Dia 25.11 houve a manifestação na porta da Previ que contou com a participação de mais de 100 aposentados e pensionistas. O movimento foi ótimo, apesar de que a presença podia ter sido maior. Precisamos nos conscientizar que, para que sejamos ouvidos e "realmente respeitados", precisamos comparecer em massa nesses encontros e demonstrar que não estamos omissos.
Apesar do número reduzido, eu fiquei muito satisfeita com a energia dos presentes. Acredito que o importante é aumentar a participação e não deixar o movimento morrer por brigas e diferenças políticas. O objetivo é de todos os associados, independentemente de partido, religião, ideologia. O que temos que buscar é avançar buscando consenso em um objetivo que é de todos - defender os interesses dos associados. De nada adianta ficar criticando alguns colegas que participaram de forma significativa no movimento, que não pode ter um dono e sim milhares de donos - os associados. Houve bastante movimentação, várias faixas, porém apenas o Diretor de Seguridade apareceu para ouvir as demandas dos associados. Ele não gostou muito do que ouviu e saiu sem responder às inúmeras perguntas e cobranças formuladas pelos colegas.
Depois de algumas horas, cederam uma sala onde não havia cadeiras para todos e a grande maioria, ou sentou no chão ou ficou em pé mesmo.
A nota divulgada pela Previ não demonstra o que realmente aconteceu, pois se a comissão foi recebida com "muito respeito" e "honraria", não foi o que aconteceu com os demais aposentados que foram ignorados pelos dirigentes, a não ser o Marcel que foi lá e enfrentou as críticas, porém os outros dois eleitos se esconderam em suas amplas salas e cadeiras, esqueceram que vida de eleito é dar satisfação aos associados e, muitas vezes, tem que dar a cara para bater.
Sinceramente, eu considero respeito outra coisa, até porque não deram respostas e sim prometeram responder as reinvindicações em dez dias.
A pauta de reinvindicações tocou em alguns pontos que não cabe à Previ mudar, como é o caso da Resolução CGPC 26, e não abordou uma situação que tenho denunciado em vários posts e que acho muito séria - a de que os colegas do grupo pré-67, que é de responsabilidade total do Banco, estão recebendo o BET e o Banco não está ressarcindo esses recursos à Previ. Pior, além de não estar ressarcindo, o Banco está recebendo os mesmos valores em seu fundo previdencial. Esses valores dizem respeito a um montante de, aproximadamente, R$ 1.800 bilhão até este ano.
De qualquer forma, foi muito importante a "novembrada" e gostaria de dar os parabéns para o Ari Zanella que tomou a iniciativa e se empenhou muito para atingir os objetivos, bem como outros colegas que também tiveram uma participação muito efetiva na organização.
Não dá para criticar a participação de alguns que se agitaram e gritaram palavras de ordem, outros que tentaram organizar a confusão que estava se formando, como a colega Elisa, e outros que foram até um pouco agressivos na forma como se dirigiram ao Diretor de Seguridade. Precisamos compreender que muitos colegas estão revoltados com tudo que tem acontecido nesses últimos meses, com a mensagem inoportuna e pouco transparente da Previ, quando comunicou que o BET não será pago a partir de janeiro. Vamos lembrar que 20% a menos no benefício recebido é uma redução substancial, para quem já está com dificuldades mesmo com o pagamento do BET. Vamos lembrar que a Previ tem vários grupos - uns que ganham muito, outros que ganham mais ou menos e muitos que ganham o benefício mínimo ou perto dele.
Gostaria de ressaltar a atuação de vários colegas, em especial, a colega Elisa Maniaudet e o colega Carvalho, que tem um blog muito interessante (http://ajccarvalho.blogspot.com.br).
Por isso, vamos deixar de se encantar com o "canto da sereia" e vamos cair na real, pois os dirigentes eleitos estão lá para nos representar e não para nos tratar de forma "educada". Nós queremos atitude, respostas aos nossos questionamentos e respeito!!!
Nós, associados e donos da Previ, merecemos atitude!!!