terça-feira, 31 de maio de 2011

Essa história não está cheirando bem... Este é o meu maior medo, pois o plano 1 da PREVI tem recursos que fazem com que o Governo Federal encha os olhos de inveja, até porque não há recursos para investimentos, principalmente os investimentos "micados" que ninguém quer. Como podemos verificar, nada mudou. Entra governo, sai governo e no final das contas, nada muda. Pelo visto, mais uma vez vamos pagar a conta da falta de controle do governo. Reduzir despesas da máquina pública, ninguém fala, pelo contrário, aumentam as despesas do estado e, é lógico, não sobram recursos para investir e as empresas privadas fogem dos investimentos com perspectivas baixas de retorno e com risco elevado, o que é natural, como é o caso da Usina de Belo Monte.

Será se nossos dirigentes eleitos aprovarão essa aberração? Onde estão as análises técnicas feitas pelos competentes colaboradores da Previ? Dentro das gavetas dos gabinetes? E os recursos milhionários pagos a consultorias como a McKinsey e BCG? Alguns trabalhos bem esclarecedores também estão nas gavetas? Pois, pelo menos alguns que acompanhei, condenavam tremendamente a alocação dos recursos em renda variável como hoje são apresentados... E AINDA QUEREM AUMENTAR O RISCO????
Obra polêmica, principalmente pelos seus impactos socioambientais, que continua a provocar protestos das populações ribeirinhas e de indígenas, a Usina de Belo Monte, no Rio Xingu, no Estado do Pará, enfrenta agora problemas de engenharia financeira. Cinco construtoras já desistiram de participar do consórcio Norte Energia, liderado pela Chesf, subsidiária da Eletrobrás, vencedor do leilão realizado em abril de 2010. A razão é o custo do empreendimento, inicialmente estimado em R$ 19 bilhões, depois revisado para R$ 29 bilhões, e que agora se estima em R$ 35 bilhões. Tudo faz crer que a participação privada na obra será mínima, com um uso bem maior do que o previsto de recursos públicos.
Uma possibilidade sempre lembrada é aumentar a fatia dos fundos de previdência de empresas estatais, como Previ, dos funcionários do Banco do Brasil, Petros (Petrobrás) e Funcef (Caixa Econômica Federal). Os fundos de pensão, mesmo de estatais, são instituições de direito privado, mas, como é sabido, o governo tem meios de "convencê-los" a participar de seus grandes projetos.
* Fonte primária da informação O Estado de S. Paulo

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Qual é a estratégia da nova gestão da Previ?

Eu fico me perguntando qual é a estratégia dessa nova gestão da Previ e por mais que tento, não consigo entender o que está acontecendo. Eu não sei se os colegas pensam da mesma forma que eu, porém estou percebendo um silêncio esquisito por parte dos dirigentes eleitos e notícias veiculadas na mídia bem preocupantes - tentativa de aumento da participação no "mico" Belo Monte; participação do "mico" Trem Bala; brigas nas empresas participadas (Neoenergia - briga com os espanhóis da Iberdrola, um dos acionistas que não concorda com a fusão Neoenergia x CPFL Energia); a troca do CEO da empresa Vale, Roger Agnelli, que foi feita de forma truculenta e não bem recebida pelo mercado. Fora o que não chega aos nossos ouvidos...

O que mais me impressiona é que não há notícias nem esclarecimentos por parte dos eleitos, pois contar com a comunicação da Previ, isso nós sabemos que não dá para contar, porém os eleitos têm obrigação de nos manter informados. Além de receber várias reclamações de colegas que recebem péssimas respostas da área de Seguridade da Previ, área que deveria estar focando no seu principal cliente, que são os associados.

Eu acredito que neste momento as entidades representativas precisam ter um papel importantíssimo cobrando que explicações sejam dadas e que possamos ter certeza que nossos representantes estejam realmente lutando pelos interesses daqueles que os elegeram. Ou eles pensam que chegaram lá como?

Por isso, seria muito bom que começássemos a pressionar a partir dos blogs existentes, porém sem agressões, pois não adianta nada os associados brigarem entre si, só fortalece o Banco.

O Plano 1 tem grandes desafios em sua gestão, não é porque têm recursos significativos, que vão se aventurar em mares revoltos e com muitos "tubarões"... Vamos lembrar que esse dinheiro é carimbado, tem donos... pelo menos por enquanto...

quinta-feira, 12 de maio de 2011

Onde estão as novidades?


Caros Colegas,

Estive um pouco afastada refletindo sobre tudo que está acontecendo e um pouco frustrada com o caminho que as discussões sobre a mudança do regulamento estão acontecendo. Durante o período que fui Diretora de Planejamento da Previ sempre tive consciência de que estava ali representando quem me elegeu, jamais me passou pela cabeça que eu tinha um mandato independente. Na verdade, não existe mandato independente, pois os indicados pelo Banco têm que rezar a cartilha passada pelo Governo, porém os eleitos não deveriam seguir essa mesma cartilha, pois seu vínculo é com os associados. E tenho a impressão que nossos colegas eleitos estão esquecendo desse ponto. Até o blog "eleitos da Previ", onde os colegas ligados aos sindicatos não me incluíam como eleita (???) está em manutenção.

Resumindo: as informações estão escassas. Eu, particularmente, estou sem acesso aos novos dirigentes e pergunto: O que está acontecendo com os nossos representantes? OU não temos mais quem nos represente? O que está acontecendo com nossas entidades? Está tudo muito confuso e a impressão que tenho é que cada um está de olho unicamente no seu umbigo. Poder é muito bom, porém as pessoas estão esquecendo que ele é muito passageiro.

Vejo o movimento falso de alguns dirigentes clamando pelo fim do voto de minerva. Eu fico impressionada, pois estamos falando de uma imposição que surgiu no Governo Fernando Henrique, porém o PT assumiu o Governo e continuou agindo como se fosse oposição, ou seja, como se não dependesse dele essa extinção, fato que já podia ter sido resolvido desde que o PT assumiu o Governo. Este discurso de que é preciso acabar com o voto de minerva imposto pelo FHC está para lá de incoerente. Será que os colegas esqueceram que o PT é governo? Na verdade, nunca houve nenhum interesse deste Governo em acabar com essa "unilateralidade" como dizem alguns.

Eu confesso que fico por demais decepcionada, até porque conheço bem como funcionam essas questões, pois participei de várias discussões que acabavam não dando em nada em função do desinteresse do Banco em mudar qualquer coisa que reduza seu poder de mando na Previ (e quando falo Banco, digo Governo e, quando falo Governo digo PT/PMDB).

E fico mais impressionada com a ingenuidade dos colegas de achar que sairá alguma mudança no regulamento que beneficie os associados. Essa história nós já vimos várias vezes. O que vai acontecer será o enrola enrola até o final do ano, quando o BB realmente começar a se interessar pela divisão do superávit da Previ. Até porque agora não adianta chorar e dizer que a Resolução CGPC 26 não existe ou é ilegal, pois na distribuição do último superávit sua utilização foi ratificada.

Quando eu criei o blog, o que mais me motivou foi ter um canal de comunicação com os associados, visto que a Previ não fazia esse papel de forma mais abrangente e eu me sentia responsável em dar, pelo menos a minha opinião sobre as matérias em discussão. A criação do blog foi uma excelente estratégia, principalmente porque fez com que os demais eleitos também buscassem outras alterantivas, como a criação do "blog dos eleitos da Previ", onde não me incluiam. Como agora este blog não está tão bem informado, eles também não se viram na obrigação de manter o blog. E os associados ficaram mais uma vez sem informações...

Mas eu pensei bem, pensei muito e não darei o prazer a algumas pessoas de me ver fora do circuito. Estarei aqui com vocês, questionando, discutindo e cobrando soluções para várias injustiças no nosso plano. Da mesma forma, cobrando que haja um canal de comunicação entre os eleitos e os associados.

Espero contar com o apoio de todos e também lembrar que este espaço é nosso e que vocês estão convidados a contribuir com suas matérias e discussões.