDEPENDENTE" sob a responsabilidade dos aposentados quanto a sua nomeação e com responsabilidade solidária quanto ao dito final desta AUDITORIA à PREVIC também, chancelando futuros "erros técnicos", ou melhor chamando, "erros independentes", a quem por lei cabe a fiscalização; a PREVIC ou ao governo.

    Com isso a responsabilidade seria grande, mas não ficaria na palavra, qualquer decisão de RISCO que a PREVIC aprovasse, possuiríamos um lastro de Títulos da dívida pública, ou é querer demais, melhor do que colocar "dois independentes no nosso galinheiro", já basta a PREVIC que deveria ser "independente" e até agora foi uma meleca.

    Se a PREVIC não serviu, e se não continuar servindo para nada como até agora, que a extingua. Vejamos os últimos fatos da PREVIC; permitir a última divisão do nosso superavit com o patrocinador através de uma resolução. Isto é independência?

    Devemos começar a "independência" na PREVIC para por ordem na casa, resolvendo logo a questão dos altos salários, como também os de menores salários. Quem possuiu padrinho é afilhado, e como estamos vendo hoje em dia, e já sabíamos , afilhados é bucha de canhão para fazer a besteira e depois com a bem chegada DELAÇÃO PREMIADA, todos caírem.

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  7. Existem um a lei de Murphy que diz que nada é tão bom que não possa melhorar e nada é tão ruim que não possa piorar e os brasileiros tem memória curta, principalmente os funcionários do BB que ficaram por mais de 8 anos sem aumento e ao final quando contentávamos o 1% do anuênio o FHC veio e tirou até isso. Eu estava a 3 meses para me aposentar em 97 e so consegui aposentar em 2006 e com o fator previdenciario - 54% do valor e agora vemos o FHC, via Temer voltar.
    "....Possível fusão entre BB e Caixa deixa funcionários das duas instituições em pânico..."
    Nada é tão ruim que não possa piorar.

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  8. Vai acabar a "boquinha"...

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  9. Os prejuízos da Previ


    A Previ vem sofrendo volumosas perdas por sua participação em empresas, algumas envolvidas em privatizações e outras, segundo o noticiário, com as quais teria sido obrigada a entrar em negócios - escusos.

    Qual o prejuízo real da Previ em Sauípe e na Invest Santa Catarina?

    Dizem que em Sauípe, o escândalo é monstruoso, e na Invest Santa Catarina também.

    Fonte:http://www.jb.com.br/informe-jb/noticias/2016/06/07/os-prejuizos-da-previ/


    SÓ AGORA O JB DESCOBRIU A NOSSA EXISTÊNCIA. E A CPI?

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  10. Cara Cecília Garcez,

    Estou junto com você, o Carvalho, o Ari Zanella, e o Medeiros.
    Temos de estar juntos para barrar esse Projeto PLP 268/2016.
    A situação está crítica com essa indefinição do impeachment.
    Enquanto esse assunto não se resolver da forma mais rápida, o ambiente político e econômico vai se deteriorar cada vez mais.
    O Governo Temer está querendo implantar reformas sérias de afogadilho para tirar o país do buraco. Mas, na ânsia de agir e fazer reformas rapidamente, estão se cometendo erros sérios como esse.
    E do jeito que a coisa vai, sem essa definição do impeachment, o país vai ficar nessa situação caótica.
    Nesse ínterim, o que temos de fazer é reagir contra esse Projeto PSP 268/2016.
    Por outro lado, se a imagem do governo se desgastar e ele não fizer reformas efetivas que alterem a situação do país de forma rápida e a Dilma voltar, o país vai cair no abismo.
    Aí não dá para prever o que vai acontecer.
    Um amigo na galhofa resumiu a situação: a situação tá tão ruim que galinha tá ciscando de lado e urubu tá voando de costas.
    Só rindo para não ter um enfarto.

    Abração

    Adaí Rosembak

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  11. Sou a favor das mudanças que Michel Temer está pretendendo implantar nos fundos de pensão, principalmente na Previ, cuja administração tem sido desastrosa para os assistidos do plano de benefício 1. Esses sindicalistas, cutistas, ligados ao PT tem mais é que largar nossa Previ. Cadê a distribuição dos superavits a que tínhamos direito todo ano?! Por que cortaram BET ? Por que os aposentados voltaram a contribuir com o fundo? Portanto, que venha essa reforma, pois pior que está não fica. Fora PT !

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  12. Um grande perigo também é o Fujimoto ser o vice presidente da ANABB!!!!
    Gente!!! É PT cuidando de nós!!!
    Pensa...estamos órfãos!!!

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  13. Colega Cecilia, tenho procurado fazer a minha parte, encaminhando emails aos colegas, para que façam o mesmo aos deputados e que assinem a Petição Eletrônica, para que não se aprove o PL 268/2016, É MUITO IMPORTE QUE NOS UNAMOS E CONSIGAMOS ESTA NÃO APROVAÇÃO DO PROJETO.

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  14. Ouvi dizer que num país de primeiro mundo localizado no continente europeu, quando tentaram aprovar um projeto semelhante ao PLP 268, as associações de aposentados que recebiam regiamente as mensalidades dos seus afiliados, pressionaram os parlamentares com cartas informando a quantidade de votos incluindo os familiares, que os mesmos perderiam nas próximas eleições.

    Será que funcionaria aqui no Brasil?

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  15. Cara Cecilia, acabei de ligar para o 0800-619619 , e manifestei a minha opinião aos Deputados nesta Central Telefônica, sobre o PL 268/2016, pois o referido Projeto deverá ser votado hoje, dia 08/06/16, e espero que outros colegas o façam, mesmo agora de noite, obrigado pelo espaço, e tudo de bom, Goulart, colega aposentado de Cambé.

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  16. O Brasil faliu de vez.
    Não temos político comprometido com a nação e muito menos com o povo.
    Somos motivo de chacota na imprensa internacional.
    República das bananas, como êles dizem (com toda popriedade, verdade seja dita).

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  17. A coisa está tão feia que nem sabemos se as mudanças são boas ou ruins. Uma coisa tenho certeza: ELEITO NÃO PRESTA PRA NADA. SÓ PRA ENCHER OS BOLSOS E NOS MATAR DE RAIVA. Se submetem a mordaça ou dizem que a decisão foi colegiada.
    Quanto aos indicados pelo patrocinador são extremamente incompetentes. Para conseguir prejuízos de 40 bilhões, até o Ximbica dono da bodega aqui da esquina dava conta com 4 mil reais de salário.
    Com eleito ou sem eleito eles fazem o que eles querem com o dinheiro que não acham que nos pertence.

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