Um amigo me lembrou uma antiga fábula (o sapo e o escorpião)
que se encaixa perfeitamente nessa situação dos ataques que tenho sofrido pela
turma da Contraf-Cut, principalmente do Diretor de Seguridade, eleito pelos
associados, Marcel. Segue o resumo da fábula:

“Era uma vez um Escorpião, que vivia nas margens de um rio,
um dia, depois de uma grande chuvada, a água do rio começou a subir de forma
ameaçadora para o Escorpião, este, ao ver que a água não parava de subir e
seguramente iria chegar à sua toca, o que o faria morrer afogado, começou a
chamar um Sapo que descansava numa pedra e pediu-lhe para o transportar nas
suas costas até à outra margem. O Sapo, disse-lhe que não, porque sabia que o
Escorpião lhe picaria e lhe provocaria a morte. Mas o Escorpião, com toda a sua
capacidade de argumentação, lá convenceu o sapo a transportá-lo e assim
aconteceu. Quando iam no meio do rio, o Escorpião, picou mesmo o Sapo,
envenenando-o. O sapo, antes de morrer ainda teve tempo de perguntar ao Escorpião:
“ – Porque me picaste? Agora morreremos os dois! ”. O Escorpião, respondeu ao
Sapo, dizendo-lhe apenas: “ – Está na minha natureza”.
Moral da estória: é da natureza do escorpião picar e
envenenar. Não adianta esperar outra atitude dele. Esta além da sua capacidade
de evitar que seu instinto se sobreponha aos seus sentidos e a sua mente. Ele só
sabe fazer isso. E é exatamente essa a forma de atuar dessa turma da
Contraf-Cut, eles são instintivos e venenosos e não conseguem perceber que o
tiro pode sair pela culatra.
O que mais me deixa frustrada nessa situação toda, é que a
Previ, em nenhum momento, se manifestou em relação à matéria, alegando que o
assunto não foi divulgado na mídia. Os sites dos sindicatos e da Contraf-Cut
não são considerados mídia!!!
Esse é o grande problema que vivemos, pois, a máquina dos
sindicatos, principalmente durante o governo PT, se transformou em algo
poderoso e que não está interessada em defender os interesses dos bancários e,
sim, os interesses políticos (de poder) dos estrelados.
É interessante notar que se eu tivesse esse poder todo que
eles julgam que eu tenho, eu não estaria comprando uma briga desse tamanho para
entregar a Previ para o Banco e, sim, estaria viabilizando propostas que
beneficiassem os associados. A Previ tem
uma gestão compartilhada, onde as decisões são colegiadas. Ninguém decide nada
sozinho, pois as alçadas de cada diretoria são pequenas.
Agora, eles não satisfeitos com o atoleiro que se meteram,
me acusam de esconder o material. Chega a ser ridículo, já que todos os
diretores e conselheiros têm o material. Por que não é divulgado como foi a
decisão da diretoria? Que deixou bem claro que não houve discussão sobre os
pontos referentes à governança e que apenas aprofundamos a questão da área de
tecnologia, que diz respeito a minha diretoria?
Uma das propostas de campanha do nosso grupo é a de redução das
despesas administrativas. A lógica de fazer mais, com menos e melhor está sendo
colocada no radar e isso não significa cortar pessoas, mas sim a busca da
eficiência que culminará em um melhor atendimento aos verdadeiros donos da
Previ - seus associados.
Para vocês terem uma ideia, em 2001, o quadro da Previ
era composto por 387 funcionários. Em 2014, fechamos com 624 funcionários, sem
contar um número significativo de terceirizados. Nas áreas que essa turma da
Contraf-Cut assumiu, após 2002, o número de funcionários saiu de 208 para 361,
fora os mais de 25 terceirizados. As despesas administrativas apresentavam em
final de 2001 o montante de R$ 84,8 milhões. Em 2014, fechou em R$ 317,9
milhões, já com as reduções que conseguimos aprovar, visto que o orçamento de
despesas previsto para 2014 era de, aproximadamente, R$ 360 milhões.

O diagnóstico abordou a comparação das despesas da Previ com
vários fundos de pensão no Brasil e no exterior e a conclusão era que existe um
grande espaço para se ganhar em termos de eficiência, principalmente nas áreas
de Administração e Seguridade, em função dos sistemas defasados e dos processos
desarticulados dos sistemas. A minha parte eu já comecei e quero que a área de
TI da Previ seja um exemplo a ser seguido de eficiência e efetividade. Estou
errada? Buscando a eficiência, nós conseguiremos reduzir as despesas
administrativas sem devolver para o Banco um só funcionário, nem muito menos
entregar a Previ ao Banco, como, levianamente, acusam, principalmente porque é
um processo que não é imediato e existe um grande número de colegas que poderão
se aposentar dentro dos próximos 5 anos. Logo, nós, como dirigentes é que
devemos nos preocupar e nos preparar para que isso não prejudique o
atendimento.
Em relação à governança, redução de diretorias, terceirização
de serviços são pontos que a consultoria levantou e que, em nenhum momento,
entrou em discussão, até porque a alçada desses pontos não é da Diretoria e
muito menos minha. E, se olharmos o trabalho apresentado, é uma inverdade afirmar
que estariam passando atividades estratégicas para o Banco e que os eleitos
ficariam com as atividades operacionais.
Eu poderia falar de várias irregularidades que encontrei na
área que assumi, fruto da "gestão de 18 anos de sucesso", poderia falar
também dos absurdos referentes às contratações da Diretoria de Seguridade,
porém o meu objetivo é olhar para frente e fazer o melhor trabalho pensando nos
associados.
E como diz bem a fábula citada no início da matéria, "é
da natureza deles agir dessa forma", só sabem envenenar. Sem contar a
expertise em participação nos escândalos que vieram a tona e sem contar os que
ainda estão escondidos debaixo do tapete. Aliás, haja tapete...