quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Fusões desafiam os fundos de pensão

O poder financeiro dos fundos de pensão é extraordinário nos Estados Unidos. Basta rastrear para onde migram, que, de imediato, é possível adivinhar qual rumo tomarão os preços das ações, dos bônus corporativos e dos títulos do Tesouro americano.

Mas um problema pouco óbvio surge quando há fusões e aquisições. Como acomodar os pensionistas dentro de um novo quadro societário? É possível simplesmente retirar o patrocínio?
O recente movimento de fusões e aquisições de empresas no Brasil já agita a Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc), órgão regulador dos fundos. É o caso de Itaú com Unibanco, Sadia com Perdigão e VCP com Aracruz, apenas para citar três exemplos recentes.

Toda a vez que um novo evento dessa natureza acontece, chovem pedidos de transferência de recursos para um novo plano ou retirada de patrocínio.

A Previc já divulgou que uma das prioridades neste ano é atualizar a resolução que trata do imbróglio. "Chegamos a construir uma minuta (sobre o assunto)", afirma Ricardo Pena, diretor-superintendente da Previc.

O assunto é intrincado, porque fundos não são considerados benefícios trabalhistas, lembra Lúcia Mazará, advogada do escritório Emerenciano, Baggio e Associados. No caso de fusão, normalmente cria-se um fundo especificamente para os novos funcionários ou eles aderem ao já existente.

Quando da compra, normalmente os entrantes passam a participar do fundo da empresa compradora.

Na aquisição da Nossa Caixa pelo Banco do Brasil, ainda não foi decidido o destino do fundo Economus de Seguridade Social.

No caso de VCP e Aracruz, a Votorantim decidiu extinguir o fundo Arus (da segunda empresa), que geria um patrimônio em torno de R$ 600 milhões. O próprio Pena, da Previc, avalia que a questão é complexa por mexer nas expectativas das futuras pensões e na gestão de recursos humanos das companhias. É um desafio que a dinâmica da economia atual tem de enfrentar.

Fonte: (Brasil Econômico)

6 comentários:

  1. Passou o carnaval, a semana santa está as portas, e o superávit, nada? nenhuma pespectiva de negociação? Vamos mesmo morrer esperando a justiça do Dr. Gilmar? ou pelas medidas da mais nova associação "BB" do mestre André?. Enquanto isto, o BB anuncia o maior lucro da história, com a ajuda de 1,6 bilhões de um valor que está suspenso pela justiça, que mais uma vez, é desmoralizada pelo capital. Nunca na história deste país, o dito popular que só preto e pobre são punidos no Brasil é mais verdadeiro. Definitavente, é a vitória do capital sobre a democracia. Viva os ricos! Viva os poderosos! Viva o capital e os neoliberais! Viva os governos! e o povo que vote!

    ResponderExcluir
  2. "Os fundos (de pensão)não são considerados benefícios trabalhistas"(diz o texto acima).

    Então porque os advogados da PREVI tentam levar todos os processos contra a PREVI para a Justiça do Trabalho ?
    (Felizmente não conseguem e perdem nos Tribunais Superiores).

    ResponderExcluir
  3. Cecilia,

    fiz o mesmo comentario em outro topico, e este eh o mais especifico para o mesmo.
    o BB incorporou alguns Bancos e e mais a nossa Caixa, cada um deles pussuia um fundo de pensão próprio, e funcionários de diversas idades e tempos de contribuição.
    VOLTA A PERGUNTA Q PIPOCA NA MINHA CABEÇA A ALGUNS DIAS, MESMO ANTES DESTA NOTICIA AGORA POSTADA:\
    Corremos os risco de ver novos socios no Plano Previ 1 , serem impostos pela patrocinadora?
    Prepara o BB um golpe no plano que jah se encontra em fase de extinção?
    Seria essa a forma de tentar perpetuar o avanço no capital acumulado da PREVI , via superavits, a perpetuaÇào do Plano 1, com a colocação indevida de novos participantes, advindos das empresas anexadas????????


    sergioinocencio

    ResponderExcluir
  4. Cecilia,

    Da mesma forma que o Sérgio Inocêncio há bastante tempo esta hipótese tem martelado a minha mente. Acho que este será o golpe final para nós. Espero estar errado mas meu feeling não está dizendo isto. Desta vez não será somente chumbo grosso para nós: VÃO SER JOGADOS TODOS OS CANHÕES, TANQUES DE GUERRA E OUTRAS PARAFERNÁLIAS BÉLICAS EM CIMA DA GENTE.

    ResponderExcluir
  5. Calma gente!Nada de apocalipse. Vamos devagar que todos os incorporados têm seu fundo de pensão, inclusive o BESC de SC, que também foi incorporado. Pode haver algumas escaramuças, mas nada de tão sinistro assim, penso eu.

    ResponderExcluir
  6. Os aposentados/pensionistas da Nossa Caixa, do Besc, auferem a
    cesta alimentação, gratificação extra semestral correspondente ao PLR, etc. em perfeita isonomia salarial com o pessoal da ativa.
    A PREVI - o mais cruel dos fundos de pensão - é um dos poucos que nada paga e não distribui os superavits. Somente uma avalanche de ações judiciais poderá mudar a situação atual. Vamos lá pessoal. Acionem seus direitos.

    ResponderExcluir

Poste seu comentário