segunda-feira, 27 de julho de 2009

Resultado Previ junho 2009

Seguem abaixo as informações mais relevantes para os associados do balancete de junho da Previ.

Plano 1

Total do ativo: R$ 126.1 bilhões
Provisões matemáticas: R$ 68,5 bilhões
Equilíbrio técnico: R$ 33,7 bilhões
Reserva de Contingência: R$ 17,1 bilhões
Reserva especial para revisão do plano: R$ 16,5 bilhões
Exigível contingencial: R$ 1,2 bilhão

Plano Previ Futuro

Total do ativo: R$ 1,3 bilhão
Provisões matemáticas: R$ 1,2 bilhão
Renda variável: R$ 354,6 milhões
Renda fixa: R$ 862,8 milhões
Operações com participantes: R$ 164,1 milhões

Informo também que o Conselho Deliberativo da Previ, na sua reunião de sexta-feira, dia 24.07, sugeriu à diretoria que estudasse a revisão do Empréstimo Simples até a próxima reunião do Conselho, que acontecerá no dia 21.08. Esse movimento foi iniciado pelos conselheiros eleitos da Previ, William Bento e Luiz Carlos Teixeira (Anabb), que acabaram convencendo os demais eleitos assinarem carta ao Presidente do Conselho onde solicitam o encaminhamento à diretoria da proposta de revisão do ES, sugerindo aumento do limite para R$ 100.000,00, prazo para 100 meses e redução da carência para 3 meses. Dessa forma, é bem provável que o estudo seja apresentado agora em agosto. Não há como antecipar qual será a proposta que a área de Seguridade encaminhará, mas é um bom sinalizador que a decisão deverá acontecer em breve.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Dia das vovós


A vovó que enche seus netinhos de carinho e amor, que tem sempre uma palavra amiga e confortante para dar, tem um dia dedicado para ela, que é dia 26 de julho, Dia de Santa Ana, mãe de Maria e avó de Jesus Cristo.
Conta a história que Ana e seu esposo, Joaquim, não tinham filhos, mas sempre oravam para Deus pedindo que ele concedesse a graça do casal ter uma criança. Quando Ana já estava em idade avançada, deu a luz a uma menina que foi batizada com o nome de Maria.
A data ainda é pouco conhecida, porém não poderia deixar de lembrá-la, até porque eu também faço parte desse grupo, pois sou vovó de um menino lindo de 3 anos.
Feliz dia das vovós!!!

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Gripe Suína - Informações Importantes

Colegas,
Eu sei que alguns reclamarão de eu não estar falando sobre assuntos que interessam diretamente aos associados, principalmente àqueles que impactam diretamente no bolso dos colegas, porém este assunto - gripe suína - é da máxima importância, pois está se alastrando rapidamente e quanto mais informações tivermos, melhores estaremos para enfrentá-lo.

Perguntas:

Quanto tempo dura vivo o vírus suíno numa maçaneta ou superfície lisa?
Até 10 horas.

Quão útil é o álcool em gel para limpar-se as mãos?
Torna o vírus inativo e o mata.

Qual é a forma de contágio mais eficiente deste vírus?
A via aérea não é a mais efetiva para a transmissão do vírus, o fator mais importante para que se instale o vírus é a umidade, (mucosa do nariz, boca e olhos) o vírus não voa e não alcança mais de um metro de distancia.

É fácil contagiar-se em aviões?
Não, é um meio pouco propício para ser contagiado.

Como posso evitar contagiar-me?
Não passar as mãos no rosto, olhos, nariz e boca. Não estar com gente doente. Lavar as mãos mais de 10 vezes por dia.

Qual é o período de incubação do vírus?
Em média de 5 a 7 dias e os sintomas aparecem quase imediatamente.

Quando se deve começar a tomar o remédio?
Dentro das 72 horas os prognósticos são muito bons, a melhora é de 100%

De que forma o vírus entra no corpo?
Por contato ao dar a mão ou beijar-se no rosto e pelo nariz, boca e olhos.

O vírus é mortal?
Não, o que ocasiona a morte é a complicação da doença causada pelo vírus, que é a pneumonia.

Que riscos têm os familiares de pessoas que faleceram?
Podem ser portadores e formar uma rede de transmissão.

A água de tanques ou caixas de água transmite o vírus?
Não porque contém químicos e está clorada

O que faz o vírus quando provoca a morte?
Uma série de reações como deficiência respiratória, a pneumonia severa é o que ocasiona a morte.

Quando se inicia o contagio, antes dos sintomas ou até que se apresentem?
Desde que se tem o vírus, antes dos sintomas.

Qual é a probabilidade de recair com a mesma doença?
De 0%, porque fica-se imune ao vírus suíno.

Onde encontra-se o vírus no ambiente?
Quando uma pessoa portadora espirra ou tosse, o virus pode ficar nas superfícies lisas como maçanetas, dinheiro, papel, documentos, sempre que houver umidade. Já que não será esterilizado o ambiente se recomenda extremar a higiene das mãos.

O vírus ataca mais às pessoas asmáticas?
Sim, são pacientes mais suscetíveis, mas ao tratar-se de um novo germe todos somos igualmente suscetíveis.

Qual é a população que está atacando este vírus?
De 20 a 50 anos de idade.

É útil a máscara para cobrir a boca?
Existem alguns de maior qualidade que outros, mas se você não está doente é pior, porque os vírus pelo seu tamanho o atravessam como se este não existisse e ao usar a máscara, cria-se na zona entre o nariz e a boca um microclima úmido próprio ao desenvolvimento viral: mas se você já está infectado use-o para não infectar aos demais, apesar de que é relativamente eficaz.

Posso fazer exercício ao ar livre?
Sim, o vírus não anda no ar nem tem asas.

Serve para algo tomar Vitamina C?
Não serve para nada para prevenir o contagio deste vírus, mas ajuda a resistir seu ataque.

Quem está a salvo desta doença ou quem é menos suscetível?
A salvo não esta ninguém, o que ajuda é a higiene dentro de lar, escritórios, utensílios e não ir a lugares públicos.

O virus se move?
Não, o vírus não tem nem patas nem asas, a pessoa é quem o coloca dentro do organismo.

Qual é o risco das mulheres grávidas com este vírus?
As mulheres grávidas têm o mesmo risco mas por dois, podem tomar os antivirais mas em caso de de contagio e com estrito controle médico.

O feto pode ter lesões se uma mulher grávida se contagia com este vírus?
Não sabemos que estragos possa fazer no processo, já que é um vírus novo.

Posso tomar acido acetilsalicílico (aspirina)?
Não é recomendável, pode ocasionar outras doenças, a menos que você tenha prescrição por problemas coronários, nesse caso siga tomado.

Serve para algo tomar antivirales antes dos síntomas?
Não serve para nada.

As pessoas com AIDS, diabetes, câncer, etc., podem ter maiores complicações que uma pessoa sadia se contagiam com o vírus?
Sim.

O que mata o vírus?
O sol, mais de 5 dias no meio ambiente, o sabão, os antivirais, álcool em gel.

O que fazem nos hospitais para evitar contágios a outros doentes que não têm o vírus?
O isolamento.

O álcool em gel é efetivo?
SIM, muito efetivo.

Se estou vacinado contra a influenza estacional su inócuo a este vírus?
Não serve para nada, ainda não existe vacina para este vírus.

Aquele que se infectou deste vírus e se curou, fica imune?
Sim.

As crianças com tosse e gripe têm influenza?
É pouco provável, pois as crianças são pouco afetadas.

Medidas que as pessoas que trabalham devam tomar?
Lavar as mãos muitas vezes ao dia.

Posso me contagiar ao ar livre?
Se há pessoas infectadas e que tosam e/ou espirre perto pode acontecer, mas a via aérea é um meio de pouco contágio.

Pode-se comer carne de porco?
SIM pode e não há nenhum risco de contágio.

Qual é o fator determinante para saber que o vírus já está controlado?
Ainda que se controle a epidemia agora, no inverno boreal (hemisfério norte) pode voltar e ainda não haverá uma vacina.


Lançados os Perfis de Investimento para o Plano Previ Futuro

Os colegas do Plano Previ Futuro, que tomaram posse no Banco após 1998, poderão escolher como querem que seus recursos sejam investidos, se de forma conservadora (com mais renda fixa e somente 10% em renda variável), de forma moderada ou de forma agressiva. Além desses três perfis, quem não optar por nenhum ficará alocado no perfil Previ, onde a Previ decide qual é a melhor alocação dos investimentos.

Acessando o site da Previ, os colegas poderão assistir um vídeo gravado pelo Presidente, Sérgio Rosa, dando algumas explicações, bem como terão acesso a um resumo dos pontos principais sobre essa mudança. A implantação desses perfis é muito interessante para os colegas, pois dá a liberdade de cada um escolher como quer que seus recursos sejam investidos, já que no plano Previ Futuro, um Plano CD, diferentemente do Plano 1, a poupança é individualizada. Dessa forma, cada um é responsável pelos recursos captados, sendo que o risco é praticamente dos associados.

Para maiores informações, acesse o site e, qualquer dúvida, é só escrever que eu terei o maior prazer em respondê-los.

"A partir desta terça-feira, 21.07, os participantes do PREVI Futuro poderão optar por um dos Perfis de Investimento. “Os perfis são uma alternativa para que você possa ajustar os seus investimentos às suas crenças e filosofias em relação à formação da sua poupança. Esperamos que com isso você se sinta mais confortável em ter sua poupança previdenciária administrada pela PREVI”, afirma Sérgio Rosa, no vídeo de apresentação do Programa.
A PREVI também publicará a partir de terça-feira página especial sobre os Perfis, na qual você terá acesso a diversos conteúdos sobre o Programa, atualizados periodicamente. Há perguntas e respostas, um questionário/desafio, no qual você poderá testar seus conhecimentos sobre os Perfis, além do acesso ao Regimento, de leitura indispensável. Para acessar os conteúdos especiais, é só clicar no banner Perfis de Investimento.
Os Perfis são mais um serviço prestado pela PREVI para que o participante do PREVI Futuro possa adotar medida mais personalizada para o investimento do saldo de conta. Optar por um dos perfis significa escolher entre diferentes percentuais de aplicação em Renda Variável. Caso você não queira optar, a PREVI vai continuar a gerir seus recursos de acordo com a Política de Investimentos aprovada para o seu Plano de Benefícios. "
Fonte: www.previ.com.br

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Fundos de pensão devem ter novo teto para renda variável

Mesmo a Previ (Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil) sendo a única entidade a estar desenquadrada na Resolução 3456, do Conselho Monetário Nacional (CMN) - que prevê uma alocação máxima de 50% em ações - o maior fundo de pensão do País continua ampliando sua participação em companhias.

Prova disso é que as 683,1 milhões de ações ordinárias que a Fiago Participações detinha na Telemar Participações foram partilhadas entre Previ, Fass (Fundação Atlântico de Seguridade Social) Petros (Fundação Petrobras de Seguridade Social) e Funcef (Fundação dos Economiários Federais), sendo que cada ficou com 51,8%, 25,9% 10,9% e 11,1%, respectivamente, dos papéis. A informação foi enviada ontem à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Com isso, a Previ agora detém 12,95% (ou 354,5 milhões de ações ordinárias) do capital social da Telemar Participações.

O desenquadramento da Previ na Resolução 3456, do CMN, não é de hoje. No Demonstrativo de Investimentos referente ao ano passado, a entidade tinha 60,11% (R$ 70 bilhões) dos seus recursos garantidores alocados em renda variável, 33,88% (R$ 39,4 bilhões) em renda fixa, 2,78% (R$ 3,24 bilhões) em investimentos imobiliários e 2,76% (R$ 3,21 bilhões) em empréstimos e financiamentos - o restante em operações administrativas. Em 2007, o percentual alocado em ações era ainda maior: 68,2%.

Já as outras duas gigantes do setor, Petros e Funcef, estão enquadradas e com folga. Ao final de 2008, a Fundação Petrobras de Seguridade Social tinha 23,5% de sua carteira alocada em renda variável e 71,09% em renda fixa. A Funcef tinha 31,5% dos seus investimentos em ações e 56,5% em renda fixa.

Dados da Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp), referentes a abril deste ano, dão conta de que 30% da carteira de 278 fundos de pensão está alocada em renda variável (um montante de R$ 136,1 bilhões). "A grande maioria dos fundos de pensão ainda estão confortáveis com relação ao percentual máximo de renda variável. Ou seja, ainda há espaço para as entidades investirem em ações", afirmou Marcelo Nazareth, presidente da NetQuant. A consultoria assessora 65 planos de previdência que somam patrimônio líquido de R$ 9 bilhões.

Mas novidades podem surgir por aí. A Resolução do CMN deve sofrer uma reforma até setembro deste ano, acreditam executivos do mercado. A Abrapp enviou suas sugestões ao Ministério da Fazenda, onde o documento tramita a mais de um mês.

"Esperamos uma maior padronização. Afinal, a regulamentação tem como objetivo estabelecer as diretrizes de aplicação de recursos garantidores dos planos de benefícios e não dos investimentos administrados pela Entidade Fechada de Previdência Complementar (EFPC). Entretanto, no transcorrer do texto, a legislação é dúbia, motivo pelo qual estamos propondo alterações em alguns artigos", disse José de Souza Mendonça, presidente da Abrapp.

Dentre os pleitos da Abrapp estão: alteração dos limites em derivativos; flexibilização dos investimentos no exterior (hoje em 3%); elevação dos limites no caso dos fundos multimercados enquadrados na renda variável; melhoria na definição do limite para o FIDC (25% do patrimônio líquido do FIDC e não o percentual da série); elevação do percentual autorizado para investimento em renda variável; criação de limites diferentes para aplicações em imóveis e em FIPs com foco em ativos imobiliários; e aumento do prazo para correção dos desenquadramentos passivos (mais do que os 360 dias atuais).

O presidente da NetQuant não acredita que o percentual máximo de alocação em renda variável seja alterado. "Creio que a maior demanda seja a alteração do percentual máximo de investimentos no exterior", disse.

Planos da Funcef

A Funcef divulgou, em seu balanço das atividades referentes ao ano passado, as Políticas de Investimentos para 2009 dos seus planos de benefício. A entidade deve manter seus investimentos em ações. "A primeira é que passamos em 2008 por um momento de depreciação exagerada dos preços dos ativos de renda variável. Entretanto, as principais empresas listadas na bolsa apresentam resultados sólidos e capacidade de superar o período de instabilidade econômica mundial, não configurando, portanto, riscos significativamente superiores aos que apresentavam anteriormente à crise financeira", apontou o relatório.

Notícias sobre o reajuste do benefício INSS

Ministro prevê outros benefícios a aposentados

Além de um aumento real, a partir de janeiro de 2010, o Governo está negociando uma série de benefícios, nas áreas de habitação, saúde e transporte urbano, para os 7,4 milhões de aposentados e pensionistas que ganham acima do salário mínimo. O percentual de ganho real, porém, só deverá ser definido no final do ano, em novembro ou dezembro, durante a votação do Orçamento da União para 2010.

De acordo com o ministro da Previdência, José Pimentel, além de um percentual de ganho real acima do INPC - “já assegurado” - a partir de janeiro, o Governo estuda uma alternativa para o segmento da terceira idade dentro da política habitacional. “O seguro que o sistema financeiro cobra é muito alto. Nós queremos discutir uma saída para isto”, adiantou o ministro, sem dar, contudo, detalhes das negociações. Pimentel disse que também há uma grande preocupação com relação ao transporte para esse segmento. “Estamos discutindo a questão do transporte, particularmente urbano, já que essas pessoas (da terceira idade) utilizam muito esse tipo de locomoção, tendo em vista sua dificuldade até para dirigir”, afirmou, ontem, em Belo Horizonte.

Conforme o ministro, há ainda uma negociação em curso envolvendo a área de saúde, em especial a relacionada a medicamentos. O ministro negou que já exista nessas negociações - que o Governo vem mantendo há quase um mês com as centrais sindicais e os representantes dos aposentados - um percentual definido com relação ao ganho real para aqueles que recebem acima do mínimo.

A sinalização, conforme interlocutores, seria de um aumento de 2,5%, mais a taxa de inflação acumulada em 2009, estimada atualmente em 4,5%. “Decidimos deixar para definir entre novembro e dezembro, bem próximo da votação do Orçamento, que é também quando teremos um quadro melhor da economia brasileira.

Se pegarmos o resultado de maio, melhorou bastante. Os indicadores de junho estão muito melhor. Vamos acompanhá-los”, ponderou o ministro. “Estamos discutindo vários índices e critérios, e uma política mais permanente para quem tem benefício acima do piso. É com este olhar que estamos trabalhando”, acrescentou. Pimentel também negou que a negociação dos benefícios para os aposentados e pensionistas que recebem acima do piso esteja atrelada à tramitação de projetos na Câmara que elevam as despesas do INSS, ao fazer mudanças nas regras previdenciárias, sem contrapartida de receitas.

(Sidney Martins - Hoje em Dia)

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Aposentados: Aumento real para maior renda

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou em 15/07/09 que o governo está negociando com as centrais sindicais a concessão, em janeiro de 2010, de um aumento real para os aposentados e pensionistas que ganham acima de um salário mínimo. Se concretizada, será a primeira vez, no governo Lula, que os segurados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) de renda mais elevada terão um reajuste real em seus benefícios e justamente em um ano eleitoral.

"Neste momento, estamos em negociação com as centrais sindicais para definir um novo porcentual de aumento para os aposentados que ganham acima do salário mínimo na perspectiva até de ampliarmos os ganhos em relação à inflação", afirmou o presidente em coluna de perguntas e respostas "O presidente responde", publicada semanalmente em jornais cadastrados. Lula destacou ainda que seu governo tem cumprido "rigorosamente" o que determina a Constituição, que é o repasse da inflação anual aos beneficiários que ganham acima do mínimo, seguindo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).

O comentário do presidente, que não dá mais detalhes sobre a negociação, foi a primeira confirmação pública das conversas iniciadas há vinte dias e mantidas nos bastidores sob o comando dos ministros da Secretaria Geral da Presidência, Luiz Dulci, e da Previdência Social, José Pimentel. A Força Sindical e a Central Única dos Trabalhadores (CUT) já foram ouvidas e Dulci ainda deve conversar com as demais centrais. Também estão a par das conversas líderes partidários da Câmara.

É que em troca da concessão do reajuste real aos quase oito milhões de segurados com benefício superior ao de um salário mínimo o governo deseja enterrar na Câmara a tramitação de projetos que elevam as despesas do INSS, ao fazer mudanças nas regras previdenciárias, sem contrapartida de receitas. A sinalização, segundo interlocutores, é dar um aumento de 2,5% e mais a taxa de inflação acumulada em 2009, estimada atualmente em 4,5%. Também seria montado um grupo de trabalho para estudar outras concessões a partir de 2011.

Entre esses projetos estão o que extingue o fator previdenciário das aposentadorias por tempo de contribuição e retorna o cálculo da média desses benefícios sobre os últimos três anos de contribuições ao INSS e o que corrige o reajuste anual de todos os benefícios pela política de reajuste real do mínimo adotada há quatro anos. Se todas as propostas fossem aprovadas, os gastos previdenciários subiriam para algo em torno de 23% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2050, segundo projeções do Ministério da Previdência. Atualmente, elas equivalem a 7% do PIB.

Em maio, o INSS pagou 26,4 milhões de benefícios, sendo 67% deles com valores de até um salário mínimo, o que representa 18,3 milhões de pessoas. Os demais 33% - em torno de oito milhões de segurados - recebem mais que um mínimo. As despesas totais projetadas para este ano estão na casa de R$ 200 bilhões. (Isabel Sobral - Agência Estado/Abril)

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Senadores afirmam que Sarney ‘mentiu’ em plenário

"Quero dizer que eu não tenho nenhuma responsabilidade administrativa naquela fundação".

A frase acima é de José Sarney. Ele a balbuciou no microfone da presidênca do Senado, diante das lentes da TV. Era lorota.
Sarney fora compelido a falar para se defender de um discurso que acabara de ser pronunciado, da tribuna, pelo senador Álvaro Dias (PSDB-PR).
Referindo-se à notícia de que a Fundação José Sarney desviara R$ 500 mil de um patrocínio recebido da Petrobras, Dias dissera que o tema iria à CPI da Petrobras.
Dois dias depois de Sarney ter tentado se desresponsabilizar, viria à luz o estatuto da Fundação Sarney. O documento anota o seguinte:
1. Além de fundador, Sarney é “presidente vitalício” da fundação que leva o nome dele.
2. O senador preside o conselho curador da entidade.
3. Reza o estatuto, textualmente, que Sarney assume à frente da fundação “responsabilidades financeiras”.
4. Por isso, dispõe de “poder de veto” no conselho.
Representante do DEM no Conselho de Ética do Senado, Demóstenes Torres (GO) afirma:
"A mentira configura quebra de decoro. É coisa para perder o mandato".
Alvaro Dias dá um passo adiante. Acha que a lorota precisa ser investigada pelo conselho: "De boa ou má-fé, houve uma falsa informação".
A assessoria de Sarney argumenta que, por procuração, ele delegou ao amigo José Carlos Sousa Silva a atribuição de presidir –“em exercício”— a fundação.
Lendo-se a tal procuração, verifica-se que Sarney não abriu mão do controle da entidade. Tampouco abdicou da presidência vitalícia.
Limita-se a conferir a José Carlos a atribuição de substituí-lo no comando da Fundação Sarney na sua “ausência”.
As suspeitas que assediam Sarney, por vultosas, já não cabem nas explicações que o presidente do Senado tenta prover.
Escrito por Josias de Souza

Benefício pode ter reajuste com base no PIB

Para impedir que a proposta de reajuste igual ao do salário mínimo para todos os 26,4 milhões de aposentados e pensionistas passe no Congresso, o governo deverá apresentar uma proposta de política de reajuste com aumento acima da inflação --calculada pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) para quem recebe mais do que o piso do INSS.

O governo vai propor o uso do crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) como referencial para o aumento real dos aposentados, além da recomposição da inflação feita de acordo com o INPC.

Hoje, às 18h, o ministro Luiz Dulci, da Secretaria Geral da Presidência da República, vai se reunir com o líder do governo na Câmara, o deputado Henrique Fontana (PT-RS), e com entidades de aposentados para discutir o reajuste.

A ideia é oferecer 2,5% de aumento real, metade do crescimento do PIB em 2008, que foi de 5,1%, mais a inflação de 2009. Pela estimativa do governo, com a inflação em 3,64%, o reajuste em 2010 seria, então, de 6,14%.

Essa política de aumento seria utilizada nos próximos anos também. Isto é, o reajuste dos aposentados seria a soma da inflação do ano anterior, mais metade do crescimento do PIB de dois anos antes. Esse regra é parecida com a do reajuste do salário mínimo, no qual é aplicado 100% do crescimento do PIB.

Por outro lado, não há garantias de que o resultado do PIB será tão bom quanto o de 2008. Por exemplo, para 2009, o mercado financeiro prevê um crescimento de 3% para o PIB por conta da crise econômica mundial.

"Atrelar o reajuste ao crescimento do PIB é uma ideia muito boa, mas queremos que seja o índice cheio, igual ao do salário mínimo", disse Warley Martins, presidente da Cobap (Confederação Brasileira de Aposentados Pensionistas e Idosos).

Se fosse aplicado o índice cheio como quer a Cobap, o reajuste em 2010 para os aposentados seria de 8,9%.

O sindicato dos aposentados da Força Sindical, por outro lado, defende a criação de um novo índice de cálculo de inflação --mais próximo à realidade dos aposentados-- e a recuperação do poder de compra dos benefícios, cerca de 14%, em três parcelas.

De acordo com a proposta da Força Sindical que, segundo a entidade de aposentados, já foi apresentada ao governo, o novo índice de inflação seria superior ao INPC e garantiria a manutenção do poder de compra dos aposentados.

A CUT aceita atrelar o aumento ao PIB, porém quer uma política de recuperação das perdas de acordo com o ano da aposentadoria. Segundo a proposta da CUT, quem recebe o benefício há mais tempo teria de ter um reajuste maior. (Juca Guimarães - Agora S.Paulo)

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Resumo sobre a venda do Parque Hopi Hari

Em resposta a alguns comentários sobre a operação de venda do ativo Parque Temático Hopi Hari, no interior de São Paulo, divulgo um resumo sobre a operação para conhecimento dos colegas.

O inicio da participação dos fundos de pensão Previ, Funcef e Petros foi em 1997. A projeção que foi feita na época era para um fluxo médio de pessoas por dia de 25.000, que permitiria um faturamento superior a R$ 200 milhões por ano. Apesar do parque ter registrado alguns dias de movimento intenso, o faturamento do parque sempre ficou distante desta meta. O grande desafio era ter um fluxo relevante de pessoas e investimentos constantes em novas atrações.

Em relação aos números da empresa: em 2003, a estrutura de capital passou a revelar passivo a descoberto; em 2004, o parque passou a operar com lucro bruto positivo, entretanto este resultado nunca foi suficiente para fazer frente às despesas de vendas, operacionais e financeiras que acumulavam juros a serem rolados. Dessa forma, a empresa foi se endividando para conseguir cobrir os custos fixos e alguns investimentos para manter o parque operando, sem o devido aporte de capital pelos sócios. Em 2009, os juros dos empréstimos superavam o faturamento do parque. Com dívidas atuais que remontam cerca de R$ 600 milhões de reais e serviços financeiros impagáveis e com a inviabilidade da operação já verificada em 2004, os investidores prospectaram uma negociação com grupo interessado em assumir a operação com todos os riscos inerentes, evitando que efetuassem aportes de recursos a fim de manter o parque em funcionamento, ou que viessem a ter que assumir passivos decorrentes de eventual liquidação do empreendimento.

Em 18 de junho passado, os investidores alienaram integralmente sua participação acionária no Hopi Hari, bem como renegociaram as debêntures de sua propriedade que no caso da Previ estavam totalmente alocadas em provisão para perdas desde 2004. Nesta negociação, a participação acionária da Previ no parque foi vendida por cerca de R$ 6,00 e o crédito referente às debêntures foi repactuado para R$ 2,8 milhões, a ser amortizado em quinze anos. Ou seja, a Previ agora conta com a perspectiva de recuperar R$ 2,8 milhões dos valores investidos no ativo Hopi Hari e sua situação se restringe à condição de credora.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Matéria para discussão

Foi divulgada uma matéria no jornal "O Estado de S. Paulo" que eu acho interessante para discutirmos. Ela diz respeito à tendência de redução de taxa de juros que acaba dificultando o cumprimento da meta mínima de rentabilidade (meta atuarial) prevista na legislação (INPC + 5,75% a.a., no caso da Previ) aos investimentos feitos pelas Fundações. Os fundos de pensão terão duas saídas: ou busca investimentos que propiciem maior rentabilidade, porém com um maior risco ou, trabalham para reduzir a taxa atuarial que traz um custo que seria descontado do superávit.

O Plano 1 da Previ é um plano fechado (não entra mais ninguém), BD (Benefício definido) e maduro (a grande maioria dos associados é formada por aposentados). A teoria é que um plano maduro não deve ser arriscado em seus investimentos, tendo em vista que já acumularam recursos suficientes para cumprir com suas obrigações - os benefícios que serão pagos aos seus associados (provisões matemáticas). Buscar investimentos que podem trazer uma rentabilidade maior, porém com um maior risco está mais ligado ao perfil do Plano Previ Futuro, que é um plano novo, em regime de captação de recursos, visto que a aposentadoria dos seus associados ainda está muito distante. Este será o grande dilema dos fundos: investe com mais risco x redução da taxa atuarial.

A idéia da SPC é aumentar o limite para investimentos em renda variável, que hoje é de 50%, para 70%, o que faria com que a Previ se enquadrasse imediatamente à legislação, inclusive abrindo uma brecha para que ela pudesse investir mais alguns bilhões de reais em ativos de renda variável.

Como é uma questão polêmica e que vale a pena aprofundarmos, pois tratam-se dos nossos recursos, do nosso futuro, eu coloco o assunto em discussão. Conto com a participação dos colegas.


Governo prepara mudança em regras de fundos

Fundos de pensão buscam investimentos alternativos para compensar queda dos juros


Os fundos de pensão brasileiros enfrentam um dilema provocado pela queda acentuada da taxa básica de juros (Selic). Com o fim do retorno alto e garantido dos títulos públicos, as fundações começam a discutir a necessidade de reduzir a taxa de referência para suas aplicações e aumentar os investimentos em ativos de maior risco. Gestores e representantes da indústria que administra cerca de R$ 450 bilhões apostam que a manutenção de uma referência de ganho de 6% acima da inflação, a chamada meta atuarial, praticada por muitas das 372 entidades fechadas de previdência no País, é incompatível com um cenário de juro básico de um dígito. Enquanto alguns fundos de pensão já iniciaram as discussões ou até mesmo aprovaram reduções em suas metas atuariais, como a gigante Previ fez em 2008, o governo federal trabalha na reformulação das regras de investimento do setor. As novas regras permitirão a alocação de volumes maiores de dinheiro em instrumentos de renda variável, como ações e fundos imobiliários. As mudanças, que devem ser submetidas ao Conselho Monetário Nacional (CMN) dentro de dois meses, são consideradas positivas pelo setor, mas a mudança na atual estrutura de investimentos dos fundos, que aplicam mais de 60% de seus recursos em renda fixa, será lenta e gradual, segundo avalia o presidente da Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp), José de Souza Mendonça. "Entre liquidez, rentabilidade e segurança, o que vem primeiro é a segurança", afirmou Mendonça, que também dirige a Indusprevi, a sociedade de previdência privada do Rio Grande do Sul, que administra uma carteira de R$ 240 milhões e tem 4 mil participantes. "É chegada a hora de os gestores ganharem dinheiro não apenas sentados em cima de títulos públicos, mas aplicando em outros ativos, investimentos mais salutares para a economia", afirma Bruno Lembi, da M2 Investimentos em São Paulo. O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reduziu a Selic em todas as quatro reuniões realizadas este ano, jogando a taxa para inéditos 9,25% ao ano. Como o mercado espera que a taxa encerre o ano em 8,75%, a tarefa dos fundos de pensão de garantir um rendimento real de 6% é ainda mais complicada.

SEM AVENTURAS
Fábio Ohara Ishigami, diretor da gestora de recursos Rio Bravo, que atende mais de 35 fundos de pensão e administra uma carteira de R$ 2,5 bilhões, acredita que mudanças graduais são mais salutares para o sistema. "Você não pode forçar o sistema a absorver uma cultura de alocação de risco muito repentinamente", afirma Ishigami, que foi coordenador-geral de investimentos da Secretaria de Previdência Complementar (SPC), órgão do Ministério da Previdência Social que fiscaliza o setor, entre 2001 e 2002. No caso das metas atuariais, o preceito de cautela é ainda mais premente, segundo avalia Ishigami, uma vez que a redução da meta significa uma despesa para a patrocinadora do fundo, no caso dos chamados planos de benefício definido, que permitem ao contratante saber quanto receberá no futuro. "Essa questão de redução da meta atuarial é supercomplexa, envolve basicamente alguém colocar mais dinheiro e quando a mudança envolve colocar mais dinheiro, a discussão é sempre bastante longa", diz Ishigami.
Fonte: O Estado de S. Paulo