quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Governo quer mudar cálculo de superávit

Colegas,

Hoje, dia 19.12, o CNPC se reunirá e um dos assuntos em pauta é a nova regra para cálculo do superávit. Essa matéria (abaixo) que saiu no Valor Online resume bem o que está sendo proposto. Outro assunto que estará em pauta é a regulamentação da retirada de patrocínio. Vamos ficar atento, pois teremos novidades pela frente. Será que nos darão um "bom" presente de Papai Noel? Ou Mamãe Noel?

Governo mudará cálculo de superávit
Uma nova regra para o cálculo do superávit dos fundos de pensão será analisada hoje pelo Conselho Nacional de Previdência Complementar (CNPC). A ideia é compatibilizar o cálculo do superávit com as novas regras de meta atuarial dos fundos, baixadas há poucas semanas.
O superávit, a chamada reserva especial, é constituído pelos ganhos acima do esperado registrados na carteira de investimentos das fundações e pode ser resgatado por patrocinadores (empresas) e participantes (empregados).
A ideia é deixar o cálculo dessa reserva especial mais conservador - assim como foi feito com a meta atuarial -, pois um rendimento real de 5%, como o definido na regra vigente, não está compatível com a queda dos juros no mercado. Estipulando juros menores para o cálculo, os valores que serão distribuídos a empresas e empregados também ficarão menores, porém mais realistas. Uma das empresas que mais se beneficiam da distribuição de superávits é o Banco do Brasil, patrocinador da Previ.
Segundo disse ao Valor o secretário de Previdência Complementar do Ministério da Previdência, Jaime Mariz, a medida torna os cálculos mais prudentes, o que é positivo para os fundos, que deixam de prever valores que não serão alcançados de fato. A estimativa é que as reservas especiais somem cerca de R$ 4 bilhões, segundo o ministério.
Em casos de fundos de pensão bastante rentáveis, os ganhos são acumulados na forma de reserva de contingência - usada para eventuais necessidades, como cobrir déficits. Quando esse montante continua subindo, parte dos recursos pode ir para a reserva especial que, se mantida por determinado período, pode ser transferida para patrocinadores e participantes. O valor existente nesses dois tipos de reservas é de R$ 40 bilhões (R$ 4 bilhões na reserva especial).
Atualmente, as projeções de rendimento dessa reserva seguem uma taxa máxima real - descontada a inflação - de juros de 5% ao ano. Mas, diante de um cenário de juros mais baixos praticados pelo mercado, o CNPC quer reduzir esse índice para, segundo Mariz, "quantificar esse ativo com uma taxa menor, diminuindo o valor que irá sobrar, ficando em um patamar mais realista."
Assim como ocorreu com o teto da meta atuarial no fim de novembro, a expectativa é que a queda dos juros no cálculo das reservas especiais seja também gradual, afirmou o secretário do Ministério da Previdência. A partir de 2013, a meta atuarial cairá 0,25 ponto percentual a cada ano, passando de 6% ao ano até chegar a 4,5% ao ano em 2018, conforme decisão do CNPC.
Desde 2009, o rendimento médio dos fundos vem caindo. Foi de 21,5% naquele ano, enquanto a meta atuarial (Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) mais 6%) somou 10,4%. Em 2010, o rendimento foi de 13,3% e a meta foi de 12,8%. Já no ano passado, os ganhos não bateram a meta de 12,4%, pois foram, em média, de 9,8%.
A Associação Nacional dos Participantes de Fundos de Pensão (Anapar), que participa do conselho, apoia a mudança, mas vai tentar aproveitar a proposta a ser analisada como forma de mudar as regras de distribuição desses recursos. A presidente da entidade, Cláudia Ricaldoni, pedirá que as reservas especiais não sejam mais repartidas. Para ela, esses recursos devem ser usados apenas para melhorias nos planos de previdência, como aumentar o benefício (aposentadoria ou pensão). 
Fonte: Valor Online

14 comentários:

  1. Caríssima Senhora,

    A Anabb está atenta aos possíveis estragos que o governo tenta fazer contra os planos de previdência?

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  2. Por entender que se trata de assunto do interesse de muitos e envolver a Entidade que congrega o maior número de ex e atuais colegas pertencentes ao “PB-1”, transcrevo abaixo comentário publicado no post anterior e que ficou sem a sua importante e oportuna manifestação.
    Jorge Teixeira - Araruama (RJ) disse...
    Colega Cecília,
    Não teria chegado a hora, aliás, acho até que já passou bastante da hora, de a Anabb se mexer no sentido de defender os aposentados e as pensionistas do “PB-1”, ingressando na justiça e pleiteando um basta nessa reversão de valores que se faz em benefício do patrocinador BB, ao suposto amparo dessa excrescência jurídica que é a malfadada resolução 26 do CNPC? Qual(is) o(s) motivo(s) disso não ter acontecido até o momento?
    19 de dezembro de 2012 08:10


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  3. Deviam esperar mais um pouquinho.Essa taxa selic baixa 7, 7,5% não vai durar muito.Esperem só para ver.

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  4. Caros colegas,
    Eu sou Conselheira Deliberativa da Anabb e membro do grupo assessor de Previdência. Já pautamos esses assuntos na Diretoria, que é a responsável em promover possíveis ações judiciais ou fazer uma pressão em relação ao tema, porem para que isso aconteça é preciso que haja o entendimento de que não há concordância em relação à retirada de recursos pelo patrocinador. Eu, particularmente, tenho certeza absoluta que é possível e devida a briga. Fácil não é, mas se não tentarmos.... Porém não posso colocar minha mão no fogo por ninguém.

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  5. Se a ANABB não toma providencias em defesa dos associados, ela permite que entendamos que estaria compactuando com a falcatrua perpetrada pelo Governo Federal.
    Ou então que fundamente, de maneira clara, porque não adota tais providencias.

    Luiz Faraco, de Florianópolis (SC)

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  6. Caros colegas. Outra boa notícia. A bolsa rompeu a barreira dos 61.000 pontos.

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  7. No nosso PB 1 a taxa atuarial cairá dos 5% atuais em - 0,5%, ficando em 4,5% a NOVA TAXA ATUARIAL, ANTES DE DISTRIBUIR A "RESERVA ESPECIAL DO SUPERAVIT".

    Quanto a retirada do patrocínio, a decisão foi adiada para a primeira reunião do CNPC em 2013, pois há um impasse na forma de pagar os benefícios para aqueles que VÃO SUPERAR a expectativa de vida prevista pela Tábua AT-2000 em 83 e 84 anos....(que coisa, hein??)

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  8. Só esperemos que a exemplo da formula sugerida para o ES, a 170,não mandem nenhuma sugestão que "contemplem" os mais teimosos/idosos.Como gostam de sugerir...

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  9. Prezada Cecilia,
    Acho que você, com a força do Fernando Amaral, deveria bater sempre nessa tecla: a ANABB deve se engajar, de maneira mais efetiva, na proteção dos interesses de nosso fundo de pensao.Afinal, todos os que dele participam são funcionarios do banco do Brasil.

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  10. Cecilia,

    Procure saber, qual o número de associados da ANABB, que são aposentados/participantes da PREVI.
    Deve ser uma bela arrecadação mensal!! não achas!?
    Responda-me por favor!
    Obrigado

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  11. Caro colega anônimo das 8:53h,
    Atualmente, a Anabb tem por volta de 97 mil associados, sendo que a sua grande maioria é formada por aposentados. Não posso precisar quanto, mas acredito que 70% desse montante sejam aposentados da Previ.

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  12. Só tem uma maneira (anônimo de 19:45) de forçar, pressionar, obrigar a ANABB atender ao que você pede: DESFILIANDO-SE DELA.
    Como não mando mais dinheiro para seus dirigentes, essa obrigação dela para comigo não existe mais. Porém, enquanto era contribuinte, sempre cobrava dela essa obrigação.

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  13. Só tem uma maneira (anônimo de 19:45) de forçar, pressionar, obrigar a ANABB atender ao que você pede: DESFILIANDO-SE DELA.
    Como não mando mais dinheiro para seus dirigentes, essa obrigação dela para comigo não existe mais. Porém, enquanto era contribuinte, sempre cobrava dela essa obrigação.

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  14. Querida batalhadora Cecilia,

    Fico pasma de ver que não brigamos pelo mais necessário, que é o reajuste de nossas aposentadorias e pensões. tenho vivido com muita dificuldade. Fui obrigada a sair do Rio e vir morar em Araruama. Não conseguia mais aguentar os preços do Rio de Janeiro onde vivi a minha vida inteira. Isto é muito triste. Mas tinha que ser feito e foi feito. Claro que foi um baque para a minha familia.
    Por que não vejo protestos contra a não aplicação do que foi acertado no acordo com a PREVI?
    Assina-se um ac^rdo e não se tem que honrá-lo? Enquanto isso, familias como a minha tem que abdicar do que sempre tiveram para viver numa cidadezinha menos e mais barata? Para onde teri que ir depois daqui se nada for feito?
    Por que não exigimos os nossos direitos?

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