terça-feira, 30 de abril de 2013

É revoltante...


Caros colegas,

Eu fico impressionada com o que tenho lida na mídia e, tenho certeza, que muitos colegas também sentem a mesma agonia quando se fala de política no nosso país. O mais impressionante é que estamos vivendo um Governo PT, partido que foi oposição nos governos anteriores e que atuava contra qualquer medida lançada que prejudicasse a população, porém o que estamos vivenciando é uma ditadura velada, onde quem não faz parte do grupo do “chefe” não se qualifica. E fazer parte do grupo do “chefe”, quer dizer que você terá que ir contra seus valores, passar por cima da meritocracia e cuspir na cara de quem não concorda com o “chefe”, a não ser que o preço pago abafe essas diferenças.
Eu fico impressionada com a quantidade de denúncias, de irregularidades, de assaltos onde ninguém foi penalizado. Quem se lembra do dinheiro na cueca, na meia, mensalão, as consultorias promovidas pelo Ministro Pimentel, que nunca foram explicads? Os aloprados do PT e do Ministro Mercadante. Um dos aloprados, que era executivo do Banco, ficou na geladeira um tempo e retornou a um cargo executivo no Banco. E a assessora da Presidente Dilma que, apesar de ter sido afastada, continua fazendo lobby dentro do Governo? O Supremo Tribunal Federal, instância máxima do legislativo no país é rechaçado pelo Congresso por ter cumprido seu papel – julgar com isenção os “mensaleiros”, apesar de alguns acharem que os Ministros do STF agiram de forma política para prejudicar o Governo... é mole?  agora querem tirar a autonomia do Supremo e deixar tudo na mão das raposas. O PT se juntou ao Sarney, que odiava, que chamava de ladrão, se juntou a Renan Calheiros, etc, etc. São tantos nomes “estrelados” que não caberiam nesse post. Sem falar na comissão de direitos humanos. Isso é que eu chamo de defender a população. E, depois, para a galera, finge que é contra e faz movimento de rebeldia... É nojento!
Eu fico impressionada com as artimanhas do Ministro Mantega para justificar o “injustificável”. Por mais que tentem, não dá para negar que a inflação continua agindo como um fantasma assombrando a todos. Desoneram alguns setores, porém os trabalhadores assalariados é quem pagam a conta, considerando o absurdo que pagamos de impostos e que não são revertidos em benefícios, conforme determina a Constituição. É engraçado que se compara o percentual cobrado no Brasil com o percentual adotado em outros países, porém esqueceu-se de demonstrar que em outros países, os impostos são realmente revertidos em uma educação decente, em segurança para a população, saúde e trabalho. Vocês sabiam que o Brasil é um dos poucos países onde existe uma estrutura de vereador remunerado? Na maioria dos países tem conselhos de cidadãos, formados por representantes das comunidades, que não recebem salário pela atividade. Na maioria dos países a figura de “vereador” (legislador municipal) não existe. Em seu lugar, existem os “conselhos de cidadãos”, formados por representantes de comunidades, que geralmente trabalham sem remuneração ou ônus para os cofres públicos. Em alguns casos, é ressarcido apenas o dia de trabalho. Eles são escolhidos pela população e a pauta é bem parecida com a que é cumprida pelos vereadores no Brasil. O tratamento que teria que ser dado para conter a inflação é reduzir o gasto público e utilizar esses recursos em investimentos para que o Brasil possa crescer de forma sustentável.

Eu fico impressionada com a ganância do Governo PT nos cofres públicos, no dinheiro dos fundos de pensão dos trabalhadores. Vocês lembram como eram combativos no Governo FHC? Vocês lembram na época da aprovação das LC 108 e 109, em 2001, onde os dirigentes eleitos entregaram seus cargos e se negaram cumprir a lei? O Governo PT fez muito pior do que essas leis. Ele, simplesmente, lançou a Resolução CGPC 26, que exigiu que metade dos recursos oriundos de superávits fosse revertido aos fundos de pensão das estatais. O engraçado é que os fundos de pensão das empresas privadas não estão obrigados a dividir o superávit. Eles podem reverter todo o recurso em benefícios para os associados, como foi feito recentemente com a Valia, fundo de pensão da empresa Vale, entre outros. Da mesma forma, estão tentando “regulamentar” a retirada de patrocínio em um movimento para retirar metade da reserva de contingência, recursos, que como o nome diz, são apartados para que, em casos de situações de crise, garantir os benefícios futuros dos associados. Se não fosse a campanha que algumas entidades adotaram, eles tinham levado também esses recursos. Insatisfeitos com essa derrota, agora estão tentando reduzir o percentual da reserva de contingência alegando, no caso da Previ, que não seria necessário. E, o pior, colegas, é que os dirigentes eleitos aprovam todas essas medidas, não se manifestam, não apresentam justificativas aos associados.
Não podemos cair nessa armadilha de redução da reserva de contingência com a promessa de reverter os recursos em benefícios aos associados. Vamos lembrar que temos sempre que desconfiar do que vem do Banco.

quinta-feira, 25 de abril de 2013

E a luta continua...

Caros colegas,

A novidade da semana passada foi a aprovação por parte da PREVIC da antecipação do reajuste dos benefícios, aliás, não precisava demorar tanto tempo para essa decisão, até porque com o aumento da inflação nos últimos meses, pode ser que os aposentados tenham uma perda no poder aquisitivo durante os próximos meses, caso a inflação continue em alta, principalmente em relação ao setor de alimentos. Como a aprovação demorou muito a sair, mesmo com os atrasados, pode existir a perda em função dos compromissos já assumidos e pagos pelos associados. Afinal de contas, 3.82%, percentual acumulado no período de junho de 2012 a dezembro de 2012, não é de se jogar fora.

Outras notícias têm pautado a mídia e que vale a pena compartilharmos. A redução no lucro da Vale e no pagamento dos dividendos influencia diretamente o Plano 1 em função da grande concentração em ativos da empresa, porém temos que lembrar que é uma empresa com uma boa perspectiva no futuro.

Fundos: Lucro da Vale tem queda de 7,5%
Vale tem lucro de R$ 6,2 bi no 1º trimestre, com queda de 7,5%

Após registrar o pior trimestre de sua história, o desempenho da Vale reagiu e a mineradora obteve lucro de R$ 6,2 bilhões de janeiro a março deste ano. A cifra é, porém, 7,5% inferior ao resultado do mesmo período de 2012, quando a mineradora lucrou R$ 7,1 bilhões. O resultado foi divulgado nesta quarta-feira (24).

No quarto trimestre de 2012, a companhia teve prejuízo de R$ 5,628 bilhões em razão da depreciação de ativos (reavaliados para baixo) e do câmbio desfavorável.

Considerando o ano de 2012, a empresa viu seu lucro cair 74,3% em relação ao de 2011, para R$ 9,7 bilhões, em um cenário de de produção estagnada, preços menores, consumo mundial retraído (especialmente da China), pagamento extra de tributos e rebaixamento do valor de ativos.

Foi o pior desempenho desde 2004. O tombo de 2011 para 2012 superou a redução do lucro da Petrobras (36%). O ano de 2011 foi o melhor da história para as finanças da mineradora, que teve lucro de R$ 37,8 bilhões.

Num cenário de preços mais altos do minério de ferro, a Vale registrou um faturamento de R$ 21,8 bilhões de janeiro a março, acima dos R$ 20,4 bilhões em igual período de 2012. No período, o Ebtda (indicador que mede a capacidade de geração de caixa) ajustado somou R$ 10,4 bilhões, com alta de 14,4% ante o primeiro trimestre de 20012. Trata-se do melhor desempenho para os três primeiros meses do ano.

Segundo a Vale, houve no primeiro trimestre redução de custos e despesas, o que levou à melhora do resultado. Além disso, diz a mineradora, destaca-se o crescimento da produção dos chamados metais básico, em especial cobre e níquel.

Tal expansão compensou a queda da produção de minério de ferro, que, sazonalmente, é sempre mais fraca de janeiro a março por conta das chuvas mais intensas.
2012
(...) No ano passado, a Vale "tirou esqueletos do armário" e quitou débitos cobrados pela União --R$ 3,3 bilhões até então contestados na Justiça.

A mineradora revisou ainda para baixo o valor minas e unidades de produção de alumínio, níquel e outros ativos (perda de R$ 13,2 bilhões) e sofreu com impacto negativo do câmbio (R$ 4,1 bilhões). Boa parte do prejuízo foi assumido no quarto trimestre.

Excluídos esses "efeitos contábeis" que, segundo a Vale, não irão se repetir, o lucro de 2012 foi R$ 22,2 bilhões --pior desempenho desde 2009, pico da crise global.

Sem ampliar sua produção desde 2008, a Vale perdeu mercado para suas concorrentes australianas (BHP e Rio Tinto), que abriram minas e ampliaram a oferta de minério de ferro. Em 2012, a extração da Vale caiu 0,8%.
Fonte: Folhapress

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Previ pretende investir no Exterior

Caros colegas,

Surgiram alguns pontos esta semana sobre a Previ, como a questão da eleição da BRF e a intenção da Previ em investir no exterior, porém o que me incomoda muito é que ninguém mais falou da questão da antecipação do reajuste dos aposentados e pensionistas da Previ. Desde o final do ano passado foi prometida essa antecipação e sempre a resposta é a mesma - aguardando o "de acordo" da PREVIC. O engraçado é que quando interessa ao Governo, a decisão vem rápida, a área de Seguridade se empenha para aprovar, porém quando o assunto diz respeito apenas aos associados, o pessoal coloca no automático e deixa rolar. A data anterior do reajuste já está chegando - maio - e só falta não sair nada alegando que não há decisão do órgão regulador.

Não podemos ficar calados. Vamos enviar emails à Previ (diseg@previ.com.br, dipla@previ.com.br, dirad@previ.com.br), reclamar desses dirigentes eleitos que precisam melhorar essa comunicação com os associados ou eles esqueceram que estão lá em função dos votos dos colegas?

Segue matéria que saiu sobre a intenção, ou melhor, decisão da Previ investir no exterior. Tomara que não entrem em canoas furadas como entraram no Brasil.

A Previ, maior fundo de pensões do País, planeja investir R$ 300 milhões (US$ 150,7 milhões) em ações de empresas estrangeiras neste ano, e deve ver outros grandes fundos de pensão fazendo compras similares. A informação é de Renê Sanda, diretor de investimentos da Previ, fundo de pensão do Banco do Brasil. A Previ, fundo de pensão do Banco do Brasil, possui R$ 160 bilhões aplicados em ações e renda fixa. Grande parte desse valor, 60%, destina-se ao mercado acionário, de acordo com o fundo. A decisão de comprar ações no exterior ocorre depois de conversas com a Petros (fundo de pensão da Petrobras), o Funcef (fundo de pensão da Caixa Econômica Federal) e o Valia (fundo de pensão da Vale). Todos concordaram sobre a necessidade de investir no exterior, afirmou Sanda. Economistas esperam que o Brasil elevará a taxa de juros a partir de uma mínima recorde de 7,25% ao ano, provavelmente nesta semana. Mesmo assim, afirmam que as elevadas taxas no Brasil, que ajudaram a impulsionar a lucratividade dos fundos de pensão no ano passado, não deverão ser vistas novamente, o que força os fundos a buscar outras aplicações com retornos mais altos. A Previ pretende investir em companhias com alto valor de mercado, bons pagamentos de dividendos e que operam em uma das 10 maiores economias do mundo, relatou Sanda.
Fonte: Agência Estado

segunda-feira, 15 de abril de 2013

BRF elege seus conselheiros

Caros colegas,

A eleição da BRF (Sadia e Perdigão) aconteceu na semana passada e eu não poderia deixar de publicar em função da participação relevante da Previ nesse ativo. Segue a distribuição dos acionistas na BRF:

- Abilio Diniz -    3%
- Tarpon       -    8%             Fundo privado de investimento
- Blackrock   -    4%                "           "                   "
- PREVI         - 12,2%
- Sistel         -   1,3%
- Petros        - 11,3%
- Valia          -   2,5%
- Outros       -  57,5%

A Previ apoiou a eleição do Abílio Diniz como Presidente do Conselho e teve como uma das trocas a eleição do ex-Presidente da Previ, Sérgio Rosa como vice-presidente. Apesar de discordâncias até por parte dos pares (Petros), o "poderoso" Abilio conseguiu emplacar seu nome. A Previ prega tanto a Governança Corporativa nas empresas em que participa, porém numa hora como essa, elege uma pessoa que apresenta um grande conflito de interesses, pois é um dos administradores da rede Pão de Açúcar, grande cliente da BRF. Aliás, que também adora rasgar acordos, considerando o que foi divulgado na mídia em relação à venda da rede Pão de Açúcar, onde ele teria negociado a venda, porém sem observar o acordo de acionistas.

Eu acho engraçado como é fácil rasgar o código de governança quando interessa às políticas governamentais e/ou quando querem nomear um "companheiro"...

Único concorrente, Abilio Diniz é eleito presidente do conselho da BRF
Antigo dono do Pão de Açúcar, o empresário Abilio Diniz foi eleito presidente do conselho de administração da BRF, empresa resultante da fusão entre Sadia e Perdigão e maior produtora de proteína animal do país, nesta terça-feira (9).
O empresário tem cargo vitalício como presidente do conselho do Pão de Açúcar, que tem na BRF sua maior empresa fornecedora individual.
Segundo o grupo francês Casino, novo controlador do Pão de Açúcar, a presença de Abilio Diniz nos conselhos de ambas as empresas configura conflito de interesse porque a fornecedora tem sempre o objetivo de vender seus produtos pelo maior preço possível e a varejista, em comprá-lo pelo menor valor.
O Casino pediu a renúncia de Abilio da presidência do conselho do Pão de Açúcar, e deve trazer o assunto para discussão na assembleia da empresa no dia 17.
Abilio chegou ao conselho pelas mãos da Tarpon, empresa privada de investimentos, e dos fundos de pensão Previ (de funcionários do Banco do Brasil), Sistel (Antigo Sistema Telebrás) e Valia (Vale).
Chegou a ter oposição do Petros (dos funcionários da Petrobras), mas a resistência foi vencida nos últimos dias e nenhuma chapa alternativa foi apresentada para concorrer com o empresário.
No fim da assembleia, Abilio e Sérgio Rosa, ex-presidente da Previ, foram aprovados com ampla maioria como presidente e vice-presidente do conselho. Só 6,08% dos acionistas presentes votaram contra e 12,81% se abstiveram --entre eles o Petros. A assembleia teve quórum de 81,12% do capital representado.
Em dezembro, o empresário comprou cerca de R$ 1,1 bilhão em ações da BRF e passou a ter uma participação de cerca de 3% na companhia.
Como conselheiro, Abilio será membro independente, não representando nenhum dos acionistas controladores. O maior acionista da BRF é a Previ (com 12,21% do capital), seguido por Petros (11,31%), Tarpon (8,02%) e Blackrock (4,03%), entre outros.

quarta-feira, 10 de abril de 2013

CASSI - A história se repete...

Caros colegas,

Geralmente o foco deste blog é a Previ, mas recebi alguns emails com questionamentos sobre a matéria de capa que saiu no Correio Braziliense sobre a difícil situação financeira de alguns planos de saúde de empresas estatais, citando especificamente a CASSI, que estaria com déficit de mais de R$ 107 milhões. Por isso, coloco esse assunto em discussão, pois é de fundamental importância aos associados da Cassi e, consequentemente, da Previ.

Seguem as argumentações da Caixa de Assistência sobre o assunto:

Em atenção à matéria “Cassi e Assefaz têm rombo de R$ 145 milhões”, publicada no dia 08 de abril, no jornal Correio Braziliense, a Cassi presta alguns esclarecimentos:
 
O déficit de R$ 107,6 milhões nas contas de 2012 está relacionado ao crescente aumento dos gastos assistenciais em todo o setor de saúde suplementar, que no ano passado observou um crescimento em patamares muito superiores aos das receitas. O impacto, ainda que maior nas autogestões, por possuírem cobertura ampla, abrangência nacional e limitações regulatórias da ANS para o incremento das suas receitas, acontece também nas empresas privadas.
 
Em estudo realizado com nove operadoras de saúde (que, juntas, possuem cerca de 50% de todos os beneficiários do setor), também referente a 2012, divulgado inclusive no jornal Valor Econômico, apenas UMA teve um incremento percentual em seu resultado positivo. TRÊS apresentaram prejuízos, e as demais tiveram reduções em seus resultados de até 78%. Mesmo aquelas que dominam a oferta de planos empresa, aqueles nos quais o risco é compartilhado dentre compradores e operadoras, amargaram um crescimento de mais de 18% de suas despesas. Nesse mesmo estudo, se constata que as despesas assistenciais dessas operadoras e seguradoras de saúde cresceram em média 20,6% no ano de 2012, enquanto na CASSI o crescimento foi de 16,4%, ou seja, um desempenho ainda melhor do que o observado nas empresas do mercado. 
 
Portanto, a questão, claramente, não está localizada apenas nas empresas de autogestão.
 
RESERVA
Em contraposição ao déficit mencionado, a Cassi possui reservas técnicas três vezes e meio superior ao exigido pela ANS como garantia mínima de que consegue honrar seus compromissos financeiros. Está longe de chegar à dramática situação de falta de dinheiro (como mencionado na matéria) e, portanto, de possível intervenção.
 
As contas são auditadas por empresa especializada, cujo parecer atesta que “as demonstrações contábeis apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira” e que “o desempenho das operações, os seus fluxos de caixa e os valores adicionados nas operações estão “de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, aplicáveis às entidades supervisionadas pela ANS”.
 
REAJUSTE
O reajuste superior ao da inflação não é usado como única alternativa para recompor as contas das autogestões. A particularidade da autogestão faz com que se busque desenvolver continuamente ações de qualificação da auditoria, das negociações e de aprimoramento dos processos de relacionamento com prestadores, visando obter os melhores resultados possíveis.
 
ÍNDICE DE EFICIÊNCIA
O índice de despesas administrativas na casa de 9,4% está abaixo do que o registrado por muitas empresas do mercado. Não há comparação com operadoras de saúde que atuam em outros modelos, como seguradoras, cooperativas, pelas especificidades de cada tipo de atuação.
Fonte: Cassi.

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Análise Relatório Previ 2012 (2)


Caros colegas,
No “post” anterior falamos sobre os ativos da Previ em 2012, agora apresentarei os pontos principais do passivo do Plano 1, bem como do resultado geral.

O passivo divide-se em:
- Exigível Operacional (obrigações decorrentes de acordos firmados com o Banco do Brasil por direitos a benefícios pelos associados e por obrigações fiscais);

- Exigível Contingencial (recursos para arcar com decisões em processos judiciais quando existe a possibilidade de perda);
- Patrimônio social (incluem as obrigações para cobertura do Plano).

Exigível Operacional    R$ 21.893.564
Exigível Contingencial -   R$ 1.912.090
Patrimônio Social:
    Patrimônio para cobertura do plano:            R$ 135.924.985
    Provisões Matemáticas:                                R$ 108.630.080
         - Benefícios concedidos:                          R$  91.559.441
         - Benefícios a conceder:                          R$  31.280.689
         - (-) Provisões matemáticas a constituir:  R$ (14.210.050) = referem-se à parcela de provisão a constituir relativa ao grupamento pré 67.
 
     Equilíbrio Técnico:                                      R$ 27.924.905
     Reserva de Contingência:                            R$ 26.287.638 (25% das
                                                                   Provisões matemáticas)
     Reserva Especial para revisão do plano      R$ 1.007.267 

     Principais fundos Previdenciais:
           Fundo de Contribuições:                        R$  1.368.882 (suspensão contribuições)
           Fundo de Destinação Reserva Especial    R$  4.784.686 (art.83 Regul.)*
 
     Fundos Administrativos (despesas relativas à manutenção da estrutura
                                          Administrativa da Previ)
           Plano 1                                                 R$     727.711
           Previ Futuro                                          R$      74.232
           Capec                                                   R$      22.279         

Segundo informações nas notas explicativas, foram utilizados R$ 3.283.603 dos Fundos de Destinação da Reserva Especial. Desse valor, R$ 1.303.040 foi utilizado para pagamento do BET aos associados e creditados R$ 338.761 em conta individual dos participantes que ainda estão trabalhando (receberão quando se aposentarem). Na conta do patrocinador foi creditado R$ 1.641.802. Lembrando que nesses valores está embutido o pagamento do BET do grupo pré-67, que deveria ser descontado da parte do Banco e, pelo contrário, além de descontar do fundo dos associados pós-67, o Banco recebe o crédito desse valor, em suma, o Banco ao invés de pagar, recebe. Fato reconhecido pela atual gestão, porém até o momento não solucionado. 

Alguns pontos importantes constantes do Parecer Atuarial: 
 
Funcionários Ativos: 29.476
- idade média ativos: 49 anos
- Salário de participação médio: R$ 6.471,35 (usado para cálculo do benefício) 

Aposentados:  69.376
- Idade média aposentados: 64 anos
- Benefício médio: R$ 7.024,44 

Pensionistas: 19.736
- Benefício médio: R$ 5.415,15 

Segundo informações constantes no relatório, o contrato firmado com o Banco em 1997 relativo ao grupamento pré-67, de acordo com a cláusula 10 do acordo, sua duração tem prazo vinculado à quitação do último compromisso referente ao complemento de aposentadoria desse grupo. Em 31.12.2012, o Banco e a Previ firmaram novo contrato que disciplina a integralização de 100% das reservas matemáticas desse grupo pelo regime financeiro de capitalização. Nesse novo contrato, é considerado como Grupo Especial, os associados admitidos no Banco até 14.04.1967 e que obtiveram complementos adicionais e/ou judiciais assumidos pelo Banco (verba P220). Foram identificados como integrantes desse grupo especial, 3.202 associados, cujo valor do passivo atuarial corresponde a R$ 1.013.753.938,45, em 31.12.2012. A cláusula 3 desse novo contrato estabelece que o Banco efetue pagamento antecipado de contribuições que serão contabilizadas como “contribuição amortizante Grupo Especial”. Os recursos para aporte nesta rubrica contábil serão realizados por meio de transferência do Fundo Paridade. O saldo dessa rubrica em 31.12.2012 é o valor citado acima. 

Sinceramente, eu não tenho como analisar esse novo contrato firmado entre o Banco e a Previ em relação aos 3.202 associados pré-67 (verba P220), pois as informações constantes no relatório anual não são suficientes para isso. Infelizmente, a Previ também não apresentou uma comunicação explicando essa mudança aos associados. Em relação aos dirigentes eleitos, é um absurdo que um assunto tão sério como este não tenha sido explicado pelos nossos representantes. 

Deixo em aberto para que os colegas contribuam com informações e/ou opiniões.
(*) Art. 83 – Os valores oriundos da Reserva Especial passíveis de destinação aos participantes e assistidos e aos patrocinadores serão apropriados no Fundo de Destinação da Reserva Especial de Participantes, de um lado, e no Fundo de Destinação da Reserva Especial de Patrocinador, de outro, na proporção contributiva prevista no plano de custeio deste Plano de Benefícios, conforme a legislação aplicável.
Parágrafo único – Os fundos mencionados no caput serão atualizados mensalmente pelo índice previsto no artigo 27, acrescido de juros atuariais.

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Análise Relatório Previ 2012 (1)


Caros colegas,
Analisando o relatório de 2012 da Previ, estarei resumindo os principais pontos para facilitar nossas discussões. Hoje, falarei sobre o desempenho dos investimentos. Preparem as perguntas, dúvidas e críticas para discutirmos.
A rentabilidade dos investimentos do Plano 1 foi de 12,62%, assim distribuído:
- Renda fixa - 17,45%;
- Renda variável – 8,12%;
- Investimentos estruturados – 1,73%
- Imóveis – 36,53%
- Operações com participantes: 11,45%

Podemos verificar que a renda variável teve o pior desempenho e esta rentabilidade impacta diretamente no nosso plano, em função de um alto percentual investido em ações.
A rentabilidade da renda fixa foi impactada pela operação de troca de títulos (já falado aqui no blog), onde houve um “incremento” de R$ 3.679.733, parte deste “ganho” foi justamente em função da troca de títulos, estratégia responsável pelo resultado positivo que a Previ apresentou. Caso não fosse feita essa troca de títulos, o resultado seria deficitário.

A alegação da Previ para a troca de títulos foi a adequação do prazo dos títulos públicos federais ao fluxo de caixa de longo prazo da Previ e, é lógico, também beneficiou o Governo.

Em relação à renda variável, o Plano 1 tem R$ 46.899.102 em ações, distribuídos conforme abaixo:

- Instituições Financeiras – R$ 5.055.879;
- Companhias Abertas – R$ 32.725.791;
- Soc. Propósitos Específicos – R$ 1.551.509;
- Patrocinador – R$ 7.565.905.
O maior volume investido está concentrado nas seguintes empresas:
- Banco do Brasil ON –                R$ 7.565.904.512,00;
- Banco Bradesco, ON -               R$ 1.083.386.725,24;
- BRF Foods S.A. ON –                 R$ 4.452.999.325,18;
- Cia Bebidas Ambev, ON -          R$ 6.247.868.884,40;
- Itaúsa Invests Itaú S.A. PN –      R$ 1.265.549.087,49;
- Itaú Unibanco Holding – PN –     R$ 2.710.029.231,00;
- Litel Participações S.A., PRC -  R$ 1.522.388.611,57;
- Neoenergia ON –                       R$ 4.578.894.966,16;
- Petrobrás PN –                          R$ 6.746.531.972,80;
- Telemar Participações ON –       R$ 19.846.266,64;
- Tupy S.A., ON -                         R$ 1.006.954.570,23;
- Ultrapar Participações, ON -      R$ 1.468.341.945,00
Além desses investimentos em renda variável, há também os fundos de investimento, que totalizam R$ 84.497.535, com a predominância dos fundos de renda fixa – R$ 33.604.335 e do fundo de ações – R$ 49.721.962.

A Previ apresenta diversos desenquadramentos em relação à legislação (Resolução CMN 3792, de 24.09.2009), conforme abaixo:
1)    “As aplicações cujo emissor seja Cia. Aberta com registro na CVM não podem exceder o limite de 10% dos recursos de cada plano de benefício” (art.41, inciso III, alínea b).
     Vale S.A. – Participação direta e por intermédio da Litel Participações – 22,10%.

2)    “O total das aplicações de uma mesma companhia não pode exceder 25% do respectivo capital total” (art. 42, inciso I).
521 Participações S.A. – 100%
CPFL Energia S.A. – 31,02%
Invests Participações Infra Estrutura S.A. INVEPAR – 25,56%
Neoenergia S.A. – 49,01%
Sauípe S.A. – 100%
Tupy S.A. – 35,61%
3)    “O total das aplicações de uma mesma companhia não pode exceder 25% do respectivo capital votante” (art. 42, inciso II).
521 Participações S.A. – 100%
Centrais Elétricas Santa Catarina S.A. – 33,11%
CPFL Energia S.A. – 31,02%
Fiago Participações S.A. – 51,89%
Fras-le S.A. – 34%
Neoenergia S.A. – 49,01%
Sauípe S.A. – 100%
Tupy S.A. – 35,81%
4)    “No caso da carteira de Fundos de Investimento Estruturados, o total das aplicações em um mesmo fundo não pode exceder 25% do Patrimônio Líquido do Fundo”. (art. 42, inciso IV, alínea b).
Fundo Investimento Imobiliário Panamby – 31,60%
A justificativa da Previ é que esses excessos estão previstos no plano de enquadramento que foi aprovado pelo CMN em novembro de 2004 e que foi revisto em 2010. Ou seja, o que a Previ tem feito é apresentar relatório de execução do plano de enquadramento à PREVIC semestralmente acompanhado do parecer do Conselho Fiscal que atesta as providências adotadas.
Essa questão do desenquadramento é séria porque demonstra como a Previ está concentrada em alguns ativos que podem trazer prejuízos aos participantes do plano. Ainda bem que as empresas onde a Previ está mais concentrada, como a Vale, CPFL Energia e Neoenergia são empresas consolidadas e não dá para pensarmos em prejuízos no longo prazo, porém para um plano fechado e maduro, como o Plano 1, não deixa de ser bem temerosa em função dos recursos líquidos necessários para pagar os benefícios.
Podemos perceber também que não há mais espaço para investir em renda variável no Plano 1. Precisamos buscar alternativas menos arriscadas para proporcionar tranquilidade e segurança aos nossos associados em relação aos seus benefícios futuros. O plano 1 não está mais na fase de captação, como é o caso do Plano Previ Futuro, plano jovem e em fase de captação, porém se vocês observarem, nesse Plano, a Previ é bem conservadora. Por que será? Simplesmente porque nesse plano se ela fizer algum investimento ruim, o impacto é direto na cota do associado e, por isso, ela é muito conservadora na forma de gerir o plano. No Plano 1, como é um plano solidário, os recursos se misturam e qualquer prejuízo ou lucro é dividido por todos.
Bem, colegas, o objetivo desta análise é fazer uma discussão sobre os investimentos da Previ e abrir espaço para que os colegas tirem dúvidas ou coloquem suas opiniões sobre o assunto. Sua participação é muito importante.