segunda-feira, 29 de outubro de 2012

É preciso ficar alerta!

Caros Colegas,

Apesar de a expectativa dos colegas é discutir a questão do reajuste do Empréstimo Simples, eu acredito que é muito importante repassar algumas matérias que saíram nos jornais nesse último final de semana para discutirmos. Como eu não acredito em grandes alterações no ES, prefiro abrir os olhos dos associados para outros pontos que podem colocar em risco nosso patrimônio. Existem pressões por parte do Governo e não acredito que haja dirigentes eleitos contrapondo essas pressões. Vamos ficar alertas!

Uma das fontes do escândalo do mensalão, o aparelhamento político na estatal Correios continua, sete anos depois. Após passar pelas mãos do PTB e do PMDB, desalojados do comando em meio a denúncias de corrupção, a empresa virou feudo do PT, cujos líderes indicaram nomes para os principais cargos de direção. Condenados pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento do mensalão, o ex-ministro José Dirceu e o deputado João Paulo Cunha (PT-SP) influenciaram a escolha dos dirigentes. O principal exemplo é o presidente da empresa, Wagner Pinheiro de Oliveira, que deve sua nomeação ao ex-ministro Luiz Gushiken, absolvido no julgamento em curso no Supremo, e teve ainda a sustentação do grupo liderado por Dirceu. Sindicalista vinculado à Central Única dos Trabalhadores (CUT) e filiado ao PT, Pinheiro ocupa cargos por sugestão de caciques do partido há pelo menos 20 anos. Ex-chefe da Petros, o fundo de pensões dos funcionários da Petrobrás, o presidente dos Correios, Wagner Pinheiro, teve sua gestão investigada pelas CPIs dos Correios e do mensalão. Nesta última, Pinheiro prestou depoimento. Os fundos de pensão foram apontados na época como um dos possíveis "caixas" do esquema de compra de apoio político ao governo Lula. Em relação à Petros, o relatório da CPI dos Correios questionava o crescimento exponencial dos investimentos do fundo nos bancos Rural e BMG, fontes dos empréstimos supostamente fictícios ao PT e empresas do operador do esquema, Marcos Valério Fernandes de Souza.
O nome de Pinheiro é citado seis vezes no relatório final. O deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR) pediu que o Ministério Público continuasse a investigar possíveis irregularidades. Fora o incremento de aplicações em bancos do esquema, o petista também teve de explicar a contratação, pela Petros, de algumas empresas, entre elas a Globalprev, que pertenceu ao ex-ministro Luiz Gushiken.
'Critérios técnicos'. Questionado, Pinheiro informou que compareceu voluntariamente à CPI do mensalão e que as conclusões da comissão - controlada pelo governo - não trouxeram "nada de desabonador". Ele alega que dez fundos de pensão foram investigados pela CPI dos Correios e que o relatório final não apontou irregularidades.
"Quanto aos investimentos em fundos dos bancos citados, obedeceram a critérios técnicos e foram aprovados por todas as instâncias decisórias da entidade", acrescentou, em nota.
O presidente dos Correios sustenta que a contratação de empresas, entre elas a Globalprev, ocorreu de forma regular: "Os processos de contratação e os próprios contratos foram analisados pela subcomissão de fundos de pensão da CPMI dos Correios, que concluiu que não havia irregularidades. A conclusão foi de que a Petros possuía um sistema interno de controle capaz de garantir credibilidade à sua gestão".
* Fonte primária da informação O Estado de S. Paulo
 
Fundos de pensão estatais sob ataque Operações milionárias sob suspeita
As poupanças que garantem a aposentadoria de milhares de trabalhadores estão sendo corroídas pela quebradeira em série de bancos pequenos
Fundos de pensão de funcionários de empresas estatais podem perder pelo menos R$ 1 bilhão com aplicações feitas em instituições fechadas pelo Banco Central
Donos da maior poupança do país, um patrimônio superior a R$ 620 bilhões, os fundos de pensão fechados de previdência complementar são motivo constante de cobiça. Mas parte importante dessa montanha de dinheiro corre o risco de virar pó, comprometendo a aposentadoria de milhares de aposentados e pensionistas, sobretudo os de empresas estatais. Atraídas por bancos pequenos e médios com a promessa de ganho fácil e rentabilidade superior à média do mercado, essas fundações têm contabilizado prejuízos recorrentes com o fechamento de uma série de instituições financeiras pelo Banco Central. Estima-se que pelo menos R$ 1 bilhão esteja comprometido com a quebra de sete bancos nos últimos dois anos: PanAmericano, Schahin, Morada, Cruzeiro do Sul, Prosper, Matone e BVA.
O que mais tem chamado a atenção dos fiscais do BC e de integrantes da Polícia Federal e do Ministério Público (MP) é o fato de serem os fundos de estatais os maiores perdedores. “A coincidência é impressionante. Em quase todos os bancos fechados por fraudes, há fundos de pensão de empresas públicas com dinheiro preso. Parece um movimento combinado, muito suspeito”, diz um técnico do BC. Os indícios de irregularidades são grandes, acreditam os policiais envolvidos nas investigações abertas a pedido do MP. Uma das suspeitas é que gestores das fundações estariam recebendo comissões “por fora” dos banquinhos para fazerem aplicações de recursos com eles. “Os agrados feitos pelos bancos de menor porte incluiriam, além de comissões, viagens, carros e festas com muitas mulheres”, ressalta um policial.
O resultado disso é uma longa briga para reaver os recursos perdidos com a intervenção e a liquidação dos bancos pelo BC. Que o diga a Fundação de Previdência dos Empregados da Companhia Energética de Brasília (Faceb). Desde 2004, a entidade tenta recuperar quase R$ 2,5 milhões aplicados em Certificados de Depósito Bancário (CDBs) do extinto Banco Santos. “Apesar de todos os exemplos de prejuízo, parte das fundações parece não ter aprendido a lição. É isso que torna as operações recentes muito suspeitas”, reforça, coberto de razão, outro fiscal do BC.
Sigilo
Somente com a recente intervenção do Banco Central no BVA, R$ 110,4 milhões aplicados por sete entidades previdenciárias ficaram ameaçados. Estão na lista, entre outras, as fundações Serpros, dos empregados do Serpro, e Infraprev, dos funcionários da Infraero. O banco alega sigilo bancário para revelar os nomes de todas as fundações, a despeito de o mercado citá-las sem nenhum constrangimento. A instituição garante ainda que, até o momento, não houve calote. Caso o banco seja liquidado e não possa honrar os compromissos, seus ex-controladores ressaltam que parte desse capital está protegida pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC).
Responsável por regular e fiscalizar os fundos de pensão, a Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) garante estar fazendo a sua parte para proteger o patrimônio dos trabalhadores. “Estamos atentos aos movimentos de todas as fundações. A Previc tem todo o interesse em que essas entidades se mantenham dentro das regras e não ponham em risco o patrimônio que administram”, afirma o diretor-superintendente do órgão, José Maria Rabelo. Ele diz mais: “Não hesitaremos em denunciar, criminalmente, todos os gestores suspeitos de irregularidades. Nossa tolerância com desvios é zero”.
Rabelo garante que a grande maioria das fundações tem controles de risco e de segurança muito rígidos. “Portanto, é importante separar o joio do trigo. De qualquer forma, vamos averiguar se todos os requisitos de segurança foram seguidos à risca pelos responsáveis pela gestão dos recursos”, assinala. As aplicações, por sinal, se concentram em fundo de investimentos fiscalizados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que, procurada pelo Correio, informou “estar sempre supervisionando a indústria de fundos de investimento e o comportamento de seus participantes, inclusive em relação à diligência na aquisição de ativos, precificação e gestão de liquidez”.
A CVM destaca ainda que, no caso de uma instituição financeira sofrer intervenção ou ser liquidada pelo BC, cabe ao interventor ou ao liquidante garantir que haja a segregação entre o patrimônio dos fundos de investimentos e o do banco, de maneira que “não haja risco de ruptura do serviço prestado ao cotista”.
Investigação
Para agentes do mercado, os órgãos de fiscalização precisam ficar mais atentos e observar de perto os motivos que levam entidades previdenciárias a concentrar aplicações em bancos menores. Para alguns desses especialistas, em determinadas situações, pode haver interesses escusos. Uma Comissão de Inquérito Parlamentar (CPI) no município de Serra, no Espírito Santo, vai averiguar, por exemplo, a possibilidade de propina ou caixa dois em uma operação de R$ 40 milhões entre o fundo de previdência local e o Banco BVA. Os vereadores que fizeram as acusações, porém, ainda não apresentaram provas. (VICENTE NUNES e VICTOR MARTINS - Correio Braziliense-28.10)

10 comentários:

  1. Cecília, verifiquei nas páginas da Previ e no Relatório do Exercício 2011 e confesso que fiquei aliviado em ver que a Previ não tem recursos nessas empresas citadas.

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  2. Caro colega anônimo das 19:43h,

    É pouco provável que a Previ tenha investimentos nesses Bancos (alguns podem não aparecer no relatório anual), pois a Diretoria de Planejamento, a qual eu fui Diretora por dois mandatos, é a responsável por uma metodologia que construímos em 2007 que apura de forma bem conservadora os Bancos que a Previ pode investir. Essa metodologia leva em consideração várias premissas e fica muito difícil e complicado investir em Bancos negativados pela metodologia sem uma justificativa bem forte. Apesar dessa diretoria não aparecer muito, ela é muito importante, pois é ela quem faz esse monitoramento dos investimentos feitos pela Diretoria Financeira.

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  3. Dona Cecília , é certeza que a Previ não tem investimentos nesses "tamboretes"?
    Porque ela já aplicou dinheiro na BANCOOP, lembra-se? Diz-se que recuperou mas que aplicou é fato, apesar de todos contrôles. No relatorio 2011 cita-se Investimentos em Instituições Financeiras sem detalhar/especificar quais.Como saber o nome dessas instituições?
    Poderia ajudar?

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  4. Também li essa notícia hoje e fiquei meio preocupado. Vamos ficar de olho porque os petralhas não brincam em serviço.

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  5. Interessante a materia e deve servir de alerta, afinal nao podemos esquecer os grandes prejuizos causados a Previ durante o Governo FHC com alguns investimentos ate hoje probematicos, como Sauipe por exemplo. Ha outros...

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  6. É certo de que desses micos a Previ está livre. Veja no link http://www.previ.com.br/portal/page?_pageid=57,1013135&_dad=portal&_schema=PORTAL e no relatório previ 2011 na página 56 onde a Previ investe. Folgo em saber.

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  7. Cecília Garcez,

    "E a revisão do ES sai ou não sai?" Você tem alguma informação concreta para nos passar? No blog do Prof. Ary consta determinadas informações recebidas através de telefonema do Marcel para ele (palavras dele); no blog do Medeiros consta informações diferentes as quais, segundo ele, são decorrentes de coinversa com o Marcel em SP.
    Por obséquio Cecília: se for possível, informe-nos de maneira concreta a respeito do assunto.
    Obrigado pela atenção que, certamente, você dispensará ao assunto.
    Forte abraço.
    Luiz Carlos

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  8. Caro Luiz Carlos,
    O que fiquei sabendo sobre o reajuste do Emprestimo Simples é que haverá um aumento pequeno no limite, não alterarão o prazo e estão estudando a separação do FQM por mais faixas etárias, ou seja, quem for mais idoso deverá pagar mais.
    Vamos ver se eles estão seguindo a cartilha maquiavélica: "fazer as maldades no inicio do mandato e deixe as bondades para o final". Eu aposto que sim.

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  9. A necessidade de uma reação, porém deduzo que a grande maioria nosssa(previ 1 ) pouco se lixam com ES pois estão a veranear em Long beach e alhures. Tenham cuidado senão o Sandy um dia pegaIpraga de baiano que sou)
    Oh, so brincando mesmoi

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  10. Prezada Cecília, nada do que vem sendo veiculado a conta gotas pela imprensa me é estranho. Já venho alertando os colegas sobre o ataque aos cofres dos Fundos de Pensão há anos. Ainda há poucos dias publiquei em seu mural sobre o assunto mas não recebi credibilidade. Volto a insistir, um grupo poderoso de pessoas dentro do Governo está se apoderando de nossos recursos monetários. A PREVI não pode aumentar o montante de capital destinado ao ES porque não tem liquidez para isso. Essa é a verdade que está sendo negligenciada a nós todos, verdadeiros donos desses recursos. Conclamo os colegas a prestarem mais atenção aos indícios e nomes vazados pela imprensa: Lula & Luiz Gushiken (para citar apenas dois).

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